Controlo Motor Oral PDF

Summary

This document provides material on motor control, discussing various concepts such the definition and relationship between motor control, motor learning, motor development, and motor performance. It also describes Newell's model and its significance in studying motor control and differentiates between voluntary, automatic, and reflex movements.

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1. Definir e relacionar controlo motor, aprendizagem motora, desenvolvimento motor e performance motora. Controlo motor- Conjunto de mecanismos e processos do sistema neuromuscular que permitem ativar e coordenar os músculos e membros envolvidos na realização de uma tarefa moto...

1. Definir e relacionar controlo motor, aprendizagem motora, desenvolvimento motor e performance motora. Controlo motor- Conjunto de mecanismos e processos do sistema neuromuscular que permitem ativar e coordenar os músculos e membros envolvidos na realização de uma tarefa motora. Aprendizagem motora- Conjunto de modificações internas no sistema nervoso dependentes da prática, que leva à modificação relativamente permanente do comportamento motor. Desenvolvimento motor- Continua alteração no comportamento motor (desenvolvimento motor + controlo motor + aprendizagem motora) ao longo do ciclo de vida, consequência da interação entre a maturação e a aprendizagem. Performance motora- Consequência da aprendizagem motora. Método indireto de avaliação da mesma, sendo algo diretamente observável e quantificável, ao contrário da aprendizagem. Relação: De acordo com as definições, podemos dizer que o controlo motor, aprendizagem motora e desenvolvimento motor vão influenciar a performance motora, por exemplo, se o CM, AM e DM forem bons a PM também será. 2. Descrever o Modelo de Newell e explicar a sua importância para o estudo do controlo motor. Karl Newell descreve que o movimento resulta da interação entre indivíduo, tarefa e ambiente. O indivíduo deve conseguir relacionar o movimento e a ação (coordenação dos músculos e articulações), a perceção (mecanismos sensoriais e de processamento) e cognição (atenção, planeamento, resolução de problemas e motivação que estão na base das intenções e objetivos motores). A tarefa é um conjunto de mov da cabeça, corpo e membros, adquiridos pela experiência e pela prática, que permitem atingir um resultado final com o máximo de certeza e o mínimo de dispêndio de energia, ou tempo e energia. Tendo como fatores relacionados a precisão (fina ou grosseira/global), os pontos iniciais e finais bem definidos (discreta ou contínua ou seriada), o ambiente (aberto ou fechado), o feedback (circuito aberto ou circuito fechado) e a mobilidade (móvel ou imóvel) E o ambiente que pode ser modelador do mov ou não modelado (não condiciona o mov, mas afetao). Sendo o CM o conjunto de mecanismos e processos do sist neuromuscular que permitem ativar e coordenar os músculos e membros envolvidos na realização de uma tarefa motora, este vai depender do indivíduo, da tarefa e do ambiente. Também é muito importante para o estudo do controlo motor, visto que na prática clínica é um modelo usado como base dos métodos clínicos associados ao exame e à intervenção em utentes com disfunções de movimento visto que, para termos retrato completo do individuo temos de ter em conta o que pode influenciar o movimento. 3. Diferenciar movimento voluntário, automático e reflexo no que diz respeito às suas características e aos níveis de processamento. O movimento voluntário é dependente do controlo consciente (córtex) e é intencional, ou seja, é iniciado por uma decisão interna de agir. A sua natureza e efetividade melhoram com a experiência e a aprendizagem; o seu controlo envolve, para além de processos que geram atividade muscular, processos sensoriais, cognitivos e percetivos O movimento rítmico pode ser controlado voluntariamente, ma o seu timing e organização espacial é controlado de forma autónoma pelos circuitos da medula espinhal ou do tronco cerebral O Movimento reflexo é uma respostas simples e estereotipada a um estímulo específico, gerado por um circuito neural simples ao nível da medula espinhal ou do tronco cerebral. São involuntários, inatos e podem ser: monossinápticos ou polissinápticos, homolaterais ou heterolaterais; segmentares ou intersegmentares. Podem atuar como mecanismo protetor, originando uma resposta rápida e e eficiente. 4. Identificar e descrever a função das principais estruturas anatómicas responsáveis pelo controlo do movimento humano voluntário. O controlo do mov depende da ação coordenada de um grande número de áreas do SNC, anatomicamente separadas, mas interligadas, que funcionam em paralelo p/ª determinar o resultado final do mov O córtex motor é composto pelo córtex motor primário (4), responsável pelo controlo dos mov controlados, em particular pelos mov fracionados e finos – principalmente realizados pela mão e pela face, sendo a única área que comunica diretamente com os neurónios motores da medula espinhal pela via cortico-espinal lateral. Recebe info das áreas de planeamento motor, sensoriais, cerebelo e gânglios da base, enviando info para a medula e para o tronco cerebral. E pelo córtex pré-motor (6) que é responsável pelo planeamento do mov e pelos ajustes posturais, sendo constituído pela área pré-motora/ lateral que planeia o mov usando info externa (info visual) e está relacionada com a função da mão alcançar/ agarrar e pela área motora suplementar que planeia o mov usando info interna (memória) estando relacionada com a aprendizagem e ativação das sequências de mov. Ambas recebem info do córtex parietal (esquema corporal), mas a 1ª recebe o cerebelo e a 2ª dos gânglios da base, a via correspondente é a via cortico-espinal medial. O tronco cerebral está relacionado com os mov reflexos e rítmicos, o controlo postural, funções do SNA e regula o estado de alerta. As vias mediais são: A via teto-espinal é responsável pela ativação de motoneurónios (Mn) na medula espinhal cervical, que ativam músc do pescoço, responsáveis p/ nos fazer virar a cabeça em resposta a um estímulo visual ou auditivo. A via vestíbulo espinal interna ativa Mn responsáveis pelo controlo do pescoço e tronco superior, estabilizando a cab em relação ao tronco. A via vestíbulo espinal externa facilita Mn responsáveis pela ação antigravítica do pescoço, tronco e membros sendo que se estende ao longo de toda a medula espinhal e reage muito rapidamente p/ª restaurar o equilíbrio. A via reticulo espinal medial / pôntica é responsável pela ativação de Mn responsáveis pela musculatura postural e os ext dos membros e está muito relacionada c/ os ajustes e o controlo postural antecipatório. A via reticulo espinal lateral / bulbar é responsável pela inibição de Mn na medula espinhal que ativam a musculatura extensora. Ambas midelam o tónus muscular A via lateral é: A via rubro-espinal que é responsável pela ativação de Mn na medula espinhal que ativam os flex dos MS. A medula espinal tem interneurónios medulares que processam a info previamente e preservam os motoneurónios de uma quantidade significativa de influências sinápticas, modelando o nível base de excitação destas células e que fazem interconexões entre grupos de motoneurónios. Temos o sistema descendente ventro mediano (teto- espinal, vestíbulo-espinal, reticulo-espinal, cortico-espinal medial) que precede e acompanha o mov voluntário e que está associada ao controlo postural. E o sistema descendente dorso lateral (cortico-espinal lateral e rubro-espinal) que ativa os Mn que controlam os mov finos; mov voluntário, principalmente do braço e mão, estando envolvidos na manipulação e no alcançar. O cerebelo é responsável pela coordenação do mov, correção de erros e comparação do mov estando envolvido na destreza do mov fino, no equilíbrio e manutenção da postura, mas também no planeamento e aprendizagem motora. Está mais ativo nas fases iniciais da aprendizagem. A divisão vestíbulo-cerebelo colabora no controlo postural da cabeça e olhos e na manutenção do equilíbrio, a divisão espino-cerebelo desencadeia correções e ajustes durante o mov e cérebro-cerebelo colabora no planeamento dos mov intencionais. Está relacionado com a área pré-motora. Os gânglios da base contêm o núcleo estriado que recebe info de quase todas as zonas do córtex, o globo pálido e substância nigra que desinibe o tálamo facilitando a ativação cortical e o mov. Contribui para o início, fim e alternância do mov, responsável pela execução motora de programas motores aprendidos, relacionado com a capacidade de selecionar mov entre diferentes alternativas e adaptado ao contexto e tem uma relação com a área pré-frontal e com a área motora-suplementar. Ambos estão relacionados com a aprendizagem motora adquirida pela prática e a memória inconsciente de skill motores, bem como com o planeamento motor (com relação das áreas de associação (parietal posterior para o esquema corporal e pré-frontal para a decisão) 5. Definir programa motor genérico (PMG) e descrever os vários parâmetros do PMG. O programa motor genérico é um conjunto de “instruções” guardadas em memória que, uma vez ativadas, desencadeiam um determinado mov dentro de uma mesma categoria – mov similares c/ identidades e estruturas próximas, sendo contruído e modificado pelo feedback e consolidado pela repetição. Tem como parâmetros invariantes a ordem dos elementos, o tempo relativo e a força relativa e como parâmetros de especificação os elementos envolvidos, o tempo total e a força total sendo estes últimos aqueles que permitem mov diferentes dentro da mesma classe. Invariantes: Ordem dos elementos: Ordem invariante da sequência de ações que podem ser executadas por diferentes grupos musculares; Tempo relativo: Duração de uma ação obedece a um fator de escala que é função da duração total do movimento de tal forma que, quando o movimento é executado mais depressa, as diferentes partes do movimento é executado mais depressa, as diferentes partes do movimento encurtam na mesma proporção como uma unidade; Força relativa: Forças de contração dos diferentes músculos tendem a manter uma proporção constante entre si. Específicos: Elementos envolvidos: Controla diferentes segmentos e articulações, este parâmetro discrimina os músculos implicados no movimento; Tempo total: Definirá a duração total do movimento, sendo os diferentes componentes escalados automaticamente de forma proporcional; Força total: Modula a quantidade de força produzida pelos diferentes músculos, escalandoos proporcionalmente à amplitude desejada. 6. Diferenciar um sistema de controlo em circuito aberto e um sistema de controlo em circuito fechado. Em circuito aberto o feedback não desempenha um papel importante no movimento, sendo este controlado por um programa motor que é uma sequência de comandos armazenados na memória, estruturados antes do início do mov, permitindo o seu desenvolvimento sem a influência de feedbacks periféricos, é utilizado o movimento rápido e discreto. Em circuito fechado, o mov origina feedback sendo este importante para as determinações de erros e a sua correção bem como a sua comparação com o plano inicial, também importante por permitir um ajuste sistemático da resposta em relação ao objetivo pretendido. Utilizado para controlar movimentos lentos e intencionais. 7. Definir neuroplasticidade e discutir a sua relação com a aprendizagem, o desenvolvimento motor e a recuperação da função. A Neuroplasticidade / plasticidade neuronal, refere-se à capacidade do sistema nervoso de mudar, de se adaptar e de se moldar a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal e q/ sujeito a novas experiências. Esta característica única faz c/ que os circuitos neuronais sejam maleáveis e está na base da formação de memórias e da aprendizagem bem como na adaptação a lesões e eventos traumáticos ao longo da vida adulta. Esta ocorre durante todo o ciclo de vida e após uma lesão, porém, ao longo dos anos, a capacidade plástica do SNC diminui, sendo que nuca desaparece. Em suma é o mecanismo que permite a aprendizagem, o desenvolvimento e a recuperação da função – INDIVIDUALIDADE E ADAPTAÇÃO!! Relação: A neuroplasticidade é a capacidade de reaprendizagem motora ou seja recuperação da função e a aprendizagem motora sendo um conjunto de modificações internas no sistema nervoso dependentes da prática, leva a modificações relativamente permanentes do comportamento motor graças à neuroplasticidade levando à mudança no comportamento motor. Sendo assim como há uma mudança no comportamento motor vai haver desenvolvimento motor. 8. Descrever os princípios da neuroplasticidade e discutir a sua relação com a aprendizagem motora. A plasticidade é uma consequência obrigatória de toda a atividade neural (mesmo a atividade mental), sendo determinantes a influência ambiental, a significância funcional e a experiência. Sem plasticidade não há aprendizagem, uma vez que a aprendizagem apenas pode acontecer se existir plasticidade do SN. Existem 10 princípios importantes para a neuroplasticidade. Use it or lose it, se as redes neurais não são ativadas, começam a degradar-se. Use it and improve it, o treino intensivo leva à melhoria dessas atividades e a um aumento da sua representação cortical Especificidade, o treino de tarefas específicas promove uma ativação neural mais específica A repetição é importante, uma vez que aumenta a força sináptica, o nº de sinapses e promove alterações neurais a longo prazo Intensidade é importante, uma vez que a plasticidade só é promovida se o treino for suficientemente intenso Tempo importa, as alterações plásticas necessitam de tempo para se consolidarem Salience matters, a experiência deve ter significância e relevância suficiente para induzir plasticidade Idade importante, uma vez que a plasticidade diminui com o avançar da idade Transference, é importante que as atividades aprendidas possam ser transferidas para o dia-a-dia das pessoas Interferência, se houver estratégias compensatórias pode haver interferência no potencial de recuperação da pessoa 9. Definir memória. Memória é o processo cognitivo pelo qual o cérebro armazena e recupera informações. Este processo é muito importante não só para a aprendizagem como também para a adaptação do comportamento humano. O primeiro processo mnemónico é a aquisição, que é a entrada de um novo evento para os sistemas neurais ligados à memória, por evento entendemos qualquer coisa que tenha sido memorável, como um som, uma emoção, um pensamento etc. a origem deste evento pode externa ou interna do mundo interno da pessoa. Após o processo de aquisição há o processo de seleção de eventos nos quais aqueles com maior relevância vão ser os selecionados, maior relevância cognitiva, emocional, mais focalizados pela nossa atenção. Este evento pode ser armazenado na nossa memória durante dias, anos ou apenas por alguns segundos ao que chamamos e de retenção de memória, muitos destes aspetos ao longo do tempo acabam por desaparecer da memória ao que nós regularmente chamamos de esquecimento. É de frisar que a retenção muitas vezes não é permanente, mas sim temporária 10. Identificar e distinguir os diferentes sistemas de memória de longo prazo que estão subjacentes à aprendizagem motora, no que diz respeito à natureza e às estruturas envolvidas. A memoria a longo prazo é a capacidade de armazenar e recuperar informações num período mais longo, dias, meses, anos. Pode ser acedida de forma consciente ou inconsciente. Está relacionada com a atividade em área do cérebro com o hipocampo, córtex temporal, núcleos de base e cerebelo. A memória a longo prazo pode ser declarativa/ explícita que só podemos evocar por palavras e que se forma e se perde facilmente. Ela pode ser episódica (hipocampo e lobo temporal medial – eventos datados) + semântica (córtex cerebral – cultura) + espacial (hipocampo e lobo temporal medial). Ou pode ser não declarativa/ implícita que não requer palavras para a descrever e requer treino para se formar, durando mais tempo. Pode ser de procedimentos (NB e cerebelo – hábitos/ regras) + representação percetual/ priming (córtex cerebral – imagem de um evento) + condicionamento (amígdala e cerebelo – associativa que associa cheiros a experiências anteriores e não associativa que aprendemos estímulos repetidos sem consequências é inofensivo) + habituação e sensibilização (circuitos reflexos – habituação é a sim de resposta a um estímulo e sensibilização é um não da reação a um estímulo doloroso) 11. Distinguir os termos aprendizagem e performance e explicar a importância de os distinguir. A aprendizagem motora é definida como o conjunto de processos cognitivos associados à prática e à experiência em que resultam numa mudança relativamente permanente no comportamento, performance ou desempenho motor. Performance ou desempenho motor é um indicador do grau de integração da aprendizagem. Centra-se nos resultados e não nos processos de aprendizagem é um indicador objetivo e indireto do grau de aprendizagem. A performance motora é sempre observável e influenciada por muitos fatores enquanto a aprendizagem motora é um processo interno podendo ser avaliado por demonstrações comportamentais relativamente estáveis. Ao distinguir a aprendizagem da performance podemos perceber que ao avaliarmos a performance podemos ter uma ideia da quantificação da aprendizagem motora. 12. Identificar as principais características da performance tipicamente observadas quando ocorre aprendizagem motora. Aperfeiçoamento – c/ melhorias na realização da tarefa motora Consistência – c/ uniformidade nos resultados obtidos Estabilidade – mantém-se num estado equilibrado, mesmo que haja condições desfavoráveis Persistente – conforme a pessoa avança na aprendizagem da tarefa, o desempenho melhora persistentemente ao longo de períodos crescentes de tempo Adaptabilidade – melhorias obtidas adaptam-se às várias circunstâncias de execução Redução da atenção – redução da atenção envolvida na realização da tarefa motora 13. Descrever os 3 tipos de testes de avaliação mais frequentemente utilizados na aprendizagem motora. A aprendizagem motora não é diretamente observável por isso precisa de ser inferida através da performance motora. Existem 3 teste que avaliam a performance motora ponto de perceber em que grau ocorreu a aprendizagem. Temos então 3 testes: Teste de retenção: medem a capacidade de um individuo reter uma certa tarefa previamente aprendida. Esta é avaliada após um período de ter sido aprendida. Avalia se a tarefa foi internalizada pelo indivíduo. Testes de aquisição. Medem a capacidade de um individuo aprender uma nova tarefa. É avaliada durante ou logo após a prática. Avaliam a eficácia de certos métodos de ensino, mas também as etapas que precisam de ser mais treinadas. Testes de transfer: medem a capacidade um indivíduo conseguir realizar uma tarefa previamente aprendida numa situação diferente, ou fazer esta mesma tarefa de uma forma nova. Transfer positiva é quando a tarefa previamente aprendida quando aplicada numa situação diferente é aplicada de forma eficaz. Transfer negativo é quando a tarefa previamente aprendida quando aplicada numa situação diferente é aplicada de forma ineficaz. 14. Enumerar e descrever as fases de aprendizagem segundo de Fitts and Posner. A AM é um processo que ocorre numa escala de curto prazo em função da prática, pode ser dividida em fases. Fase cognitiva/ inicial- o individuo está aprender a compreender a tarefa e a estabelecer metas, ou seja, em que se apresenta a habilidade ao indivíduo e as suas características para que tente visualizar e processar as informações relevantes para o reconhecimento dos objetivos e dos aspetos necessários para a execução da tarefa: Apresentação da habilidade ao individuo. Ocorrência de grande número de erros e muita variabilidade no desempenho da atividade. Ganhos de proficiência muito grandes neste estádio. Sobrecarga dos mecanismos de atenção, levando a uma performance muito reduzida. Grande número de processos cognitivos, para que a tarefa motora em questão possa ser realizada, tarefa em modo totalmente consciente. Fase associativa/ rendimento – o individuo está aprender a associar o movimento correto com o estímulo e resposta desejada, ou seja, após certo período de prática (meses) – onde a pessoa realiza a atividade com facilidade e com uma maior organização e padronização: Capacidade para realizar tarefa com mais facilidade, diminuindo a quantidade de erros e a variabilidade entre as tentativas. Carga cognitiva para o desempenho: moderada. Maior duração do que estádio cognitivo. Eficiência do movimento melhorada. Procura de associação de movimentos com certas respostas do meio ambiente. Fase autónoma – o individuo tem domínio da tarefa e consegue executá-la de forma automática e sem pensar conscientemente, ou seja, após praticar a atividade extensivamente (anos, mas depende da tarefa) – o indivíduo é capaz de realizar as atividades automaticamente, c/ pequena variabilidade e c/ pouca carga nos mecanismos cognitivos, sendo que as melhorias de desempenho são mais difíceis de se detetar: Pouca variabilidade entre tentativas subsequentes. Capacidade para realizar a tarefa automaticamente, com pouca carga nos mecanismos cognitivos. O número de erros muito menor do que na fase anterior. Melhoria na performance motora. Podem ser necessários anos para chegar a esta fase, tudo depende da tarefa a aprender. 15. Definir capacidades motoras. as capacidades motoras são características ou traços pessoais geneticamente definidos, tal como a destreza manual o ou tempo de reação. Estas podem ser desenvolvidas até um certo ponto predeterminados. No seu conjunto as capacidades motoras contribuem para a proficiência numa série de tarefas motoras. 16. Explicar a relação existente entre capacidades motoras e aprendizagem/ performance motora. As capacidades motoras são características individuais e inatas, que são estáveis e permanentes. Consideradas como recursos básicos que o individuo possui para aprender novas tarefas motoras, sendo que o desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades motoras resultam da aprendizagem e prática de novas habilidades, ou seja, suportam a performance das tarefas motoras, visto que através da genética, é determinado os limites máximos do potencial que um individuo consegue alcançar na aprendizagem de uma tarefa motora. No entanto, o ambiente determina o grau em que esse potencial é alcançado, ou seja, quanto mais estimulante for o ambiente maior potencial alcança. 17. Definir motivação e explicar a importância deste fator na aprendizagem e performance das tarefas motoras. A motivação é um estado emocional ou mental que leva uma pessoa se esforça para alcançar o seu objetivo. uma pessoa motivada esforça-se mais e despende do seu tempo para aprender uma nova tarefa, esta motivação está relacionada com o aumento da eficácia na aprendizagem e com o aumento da capacidade de realizar essa mesma tarefa. A motivação também pode ajudar a passar grandes obstáculos e situações desafiadoras. Assim, no processo de aprendizagem de uma tarefa motora, a questão de motivação tem uma presença de extrema relevância, na medida em que o aprendiz necessidade de estímulos contínuos que facilitem a aprendizagem motora. 18. Nomear e descrever os fatores que influenciam a motivação. A relevância da tarefa é combinar os resultados da aprendizagem de uma nova tarefa motora com os desejos e as necessidades dos indivíduos. É importante e essencial para que a prática seja mais produtiva e significativa, pois as pessoas raramente se envolvem com entusiasmo em atividades que não consideram relevantes para os seus interesses, necessidades ou desejos. O nível de dificuldade é onde os instrutores de tarefas devem determinar os níveis iniciais de proficiência dos indivíduos e fornecer prática que seja suficientemente desafiadora, mas não tanto ao ponto de diminuir o entusiasmo e a motivação, ou seja, tem de ser adequado para a pessoa, pois se for muito difícil a pessoa vai perder a sua motivação por não conseguir atingir o seu objetivo e se for muito fácil a pessoa não se vai sentir motivada para fazer a tarefa. A perceção de controlo é importante, pois aqueles que acreditam que tem controlo sobre a sua aprendizagem são mais propensos a exibir melhores níveis de motivação. Para isso além do instrutor garantir que as atividades praticadas correspondem aos níveis de competência dos indivíduos, devem também fornecer feedback e reforço adequado apontando os sucessos e progressos do aluno. A sensação de progresso e sucesso é igualmente importante, pois quanto mais bem- sucedido um individuo é, em uma determinada situação, mais ele ficará motivado. O estabelecimento de metas também vai facilitar a aprendizagem e pode ter um grande efeito no desempenho motor uma vez que direciona a atenção para os elementos importante, aumenta o esforço da pessoa e incentiva-a diante do fracasso 19. Definir atenção e explicar porque é um fator crítico da aprendizagem motora. A atenção é o processo cognitivo pelo qual selecionamos e processamos informações relevantes do ambiente. Permite que nos concentremos numa tarefa específica, ignorando distrações irrelevantes pois é um recurso limitado devido a só podermos prestar atenção a uma quantidade de informação. Está subjacente aos processos de memória e aprendizagem pois é fundamental para a compreensão de como as tarefas motoras são adquiridas a partir de uma perspetiva teórica cognitiva, pelo que a atenção desempenha um papel central em quase todas as partes da execução de uma tarefa para depois haver aprendizagem motora. 20. Definir o que é a prática e diferenciar de experiência. Prática é o ato de repetir uma atividade com o objetivo de melhorar o desempenho de uma tarefa motora ou adquirir uma nova tarefa motora. É fundamental para a aprendizagem de tarefas motoras e leva ao aperfeiçoamento das habilidades ao longo do tempo. Experiência é o conhecimento adquiro através da vivência ou contacto com algo. A experiência é um conhecimento objetivo que cada individuo tem e está relacionada com a aprendizagem, mas não implica necessariamente a melhoria de habilidade. 21. Definir instrução e demonstração e explicar a sua importância para a prática. As diferentes formas de fornecer informação anterior à prática podem influenciar todo o processo de aquisição de tarefas motoras. A demonstração e a instrução são as formas mais comuns de fornecimento de informações prévias: A instrução verbal é fornecida p/ meio de palavras e descreve como executar determinada tarefa, podendo englobar informação sobre a meta (para quê), a especificação (o que fazer) e o modo de execução da tarefa (como fazer). A demonstração ou instrução visual é definida como o procedimento de fornecer informação sobre a natureza da tarefa a ser desempenhada, que pode ser uma fonte de informação sobre “como fazer” e também pode estar relacionada ao padrão espacial e temporal contribuindo para a formação de um plano de ação e atuando como referência para correção durante a prática. Permite a imitação, que é essencial para a aprendizagem. Estes dois fatores de iniciação vão ajudar o aprendiz a compreender o objetivo da tarefa e a orienta-lo quanto às melhores soluções. Para uma melhor prática aliar as duas instruções é o mais indicado uma vez que a combinação é mais efetiva para a aprendizagem motora do que usar apenas uma. 22. Definir distribuição da prática e diferenciar entre prática distribuída e prática maciça/intensiva. Distribuição da prática é o esquema de organização temporal e espacial da prática, frequência, duração e intervalo de tempo entre as sessões. Prática maciça é quando o tempo de prática é menor do que o de pausa e prática distribuída é quando o tempo de prática é menor do que o de pausa. Nem sempre maior quantidade de prática significa melhor performance. 23. Definir simplificação de uma tarefa motora e dar pelo menos 2 exemplos de como simplificar tarefas motoras. Simplificação de uma tarefa- é o processo de remover elementos desnecessários ou diminuir a dificuldade de uma tarefa para torná-la mais acessível ao individuo. Os 2 exemplos práticos: ajustar o nível de dificuldade (Mais lentamente; Com menos amplitude; Menos carga) e utilizar adaptações ou fracionamento (andarilhos; canadianas…) 24. Diferenciar segmentação e fragmentação de uma tarefa motora e dar pelo menos 2 exemplos de cada uma. Na fragmentação ocorre a decomposição dos elementos da tarefa em subcomponentes, para que possam ser praticados isolados, e depois de estarem aprendidos isoladamente é proposto que o indivíduo realize todas as partes juntas (ex.: driblar + correr» driblar a correr; mergulhar + nadar» corrida de natação). Já na segmentação uma parte da tarefa é praticada até que seja aprendida, só então a segunda parte é adicionada à primeira, e as 2 são praticadas juntas e assim por diante, até que toda a tarefa seja realizada num todo. (ex.: Um bailarino, começa por aprender o 1º minuto da coreografia depois de esse estar aprendido, começa a aprender o2º minuto em conjunto com o 1º. Ou, um jogador de basquete pratica o salto, depois este estar aprendido ele quer praticar o passo, praticando-o ao mesmo tempo que o salto.) 25. Diferenciar os vários tipos de prática variada (bloco, série e aleatória). A prática variada é a introdução de variações ou mudanças na tarefa ou ambiente durante a prática, ou seja, repetição de variantes da mesma tarefa em resultado das alterações dos seus parâmetros (distância, velocidade, amplitude). Sendo que pode ser em Bloco: Consiste na prática da mesma tarefa durante um número de séries e depois adicionar variantes da tarefa e repetir durante o mesmo número de vezes. (AAA BBB CCC) ideal para o aperfeiçoamento e a automatização, em Séries: Consiste em séries ordenadas de repetições das diferentes variantes da tarefa motora (ABC ABC ABC) ideal para a flexibilidade e adaptação e Aleatória: Consiste na distribuição não sequencial das variantes da tarefa (ABC BAC CBA) ideal para situações de jogo e adaptação. 26. Definir e classificar feedback (informação de retorno). Feedback- informação que é fornecida ao individuo sobre o seu desempenho, ou seja, significa qualquer tipo de informação sensorial sobre o movimento, não exatamente com referência a erros e que aparecem como resultado do movimento sendo repassadas ao executante. Este pode ser intrínseco/ inerente/ propriocetivo/ cinestésico (informação sensorial que surge como consequência natural da produção de movimento) ou extrínseco/ aumentado (informação sobre o movimento que complemente a informação intrínseca, sendo fornecida por um meio artificial que pode ter 4 funções – motivação, reforço, informação e orientação, e que pode ser ainda classificada em informação de retorno sobre o resultado ou sobre a informação de retorno sobre a performance. 27. Nomear os tipos de feedback aumentado, definir cada um e dar 2 exemplos para cada. A informação de retorno sobre o resultado é informação geralmente verbal sobre o resultado das ações em relação à meta ambiental pretendida, é uma importante variável no processo de aprendizagem da tarefa motora sendo fornecida após uma resposta que mostra ao executante o grau do seu sucesso em alcançar um objetivo. No início da prática é uma fonte geradora de ordem, no entanto, se for fornecido a cada tentativa o sujeito torna-se dependente da IRR. Exemplo: “Hoje correste 2 minutos mais rápido”; “Ontem lanças-te a bola com maior precisão do que hoje”; “Hoje saltas- te uma menor distância” A informação de retorno sobre a performance/ feedback cinemático é informação sobre as características do movimento, as quais têm forte relação com o desempenho, o que poderá ajudar na sua correção, sendo que pode ser dada através de forma verbal, cinética (picos de força), cinemática (gráficos de velocidade), visual (vídeo) ou uma combinação delas. Exemplo: “Da próxima vez dobra mais os joelhos”; “Observa o teu oponente, não a bola”; “Não fizeste a rotação do tronco completa, desta vez”. 28. Definir controlo postural. É o conjunto de processos neuromotores que permitem manter o equilíbrio e a postura nas atividades diárias e desportivas. É necessário a coordenação e integração de variados sistemas: sistemas de ação, sistemas cognitivos e sistemas sensoriais do controlo humano. 29. Distinguir entre orientação postural e estabilidade postural. Orientação postural é a posição do corpo em relação ao espaço, incluindo a posição da cabeça, tronco e membros. Estabilidade postural é a capacidade do corpo manter a estabilidade durante a manutenção de uma postura, movimento do corpo e atividades dinâmicas. : É a capacidade de manter o centro de gravidade (COG) dentro da base de sustentação (BOS), através da coordenação de estratégias sensoriais. Para que acha equilíbrio, é necessário que acha uma relação entre o COM (centro de massa), COG (centro de gravidade), BOS (base de sustentação) e COP (centro de pressão). 30. Definir limites de estabilidade. Os limites da estabilidade são fronteiras entre o estado de equilíbrio e desequilíbrio que englobam o ângulo de oscilação normal do corpo numa superfície estável, na direção ântero-posterior (estabilidade no plano sagital, frente e trás, varia entre 10-15 graus) e na direção médio-lateral (estabilidade no plano coronal, medial ou lateral, varia entre 15-20 graus). Temos o equilíbrio estático (mantem o CG dentro da BS quando está em pé ou em posições estáticas), o equilíbrio dinâmico (mante uma posição vertical quando o CG a BS se estão a mover) e o equilíbrio funcional (capacidade de realizar uma TM que requer equilíbrio). 31. Nomear e descrever os sistemas de ação envolvidos no controlo postural. Os sistemas de ação são todas as estruturas que vão dar respostas motoras. Podem ser passivos as articulações (movimento), ossos (sustentação) e ligamentos (restringem), podem ser ativos, os músculos, nomeadamente as fibras que os constituem e o seu comprimento, alinhamento e configuração (estabilidade são os tipo I muito resistentes à fadiga e as de mobilidade o tipo II, as IIa são + resistentes à fadiga e as IIb são o mesmo) ou podem ser neurais (vias motoras indiretas ou ventro-mediais- vestíbulo espinhal para o controlo da postura e equilíbrio + a reticulo espinhal pôntica para excitar o tónus e a bulbar para inibir + a teto espinhal para os movimentos da cabeça e pescoço em resposta a estímulos visuais e auditivos + rubro-espinhal para movimentos dos MS e finos das mãos). 32. Nomear e descrever os sistemas sensoriais envolvidos no controlo postural. Temos o Sistema Sensorial (recetores dos olhos, ouvido interno, articulações e músculos) que fornece informações sobre a posição e o movimento do corpo, como informações sobre o ambiente. É usada para criar o sentido da posição do corpo no espaço (proprioceção): O sucesso do equilíbrio depende do conhecimento preciso de toda a configuração do corpo no espaço, bem como da localização do CoM em relação à linha de gravidade e à base de suporte. Perturbações num único canal sensorial pode criar ilusões de mudança na verticalidade da Terra ou na orientação de todo o corpo A diminuição da fiabilidade de um canal sensorial pode ser compensada pelo aumento da relevância de outro canal O Sistema Cognitivo (atenção e perceção) usa essas informações para criar um mapa da posição e movimento do corpo indica espaço (incluindo a deteção de ameaças potenciais à manutenção do equilíbrio sendo que contribui para o controle proactivo e reativo do equilíbrio. O Sistema Motor (áreas motoras, vias motoras e músculos) que planeia e executa os comandos gerados, fazendo ajustes na posição e movimento do corpo, incluindo os reflexos. Indica a posição da cabeça no espaço transformando as forças provocadas pela aceleração da cabeça e da gravidade num sinal biológico sendo que pode iniciar reflexos para a estabilização do olhar, da cabeça e do corpo. 33. Nomear e descrever os sistemas de cognição envolvidos no controlo postural. Temos a perceção uma função cognitiva do córtex e cerebelo que remete à capacidade de dar significado a sinais elétricos e a atenção que é definida como a capacidade de um indivíduo responder mais aos estímulos que lhe são significativos em detrimento de outro, pelo que quando há tarefas duplas, o desempenho de ambas vai ficar comprometido, ou seja, a atenção numa tarefa cognitiva vai afetar o controlo postural proactivo e reativo. 34. Distinguir ajustes posturais antecipatórios de ajustes posturais compensatórios. Os ajustes posturais antecipatórios (APA) ocorrem antes de uma perturbação do equilíbrio- forma automática e inconsciente, ou seja, que acontecem antes do início do movimento e imediatamente antes da execução motora (durante a programação motora) sendo ativados pelo córtex motor primário. Os ajustes posturais compensatórios (CPA) ocorrem após uma perturbação do equilíbrio- forma consciente ou inconsciente, ou seja, provém do cerebelo e são dependentes de feedback, sendo que existem estratégias para o desequilíbrio – pequenas usa TT + grandes usa anca + muito grandes usa passo (c/ o aumento da idade perde as da TT). 35. Identificar e descrever as estratégias motoras do controlo postural. Estratégia do tornozelo: Plano sagital (frente e trás), perturbação de baixa amplitude, superfície firme e ativa a musculatura distal para proximal a fim de restabelecer o equilíbrio entre a BOS existente. Envolve alterações do centro de massa através da rotação do corpo relativamente à tibiotársica, como um mecanismo semelhante a um pendulo invertido, com movimento mínimo nas articulações da anca e joelho. Estratégia da anca: Ocorre quando o nosso COG está próximo da LOS, perturbação grande ou de alta amplitude e ativa a musculatura proximal para distal. Na qual o corpo exerce um binário de forças a nível da anca para mover rapidamente o centro de massa, é usado em superfícies de suporte estreitas ou não rígidas. Esta ativação precoce dos músculos do tronco e anca movem o centro de massa sobre a base de suporte, de modo a manter a postura. Estratégia do passo: Perturbação grande ou de alta amplitude quando move o COM para além da LOS e amplia recuperando a BOS. Realinha a base de suporte sobre o centro de massa com passos rápidos ou saltos na direção da fonte de desequilíbrio externo. Estratégia sobretudo usada na marcha, e quando a manutenção no mesmo lugar não é importante. No entanto, mesmo que seja utilizada a estratégia do passo em resposta a um desequilíbrio externo, há uma tentativa prévia de retornar o centro massa para a posição inicial, exercendo um binário angular. Estratégia de transferência de peso: plano frontal, neutraliza perturbações direcionadas lateralmente (de um pé para o outro), pequena amplitude e há trabalho das ancas para puxar o COM na direção apropriada. Estratégia de suspensão: usada quando uma pessoa baixa rapidamente o seu COM, levando a flexão da anca, joelho e TT. Raramente é vista estáticamente. 36. Dado um caso clínico, conseguir identificar as componentes do controlo postural afetadas 37. Refirir algumas das principais funções do membro superior. O MS é importante para a independência funcional, para a relação com o meio ambiente e para o progresso da espécie humana (avanços tecnológicos, sociais e culturais), sendo o elemento chave a mão que permite alcançar, agarrar e manipular os objetos. 38. A ativação voluntária do membro superior começa pela localização do alvo.Explicar a afirmação. Nós movemo-nos com intenção, pelo que se quero manipular/ agarrar ou alcançar um objeto preciso de o localizar primeiro e só depois vou ativar o meu corpo (áreas corticais- áreas sensoriais, córtex parietal posterior e áreas pré motoras) conforme a sua localização (preciso de esticar muito o braço/ dobrá-lo, …), ou seja, para o membro superior realizar as suas tarefas de alcançar e agarrar um objeto é necessário que haja uma localização do alvo. 39. Explicar a interação recíproca entre os olhos e a mão. Os movimentos da mão são mais precisos quando acompanhados pela visão e quando os olhos perseguem um alvo é mais eficaz se a mão também estiver a seguir o alvo. EX: Ler um livro e seguir a linha com a caneta 40. Apesar dos movimentos de alcançar e agarrar serem síncronos, são duas componentes distintas, controladas por mecanismos neurais diferentes. Explicar a afirmação. Reach and grash- O planeamento dos movimentos de Alcançar e de Agarrar tem processamentos corticais diferentes, baseado na informação visual. No movimento simultâneo de alcançar e agarrar, enquanto o braço se move para levar a mão ao alvo, a mão vai abrindo e os dedos vão-se adaptando ao objeto, seguem por isso vias motoras diferentes. O alcançar engloba músculos mais proximais, o sistema ventro-mediano e as vias mediais do tronco cerebral (vestíbulo espinhal para o controlo da postura e equilíbrio + a reticulo espinhal pôntica para excitar o tónus e a bulbar para inibir + a teto espinhal para os movimentos da cabeça e pescoço em resposta a estímulos visuais e auditivos). Já o agarrar engloba músculos intrínsecos da mão, o sistema dorso-lateral, estando relacionado com o córtex motor primário e com a via cortico-espinal lateral (movimentos voluntários das mãos) e a via lateral do tronco cerebral (rubro-espinhal para movimento dos MS e finos das mãos). 41. Explicar quais são os determinantes dos padrões de preensão. Existem diversas propriedades dos objetos que são determinantes dos padrões de preensão, como o tipo de tarefa a realizar com esse objeto e as propriedades do objeto: Propriedades intrínsecas: tamanho, forma e textura do objeto Propriedades extrínsecas: distância, orientação, localização relativamente ao corpo O circuito dorso lateral (do lobo parietal até às áreas pré-motoras) transforma as características visuais dos objetos no tipo de preensão e manipulação mais adequados. 42. Explicar a diferença funcional entre a preensão de força e a preensão de precisão e justificar fisiologicamente esta diferença. A preensão de força é quando o polegar e dedos se relacionam com a palma da mão para segurar objetos e a preensão de precisão é quando a força é feita entre dedos e polegar, o que permite a manipulação do objeto entre mão e dedos, sendo por isso necessária mais destreza e menos força, sendo que o córtex motor está mais envolvido nesta que há uma maior ativação dos músculos intrínsecos da mão (preensão precisa e refinada). Músculos intrínsecos da mão VS Músculos extrínsecos da mão- Diferentes tipos de preensão originam atividades motoras diferentes ao nível da mão e ao nível das vias cortico-espinais. 43. Referir quais são as 2 fases em que se pode dividir a tarefa do sit-to-stand, qual o principal objetivo de cada uma delas e qual a mobilidade e atividade muscular que as caracteriza. Temos a fase de preparação (inicio do movimento até à elevação da pélvis) em que o centro de massa se desloca para a frente provocando uma elevação da pélvis e uma transferência de peso da pélvis e coxas para os pés, a anca vai fletir (psoas e quadricípite), o que vai dar a ideia de que é o tronco que flete, mas este está estabilizado (reto abdominal e extensores do tronco), o joelho mantêm-se na mesma posição (+- 90º), vai haver uma flexão dorsal da TT em que o tibial anterior está a trabalhar “invertido”(estabilizar o pé). Depois vem a fase de extensão (elevação da pélvis e posição dos pés) em que o centro de massa se vai deslocar superiormente e depois um pouco para trás, há a extensão do tronco, ancas (glúteos e ísquio), joelho (quadricípite) e o tricípite sural vai controlar a deslocação anterior do peso corporal. 44. Referir qual a função dos flexores plantares e dos flexores dorsais no ciclo de marcha. Os flexores plantares vão dar estabilidade na fase de apoio e vão dar força na fase da propulsão, enquanto os flexores dorsais vão estar a impedir que o pé se arraste no chão (passagem do pé) durante a fase oscilante e vão controlar o “ataque” ao solo na fase de apoio inicial (posicionamento correto no contacto com o solo). 45. Referir o que se entende por “dissociação de cinturas” e qual a sua importância. Dissociação de cinturas é um movimento recíproco e inverso das cinturas escapular e pélvica estando associado à mobilidade de um MI sobre o outro (fixo). Permite a manutenção do equilíbrio durante a marcha, para que exista uma marcha fluída e permita o olhar em frente, bem como a cabeça direita durante a marcha. 46. Referir o que se entende por Geradores Centrais de Padrão e qual a relevância que esse conhecimento pode ter na prática clínica. Geradores Centrais de Padrão- são redes de interneurónios espinais localizados ao nível da coluna lombar, que ativam neurónios motores inferiores, ou seja, são circuitos geneticamente determinados que produzem padrões de movimento rítmicos. A marcha sendo um movimento rítmico, cíclico e altamente coordenado, das extremidades e tronco, numa dada direção, a uma dada velocidade, com uma finalidade. Para que isso aconteça os GCP têm de estar íntegros, uma vez que eles ativam os NMI ativando alternadamente a flexão e extensão das ancas e joelhos, sendo que cada MI tem um e eles geram ciclos coordenados, podemos dizer que são fundamentais para a existência de marcha fluída. Apesar de serem ativados voluntariamente a partir daí apresentam uma atividade autónoma, o que quer dizer que a marcha não é algo em que nós tenhamos de pensar e por isso temos de tratar os nossos utentes para que a sua marcha seja rítmica, cíclica, dinâmica e não requeira grandes processos a nível cognitivo (pôr pessoa na passadeira que ela não tem tempo de pensar em todas as componentes de dar um passo). 47. Referir as características do controlo postural dinâmico ao nível da marcha. A progressão trabalha em conjunto e sinergicamente com o controlo postural assegurando a estabilidade durante a marcha: Controlo Postural em situações de marcha constante (steady-state-gait): Capacidade de manter a orientação e estabilidade durante a marcha a uma velocidade constante. Controlo Postural Reativo: Recuperação da estabilidade depois de uma perturbação inesperada durante a marcha Controlo Postural Antecipatório / Proativo: Ativação muscular antecipatória que previne destabilização por forças internas durante o ciclo de marcha (Ex: carregar uma criança ao colo); mas também previne destabilizações por forças externas (Ex: andar no meio de uma multidão). A marcha do dia-a-dia é dinâmica (circuitos curtos que duram menos de 30 segundos e requerem menos de 40 passos) – Necessidade de adaptação permanente! 1. Defina e relacione os conceitos Crescimento Físico, Desenvolvimento Motor e Maturação O crescimento físico, a maturação dos diferentes sistemas (SNC, ME e CR) e o desenvolvimento cognitivo, motor, psicossexual e psicossocial dependem de fatores inatos (Nature) e adquiridos (Nurture). O crescimento físico são transformações morfológicas quantitativas (hipertróficas e hiperplásicas) do organismo, que se manifestam tanto nas dimensões corporais, como na proporcionalidade e na composição corporal, sendo um pré-requisito para a otimização do processo de desenvolvimento motor (2 ciclos rápidos conceção- 6 meses e puberdade- pré-adolescência e adolescência e 2 ciclos lentos após a idade de aquisição da marcha-durante a idade pré escolar e após o período da puberdade até à vida adulta. As progressões são essencialmente estruturais e podem ser medidas, através dos seguintes indicadores: estatura, peso corporal, tamanho dos ossos e dentição. A maturação é um conceito essencialmente biológico que traduz o conjunto das alterações fisiológicas qualitativas, fortemente determinadas por especificações genéticas e associadas ao tempo e à influência dos fatores ambientais, que permitem uma melhoria no desempenho (performance). Maturação óssea- durante o crescimento da pessoa desde a vida fetal, durante o período de infância e na puberdade até à idade de adulto jovem, os ossos do esqueleto mudam de tamanho e forma; Cerebral; Sexual). O desenvolvimento motor é a contínua alteração do comportamento motor (desenvolvimento motor, controlo motor e aprendizagem motora), ou seja, é um processo de mudanças no comportamento motor relacionado com ambiente e idade do indivíduo que ocorre ao longo de todo o ciclo de vida, consequência da interação entre a maturação e a aprendizagem. É também um processo evolutivo contínuo e sequencial de avanços e recuos que dependem da interação de fatores inatos/individuais (nature) ou adquiridos/ambientais (nurture), pelo que se pode considerar um processo quantitativo e qualitativo. Relação: Sem o crescimento físico do organismo e sem a maturação dos sistemas seria difícil alcançar o desenvolvimento cognitivo uma vez que este consiste em mudanças de padrões e mudanças de soluções que dependem do indivíduo e das alterações que acontecem neste, que físicas quer cognitivas. 2. Explique a importância da compreensão do modelo de Newell e dos seus constrangimentos no processo de Desenvolvimento Motor da criança O modelo de Newell é para todo o ciclo de vida e não apenas para ao adulto. Em que este modelo descreve que o movimento resulta da interação entre o individuo, o ambiente e a tarefa, o que depois leva a um desenvolvimento motor. O indivíduo deve conseguir relacionar o movimento e a ação (coordenação dos músculos e articulações), a perceção (mecanismos sensoriais e de processamento) e cognição (atenção, planeamento, resolução de problemas e motivação que estão na base das intenções e objetivos motores). A tarefa é um conjunto de movimentos da cabeça, corpo e membros, adquiridos pela experiência e pela prática, que permitem atingir um resultado final com o máximo de certeza e o mínimo de dispêndio de energia, ou tempo e energia. Tendo como fatores relacionados a precisão (fina ou grosseira/global), os pontos iniciais e finais bem definidos (discreta ou contínua ou seriada), o ambiente (aberto ou fechado), o feedback (circuito aberto ou circuito fechado) e a mobilidade (móvel ou imóvel) E o ambiente que pode ser modelador do movimento ou não modelado (não condiciona o movimento, mas afeta-o). Assim, para ativar e coordenar os músculos e membros envolvidos na realização de uma tarefa motora ou no desenvolvimento motor, este vai depender do indivíduo, da tarefa e do ambiente. 3. Explique as 2 principais leis que suportam o Desenvolvimento Motor. A lei céfalo-caudal que diz que o controlo postural inicia-se da cabeça para as extremidades (cab » tronco + Ms » MI) e a lei próximo-distal que diz que o controlo postural ocorre do centro para a periferia, ou seja controlo 1º as partes mais próximas do eixo corporal (ombros) e depois as mais afastadas (dedos). 4. Comente a seguinte frase: O desenvolvimento é sequencial e ordenado - Princípio da Universalidade. As mudanças de comportamento motor seguem uma ordem sequencial e ordenada, relacionadas com a idade e seguindo um determinado padrão/ordem: 1º- As crianças assumem a posição de sentado; 2º- As crianças assumem a posição de pé e realizam a marcha 5. Comente a seguinte frase: O desenvolvimento é plástico. É guiado não apenas por um print genético básico pré-existente, mas também pelas múltiplas experiências vivenciadas pela criança, ou seja, apresenta um potencial para ser modificado (neuroplasticidade): interação com o ambiente e oportunidades de aprendizagem. 6. Comente a seguinte frase: O desenvolvimento é variável, ou seja, cada criança é única e diferente. Princípio da Variabilidade- o desenvolvimento é variável (variabilidade inter-individual e a intra-individual). Apesar de a sequência de habilidades motoras ser padronizada, contudo o ritmo de desenvolvimento é variado, originando diferenças entre as crianças. Os fatores ambientais e genéticos regulam e influenciam de forma relevante o curso do desenvolvimento e do crescimento da criança 7. Relacione as dimensões/proporções das diferentes partes do corpo no recém- nascido. A cabeça é mais proporcional que o resto do corpo ( ¼- 30% do total do corpo). Já o tronco tem a coluna vertebral praticamente reta, com exceção da presença de duas curvaturas flexoras (cifóticas): torácica e sacro-coccígea. Os membros superiores são proporcionalmente maiores que os membros inferiores. Os membros inferiores são proporcionalmente pequenos em que existe uma pélvis pequena e os pés são grandes relativamente ao comprimento dos membros inferiores. 8. Comente a seguinte frase: O bebé quando nasce não é uma tábua-rasa. O bebé quando nasce não é uma tábua rasa pois vem apetrechado com um conjunto de reflexos que permitem a sua sobrevivência após o nascimento ajudam o recém- nascido em experienciar o movimento e prepará-lo para o movimento voluntario e a organizar o comportamento motor. Muitos dos reflexos presentes são similares aos movimentos inatos vivenciados in útero no período fetal. 9. Descreva os Reflexos de preensão palmar e plantar e identifique a respetiva idade de aparecimento e de integração. Ambos surgem na vida pré-natal, mas o palmar é integrado por volta dos 3/4 meses e o plantar por volta dos 9/12 meses. O palmar é desencadeado por uma pressão na palma da mão, observando-se uma flexão dos dedos e o plantar é desencadeado por uma pressão na raiz dos dedos do pé na planta do pé em que observamos uma flexão dos dedos 10. Descreva o Reflexo de Moro e o Reflexo Tónico Cervical Assimétrico e identifique a respetiva idade de aparecimento e de integração. Ambos surgem na vida pré-natal, mas o moro é integrado por volta dos 3/6 meses e o RTCA por volta dos 3/4 meses. O Moro é desencadeado por uma queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador, onde se observa extensão e abdução dos MS (a resposta é simétrica em ambos os membros superiores) seguida de choro, funcionando como uma reação defensiva. O RTCA é desencadeado pela rotação da cabeça em que se observa uma extensão do MS ipsilateral à rotação cervical e uma flexão do MS contralateral à rotação cervical, a resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, sendo associado a uma capacidade de alerta e a uma reação de equilíbrio arcaica permitindo o conhecimento do corpo e a sua orientação no espaço, o desenvolvimento de lateralidade e conhecimento da mão. 11. Descreva o reflexo de sucção e o reflexo de rooting e identifique a respetiva idade de aparecimento e de integração. Ambos os reflexos são integrados por volta dos 3/4 meses e são ambos reflexos de sobrevivência, mas o de sucção surge na vida pré-natal e o de rooting no nascimento. O de sucção é desencadeado pela estimulação dos lábios em que se observa a projeção do lábio seguida de uma sucção vigorosa. O de rooting é desencadeado por um estímulo na região peri-bocal em que se observa uma orientação da boca para o lado do estímulo com elevação ou projeção do lábio superior para a frente 12. Relacione a integração do reflexo de marcha e do reflexo de preensão plantar com a conquista de habilidades motoras voluntárias. Ambos surgem na vida pré-natal, mas o de marcha é integrado aos 2/3 meses enquanto o plantar por volta dos 9/12 meses. O de marcha é desencadeado em suspensão vertical com os pés apoiados na superfície de apoio e inclinação anterior do tronco observando-se passos curtos e ritmados sem extensão do joelho e anca (resposta simétrica em ambos os membros inferiores). O plantar é desencadeado por uma pressão na raiz dos dedos do pé na planta do pé em que observamos uma flexão dos dedos. 13. Explique a importância do reflexo de sucção e do reflexo de rooting no recém- nascido São ambos essenciais para a sobrevivência dos bebés nas suas primeiras semanas de vida, uma vez que permitem a sua alimentação. 14. Explique a relação entre o reflexo de preensão plantar e o reflexo de Babinski e a aquisição da postura ortostática e da marcha voluntária. Ambos surgem na vida pré-natal e são integrados por volta dos 9/12 meses. O babinski é desencadeado por uma estimulação no bordo externo do pé e observando-se uma extensão dos dedos e o plantar é desencadeado por uma pressão na raiz dos dedos do pé na planta do pé em que observamos uma flexão dos dedos. Ambos os reflexos irão estimular o membro inferior de forma a prepará-lo para uma boa adaptação na marcha e só após estes dois reflexos serem integrados é que a postura ortostática e a marcha são possíveis. 15. Explique como se testa o reflexo de marcha automática e identifique a idade da sua integração. O reflexo de marcha automática é integrado aos 2/3 meses e testa-se desencadeando o bebé em suspensão vertical com os pés apoiados na superfície de apoio e inclinação anterior do corpo, observando-se passos curtos e ritmados sem extensão do joelho e anca (a resposta é simétrica em ambos os membros inferiores). 16. Explique como se testa/avalia o reflexo tónico cervical assimétrico e identifique a idade da sua integração O reflexo tónico cervical assimétrico é integrado por volta dos 3/4 meses, avalia-se desencadeando uma rotação da cabeça e observando-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral à rotação (as respostas dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão). 17. Explique como se testam/avaliam os reflexos de preensão palmar e plantar. O reflexo de preensão palmar testa-se por uma preensão na palma da mão em que se observa uma flexão dos dedos. O reflexo de preensão plantar testa-se por uma preensão na raiz dos dedos do pé em que se observa uma flexão dos dedos. 18. Explique como se testa/avalia o reflexo de Moro e identifique a idade da sua integração O reflexo de Moro é integrado por volta dos 3/6 meses, avalia-se desencadeando uma queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador, observando-se uma extensão e abdução dos membros superiores seguido de choro (a resposta é simétrica em ambos os membros superiores). 19. Explique como se testa/avalia o reflexo de Babinski ou reflexo cutâneo-plantar e identifique a idade da sua integração O reflexo cutâneo-plantar (Babinski) é integrado aos 9/12 meses e é avaliado desencadeando-se uma estimulação no bordo externo do pé, observando-se uma extensão do halux e dos restantes dedos. 20. Explique como se testa/avalia o reflexo de Gallant e identifique a idade da sua integração. O reflexo de gallant é integrado por volta dos 3/4 meses e testa-se desencadeando-se um estímulo tátil na região lateral do tronco, observando-se uma flexão lateral do tronco para o lado do estimulo. A não integração é responsável pela dificuldade em realizar a transferência de peso, o desenvolvimento das reações de equilíbrio e a aquisição da postura de sentado. 21. Relacione a integração do reflexo Tónico cervical assimétrico com a conquista da linha média e da postura simétrica. O RTCA é desencadeado pela rotação da cabeça em que se observa uma extensão do MS ipsilateral à rotação cervical e uma flexão do MS contralateral à rotação cervical, a resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão. Associado a uma capacidade de alerta e a uma reação de equilíbrio arcaica permitindo o conhecimento do corpo e a sua orientação no espaço, o desenvolvimento de lateralidade e conhecimento da mão, um marco fundamental no esquema corporal. 22. Explique a reação de Landau e o seu processo de maturação desde a sua primeira manifestação até à sua maturação total e respetiva importância no desenvolvimento Motor O reflexo de Landau surge por volta dos 4/5 meses e é maturado por volta dos 9/12 meses, sendo desencadeado em suspensão horizontal, observando-se uma resposta extensora. A partir dos 4/5 meses: reage à suspensão ventral com extensão da cabeça, tronco e ligeiramente nos membros inferiores. Por volta dos 6/8 meses: faz extensão parcial dos membros inferiores Por volta dos 9/12 meses: faz extensão total da cabeça, tronco e membros 23. Defina reflexos e explique a importância no processo de desenvolvimento da criança. Os reflexos são respostas motoras simples, estereotipadas e involuntárias que são provocadas por estímulos específicos. A sua ocorrência não depende de experiência prévia pois são inatos e controlados pelo tronco cerebral. Estão presentes desde a fase pré-natal e são integrados ao longo do primeiro ano de vida, à medida que se desenvolve o córtex cerebral. São essenciais para a sobrevivência dos bebés nas suas primeiras semanas de vida pois consistem nas primeiras formas de movimento humano, proporcionam experiências motoras e sensoriais, são cruciais para a preparação do desenvolvimento dos movimentos voluntários subsequentes, servindo como fonte primária de compilação de informações no período neonatal e permitem a avaliação da integridade do SNC nos primeiros meses de vida no rastreio de outras condições e identificar alterações do desenvolvimento. 24. Explique a importância da integração dos reflexos neonatais no processo de desenvolvimento da criança. São essenciais para a sobrevivência dos bebés nas suas primeiras semanas de vida pois consistem nas primeiras formas de movimento humano, proporcionam experiências motoras e sensoriais, são cruciais para a preparação do desenvolvimento dos movimentos voluntários subsequentes, servindo como fonte primária de compilação de informações no período neonatal e permitem a avaliação da integridade do SNC nos primeiros meses de vida no rastreio de outras condições e identificar alterações do desenvolvimento. Parte II. Controlo postural desde o RN até à aquisição da marcha 1. Descreve 3 skills (motores) relevantes, conquistados pela criança na faixa etária dos 3/4 meses Reflexos - Integração:Reflexo sução/Rooting; Reflexo de Marcha; Moro – ação diminuída; Preensão palmar Controlo Postural - > Aquisições relevantes controlo da cabeça (> ativação extensores e flexores cervicais) cabeça na linha média (alinhado com o tronco) ‒ > controlo óculo-motor 2. Explique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de Decúbito Ventral observadas entre a criança recém-nascida e a criança na faixa etária de 1/2 meses de idade. Em uma criança recém-nascida o padrão postural em decúbito ventral é identificado por: transferência de peso maioritariamente para a cabeça e um padrão global de flexão, ou seja, ombros em adução, cotovelos em flexão e mãos maioritariamente fechadas devido ao reflexo de preensão palmar. Nos membros inferiores a anca também se encontra em flexão a pélvis em retroversão e elevada da superfície de apoio, joelhos em flexão e pés em flexão dorsal. Há uma menor mobilidade no membro superior devido à transferência de peso para a cabeça e maior mobilidade nos membros inferiores devido à transferência de peso ser para a cabeça. Em uma criança de ½ meses há uma diminuição do padrão global de flexão e há o iniciar da transferência de peso para a cintura escapular e ligeiramente para a porção superior da dorsal- membros inferiores menos livres para o movimento do recém- nascido. A cabeça encontra-se maioritariamente rodada para um dos lados (inicia extensão cervical ativa) e o tronco encontra-se mais simétrico em relação ao resto do corpo. Em relação aos membros superiores há um apoio nos antebraços (cotovelos recuados em relação aos ombros); ombros ligeiramente abduzidos em ligeira rotação interna e anteversão; antebraço em pronação e as mãos alternam entre frechadas e abertas (reflexo de preensão palmar). Em relação aos membros inferiores: a pélvis encontra-se menos elevada; anca com maior extensão; joelho com maior extensão e tt maioritariamente em flexão dorsal. 3. Explique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de Decúbito Ventral observadas entre a criança recém-nascida e a criança de 3/4 meses de idade. Em uma criança recém-nascida o padrão postural em decúbito ventral é identificado por: transferência de peso maioritariamente para a cabeça e um padrão global de flexão, ou seja, ombros em adução, cotovelos em flexão e mãos maioritariamente fechadas devido ao reflexo de preensão palmar. Nos membros inferiores a anca também se encontra em flexão a pélvis em retroversão e elevada da superfície de apoio, joelhos em flexão e pés em flexão dorsal. Há uma menor mobilidade no membro superior devido à transferência de peso para a cabeça e maior mobilidade nos membros inferiores devido à transferência de peso ser para a cabeça. Em uma criança de ¾ meses há uma diminuição da postura em flexão e uma maior transferência de peso para a cintura escapular e porção dorsal média (cotovelos alinhados em relação aos ombros). Mantém a cabeça na linha média; atinge uma posição de esfinge onde há apoio sobre os cotovelos e antebraços. Em relação aos membros inferiores: os ombros encontram-se com uma menor rotação interna os antebraços com maior pronação o punho com mais extensão e as mãos mais abertas. Em relação aos membros inferiores: há um aumento da extensão da anca e diminuição da rotação externa e abdução; aumento da extensão no joelho e a tt alterna entre flexão dorsal e plantar. Os membros inferiores apresentam um padrão mais imaturo do que os membros inferiores- lei céfalo-caudal. 4. Explique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de Decúbito Ventral observadas entre as faixas etárias 3/4 meses e os 5/6 meses de idade. Em uma criança de ¾ meses há uma diminuição da postura em flexão e uma maior transferência de peso para a cintura escapular e porção dorsal média (cotovelos alinhados em relação aos ombros). Mantém a cabeça na linha média; atinge uma posição de esfinge onde há apoio sobre os cotovelos e antebraços. Em relação aos membros inferiores: os ombros encontram-se com uma menor rotação interna os antebraços com maior pronação o punho com mais extensão e as mãos mais abertas. Em relação aos membros inferiores: há um aumento da extensão da anca e diminuição da rotação externa e abdução; aumento da extensão no joelho e a tt alterna entre flexão dorsal e plantar. Os membros inferiores apresentam um padrão mais imaturo do que os membros inferiores- lei céfalo-caudal. Em uma criança de 5/6 meses a cabeça tem um controlo eficaz permitindo a realização de flexão, extensão, flexão lateral e rotação com os membros superiores em extensão; o tronco encontra-se num padrão maior de extensão há ativação dos músculos extensores dorsais e início da ativação dos músculos extensores lombares. Há transferência de pessoa para a coluna lombar e ligeiramente para a cintura pélvica. Em relação ao membro superior há uma maior estabilidade da cintura escapular; apoio nas mãos abertas com maior extensão dos cotovelos, transfere o peso para um dos hemicorpos (alcance unilateral; início da dissociação das cinturas, rotações e inclinações do tronco). Os membros inferiores encontram-se mais alinhados com o resto do corpo ancas com maior padrão de extensão e menor padrão de abdução e rotação externa; joelhos com maior padrão de extensão e a tt move-se de flexão plantar para dorsal e vice-versa. Menor mobilidade membros inferiores. 5. Explique a influência das experiências vivenciadas na posição de Decúbito Ventral, no desenvolvimento das capacidades manipulativas/motricidade fina. A transferência de peso de um Membro superior para o outro permite não só que a criança interage com o meio ambiente, bem como: formação do arco plantar- troca de peso para o lado radial e cubital da mão fundamental para a diminuição do tecido adiposo e posteriormente para as capacidades manipulativas/motricidade fina e também fornece estímulos sensoriais e proprioceptivos para os membros superiores 6. Identifique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de sentado entre uma criança de 5/6 meses e de 7/8 meses. Uma criança de 5/6 meses consegue libertar o membro superior para brincar apenas dentro da base de suporte/apoio- recorrendo à adução das escápulas para potencializar a extensão do tronco; base de sustentação alargada “ring-sitting”- ancas em abduão, rotação externa e joelhos em flexão. Já tem equilíbrio em situações esáticas mas a em situações dinâmicas são menos eficazes, apresenta reações de extensão protetiva para a frente. Uma criança de 7/8 meses tem uma base de sustentação mais alargada e não necessita do apoio dos membros superiores para manter o equilíbrio; dissociação dos membros inferiores e transferência de peso para um hemicorpo nesta idade surgem as reações de extensão protetiva para os lados rotações do tronco e já há estabilidade sufuciente para sair da base de sustentação. 7. Identifique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de sentado entre uma criança de 7/8 meses e de 9/12 meses. Uma criança de 7/8 meses tem uma base de sustentação mais alargada e não necessita do apoio dos membros superiores para manter o equilíbrio; dissociação dos membros inferiores e transferência de peso para um hemicorpo nesta idade surgem as reações de extensão protetiva para os lados rotações do tronco e já há estabilidade sufuciente para sair da base de sustentação. Uma criança de 9/12 meses tem uma melhoria no controlo postural que permite a realização de atividades mais complexas na posição de sentado: melhor equilíbrio em situações dinâmicas; reações de extensão protetiva para trás; realiza posições transitória com um controlo postural melhorado no trabalho excêntrico; maior controlo do tronco inferior e inicio da estabilidade da cintura pélvica. 8. Explique 4 diferenças observadas em decúbito dorsal ao longo dos primeiros 6 meses de vida (postura, tónus, movimento voluntário, e força muscular). R.N: postura assimétrica e padrão global de flexão; postura assimétrica do tronco e cabeça membros superiores maioritariamente em flexão tal como os membros inferiores; movimentos muito imaturos e essencialmente de natureza reflexa; movimentos globais do membro superior e inferior (sem seletividade) e estereotipados. ½ meses: diminuição gradual da hipertonia fisiológica flexora, devido à ação da gravidade e maior atividade muscular; cabeça maioritariamente assimétrica em relação ao corpo (forte ação do rtca); tronco ligeiramente mais simétrico do que o recém-nascido; membros superiores com menor flexão e as mãos alternam entre abertas e fechadas; membros inferiores com menor padrão de flexão. A cabeça tem maior mobilidade devido à ativação dos músculos cervicais, o membro superior tem um movimento mais global de maior amplitude os membros inferiores movem-se simetricamente e forma sincronizada com os m.s; faz kicking. ¾ meses: postura global mais extensora há diminuição da hipertonia fisiológica de extensão e maior atividade da musculatura extensora e do alongamento da musculatura flexora; postura mais simétrica devido à integração do RTCA e mãos mais abertas devido à integração do reflexo de preensão palmar. A cabeça realiza rotações para ambos os lados e apresenta flexão ativa (leva o queixo ao peito), aos 4 meses inicia o controlo contra-gravidade e ativação dos flexores do ombro (leva a mão à boca, toca com uma mão na outra, toca com as mãos no joelho). 5/6 meses: sai da simetria para explorar o corpo e o meio ambiente e cruza a linha média; bom controlo flexor da cabeça e tronco superior contra a gravidade perimitindo a flexão da cabeça e tronco (ativação músculos flexores cervicais e inicio ativação dos músculos retos do abdómen). Em relação aos membros superiores faz flexão ativa do ombro conseguindo realizar pré-alcance dos brinquedos e há maior extensão do cotovelo. Nos membro inferiores há à aperfeiçoamento das componentes preparatória necessárias à aquisição da posição de sentado, iniciadas aos 3/4meses (fortalecimento flexores da anca, alongamento cadeia posterior, carga proprioceptiva na articulação coxo-femural), surgem novas componentes, inicio dissociação de cinturas e cruzamento da linha média e inicio da ativação dos músculos oblíquos do abdómen. 9. Explique 4 diferenças observadas em decúbito ventral ao longo dos primeiros 6 meses de vida (postura, tónus, movimento voluntário, e força muscular). Em uma criança recém-nascida o padrão postural em decúbito ventral é identificado por: transferência de peso maioritariamente para a cabeça e um padrão global de flexão, ou seja, ombros em adução, cotovelos em flexão e mãos maioritariamente fechadas devido ao reflexo de preensão palmar. Nos membros inferiores a anca também se encontra em flexão a pélvis em retroversão e elevada da superfície de apoio, joelhos em flexão e pés em flexão dorsal. Há uma menor mobilidade no membro superior devido à transferência de peso para a cabeça e maior mobilidade nos membros inferiores devido à transferência de peso ser para a cabeça. Em uma criança de ½ meses há uma diminuição do padrão global de flexão e há o iniciar da transferência de peso para a cintura escapular e ligeiramente para a porção superior da dorsal- membros inferiores menos livres para o movimento do recém- nascido. A cabeça encontra-se maioritariamente rodada para um dos lados (inicia extensão cervical ativa) e o tronco encontra-se mais simétrico em relação ao resto do corpo. Em relação aos membros superiores há um apoio nos antebraços (cotovelos recuados em relação aos ombros); ombros ligeiramente abduzidos em ligeira rotação interna e anteversão; antebraço em pronação e as mãos alternam entre frechadas e abertas (reflexo de preensão palmar). Em relação aos membros inferiores: a pélvis encontra-se menos elevada; anca com maior extensão; joelho com maior extensão e tt maioritariamente em flexão dorsal. Em uma criança de ¾ meses há uma diminuição da postura em flexão e uma maior transferência de peso para a cintura escapular e porção dorsal média (cotovelos alinhados em relação aos ombros). Mantém a cabeça na linha média; atinge uma posição de esfinge onde há apoio sobre os cotovelos e antebraços. Em relação aos membros inferiores: os ombros encontram-se com uma menor rotação interna os antebraços com maior pronação o punho com mais extensão e as mãos mais abertas. Em relação aos membros inferiores: há um aumento da extensão da anca e diminuição da rotação externa e abdução; aumento da extensão no joelho e a tt alterna entre flexão dorsal e plantar. Os membros inferiores apresentam um padrão mais imaturo do que os membros inferiores- lei céfalo-caudal. Em uma criança de 5/6 meses a cabeça tem um controlo eficaz permitindo a realização de flexão, extensão, flexão lateral e rotação com os membros superiores em extensão; o tronco encontra-se num padrão maior de extensão há ativação dos músculos extensores dorsais e início da ativação dos músculos extensores lombares. Há transferência de pessoa para a coluna lombar e ligeiramente para a cintura pélvica. Em relação ao membro superior há uma maior estabilidade da cintura escapular; apoio nas mãos abertas com maior extensão dos cotovelos, transfere o peso para um dos hemicorpos (alcance unilateral; início da dissociação das cinturas, rotações e inclinações do tronco). Os membros inferiores encontram-se mais alinhados com o resto do corpo ancas com maior padrão de extensão e menor padrão de abdução e rotação externa; joelhos com maior padrão de extensão e a tt move-se de flexão plantar para dorsal e vice-versa. Menor mobilidade membros inferiores. 10. Explique 4 diferenças em termos de controlo postural na posição de Decúbito dorsal observadas entre a criança de 3/4 meses e de 5/6 meses de idade. ¾ meses: postura global mais extensora há diminuição da hipertonia fisiológica de extensão e maior atividade da musculatura extensora e do alongamento da musculatura flexora; postura mais simétrica devido à integração do RTCA e mãos mais abertas devido à integração do reflexo de preensão palmar. A cabeça realiza rotações para ambos os lados e apresenta flexão ativa (leva o queixo ao peito), aos 4 meses inicia o controlo contra-gravidade e ativação dos flexores do ombro (leva a mão à boca, toca com uma mão na outra, toca com as mãos no joelho). 5/6 meses: sai da simetria para explorar o corpo e o meio ambiente e cruza a linha média; bom controlo flexor da cabeça e tronco superior contra a gravidade perimitindo a flexão da cabeça e tronco (ativação músculos flexores cervicais e início ativação dos músculos retos do abdómen). Em relação aos membros superiores faz flexão ativa do ombro conseguindo realizar pré-alcance dos brinquedos e há maior extensão do cotovelo. Nos membros inferiores há à aperfeiçoamento das componentes preparatória necessárias à aquisição da posição de sentado, iniciadas aos 3/4meses (fortalecimento flexores da anca, alongamento cadeia posterior, carga proprioceptiva na articulação coxo-femural), surgem novas componentes, início dissociação de cinturas e cruzamento da linha média e inicio da ativação dos músculos oblíquos do abdómen 11. Explique 2 diferenças em termos de controlo postural durante o alcance dos objetos, na posição de Decúbito dorsal observadas entre a criança de 3/4 meses e de 5/6 meses de idade. ¾ meses: inicia o controlo contra-gravidade e ativação dos flexores ombro e inicia o alcançar voluntário ainda com flexão do cotovelo; dificuldade em soltar os brinquedos devidos aos vestígios do reflexo de preensão palmar. 5/6 meses: Cruza a linha média e o membro superior faz flexão e abdução ativda do ombro, conseguindo realizar o pré-alcance dos brinquedos e também há uma maior extensão do cotovelo 12. Identifique os padrões locomotores conquistados na faixa etária 5/6 meses. Rolar: decúbito dorsal para ventral e vice-versa (capacidade de rolar de forma intencional e com maior seletividade de movimentos) ; pivoting em decúbito ventral (extensão da cabeça tronco e anca e transferência de peso de um hemicorpo para o outro) e rastejar essencialmente para trás (empurra-se com os membros superiores). 13. Explique 2 diferenças em termos de controlo postural no padrão locomotor rastejar entre as crianças nas faixas etárias 5/6meses e 7/8 meses de idade. 5/6 meses: consegue rastejar com pouca seletivdade de movimentos e demonstra dificuldade em progredir para a frente, mais fácil rastejar para trás com a ajuda dos membros superiores. 7/8 meses: progrida para a frente com maior estabilidade na cintura escapular, maior controlo do tronco, mais força muscular e maior seletividade de movimentos. 14. Explique 2 diferenças em termos de controlo postural no padrão locomotor gatinhar entre as crianças nas faixas etárias 7/8 meses e 9/12 meses de idade. 7/8 meses: padrão pouco eficiente; dificuldade na estabilidade postural na posição de gatas e dificuldade na transferência de peso para a cintura escapular como também na coordenação motora entre membro superior e inferior, dificuldade na dissociação de cinturas 9/12: > eficiência nesta atividade locomotora: Progride facilmente para a frente e consegue mudar de direção; > velocidade; > estabilidade da cintura escapular e pelvica > ativação dos estabilizadores da coluna; > dissociação das cinturas (escapular/pélvica) 15. Identifique e caraterize os padrões locomotores conquistados na faixa etária 9/12 meses de idade. Marcha lateral com apoio: desloca-se de lado apoiado em objetos, essencial para a estabilidade do membro inferior em apoio; Marcha com apoio: apoio ou com ajuda de terceiros Marcha sem apoio: Pode dar uns passos sem apoio- BS alargada; Exagerada flexão da anca e dos joelhos (fase oscilante) e ligeira flexão durante a fase de apoio; MS elevados e adução das escápulas (para ajudar no equilíbrio ou seja, aumentar a BS). Apoio plantígrado Trepar; andar de triciclo ou carro sem pedais 16.Explique as diferenças observadas em decúbito dorsal na preparação da posição de sentado entre as crianças nas faixas etárias 3/4 meses e os 5/6 meses de idade. ¾ meses: Inicia a flexão ativa da anca contra-gravidade (até cerca de 90o) – permite iniciar a carga proprioceptiva na coxo-femoral e ativação dos músculos abdominais retos. 5/6 meses: fortalecimento dos flexores da anca; fortalecimento dos músculos abdominais inferiores; alongamento da cadeia posterior – permite uma maior e exploração do seu corpo e noção de si mesmo, do “EU” ;c arga propriocetiva na art coxo-femural (orientação da cabeça do fémur na direção do acetábulo) 17. Explique 4 diferenças observadas no padrão de marcha entre o memento de aquisição da 1a forma de marcha independente (fase inicial) e após 6 meses de treino/experienciação. Fase inicial: BS alargada Exagerada flexão da anca e dos joelhos (fase oscilante) e ligeira flexão durante a fase de apoio MS elevados e adução das escápulas (para ajudar no equilíbrio ou seja, aumentar a BS).Apoio plantígrado. Após 6 meses: Marcha + funcional: > equilíbrio; Extensão da anca e joelhos MS ao longo do corpo; Progressão calcanhar-ponta do pé; Consegue desviar-se de obstáculos. Ainda apresenta alguma dificuldade em parar e mudar de direcção rapidamente. 18. Identifique a diferença na duração das fases da marcha entre a criança e o adulto. Duração apoio simples: aumenta; gradualmente (32% 1 ano e 38% 4 anos); Duração do duplo apoio: diminuição- criança 36% e adulto 32%; 19. Identifique as diferenças observadas nas variáveis angulares da marcha entre a criança e o adulto. Rotação pélvica: aumenta- Permitir o movimento global do membro inferior e a dissociação das cinturas Anca: > Extensão na fase final de apoio e no contacto inicial e < flexão na fase oscilante Diminuição dos níveis de ativação dos músculos da anca e do joelho, mas ativação mais elevada ao nível do tornozelo Joelho: Extensão na fase final de apoio e no contacto inicial e < flexão na fase oscilante > controlo dinâmico do joelho durante todo o ciclo de marcha e > força dos extensores do joelho Pé. O contacto inicial: passa de um contacto total do pé, para um padrão no sentido do calcanhar para os dedos – dedos muito importante na fase de propulsão (pré- oscilante)- Os ângulos do pé alteram-se com diminuição do movimento de abdução e rotação externa da anca 20. Identifique as diferenças observadas nas variáveis espaço-temporais da marcha entre a criança e o adulto. Comprimento do passo e da passada: aumenta- aumento do comprimento dos membros inferiores Velocidade: aumenta Cadência: diminuição, relacionada com a velocidade Largura do passo: diminuição- diminui progressivamente até aos 4/6 anos até à largura do tronco. 21. Identifique os 8 fatores de influência responsáveis pela maturação do padrão de marcha. – Idade – Experiência/prática desta tarefa funcional – Dimensões corporais – Maturação do sistema nervoso central – Sistemas sensoriais – Relação músculo-tecido adiposo – Desenvolvimento do sistema músculo-esquelético – Estabilidade postural cabeça/tronco

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