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ANATOMIA E ADAPTAÇÕES DO TEGUMENTO EM VERTEBRADOS Instituto de Biologia Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Helcimar Barbosa Palhano Conteúdo Introdução I – Pele II – Apêndices da pele Pêlos Coxins plantares Un...

ANATOMIA E ADAPTAÇÕES DO TEGUMENTO EM VERTEBRADOS Instituto de Biologia Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Helcimar Barbosa Palhano Conteúdo Introdução I – Pele II – Apêndices da pele Pêlos Coxins plantares Unhas, garras e cascos Cornos Glândulas cutâneas III – Tegumento comum em aves V – Considerações Gerais INTRODUÇÃO Tegumento comum Abrange a pele normal, com sua cobertura de pêlos e uma variedade de glândulas cutâneas, assim como partes mais especializadas, como garras, cascos e cornos. A pele envolve completamente o corpo e une-se às mucosas nas diversas aberturas naturais dos tratos digestivo, respiratório e urogenital. Em seu estado natural, protege o corpo contra uma série de lesões que podem ser causadas por agentes mecânicos, físicos, químicos e microbiológicos, desempenhando ainda um importante papel na termorregulação. A pele é utilizada em procedimentos semiológicos para diagnóstico de uma série de alterações orgânicas, avaliando-se o estado de hidratação, coloração, alterações de pêlos, etc., contribuindo assim para o conjunto de procedimentos de avaliação clínica. I - Pele Estrutura da pele A pele, ou cutis, é composta de duas partes, um epitélio superficial (epiderme) e uma lâmina profunda de tecido conjuntivo resistente (derme), que repousa em trato de tecido conjuntivo frouxo (subcútis), denominado de tecido subcutâneo (tela subcutânea). Epiderme É formada pelo epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, possuindo cinco estratos sobrepostos: - Estrato córneo mais externo - Estrato lúcido - Estrato granuloso - Estrato espinhoso - Estrato basal mais interno Obs.: As camadas epidérmicas são mais espessas e mais nitidamente diferenciadas onde a pele está exposta ao uso intenso como nos coxins plantares. Não há vasos sanguíneos ou linfáticos, sendo a nutrição realizada por difusão a partir da derme subjacente. Derme É composta em grande parte por fibras colágenas densamente agrupadas e fibras elásticas que tornam a pele flexível. É abundantemente vascularizada e inervada. É invadida por folículos pilosos e glândulas (sudoríparas, sebácias, uropigianas em aves) que crescem a partir da epiderme. As papilas da derme fazem a interface com a epiderme, promovendo a difusão de nutrientes para a camada mais superficial. Tela subcutânea (subcútis) Consiste em tecido conjuntivo frouxo entremeado de gordura. Quando a gordura forma uma lâmina de grande espessura ela é chamada de panículo adiposo. A quantidade de tecido subcutâneo varia de acordo com a situação, sendo delgado ou ausente onde o movimento é indesejado (lábios, pálpebras e tetas). É ampla em cães e gatos por grande parte do corpo. Presença de músculo estriado (músc.cutâneo) em grande parte do corpo. Ocorre inserção na pele em algumas regiões produzindo pregas temporárias quando se contrai. Vasos sanguíneos cutâneos Vasos provenientes das fáscias dos músculos superficiais Redes no interior da derme Rede superficial nas papilas Artérias terminais nas papilas Capilares Nutrição das céls. epidérmicas do extrato basal Obs.: outros plexos capilares circundam os folículos pilosos e as glândulas associadas Vasos sanguíneos cutâneos Veias PLEXO NA JUNÇÃO DA DERME PLEXO SOB AS PAPILAS DÉRMICAS COM O TECIDO SUBCUTÂNEO PLEXO CAPILAR SUBPAPILAR PLEXO CAPILAR SUBCUTÂNEO Os nervos variam muito em número em diferentes partes da pele. Fibras terminais livres na epiderme e em partes da derme e corpúsculos microscópicos de diversos tipos. II – Apêndices da pele A - Pêlos Recobrem quase toda a superfície do corpo dos mamíferos domésticos. Estão constantemente sendo renovados. É comum distinguir-se os pêlos ordinários que determinam a cor do animal de uma variedade especial encontrada em locais específicos, como os pêlos táteis. Constituição Células epidermais - Cutícula - Córtex - Medula Partes Lança: parte do pêlo localizada acima da pele Raíz: parte do pêlo localizada no folículo piloso Variedades de pêlos Pêlos de revestimento ou cobertura (proteção): pêlos mais rijos - situam-se principalmente junto a pele - distribuição uniforme em amplos tratos, modificando-se nos redemoinhos, cristas e riscas Pêlos lanosos (subcobertura): pêlos mais finos e ondulados - são encobertos por pêlos de revestimento - mais curtos e mais numerosos que os pêlos de revestimento Pêlos tácteis (cílios, traços da orelha externa, vibrissas nas narinas) - são substancialmente mais espessos e mais longos do que pêlos de revestimento - a maioria é encontrada na face - folículos pilosos de localização mais profunda (subcutâneo e músculo cutâneo) - terminações nervosas responsáveis pela estimulação mecânica dentro da bainha dérmica PÊLOS TÁCTEIS Folículos pilosos Invaginações da pele. São compostos de uma parte epidermal cantral e uma lâmina periférica correspondendo em estrutura à derme. Folículos pilosos dos pêlos tácteis apresentam paredes espessas com seios venosos entre as lâminas interna e externa. Estendem-se obliquamente dentro da derme a uma profundidade variável e no caso dos pêlos tácteis, alcançam o músculo subjacente. A maioria dos folículos pilosos apresentam músculo liso (músculo eretor do pêlo). Glândulas sebáceas se abrem para dentro do folículo, sendo circundado por plexo capilar B – Coxins plantares São “almofadas” sobre as quais os animais caminham, sendo recobertas por epiderme densamente cornificada, uma derme pouco notável e a parte principal de sua consistência conferida por um subcutâneo espesso, resistente e misto em fibras colágenas e elásticas entremeadas por tecido adiposo. Coxins funcionais (contato com o solo) Cão e gato Digitais, metacárpicos e metatársicos (apresentam glândulas sudoríparas) Ruminantes, suínos e equinos Digitais (incorporados no casco) bulbo - ruminantes bulbo - suínos (apresentam glândulas sudoríparas) ranilha - equinos (apresentam glândulas sudoríparas) coxins rudimentares metacárpicos / metatársicos (esporões) - equinos coxins cárpicos e társicos vestigiais (calosidades) - equinos As secreções das glds. Sudoríparas dos coxins funcionam como marcadores de território (rastro) Coxins plantares Ruminantes e Suínos- bulbo Coxins plantares Equinos - ranilha Coxins plantares Equinos - ranilha Coxins plantares Cães Coxins plantares Cães e Gatos C - Unhas garras e cascos Agrupamento de células epidermais que sofreram cornificação e cobrem um cório especializado do qual o estrato germinativo deriva sua nutrição. Servem primariamente para proteger os tecidos subjacentes, contudo, cada um é utilizado com um propósito, como para arranhar, caçar, escavar e apoiar. C - Unhas garras e cascos C - Unhas garras e cascos Unhas A unha (parede) dos primatas cresce a partir da epiderme, cobrindo uma prega curva da derme em sua base. Há uma interdigitação entre derme e epiderme abaixo da maior parte da unha, cujo contato dermoepidérmico acentua a ligação entre a unha e os tecidos mais profundos. Garras A parede das garras dos carnívoros pode ser comparada à unha que sofreu compressão lateralmente, adquirindo uma borda dorsal afiada. Sua porção proximal e a camada germinativa da qual se origina são de formato similar e estão alojadas com a derme, associada dentro da crista unguicular da falange distal. A derme que cobre o processo unguicular funde-se ao periósteo e, a interdigitação entre as lâminas dérmicas e epidérmicas, unem a garra à borda dorsal do osso Cascos Equinos A parede dos cascos cresce distalmente a partir da epiderme sobre uma derme saliente (coronária) guarnecida com inúmeras papilas direcionadas ao solo. A epiderme profunda se interdigita com a derme em forma laminar unindo a parede dos cascos à falange distal subjacente. Uma faixa de tecido queratinizado macio (perioplo) repousa sobre a superfície externa da parede próximo a sua junção com a pele (borda coronal da parede ), cobrindo os bulbos dos talões e parte da ranilha, na face posterior. Coxins plantares Equinos - ranilha Cascos Equinos Cascos Equinos Cascos Ruminantes e suínos Apresentam grandes semelhanças aos cascos dos equinos diferindo nos seguintes aspectos:. Parede mais curvada formando uma borda dorsal Coxim (bulbo) relativamente grande guarnecendo toda a porção caudal do casco A sola entre o bulbo e a parede é pequena Lâminas interdigitantes (epidérmicas e dérmicas) menos desenvolvidas Cascos Ruminantes Banda Coronária Extensor Parede Flexor superficial Flexor profundo Bulbo Adaptado: Greenough et al. Articulação da Terceira Falange Banda Coronária Almofadas Coronárias Parede Lâminas Almofada Terceira Digital Sola Bulbo Falange Cornos Os cornos dos ruminantes domésticos possuem bases ósseas conferidas pelos processos cornuais dos ossos frontais. São permanentes e crescem de modo contínuo acompanhando a sua primeira aparência logo após o nascimento. A derme encontra-se firmemente aderida ao processo córneo e dá sustentação à papilas curtas com direcionamento apical que garantem o direcionamento e o espessamento do corno durante o crescimento. Estrutura semelhante aos cascos, apresentando células epidermais intimamente agrupadas que sofreram cornificação. Apresenta uma mistura de túbulos e tecido córneo intertubular. A raíz ou base possui uma borda fina contínua com a epiderme comum, coberta por uma fina camada córnea macia, similar ao perioplo do casco equino. Cornos Variações entre espécies Cornos Variações entre raças e sexos de uma mesma espécie Cornos Variações na raça Glândulas cutâneas Sudoríparas Sebáceas Subvariedades mais definidas e especializadas Glândulas cutâneas Sebáceas Produzem secreção oleosa (sebo) que lubrifica e impermeabiliza a pele e a pelagem. A secreção promove disseminação do suor e retarda o crescimento bacteriano. Em certos casos (localização da glândula) a secreção funciona como marcador territorial A presença de ferormônio no sebo promove atração sexual Glândulas cutâneas Principais acúmulos localizados de glândulas sebáceas visível a olho nú Glândulas circum-orais: felinos (lábios) – marcador de território Glândulas do corno: caprinos (base do corno e local correspondente nos animais mochos) Glândulas da bolsa infra-orbitária: ovinos (bolsa cutânea rostral ao olho) – marcador territorial Glândulas do carpo: suínos e felinos (face medial palmar do carpo) – marcador territorial Glândulas da bolsa interdigital: ovinos (entre os dígitos) – marcador de trilha Glândulas da bolsa inguinal: ovinos (próximo à base do úbere ou escroto) Glândulas cutâneas Principais acúmulos localizados de glândulas sebáceas visível a olho nú Glândulas prepuciais: equinos e suínos (interior do prepúcio) – produz o esmegma Glândulas da cauda: carnívoros Glândulas da circum-anais: carnívoros – envolvidas no reconhecimento entre indivíduos nos cães Glândulas dos sacos anais: carnívoros (região anal) – marcador territorial Glândulas cutâneas Sudoríparas Espalhadas por todo o corpo Esparssadas em carnívoros e suínos (coxins plantares dos cães, plano nasal dos suínos) Envolvidas com o mecanismo de termorregulação. Glândulas mamárias Evaginações da epiderme cuja função é de nutrição do neonato Constituição - Pele -Sistema de lóbulos e ductos (interlobular, intralobular,, ductos galactíferos, ducto papilar) - Seios lactíferos (glandular e seio da teta) - Papila (teta) com esfíncter da teta e orifício da teta Glândulas mamárias Distribuição Inguinal – vaca, ovelha, cabra, égua Inguinal, abdominal e torácica – porca, cadela e gata Obs.: são glândulas pares posicionadas à direita e à esquerda do plano sagital mediano Tegumento comum em aves Tegumento comum em aves Estrutura da pele A pele, ou cutis, é constituída de epiderme e derme sobre o tecido subcutâneo, apresentando diferenças de suas camadas quando comparadas aos mamíferos. Epiderme É formada por seis estratos sobrepostos: - Estrato córneo mais externo - Estrato germinativo - Estrato transitivo - Estrato intermediário - Estrato basal - Membrana basal mais interno Derme É formada por cinco estratos sobrepostos: - Estrato superficial mais externo - Estrato profundo - Estrato compacto - Estrato lasso - Lâmina elástica mais interno Subcútis - Estrato superficial - Estrato profundo da tela subcutânea - Panículo adiposo - Fáscia profunda Tratos e Aptérios Regiões relacionadas à distribuição e ausência das penas ao longo do corpo das aves Tratos: regiões de implantações de penas (em torno de 140 tratos) Aptérios: espaços destituídos de penas dentro ou entre os tratos (47 aptérios) Penas Modificações epidérmicas semelhantes aos pêlos dos mamíferos, característico das aves Tipos de penas - Penas da asa: remiges - Penas da cauda: retrizes - Penas de cobertura: tectrizes - Penas operculares: trato auricular Tratos e Aptérios Penas Penas Derivativos tegumentares Crista: dividida em base, corpo, pontas e lâmina Barbela: prega dupla e pendente da pele, suspensa na região mandibular Lóbulo da orelha: localizada abaixo da abertura do ouvido Bico (ranfoteca): bico córneo superior e inferior (substitui lábios e dentes) Ceroma: tecido mole coberto por tecido córneo membranoso na base do bico Escamas: placas epidérmicas cornificadas localizadas nas pernas e pés Esporão:estrutura constituída de uma parte central óssea revestido por cone córneo, na superfície caudomedial da perna do galo Glândula uropigia sebácea: - bilobada, localizada dorsal às vértebras caudais - possui aberturas pares sobre a papila cutânea - secreta substância oleosa (impermeabilização) Derivativos tegumentares Considerações finais

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