Resumos de Biologia 1 PDF
Document Details
Uploaded by Deleted User
Tags
Summary
This document provides an overview of public health, focusing on the promotion of health and a positive view of health. It discusses key concepts in public health, such as promoting health, preventing disease, and resource management.
Full Transcript
Biologia Humana e da Saúde Promoção da Saúde e do Meio Ambiente Períodos significativos na evolução da Saúde Pública Saúde Pública é a ciência e a arte de prevenir as doenças, de prolongar a vida e melhorar a saúde e a eficiência mental e física dos indivíduos, por meio de esf...
Biologia Humana e da Saúde Promoção da Saúde e do Meio Ambiente Períodos significativos na evolução da Saúde Pública Saúde Pública é a ciência e a arte de prevenir as doenças, de prolongar a vida e melhorar a saúde e a eficiência mental e física dos indivíduos, por meio de esforços organizados da comunidade tendo em vista o saneamento do meio ambiente. Grandes objetivos da Saúde Pública Ordem de prioridade: 1.Promoção da Saúde 2.Prevenção da Doença 3.Diagnóstico e tratamento precoce da doença 4.Recuperação Promoção da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo deve estar apto a identificar e realizar as suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio. Conceito Positivo- A saúde é um conceito positivo, que acentua os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Em consequência, a Promoção da Saúde não é uma responsabilidade exclusiva do sector da saúde, pois exige estilos de vida saudáveis para atingir o bem-estar. Pré-requisitos para a Saúde -Paz; Abrigo; Educação Alimentação, Recursos económicos, Ecossistema estável, Justiça social, Equidade Capacitar Asegurar a igualdade de oportunidades e recursos, com vista a capacitar as pessoas para a completa realização do seu potencial de saúde. (Carta de Ottawa, 1986) ↓ -Implantação num meio favorável -Acesso à informação -Estilos de vida e oportunidades que permitam opções saudáveis Níveis de Intervenção →Construir Políticas Saudáveis →Criar Ambientes Favoráveis →Reforçar a ação comunitária →Desenvolver Competências Pessoais →Reorientar os Serviços de Saúde Nível de Intervenção- Construir Políticas Saudáveis -A ação coordenada que leva à saúde, ao rendimento e às políticas sociais, cria maior equidade. -A ação conjunta contribui para garantir bens e serviços mais seguros e saudáveis, instituições públicas mais saudáveis, ambientes limpos e mais aprazíveis. Nível de Intervenção- Criar Ambientes Favoráveis -Os elos indissolúveis entre a população e o seu meio constituem a base para uma abordagem socio-ecológica da saúde. -É preciso assegurar a conservação dos recursos naturais do planeta, numa perspetiva de responsabilidade global. -É essencial avaliar sistematicamente o impacto que o ambiente, em rápida evolução, tem na saúde. -A proteção dos ambientes naturais ou criados pelo Homem e a conservação dos recursos naturais devem ser tidos em conta em qualquer estratégia de promoção da saúde. Nível de Intervenção- Reforçar a Ação Comunitária -A promoção da saúde desenvolve-se através da intervenção concreta e efetiva na comunidade, estabelecendo prioridades e implementando-as com vista a atingir melhor saúde. -No centro deste processo encontra-se o reforço do poder das comunidades (empowerment), para que assumam o controlo dos seus próprios esforços e destinos. -O desenvolvimento das comunidades cria-se através dos seus recursos materiais e humanos. Nível de Intervenção- Desenvolver Competências Pessoais -A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da informação, educação para a saúde….. que habilitem para uma vida saudável. -Logo, as populações ficam mais habilitadas para controlar a sua saúde e o ambiente e fazer opções conducentes à saúde. Nível de Intervenção- Reorientar os Serviços de Saúde -Devem apoiar os indivíduos e as comunidades na satisfação das suas necessidades para uma vida saudável e abrir canais de comunicação entre o setor da saúde e os setores social, político, económico e ambiental. Conceito de Ambiente Ambiente Biofísico Ambiente Psicossocial -Água -Condições sociais -Biota (conjunto de todos os seres vivos) -Recursos humanos e financeiros -Energia -Instituições e legislação -Ar -Instrução e educação para a saúde -Alimentos -Habitat -Solo Modelos Tradicionais Modelo Biomédico (Carvalho,2007) Modelo K»A»B (Navarro, 1998) -Atenção focada na doença -Informação -Relação causal agente- doença -Atitudes -Doentes catalogados consoante a -Comportamentos doença e assim tratados -Prevenção -Educação para a saúde Modelos Individuais ou Intrapessoais (Glanz, 1999) Modelos das Fases de Modelo de Crença na Modelo de Processamento Mudança Saúde da Informação do -Prontidão do indivíduo -Perceção de ameaça para Consumidor para mudar os seus a saúde e reconhecimento -Processos de absorção e comportamentos para os de um comportamento utilização da informação outros mais saudáveis aconselhado para prevenir na tomada de decisão Modelos Interpessoais e Comunitários Teoria da Aprendizagem Social (Glanz, Modelos Socio-Ecológicos (Navarro, 1998) 1999) -Compreensão dos fatores psico-sociais -Fatores pessoais, influências ambientais que afetam um problema e a relação entre e comportamento interagem esses fatores continuamente -Conhecimento de intervenção anteriores -As pessoas aprendem através das suas que tenham sido eficazes com diversos experiências e das ações dos outros e dos grupos populacionais e culturais resultados dessas ações -Tomada de consciência do contexto organizacional, comunitário e cultural em que os programas de intervenção terão eficácia Perspetiva Patogénica/Salutogénica Perspetiva Patogénica Perspetiva Salutogénica -Modelo Biomédico -Modelos individuais e socio-ecológicos -Atenção para as patologias -Atenção para as pessoas -Decisões do profissional de saúde -Desenvolvimento de capacidades -Indivíduo passivo individuais e coletivas e de relacionamento com as adversidades -Sentido de Coerência Perspetiva Salutogénica- Sentido de coerência Compreensão- capacidade de fazer sentido do mundo Competência- sentimento de que a pessoa tem os recursos adequados para lidar com as exigências da vida Significado- sentido de que as exigências da vida são desafios que valem o nosso investimento Determinantes de Saúde Biologia Humana- património genético e envelhecimento Meio Ambiente- qualidade do ambiente físico e social Sistema de Saúde- meios disponíveis e acessibilidade aos mesmos Estilo de Vida- comportamentos saudáveis Estilo de Vida- comportamento saudáveis: dieta equilibrada, prática de exercício físico, controlo de peso corporal, planeamento familiar, lazer, redução do consumo de substâncias psicoativas Sistema Circulatório Aparelho circulatório sanguíneo-consiste num conjunto de canais ou vasos sanguíneos por onde passa o sangue e por uma bomba ou motor que assegura a circulação do sangue—coração Coração →O coração é um órgão musculado envolvido por um membrana—periocárdio →O tecido muscular—miocárdio—forma 4 cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículos →Cada aurícula comunica com o ventrículo do seu lado, mas o lado esquerdo do coração não comunica com o lado direito →O sangue circula das aurículas para os ventrículos, por meio de contrações ritmadas das cavidades que ao relaxar—diástole—se enchem de sangue e ao contrair—sístole— expulsam o sangue para a cavidade seguinte Circulação Sistémica e Pulmonar →A aurícula esquerda enche-se de sangue—diástole auricular—proveniente da veia pulmonar e contrai-se—sístole auricular—expulsando o sangue para o ventrículo esquerdo, através da válvula mitral →O ventrículo esquerdo contrai-se—sístole ventrivular—expulsando o sangue para a artéria aorta, que leva o sangue carregado de oxigénio ao resto do corpo—grande circulação ou circulação sistémica →A artéria aorta ramifica-se em artérias de menor calibre, estas em arteríolas e metarteríolas e depois estas em capilares →Os capilares permitem a troca de gases, nutrientes e produtos de excreção entre o sangue e o meio extracelular →Os capilares agrupam-se então em vénulas e depois estas em veias, as quais ser agrupam nas veias cavas inferior e superior, que desembocam na aurícula direita do coração →A aurícula direita contrai-se, expulsando o sangue para o ventrículo direito, através da válvula tricúspide →Ao contrair-se, o ventrículo direito expulsa o sangue para a artéria pulmonar, que leva o sangue aos pulmões—pequena circulação ou circulação pulmonar—onde o CO2 passa dos capilares para os alvéolos pulmonares e é expelido pelo sistema respiratório e o O2 entra nos capilares pulmonares →O sangue oxigenado regressa então ao coração, através da veia pulmonar, que desemboca novamente na aurícula esquerda Batimento Cardíaco →Os batimentos cardíacos ocorrem de forma sequencial e contínua →O batimento cardíaco é gerado num tecido neuromuscular especializado, designado por Nodo Sinoatrial (ou sinusal), que se encontra na zona auricular direita →Este conjunto de células despolariza-se espontaneamente de forma ritmada, transmitindo essa onda de despolarização ao resto das células da parte superior do coração, desencadeando a contração (Sístole) auricular →Esta onda de despolarização atinge então um outro conjunto de células nodais: o nodo atrioventricular, que a transmite à parte inferior do coração através dos seus feixes esquerdo e direito, com ramificações que provocam a contração ventricular. Esta sístole também ocorre simultaneamente dos lados esquerdo e direito →Para além desta capacidade autónoma para manter o seu batimento, o coração é influenciado pelo sistema nervoso, através do SNA, pelos seus ramos simpático e parassimpático. O sistema parassimpático, através do nervo vago exerce uma forte e contínua ação inibitória sobre o nodo sinoatrial, reduzindo o seu ritmo de despolarização, enquanto o sistema simpático liberta um neuromediador excitatório (noradrenalina) que provoca o aumento do ritmo sinoatrial. Vasos Sanguíneos →Os vasos sanguíneos são artérias, arteríolas, veias, vénulas e capilares →Artérias são os vasos que levam o sangue do coração ao resto do corpo e veias são os que trazem o sangue de volta ao coração →Arteríolas e Vénulas são respetivamente artérias e veias de menor calibre →Os capilares são vasos sanguíneos com uma parede extremamente fina (com uma só camada de células) e que é permeável aos gases como o O2 e CO2 ou aos nutrientes →A porção arterial dos vasos sanguíneos tem paredes musculares elásticas, para suportar a enorme pressão a que o sangue circula →As veias, praticamente não possuem tecido muscular nas suas paredes, constituídas essencialmente por tecido conjuntivo →O retorno do sangue, que circula aqui a muito baixa pressão, é garantido por outros mecanismos: as veias possuem um sistema de válvulas (as valvas semilunares) anatomicamente semelhantes à válvula mitral, que impedem o refluxo do sangue →O retorno venoso é facilitado pela ação muscular esquelética e pelos movimentos respiratórios, que originam diferenças de pressão entre a caixa torácica e cavidade abdominal, facilitando o retorno venoso ao coração Microcirculação e Estrutura Capilar →Cada tecido controla o diâmetro das arteríolas e assim o seu fluxo sanguíneo →Artérias ramificam-se em arteríolas e estas em capilares →Arteríolas terminais são as metarteríolas e têm estrutura intermédia entre a da arteríola e a do capilar →Capilares grandes- capilares preferenciais →Capilares pequenos- capilares verdadeiros →As arteríolas são constituídas por fortes camadas musculares →As metarteríolas não têm camada muscular contínua, apenas são envolvidas por fibras de músculo liso em determinados pontos →Na origem do capilar verdadeiro a partir da metarteríola o capilar é envolvido por um fibra de músculo liso originando o esfíncher pré-capilar, o qual abre e fecha a entrada do capilar →As vénulas são maiores que arteríolas mas têm camada muscular muito mais fraca →Metarteríolas e esfíncteres pré-capilares estão em contacto próximo com os tecidos que servem →Condições locais dos tecidos (iões hidrogénio, concentrações de nutrientes….) podem causar efeitos diretos nos vasos, controlando o fluxo sanguíneo Estrutura ultramicroscópica da parede capilar: -camada unicelular de células endoteliais -rodeada externamente por membrana basal -espessura total-0,5 microns -diâmetro de 4 a 9 microns, suficiente apenas para a passagem de glóbulos vermelhos e outras células sanguíneas Troca de nutrientes e de outras substâncias entre o Sangue e o Líquido Intersticial →Difusão é o principal processo através do qual as substâncias são transferidas entre o plasma e o líquido intersticial →Á medida que o sangue flui ao longo do lúmen do capilar as moléculas de água e de partículas dissolvidas difundem-se para ambos os lados através da parede capilar, originando uma mistura contínua entre o líquido intersticial e o plasma Difusão e Diferença de Concentração →A intensidade com que ocorre a difusão de uma substância através de qualquer membrana é diretamente proporcional à diferença de concentração entre os dois lados da membrana EXS: a concentração do Oxigénio (O2) no sangue capilar normalmente é maior que no líquido intersticial → grandes quantidades de O2 movem-se do sangue para os tecidos EXS: a concentração de Dióxido de Carbono (O2) é maior nos tecidos do que no sangue → excesso de CO2 move-se para o sangue e é levado dos tecidos Relação Sistema Sanguíneo/Sistema Linfático →Funções da circulação: -Maior função ocorre ao nível da microcirculação -Transporte de nutrientes para os tecidos -Remoção dos produtos de excreção celular →Funções do sistema linfático: -Recolha da linfa intersticial e transporte ao sangue -Defesa imunológica -Absorção de lípidos no intestino delgado -Recolha da linfa intersticial e transporte ao sangue Sistema Linfático →O sistema linfático constitui uma via acessória através da qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue →Os vasos linfáticos podem transportar proteínas e partículas grandes, que não podem passar diretamente para os capilares sanguíneos, para fora dos espaços intersticiais →Esse retorno das proteínas dos espaços intersticiais para o sangue é essencial, pois se não ocorresse morreríamos em 24 horas Canais Linfáticos do Corpo →Quase todos os tecidos do corpo possuem canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais →São exceções a estes tecidos: a superfície da pele, o sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos. Estes possuem canais intersticiais diminutos denominados pré-linfáticos por onde o líquido intersticial pode fluir, acabando depois por ir desaguar nos vasos linfáticos ou, no caso do cérebro, no líquido cefalorraquidiano →Toda a linfa da parte inferior do corpo vai fluir pelo canal torácico e desagua no sistema venoso na junção da veia julgar interna esquerda e da veia subclávia →A linfa do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes da região torácica também entra no canal torácico →A linfa do lado direito do pescoço e da cabeça, do braço direito e de partes do lado direito do tórax entra no canal linfático direito, o qual desagua no sistema venoso na junção da veia jugular interna direita e da veia subclávia direita Formação da Linfa →A linfa provém do líquido intersticial que flui para os canais linfáticos. Assim, a linfa que entra nos linfáticos terminais tem composição semelhante à do líquido intersticial Concentração de proteína: -no líquido intersticial-2g/dl -na linfa formada fígado- 6g/dl -na linfa formada nos intestinos-3 a 4g/dl Como cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e dos intestinos, a linfa do canal torácico (mistura de linfa de todas as áreas do corpo), tem concentração de proteína de 3 a 5g/dl. →O sistema linfático é também uma das principais vias para a absorção de nutrientes do trato gastrointestinal, sendo responsável essencialmente pela absorção de gorduras →As grandes partículas, como as bactérias, podem forçar a sua passagem entre as células endoteliais dos capilares linfáticos e assim entrar na linfa →Como a linfa passa através dos linfonodos (ou gânglios linfáticos) essas partículas são au removidas e destruídas Defesa Imunológica Imunidade inata e Imunidade adquirida Primeira Linha de Defesa: defesa não específica Segunda Linha de Defesa O organismo reage de forma específica mas conta ainda com a cooperação de agentes que atuam de forma não específica: →Macrófagos (nos tecidos) ou monócitos (no sangue) que fagocitam todo o tipo dr material estranho →Leucócitos que atuam na reação inflamatória no local da infeção, libertando produtos que intervêm em diversos tipos de agentes infeciosos →Células NK que são leucócitos capazes de lisar uma grande variedade de células alvo, nomeadamente células do próprio organismo infetadas por vírus →Complemento, conjunto de cerca de 20 proteínas que circulam no sangue sob a forma inativa; quando ativado o primeiro componente do complemento, segue-se uma reação em cascata que conduz à lise do agente infecioso →Interferão, proteína produzida por células do sistema imunológico (linfócitos T), cuja ação se estende a todo o tipo de vírus Segunda Linha de Defesa: defesa não específica e defesa específica Imunidade adquirida ou específica Para cada agente agressor desenvolve-se uma resposta própria (um agente-uma resposta) Intervém um mecanismo complexo com a participação de linfócitos, também designados por “células imunologicamente competentes”, com elevada especificidade →Moléculas proteicas-anticorpos-são produzidos especificamente por linfócitos para reagir com o agente agressor Processa-se um mecanismo de memória que permite respostas posteriores mais rápidas e intensas perante o mesmo agente agressor (resposta secundária) Todos estes mecanismos se desenvolvem após o contacto com o agente agressor Especificidade Antigénica Qualquer estrutura molecular capaz de reagir com um anticorpo é denominado antigénio. →Antigénios podem ser desde proteínas ou polissacarídeos até estruturas moleculares que revestem a superfície de bactérias, fungos ou parasitas. →Linfócitos são células do sistema imunológico que reconhecem o antigénio como estranho ao organismo e reagem contra ele →Linfócitos B possuem anticorpos na sua superfície e os linfócitos T não Seleção Clonal Dentro da população de linfócitos B existe uma grande diversidade quanto ao tipo de anticorpo expresso na superfície celular. Cada anticorpo é específico para um antigénio. Quando um antigénio invade o organismo é reconhecido apenas por determinados anticorpos que lhe são específicos. →Apenas os linfócitos B possuidores de anticorpos específicos para tal antigénio serão ativados. Os restantes linfócitos B manter-se-ão inativos →Teoria da seleção clonal: é o antigénio que seleciona os linfócitos a serem ativados Princípio da vacinação →Especificidade e memória são os dois elementos da resposta imunológica adquirida de que se tira partido para efeitos de vacinação. →Primeiro contacto com o antigénio consiste num processo lento de seleção clonal, expansão e diferenciação. ↓ -Produz-se uma quantidade relativamente pequena de anticorpos específicos para o antigénio: reação primária →Após o segundo contacto com o antigénio ocorre uma reação muito mais rápida e intensa, conduzindo a muito maior produção de anticorpos → Reação Secundária →Vacina consiste na administração do microrganismo infecioso atenuado ou apenas porções antigénicas dele para induzir a resposta imunológica primária. →Células de memória que ficarem no organismo estarão sempre preparadas para reagirem e desenvolverem uma resposta secundária (mais rápida e intensa) se esse microrganismo vivo invadir o organismo. Se o organismo está imunizado, ao sofrer a infeção, a resposta pode ser tao rápida que a pessoa nem se aperceba dos sintomas Sistema Linfóide →Tecido linfoide- fibras reticulares, macrófagos e células reticulares, formando uma rede tridimensional na qual se desenvolvem linfócitos →Vasos linfáticos- canais membranosos que recolhem a linfa e conduzem-na ao sistema venoso: -têm origem em vários tecidos por formações em dedos de luva que se vão anastomosando sucessivas vezes até formar vasos linfáticos cada vez maiores que terminam no canal torácico e na grande veia linfática -depois são lançados no sistema venoso -os vasos linfáticos, no seu trajeto, atravessam os gânglios linfáticos →Linfa- líquido intersticial que atravessa a parede dos capilares linfáticos para se dirigir os gânglios linfáticos: -materiais trazidos pela linfa (incluindo antigénios) passam pelos interstícios da rede celular dos órgãos linfoides, contactando com macrófagos e linfócitos -ao atravessar os gânglios linfáticos a linfa também fica rica em linfócitos que aí se formam Órgãos Linfóides Primários e Secundários →O tecido linfóide concentra-se nos órgãos linfoides que se dividem sob o ponto de vista ontogénico e funcional em: -órgãos linfóides primários -órgãos linfóides secundários OLP: -medula óssea (Linfócitos B) -timo (Linfócitos T) OLS: -baço -amígdalas -gânglios linfáticos -tecido linfoide associado ao intestino Recirculação Linfocitária →Após amadurecimento nos OLP os linfócitos migram para os OLS onde se acumulam, recirculando depois entre os vários OLS através do sangue ou da linfa. →Normalmente existe um fluxo contínuo de linfócitos entre e através dos OLS →Quando um antigénio atinge um indivíduo para tal imunizado, ocorre redução do tráfego linfocitário permitindo a retenção preferencial dos linfócitos específicos para o antigénio em causa. Linfócitos e as suas funções →Linfócitos B possuem imunoglobulinas ou anticorpos. Função: -Reconhecimento do antigénio (ao qual se ligam) -Produção de anticorpos específicos para o antigénio →Linfócitos T- têm moléculas que permitem reconhecer o antigénio- recetor da célula T (TcR) Uma sub-população de linfócitos T possui moléculas chamadas CD4 e a outra sub-- população possui moléculas CD8 →CD4 e CD8 atuam complementarmente: CD4 ativam processos imunológicos—células auxiliadoras CD8 inibem tais processos—células supressoras -As células CD4 estimulam a produção de anticorpos pelos linfócitos B enquanto as CD8 inibem a função dos linfócitos B -Equilíbrio CD4/CD8 regula as respostas imonulógicas →Linfócitos também têm função de lisar células do organismo infetadas -Células T citotóxicas-CD8+: Situações de alergias (hipersensibilidade retardada) Superação de infeções virais Rejeição de transplantes -Células T auxiliadoras- CD4+ -- segregam substâncias solúveis- interleuquinas e interferão- que atuam sobre as restantes populações linfocitárias, estimulando as suas funções Funções dos linfócitos T, em respostas mediadas por célula Produção de interleuquinas e interferão por células T auxiliadoras e suas ações noutras células linfoides SIDA/AIDS →Se um vírus infeta uma célula do organismo desencadeia-se uma reação imunológica em que os linfócitos T auxiliadores (CD4+) regulam: -produção de anticorpos pelos linfócitos B -ativação dos linfócitos T citotóxicos O VIH infeta os linfócitos T auxiliadores →Sistema imunológico em ruptura → Como sistema imunológico não funciona → Imonudeficiência: -Infeções oportunistas -Conjunto de diversos sintomas com origem comum = síndroma -Adquirida por exposição ao vírus Sistema Digestivo Aparelho Digestivo e Glândulas Anexas Aparelho Digestivo- Boca, Garganta e Esófago →A boca (cavidade oral) é o ponto de entrada de dois sistemas: o digestivo e o respiratório. O seu interior é revestido por uma membrana mucosa. Os canais procedentes das glândulas salivares, tanto nas bochechas como por baixo da língua e do maxilar inferior, terminam na boca. →No pavimento da cavidade oral encontra-se a língua, que é utilizada para saborear e misturar os alimentos. Por trás da língua encontra-se a garganta (faringe). →O gosto é detetado pelas papilas gustativas situadas na superfície da língua. Os aromas são detetados pelos recetores olfativos situados na parte superior do nariz. →O sentido do gosto é relativamente simples: distingue apenas o doce, o ácido, o salgado e o amargo. →O sentido do olfato é muito mais complexo: distingue muitas variações subtis. →Os alimentos são divididos em partículas mais facilmente digeríveis ao serem cortados com os dentes da frente (incisivos) e mastigados com os posteriores (molares). →A digestão começa quando a saliva, que provém das glândulas salivares, reveste estas partículas com enzimas digestivas. →Entre as refeições, o fluxo de saliva elimina as bactérias que podem danificar os dentes e provocar outros problemas. A saliva também contém anticorpos e enzimas, como a lisozima, que fracionam as proteínas e atacam diretamente as bactérias. →A deglutição inicia-se voluntariamente e continua de forma automática. Para impedir que a comida possa passar para a traqueia e chegar aos pulmões, uma pequena lingueta muscular (epiglote) fecha-se ao mesmo tempo que a zona posterior do céu da boca (palato mole) se levanta para evitar que a comida suba para o nariz. →O esófago é um tubo muscular de paredes finas, revestido interiormente por uma membrana mucosa, que liga a faringe com o estômago. O alimento não desce por efeito da força da gravidade, mas sim devido a umas ondas rítmicas de contração e relaxamento muscular, que se denominam peristaltismo. É a digestão mecânica. Aparelho Digestivo- Estômago →O estômago é um órgão muscular grande, oco e com forma de feijão (ou de J), que tem três regiões: o fundo, o corpo e o antro. Os alimentos chegam ao estômago, vindos do esófago, e passam através dum músculo em forma de anel (um esfíncter chamado cárdia), que se abre e fecha. Normalmente o esfíncter impede que o conteúdo gástrico volte ao esófago. Através do piloro o estômago comunica com a parte inicial do intestino delgado- o duodeno. →O estômago serve como área de armazenamento para os alimentos, contraindo se ritmicamente (por ação das várias camadas de músculo) e misturando-os com as enzimas. →As células que revestem a superfície gástrica segregam três substâncias importantes: muco, ácido clorídrico e o precursor da pepsina (uma enzima que degrada as proteínas). →O muco cobre as células do revestimento do estômago para as proteger do dano que o ácido e as enzimas lhes poderiam causar. Qualquer alteração desta camada de muco, devida a uma infeção pela bactéria Helicobacter pylori, por exemplo, ou ao dano provocado pela aspirina, ou por passar muito tempo sem comer, pode causar lesões como a úlcera do estômago. →O ácido clorídrico proporciona o ambiente fortemente ácido necessário para que a pepsina fracione as proteínas. A elevada acidez do estômago também atua como uma barreira contra a infeção, pois elimina a maior parte das bactérias. Os impulsos nervosos que chegam ao estômago estimulam a secreção ácida, a hormona gastrina (segregada pelo estômago- células G no antro) e a histamina (substância também libertada pelo estômago). →A pepsina é responsável pelo fracionamento de 10% das proteínas. É a única enzima que digere o colagénio, uma proteína e um dos principais componentes da carne. →Só algumas substâncias, como o álcool e a aspirina, podem ser absorvidas diretamente a partir do estômago e só em pequenas quantidades. Aparelho Digestivo- Intestino Delgado →O estômago liberta o seu conteúdo (quimo) no duodeno, primeiro segmento do intestino delgado. O alimento entra no duodeno através do esfíncter pilórico em quantidades que o intestino delgado possa digerir. Quando este se enche, o duodeno indica ao estômago que pare o esvaziamento. →O duodeno recebe enzimas do pâncreas e bílis do fígado. Estes líquidos chegam ao duodeno através do esfíncter de Oddi e contribuem de forma importante para os processos de digestão e de absorção. O peristaltismo também ajuda a digestão e a absorção ao revolver os alimentos e misturá- los com as secreções intestinais. →Os primeiros centímetros do revestimento duodenal são lisos, mas o resto do revestimento tem pregas, pequenas projeções (vilosidades) e até projeções ainda mais pequenas (microvilosidades). →Estas vilosidades e microvilosidades aumentam a área da superfície do revestimento do duodeno, permitindo com isso uma maior absorção de nutrientes. →O jejuno e o íleo formam o resto do intestino delgado, localizado a seguir ao duodeno. Esta parte do intestino é a responsável principal pela absorção de gorduras e de outros nutrientes. A absorção aumenta em grande parte pela vasta superfície feita de pregas, vilosidades e microvilosidades. A parede intestinal está ricamente provida de vasos sanguíneos que conduzem os nutrientes absorvidos para o fígado, através da veia porta. →A parede intestinal liberta muco e água, que lubrificam e dissolvem o conteúdo intestinal, ajudando a dissolver os fragmentos digeridos. Também se libertam pequenas quantidades de enzimas que digerem as proteínas, os açúcares e as gorduras. A consistência do conteúdo intestinal muda gradualmente conforme avança através do intestino delgado. No duodeno é segregada água rapidamente para diluir a acidez do conteúdo digestivo procedente do estômago. Conforme o conteúdo ou bolo digestivo avança para a porção inferior do intestino delgado, ele torna-se mais líquido à medida que vão sendo acrescentados água, muco, bílis e enzimas pancreáticas. Aparelho Digestivo- Pâncreas →O pâncreas é um órgão que contém basicamente dois tipos de tecidos: os ácinos, que produzem as enzimas digestivas, e os ilhéus, que segregam hormonas. →O pâncreas segrega enzimas digestivas para o duodeno e hormonas para a corrente sanguínea. →As enzimas digestivas são libertados desde as células dos ácinos e chegam ao canal pancreático através de vários canais. O canal pancreático principal liga-se ao canal biliar ao nível do esfíncter de Oddi, através do qual ambos se lançam no duodeno. →As enzimas segregadas pelo pâncreas digerem as proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras. As enzimas proteolíticas fracionam as proteínas em partes que possam ser utilizadas pelo organismo e são segregadas numa forma inativa. São ativadas apenas quando chegam ao trato gastrointestinal. →O pâncreas também segrega grandes quantidades de bicarbonato de sódio, que protege o duodeno ao neutralizar o ácido procedente do estômago. As três hormonas produzidas pelo pâncreas são: ◦ a insulina que diminui o valor de açúcar (glicose) no sangue, ◦ a glucagina ou glucagon, que, pelo contrário, o aumenta, e ◦ a somatostatina, que impede a libertação das outras duas hormonas. Aparelho Digestivo- Fígado →O fígado é um órgão de grande tamanho, com múltiplas funções, mas só algumas estão relacionadas com a digestão. →Os nutrientes que procedem dos alimentos são absorvidos pela parede intestinal, provida de grande quantidade de pequenos vasos sanguíneos (capilares). Estes capilares chegam às veias que, por sua vez, se ligam a veias maiores e, finalmente, penetram no fígado através da veia porta. Esta veia divide-se, dentro do fígado, em vasos minúsculos, onde se processa o sangue que lá chega. Este sangue é processado de duas formas: ◦ por um lado, são eliminadas as bactérias e outras partículas estranhas absorvidas a partir do intestino e, ◦ por outro, muitos dos nutrientes absorvidos são fracionados de tal forma que possam ser utilizados pelo organismo. O fígado desenvolve este processo a grande velocidade e passa o sangue carregado de nutrientes para a circulação geral. →O fígado produz aproximadamente metade do colesterol do corpo. O resto provém dos alimentos. →Cerca de 80% do colesterol produzido pelo fígado é utilizado para a formação da bílis. O fígado também segrega a bílis, a qual é armazenada na vesícula biliar até ser necessária. Aparelho Digestivo- Vesícula Biliar e Sais Biliares →A bílis flui para fora do fígado através dos canais hepáticos direito e esquerdo, os quais confluem para formar o canal hepático comum. Este canal une-se proveniente depois a outro da vesícula biliar, chamado canal cístico, para formar o canal biliar comum. O canal pancreático liga-se ao canal biliar comum justamente quando este se lança no duodeno. →Entre as refeições, os sais biliares são concentrados na vesícula biliar e somente uma pequena quantidade de bílis flui a partir do fígado. Quando os alimentos penetram no duodeno é desencadeada uma série de sinais nervosos e hormonais que provocam a contração da vesícula. Como resultado, a bílis chega ao duodeno e mistura-se com o conteúdo alimentar. →Abílis tem duas funções importantes: ◦ ajuda a digestão e a absorção das gorduras e ◦ é responsável pela eliminação de certos produtos residuais do corpo (particularmente a hemoglobina dos glóbulos vermelhos destruídos e o excesso de colesterol). →Abílis é especificamente responsável pelas seguintes ações: ◦ O sais biliares aumentam a solubilidade do colesterol, das gorduras e das vitaminas lipossolúveis para facilitar a sua absorção. ◦ Os sais biliares estimulam a secreção de água pelo intestino grosso para facilitar o avanço do conteúdo intestinal. ◦ Pela bílis são excretadas várias proteínas que desempenham um papel importante na função biliar. ◦ A bilirrubina (o pigmento principal da bílis) é excretada na bílis como produto residual dos glóbulos destruídos. ◦ Os fármacos e outros produtos residuais são excretados pela bílis e, mais tarde, são eliminados do organismo. →Os sais biliares são reabsorvidos no intestino delgado, são captados pelo fígado e novamente segregados pela bílis. Esta recirculação dos sais biliares é conhecida como circulação entero-hepática. →Todos os sais biliares do organismo recirculam 10 ou 12 vezes por dia. Em cada passagem, uma pequena quantidade deles alcança o cólon, onde as bactérias os dividem em vários dos seus componentes. Alguns destes componentes são reabsorvidos; o resto é excretado com as fezes. Aparelho Digestivo- Intestino Grosso →O intestino grosso compreende o cólon ascendente (direito), o cólon transverso, o cólon descendente (esquerdo) e o cólon sigmóide, o qual está ligado ao reto. O apêndice é um pequeno segmento com a forma de um dedo que sai do cólon ascendente perto do ponto onde este se une ao intestino delgado (ceco). →O intestino grosso segrega muco e é o principal responsável pela absorção da água e dos eletrólitos das fezes. Quando chega ao intestino grosso, o conteúdo intestinal é líquido, mas normalmente solidifica-se à medida que atinge o reto sob a forma de fezes. →A grande variedade de bactérias que vivem no intestino grosso podem, além disso, digerir algumas substâncias, o que facilita a absorção de nutrientes pelo organismo. →As bactérias do intestino grosso também fabricam algumas substâncias importantes, como a vitamina K. Estas bactérias são necessárias para a função normal do intestino. →Algumas doenças e antibióticos podem alterar o equilíbrio entre os diferentes tipos de bactérias no intestino grosso. O resultado é uma irritação que conduz à secreção de muco e de água, provocando diarreia. Aparelho Digestivo- Reto e Ânus →O reto é uma câmara que começa no fim do intestino grosso, imediatamente a seguir ao cólon sigmóide, acabando no ânus. Normalmente, o reto está vazio porque as fezes são armazenadas mais acima, no cólon descendente. Quando o cólon descendente se enche, as fezes passam para o reto estimulando a defecação. →O ânus é a abertura que existe no fim do trato gastrointestinal, pela qual os materiais residuais abandonam o organismo. O ânus é formado em parte pelas camadas superficiais do organismo, incluindo a pele, e, em parte, pelo intestino. É revestido por uma camada formada pela continuação da pele. Um anel muscular (esfíncter anal) mantém o ânus fechado. Prevenção: Evitar: Pimenta e molhos apimentados, café, refrigerantes com cafeína, chás com cafeína como o chá preto, mate e verde; segurar a evacuação, permanecer muito tempo sentado, sobretudo na sanita Recomendado: Dieta rica em fibras (frutas, legumes, sementes, oleaginosas) e ingestão de 2 litros de água por dia; suplementos de fibra, exercício físico para evitar a pressão nas veias e a obesidade. Elementos de Nutrição e Saúde Nutrição →Consiste no processo pelo qual o organismo converte os materiais fornecidos pelos alimentos em substâncias para seu uso próprio, quer para a realização das suas atividades, tanto de vida vegetativa como de vida de relação e trabalho. →Corresponde aos fenómenos físicos, químicos e fisiológicos que se passam com os alimentos e nutrientes no interior do organismo e que ocorrem independentemente da nossa vontade, depois de ingeridos. Ciência Nutricional →Preocupa-se com a investigação das quantidades óptimas de constituintes dos alimentos que o organismo necessita e a forma como são utilizados. Estuda os nutrientes contidos nos alimentos desde a sua ingestão até à excreção dos produtos resultantes do metabolismo. →A determinação das quantidades diárias dos nutrientes têm de considerar a idade, o sexo, o estado de gravidez ou lactação e o tipo de trabalho. Estados de Nutrição Boa nutrição implica uma dieta que contenha todos os nutrientes nas proporções que são necessárias para um funcionamento equilibrado do organismo. Desnutrição →Pode ser causada não só por deficiência de 1 ou mais nutrientes na dieta, mas também por mau funcionamento ou doença orgânica que impeça a normal utilização dos nutrientes ingeridos numa dieta equilibrada. → Distúrbios Nutricionais Distúrbios Nutricionais: -Dificuldade na ingestão (vómito ou bloqueio gastrointestinal); -Dificuldade na absorção e transporte dos nutrientes no aparelho gastrointestinal (deficiência de produção enzimática); -Impossibilidade de utilização dos nutrientes (perturbações metabólicas); -Aumento dometabolismo (febre); -Excesso de excreção (diarreia, diurese). Sobrenutrição Está relacionada com o consumo em excesso de um o mais nutrientes resultando em: ◦ Aumento de peso ◦ Obesidade ◦ Outras perturbações Hábitos Alimentares →Questões socioculturais e emocionais do uso de certos alimentos; Acesso ao consumo de alimentos baseado em fatores económicos e de disponibilidade; A influência dos fatores sensoriais (sabor, cor e textura) e psicológicos no comportamento alimentar. Nutrientes Podem ser classificados de acordo com: ◦ a quantidade relativa que é necessário ingerir para uma Classificação Quantitativa alimentação saudável; ◦ a função predominante que desempenham na satisfação das necessidades básicas do organismo. Classificação Funcional Classificação Funcional Energéticos ◦ Fornecem energia para as células, tecidos e órgãos realizarem as suas funções ◦ Manutenção do equilíbrio térmico do corpo ◦ Permitir realização de trabalho ◦ (Gorduras, HC, proteínas e álcool) Plásticos ◦ Contribuem para formação células (proteínas, gorduras, minerais, hidratos de carbono) Reguladores ◦ Indispensáveis na regulação de processos metabólicos (enzimas e outros biocatalizadores como vitaminas) Nova Roda dos Alimentos Requisitos Energéticos -Trabalho Mecânico: contração muscular -Trabalho osmótico: produção de urina nos rins -Trabalho químico: síntese do glicogénio a partir da glicose -Trabalho biológico: actividade necessária para manter as estruturas vivas das células e tecidos. Necessidades nutritivas-Metabolismo basal Metabolismo Basal- metabolismo mínio necessário às atividades de vida vegetativa (batimento cardíaco, movimentos respiratórios, atividade cerebral, manutenção da temperatura do corpo) M.B varia com a idade, sexo e o estado de nutrição Quanto mais um corpo se aproxima da forma esférica, menor é a relação entre a superfície do corpo e a sua massa. Menor superfície relativa de contacto entre o meio interno e o meio externo. Reduz a área de transferência de energia ↓+ Efeito isolante da camada de tecido adiposo ↓Quanto mais gordo for um indivíduo, menor será o seu M.B Necessidades Calóricas Necessidades mínimas de nutrientes obtêm-se de estudos baseados em parâmetros que permitem determinar a ingestão mínima de cada nutriente para: -impedir o aparecimento de sinais de doença por deficiência numa comunidade -manter o equilíbrio metabólico por muito tempo -curar os sinais clínicos de deficiência -manter a saturação dos tecidos Necessidades mínimas acrescidas de margem de segurança para manter nível de reservas. Estabelece-se um padrão de necessidades baseado em: -estudo da composição da dieta de indivíduoos bem nutridos e em perfeito estado de saúde -avaliação do consumo energético: relação do MB com o consumo em atividade -estudo dos desequilíbrios metabólicos para o máximo de nutrientes →As tabelas de necessidades em calorias e em nutrientes considera a idade, o sexo, o estado de gravidez ou lactação e o tipo de trabalho e são atualizadas periodicamente A determinação das necessidades energéticas deve incluir: -metabolismo nasal -ação dinâmica específica dos alimentos -atividade muscular da vida diária de relação -atividade muscular de vida de trabalho profissional Alimentação Racional →Tipo de alimentação biologicamente capaz de assegurar a base fisiológica da saúde pela quantidade e quilibrio de nutrientes ingeridos, de acordo com as necessidades diárias ao longo da vida. Dá importância à distribuição das refeições ao longo do dia e ao conteúdo nutritivo de cada refeição. Alimentação Racional- Leis →Lei da quantidade: A alimentação deve ser constituída por quantidade suficiente de alimentos para cobrir as exigências calóricas do organismo e manter o equilíbrio do seu balanço, ou seja, das trocas internas e do seu funcionamento global. →Lei da qualidade: O regime alimentar deve ser completo na sua composição, de modo a oferecer ao organismo, sob a forma de constituintes alimentares, todas as substâncias de que é constituído ou de que se serve para sintetizar as que precisa. →Lei da harmonia: As quantidades dos diversos princípios energéticos e não energéticos que compõe a alimentação nas suas formas de regime alimentar devem manter entre si determinados equilíbrios, convenientes para cada organismo nas diversas fases da vida e condições de trabalho ou situações fisiológicas especiais. →Lei da adequação: A alimentação deve ter em conta, a sua perfeita adequação ou adaptabilidade ao organismo a que se destinam, em especial no que respeita ao funcionamento do aparelho digestivo e dos outros órgãos, satisfazendo o gosto e os hábitos alimentares. Leis→Regras -Consumir diariamente alimentos dos 5 grupos -Nenhum grupo de alimentos deve contribuir com mais de 50% das calorias totais diárias -A alimentação diária deve ser composta por mais do que um alimento de cada grupo Organização das Refeições →Alimentação racional considera necessárias 3 a 6 refeições por dia para um adulto ativo com as seguintes características: -intervalos de cerca de 3hrs -pouco abundantes -maior número possível de nutrientes -energia correspondente à dispendida pelo organismo 1ªRefeição- Pequeno-almoço 15% das calorias totais diárias; Conter todos os nutrientes, especialmente energéticos 2ªRefeição- Meio da manhã 5-10% das calorias totais diárias, Conter alimentos fornecedores de pouca energia, mas rico em nutrientes reguladores 3ªRefeição- Almoço 30% das calorias totais diárias; Muito completa, contendo: sopa, 1 alimento do grupo carne ou peixe, 1 alimento do grupo dos farináceos ou batata, alimento do grupo dos vegetais, alimentos do grupo das gorduras 4ªRefeição- Merenda Idêntica à segunda refeição 5ªRefeição- Jantar 35% das calorias totais diárias; Idêntica à 3ª, devendo alternar a carne e o peixe da 3ª para a 5ª Confeção culinária dos alimentos -Trtamento térmico favorece a libertação de nutrientes, facilitando a absorção -Preparação torna os alimentos mais atrativos à vista, ao paladar, pelo cheiro, pelo sabor, pelo aspeto, e pela textura -Calor aumenta o período de conservação e melhora a qualidade higiénica pela destruição de microorganismos Benefícios da confeção culinária -aumento da digestibilidade -aumento da produção de suco salivar e gástrico -redução do risco de infeção -destruição de fatores anti nutricionais Inconvenientes da preparação culinária dos alimentos -perda de nutrientes -destruição de constituintes alimentares frágeis -carbonização -caramelização Processos de Confeção Cozedura (mais saudável) ; Estufado; Grelhado; Assados; Guisados; Fritos (menos saudável) Sistema Respiratório Aparelho Respiratório Fases da Respiração →Ventilação Pulmonar- troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares →Difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue →Transporte de O2 e CO2 no sangue e nos líquidos corporais →Regulação da ventilação Funções das vias aéreas →O ar chega aos pulmões entrando pelas fossas nasais e passando pela traqueia, pelos brônquios e pelos bronquíolos. Para permitir a passagem do ar é necessário manter as vias aéreas abertas, para evitar o colapso existem múltiplos anéis cartilaginosos que se estendem em redor da traqueia ocupando cerca de 5/6 da sua extensão →Nas paredes dos brônquios um grau razoável de rigidez também é mantido por placas cartilaginosas menos extensas, mas que ainda permitem mobilidade suficiente para a expansão e retração dos pulmões. Essas placas tornam-se progressivamente menos extensas nas últimas ramificações dos brônquios desaparecendo nos bronquíolos, cujo diâmetro é inferior a 1,5mm →Em vez de paredes rígidas os bronquíolos mantêm-se expandidos pelas mesmas pressões transpulmonares que expandem os alvéolos Ventilação Pulmonar →Os pulmões podem expandir-se e contrair-se: -pelo movimento do diafragma para baixo e para cima alongando ou encurtando a cavidade torácica -pela elevação e depressão das costelas, aumentando e diminuindo o diâmetro antero- posterior da cavidade torácica →Em repouso a ventilação normal ocorre quase só pelo movimento do diafragma -inspiração- contração do diafragma puxa para baixo a superfície interior dos pulmões -expiração- diafragma relaxa e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões →Em ventilação intensa como as forças elásticas não são suficientes, os músculos abdominais exercem uma força adicional empurrando o conteúdo abdominal para cima contra a base do diafragma →A ventilação da caixa torácica expande os pulmões, pois na posição normal de repouso as costelas inclinam-se para baixo, permitindo que o esterno seja levado para trás, em direção à coluna vertebral →Quando a caixa torácica é elevada, as costelas projetam-se para a frente de modo que o esterno também se desloque para a frente, afastando-se da coluna vertebral. Isto faz com que a espessura antero- posterior do tórax seja cerca de 20% maior durante a inspiração máxima comparativamente à expiração →Todos os músculos que elevam a caixa tóracica são classificados como músculos inspiratórios: -intercostais externos (mais importantes) -esternocleidomastoideo- eleva o esterno -serrátil anterior- eleva muitas das costelas -escaleno- eleva as duas primeiras costelas →Os músculos que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos expiratórios: -rectos abdominais- exercem efeito potente para puxar as costelas inferiores para baixo e juntamente com os outros -músculos abdominais- empurram o conteúdo abdominal para cima em direção ao diafragma -intercostais internos Movimento de ar nos Pulmões →O pulmão tem estrutura elástica e colapsa como um balão expelindo todo o seu ar pela traqueia, sempre que não haja uma força a mantê-lo insuflado. Não há pontos de fixação entre os pulmões e as paredes da caixa torácica. O pulmão flutua dentro da cavidade torácica circundado por uma fina película de líquido pleural que funciona como lubrificante →A contínua sucção do excesso de líquido pelos canais linfáticos mantém um ligeiro grau de sucção entre a superfície visceral da pleura do pulmão e a superfície pleural parietal da cavidade torácica. Os pulmões aderem à caixa torácica como se estivessem colados a ela mas podem deslizar livremente, bem lubrificados, quando a mesma se expande e contrai Pressão Pleural →A pressão pleural é a pressão do líquido existente entre a pleura pulmonar e a pleura da parede torácica. Normalmente existe uma leve sucção, o que significa uma pressão ligeiramente negativa. A pressão pleural normal no inicio da inspiração é de cerca de -5cm de H2O, quantidade necessária para manter os pulmões abertos em repouso →Durante a inspiração normal, a expansão da caixa torácica puxa os pulmões para fora com força ainda maior e cria uma pressão ainda mais negativa (-7,5 cm H2O). Assim, durante a inspiração há uma crescente negatividade da pressão pleural (de -5 para -7,5) e um aumento de 0,5 litro do volume pulmonar. Durante a expiração acontece o contrário Pressão Alveolar →A pressão alveolar é a pressão do ar no interior dos alvéolos pulmonares. Quando a glote está aberta sem entrada nem saída de ar, as pressões de todas as partes da árvore respiratória até aos alvéolos são iguais à pressão atmosférica que é a pressão de referência zero (0 cm de H2O) →Para entrar ar para os alvéolos durante a inspiração a pressão dentro dos alvéolos decai para um valor abaixo de zero- cerca de -1cm H2O. Essa ligeira pressão negativa é suficiente para determinar a entrada de 0,5 litro de ar nos pulmões durante os 2 segundos da inspiração normal em repouso. Durante a expiração ocorre o oposto Pressão Transpulmonar →A diferença de pressão entre a pressão alveolar e a pressão pleural é denominada pressão transpulmonar →É a diferença de pressão entre a pressão nos alvéolos e a pressão na superfície externa dos pulmões e fornece uma medida de forças elásticas nos pulmões que tendem a exercer colapso dos pulmões que tendem a exercer colapso dos pulmões em cada momento da ventilação, sendo denominada pressão de retração. Volumes Pulmonares →Volume corrente- é o volume de ar inspirado ou expirado em cada ventilação normal, cerca de 500ml →Volume de reserva inspiratório- é o volume máximo adicional de ar que pode ser inspirado para além do volume corrente, cerca de 3000ml →Volume de reserva expiratório- é o volume máximo adicional de ar que pode ser eliminado por expiração forçada, após o fim da expiração normal, cerca de 1100ml →Volume residual- é o volume de ar que permanece nos pulmões após esforço expiratório máximo, cerca de 1200ml Capacidades Pulmonares →Capacidade inspiratória- é igual à soma do volume corrente com o volume de reserva inspiratório, é a quantidade de ar que a pessoa pode inspirar começando no nível expiratório normal e distendendo ao máximo os pulmões, cerca de 3500ml →Capacidade funcional residual- é igual à soma do volume de reserva expiratório com o volume residual, quantidade de ar que permanece nos pulmões após a expiração normal, cerca de 2300ml →Capacidade vital- é igual à soma do volume de reserva inspiratório com o volume corrente e o volume de reserva expiratório, quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões após enchê-los ao máximo e a seguir expirar completamente, cerca de 4600ml →Capacidade pulmonar total- é o volume máximo que os pulmões podem alcançar com o maior esforço possível, cerca de 5800ml, é igual à soma da capacidade vital com o volume residual Difusão de O2 e CO2 →Após os alvéolos serem ventilados com ar fresco, a próxima etapa do processo de respiração consiste na difusão de O2 de alvéolos para o sangue pulmonar e na difusão de CO2 do sangue para os alvéolos →O processo de difusão consiste num movimento aleatório de moléculas que se entrecruzam em ambos os sentidos através da membrana respiratória e líquidos adjacentes -Efeito do Gradiente de Concentração →Se uma câmara de gás, ou solução, tiver concentração elevada de um gás numa extremidade, a difusão efetiva irá ocorrer da área de maior concentração para a de menor concentração: -o número de moléculas que podem difundir-se de A para B é muito maior que o número de moléculas que podem difundir se em sentido oposto. -as velocidades de difusão em cada direção são proporcionalmente diferentes. →A difusão a favor do gradiente de concentração promove o movimento do O2 e do CO2 entre o sangue e os pulmões. →A estrutura dos pulmões facilita a rápida troca gasosa entre o ar e o sangue porque: -existe um abundante abastecimento de sangue -existe uma ampla área de superfície -o ar e o sangue ficam muito próximos Transporte de O2 e CO2 →Há mais O2 no ar alveolar do que no sangue dos capilares pulmonares, pelo que o O2 move-se do ar para o sangue por difusão. O sangue carregado de O2 deixa rapidamente os pulmões para ser substituído por sangue com baixa concentração de O2, o que faz continuar a rápida difusão do O2 para o sangue. →Sangue oxigenado é recolhido para a veia pulmonar e volta ao coração, sendo depois bombeado para as artérias, as quais se ramificam até originar os capilares entre as células de todos os tecidos. Onde falta O2 nos tecidos, este move-se do sangue para as células. Como as células utilizam rapidamente o O2, o seu nível mantém- se baixo e mais O2 continua a difundir-se do sangue para as células. →O movimento de difusão é sempre determinado pela diferença de pressão entre dois pontos. Assim: -O O2 difunde-se dos alvéolos para o sangue capilar dos pulmões devido à pressão de oxigénio (PO2) mais elevada nos alvéolos do que no sangue pulmonar; A seguir, nos tecidos, uma PO2 mais alta no sangue capilar do que nos tecidos determina a difusão de O2 para o interior das células circundantes. -Quando o O2 é metabolizado nas células para formar dióxido de carbono, a pressão de dióxido de carbono (PCO2) intracelular atinge um valor elevado, determinando a difusão do CO2 para os capilares dos tecidos. De modo semelhante, o CO2 difunde-se do sangue para o interior dos alvéolos, em virtude da PCO2 no sangue capilar pulmonar ser superior à dos alvéolos. →O transporte de oxigénio e de dióxido de carbono pelo sangue depende tanto da difusão quanto da circulação sanguínea. Regulação da Ventilação →Em condições normais o sistema nervoso ajusta a ventilação alveolar de acordo com as necessidades do organismo, de modo que a PO2 e a PCO2, no sangue arterial, dificilmente se alteram, mesmo durante a realização de exercício físico. →No entanto, durante o exercício físico intenso, o consumo de oxigénio e a formação de dióxido de carbono aumentam até 20 vezes o normal, exigindo aumento proporcional da ventilação pulmonar. →O objetivo final da respiração é manter concentrações apropriadas de oxigénio, dióxido de carbono e iões hidrogénio nos tecidos, Assim, é conveniente que a atividade respiratória seja sensível às alterações desses parâmetros. →O excesso de CO2, ou de iões hidrogénio, no sangue exerce, principalmente, ação direta sobre o centro respiratório, originando acentuada intensificação dos sinais motores tanto inspiratórios como expiratórios para os músculos respiratórios. →OO2 não exerce efeito direto significativo sobre o centro respiratório do cérebro no controlo da ventilação/respiração. OO2 não exerce efeito direto significativo sobre o centro respiratório do cérebro no controlo da ventilação/respiração. Respiração →A respiração realiza-se no interior da célula, quando a glicose e o oxigénio são convertidos em dióxido de carbono e água. →A respiração é controlada por enzimas e ocorre na mitocôndria. À medida que a energia é produzida, a mesma é utilizada para produzir moléculas de ATP a partir de ADP e fosfato. Sistema Excretor →Excreção consiste na remoção do corpo de: -Produtos tóxicos resultantes de reações químicas -Excesso de sais e água resultantes de alimentos e bebidas -Hormonas usadas, medicamentos, álcool e drogas abusivas →Os rins são os principais órgãos de excreção mas os metabolitos também são excretados através da pele, dos pulmões e do fígado Sistema Excretor- Renal →O sistema renal é constituído por 2 rins e 2 ureteres que ligam à bexiga e uretra →Cada rim tem 1 ureter que conduz a urine desde a zona central do rim- bacinete ou pélvis renal- até à bexiga Organização dos rins e aparelho urinário Anatomia do rim →Os rins localizam-se sobre a parede posterior do abdómen, fora da cavidade peritoneal. →A borda medial de cada rim contém uma região escavada- hilo- através do qual passam a artéria e a veia renais, os vasos linfáticos, o nervo e o ureter. Um corte longitudinal do rim permite observar duas regiões: -o córtex externo -a medula interna →A medula divide-se em múltiplos cones- pirâmides renais. A base de cada pirâmide origina-se na borda entre o córtex e a medula e termina na papila que se projeta no espaço da pélvis renal, a qual é a continuação em forma de funil da extremidade superior do ureter. →A borda externa da pélvis é dividida em sáculos abertos–cálices principais–que se estendem para baixo e se dividem em cálices menores que recolhem a urina proveniente dos túbulos de cada papila. Circulação renal →A artéria renal penetra no rim através do hilo ramificando-se até às arteríolas aferentes que desaguam nos capilares glomerulares, onde são filtrados solutos iniciando-se a formação da urina. →As extremidades distais dos capilares de cada glomérulo confluem na arteríola eferente, levando à segunda rede capilar–capilares peritubulares-que circundam os túbulos renais. →Os capilares peritubulares desaguam no sistema venoso, chegando à veia renal que sai do rim ao lado da artéria renal e do ureter. Corte do rim e microcirculação de cada nefrónio →Cada rim tem cerca de 1 milhão de nefrónios, cada um com capacidade para formar urina. O rim é incapaz de regenerar nefrónios. Cada nefrónio é constituído por um tufo de capilares glomerulares– glomérulo através do qual grandes quantidades de líquido são filtradas do sangue e um túbulo longo no qual o líquido filtrado é convertido em urina durante o seu trajeto até à pélvis renal. Nefrónio- Unidade funcional do rim →O glomérulo é composto por uma rede de capilares. Os capilares são revestidos por células epiteliais e todo o glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman. →O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e a seguir para o tubo proximal que fica no córtex renal. →A partir do tubo proximal o líquido flui para a ansa de Henle que mergulha na medula renal. →Cada ansa é constituída pelo ramo descendente (-espesso)e pelo ramo ascendente(+espesso) →Na extremidade do ramo ascendente encontra-se uma placa que é a mácula densa e que controla a função dos nefrónios. →Depois da mácula densa o líquido penetra no tubo distal que à semelhança do tubo proximal se situa no córtex renal. →O tubo distal é seguido do túbulo conector e pelo túbulo coletor cortical que leva ao ducto coletor cortical. →As porções iniciais de 8 a 10 destes unem se num ducto coletor maior, que desce até à medula e se transforma no ducto coletor medular. Sistema Excretor- Renal →Cada rim pesa cerca de 150gramas e tem o tamanho aproximado de um punho fechado. Contém cerca de um milhão de unidades encarregadas da filtragem(nefrónios). →Um nefrónio é constituído por uma estrutura redonda e oca (cápsula de Bowman), que contém uma rede de vasos sanguíneos (o glomérulo). Estas duas estruturas configuram o que se denomina um corpúsculo renal. →Por minuto passam cerca de 600cm3 de sangue através dos rins e eles são tão eficientes que é possível o corpo funcionar com apenas um. Isto pode acontecer quando um rim é removido por doença, acidente ou para doação. →A urina chega à bexiga através dos ureteres. A bexiga tem uma parede muscular que vai distendendo à medida que a bexiga vai enchendo. De vez em quando o esfíncter muscular que fecha a bexiga relaxa e a urina corre para a uretra. →No homem a uretra tem cerca de 20cm e abre no final do pénis. Na mulher a uretra tem cerca de 4cm e abre na vulva. →Funções dos rins: -Excreção de produtos de degradação do metabolismo e de substâncias químicas estranhas; -Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico; -Regulação da osmolalidade e das concentrações de eletrólitos dos líquidos corporais; -Regulação do equilíbrio ácido-base; -Regulação da pressão arterial; -Secreção, metabolismo e excreção de hormonas -Gliconeogénese →Excreção de metabolitos: -Os rins eliminam os produtos de degradação de metabolismo que não são mais necessários ao corpo: Ureia–proveniente do metabolismo dos aminoácidos; Creatinina–resultante da creatina dos músculos; Ácido úrico–oriundo dos ácidos nucleicos; Produtos finais da degradação da hemoglobina como a bilirrubina; Metabolitos resultantes de diversas hormonas. →Regulação do Equilíbrio Eletrolítico: -a excreção de água e de eletrólitos deve ser equivalente ao seu aporte. -se o aporte de determinada substância exceder a sua eliminação a quantidade dessa substância no corpo irá aumentar; -se o aporte for menor que a excreção a quantidade de substância no corpo irá diminuir. -a capacidade do rim de alterar a excreção de sódio em resposta a alterações na sua ingestão é enorme, podendo aumentar10xo normal ou diminuir para 1/10 do normal. O mesmo acontece para outros eletrólitos, como os iões cloreto, potássio, cálcio, hidrogénio, magnésio, fosfato. →Regulação do equilíbrio Ácido-Base: -Os rins são os únicos órgãos capazes de eliminar do organismo certos tipos de ácidos originados pelo metabolismo das proteínas, como o ácido sulfúrico e o ácido fosfórico. →Regulação da produção de eritrócitos: -os rins segregam eritropoietina, que estimula a produção de eritrócitos. -no indivíduo normal, os rins são responsáveis por quase toda a eritropoietina segregada na circulação. →Regulação da produção de vitamina D: -os rins produzem a forma ativa da vitamina D (calcitriol), através da hidroxilação dessa vitamina. -o calcitriol é essencial para a deposição normal do cálcio nos ossos e para a reabsorção de cálcio pelo trato gastrointestinal. →Regulação da Pressão Arterial: -os rins desempenham um papel importante na regulação da pressão arterial a longo prazo, ao excretarem quantidades variáveis de sódio e água -Os rins contribuem para a regulação da pressão arterial a curto prazo através da secreção de substâncias vasoativas, como a renina que leva à formação de produtos vasoativos(ex: angiotensinaII) →Gliconeogénese ou síntese de nova glicose: -Durante o jejum prolongado os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e de outros precursores através do processo de gliconeogénese. ◦A capacidade dos rins para adicionarem glicose ao sangue, em prolongados períodos de jejum, rivaliza com a do fígado Sistema Reprodutor Aparelho reprodutor masculino →O aparelho reprodutor masculino inclui -pénis -escroto -testículos -canais: epidídimo, canal deferente e uretra -glândulas anexas: próstata, vesícula seminais, glândulas de Cowper ou bulbouretrais Aparelho Reprodutor Masculino- Glândulas anexas →Próstata produz um líquido que se mistura com os espermatozoides →Vesículas seminais armazenam esperma, mas a sua função principal é fornecer um líquido, que juntamente com a secreção prostática, ativa a movimento vigoroso dos espermatozoides após a ejaculação →As glândulas bulbouretrais (Cowper) são duas e encontram-se abaixo da próstata. São do tamanha de uma ervilha e durante a excitação sexual segregam um fluido claro e alcalino para a uretra Espermatogénese -processo de formação dos espermatozoides a partir de espermatogónias situadas na periferia dos tubos seminíferos e inicia-se na puberdade. Aparelho Reprodutor Feminino Ovário e Folículos Ciclos Ovárico e Uterino Ovulação e Período Fértil Oogénese -é o processo de formação dos gâmetas femininos, inicia-se durante o período embrionário e continua até à puberdade. Controlo Hormonal na Mulher →Hipófise segrega as hormonas FSH e LH, que atuam sobre os ovários (gonadoestimulinas). →Hipotálamo controla a segregação de FSH e LH através da RH que é transportada até à hipófise. →FSH ⇒crescimento folículos ováricos (fase folicular). →Folículos produzem estrogénios, que atuam sobre o endométrio ⇒fase proliferativa uterina. →Aumento brusco de LH e FSH ⇒ ovulação ao 14º dia →LH estimula o corpo amarelo e a produção de progesterona ⇒ prepara útero para a gestação. →O hipotálamo, através de hormonas (GnRH), estimula a hipófise que produz FSH e LH. Estas atuam sobre os ovários desencadeando o ciclo ovárico. A evolução dos folículos ováricos leva à produção de hormonas sexuais, estrogénios e progesterona, que atuam sobre o útero provocando alterações do ciclo uterino. Controlo Hormonal no Homem →A hipófise produz FSH e LH. →FSH atua no interior dos tubos seminíferos estimulando as células de Sertoli, convertendo as espermátides em espermatozoides----espermiogénese. →LH actua nas células de Leydig ⇒ produção de testosterona ⇒ desenvolvimento e actividade do sistema reprodutor, espermatogénese, aparecimento dos caracteres sexuais (ex: barba, mudança de voz) secundários e atitudes comportamentais próprias do sexo masculino. →A produção de FSH e LH é controlada por retroação negativa da testosterona sobre o hipotálamo. O aumento da concentração de testosterona no sangue inibe a secreção de GnRH pelo hipotálamo.↓ A hipófise, não sendo estimulada, deixa de libertar FSH e LH, o que baixa a produção de testosterona pelas células de Leydig. ↓ A diminuição de testosterona no sangue atua sobre o hipotálamo, que estimula a hipófise restabelecendo-se o circuito determinante da síntese de testosterona.↓ →A quantidade de testosterona no sangue é controlada por ela própria através de um processo de retroação negativa sobre o complexo hipotálamo-hipófise. Também têm influência as mensagens de natureza nervosa que atuam sobre o funcionamento testicular. Vida Sexual e Climatério Masculino →Maioria dos homens sofre um declínio das funções sexuais no fim das décadas dos 40 e 50 anos, sendo a idade média de fim das relações sexuais 68 anos. →Declínio deve-se à diminuição da secreção de testosterona. →Sintomas: fogacho, sufocação e distúrbios psíquicos, semelhantes aos da menopausa na mulher. Percurso do óvulo expulso pelo ovário 1-Ovário; 2-Óvulo; 3-Trompa de Falópio; 4-Útero; 5-Endométrio; 6-Miométrio Fecundação 1-Espermatozoides; 2-Óvulo; 3-Citoplasma; 4-Núcleo; 5-Membrana →Um espermatozoide perfura a zona contactando pelúcida com a membrana plasmática do oócito II. →Após fusão das membranas das 2 células o espermatozoide penetra no citoplasma, o qual liberta um líquido que modifica a permeabilidade da zona pelúcida, impedindo a penetração de qualquer outro espermatozoide. →O espermatozóide perde o flagelo. →Os núcleos das 2 células fundem-se, juntando-se os cromossomas de origem paterna com os de origem materna. Nidação →O zigoto divide-se e migra para o útero onde chega cerca de 4 dias após a fecundação. →Embrião implanta-se no endométrio, aprofundando-se e ficando recoberto por ele = Nidação Desenvolvimento Fetal- 40 semanas 1-Feto 2-Cordão Umbilical 3-Placenta 4-Vagina