Microbiologia Turma 98-22-64 PDF
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Universidade Federal do Amazonas
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Lecture notes on microbiology, focusing on bacterial morphology, structures, and their roles in pathogenicity. The lecture covers bacterial shapes, groupings, flagella, glycocalyx (capsule, slime layer), and biofilm formation. The notes mention the importance of understanding these structures for medical applications.
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Aula 19.03.18 ComeƧa o Ć”udio falando da importĆ¢ncia de se conhecer a morfologia das bactĆ©rias: Estruturas bacterianas, como as bactĆ©rias conseguem suplantar a imunidade do hospedeiro atravĆ©s de suas estruturas, produĆ§Ć£o de proteĆnas bacterianas, etc.(Ficou falando do facebook blablabla) ESTRUTURA DA...
Aula 19.03.18 ComeƧa o Ć”udio falando da importĆ¢ncia de se conhecer a morfologia das bactĆ©rias: Estruturas bacterianas, como as bactĆ©rias conseguem suplantar a imunidade do hospedeiro atravĆ©s de suas estruturas, produĆ§Ć£o de proteĆnas bacterianas, etc.(Ficou falando do facebook blablabla) ESTRUTURA DA BACTERIA As bactĆ©rias sĆ£o organismos procariotos (nĆ£o tem membrana nuclear Ć© uma definiĆ§Ć£o primaria, pois Ć© um conceito equivocado do ensino mĆ©dio; O DNA nĆ£o estĆ” disperso no citoplasma sĆ³ porque ele nĆ£o tem nĆŗcleo; possui uma organizaĆ§Ć£o mais simples, nĆ£o possuem um genoma tĆ£o complexo quanto o nosso;) SĆ£o os primeiros microrganismos a habitarem a Terra, com cerca de 3,5 milhƵes de anos. Se a populaĆ§Ć£o humana extinguir as bactĆ©rias sobreviveram lindas e maravilhosas.) NĆ£o adentrou ao assunto da histĆ³ria da microbiologia, apenas falando do experimento de Pasteur do Bico de cisne. COLOCAR OS SLIDES DA HISTĆRIA DA MICROBIOLOGIA Com a microscopia eletrĆ“nica e o aprimoramento nos estudos dos Ć”cidos nucleicos, s cientistas conseguem separar os seres vivos separados em DOMINIOS (RegiĆ£o, para as bactĆ©rias, conhecida como 16s, que falou que era citar mais adiante). As bactĆ©rias sĆ£o unicelulares (atĆ© que se prove o contrĆ”rio), mas podem formas grupamentos ou ramos. A morfologia das cĆ©lulas sĆ£o diferentes, podendo aparecer atĆ© estreladas ou quadradas como exemplo, todavia, em geral, seguem um padrĆ£o morfolĆ³gico, o que torna mais fĆ”cil o estudo dessas bactĆ©rias. (Desenhando no quadro os domĆnios, rs). Nas morfologias nĆ³s temos: ļ· EsfĆ©rica ļ ācocosā ļ· Bastonete ļ ābacilosā ļ· Espirilo ļ· Espiroqueta(distinto de por ser menor e mais flexĆvel que o espirilo) ļ· VibriĆ£o Algumas dessas estruturas podem estar agrupados, por exemplo, podem existir vĆ”rios cocos agrupados e dispostos de diferentes formas: ļ· Estreptococoļ em forma de colar com cocos em sequĆŖncia(Strepcoccus Ć© o gĆŖnero, e Estreptococo Ć© a morfologia) Falou de Streptococcus pyogenes, espĆ©cie necrozante, comedora de carne. ļ· Estafilococoļ em forma de cacho de uva(Staphilococcus Ć© o gĆŖnero) O nome das bactĆ©rias podem nĆ£o ter nada a ver com a sua morfologia ļ· Diplococoļ apenas dois cocos unidos Algumas desses agrupamentos acima podem existir em Bacilos tambĆ©m, como Diplobacilos, etc. Por que nĆ£o conseguimos ter Estafilobacilos? A divisĆ£o que ocorre nas bactĆ©rias Ć© chamada de BINARIA ou CISSIPARIDADE, a Ćŗnica forma de reproduĆ§Ć£o das bactĆ©rias. Por definiĆ§Ć£o, a reproduĆ§Ć£o significa uma cĆ©lula-mae dar cĆ©lulas filhas, seus descendentes, logo as bactĆ©rias so geram seus descendentes por meio dessas duas formas de reproduĆ§Ć£o. Uma cĆ©lula esfĆ©rica possui um diĆ¢metro, nĆ£o possui lado, e qualquer linha a ser tracada por seu organismo nĆ£o vai possuir diferenƧa, logo essa Ć© uma caracterĆstica que pode ocorrer a produĆ§Ć£o de Estafilo em COCOS. JĆ” nos Bacilos, so pode se multiplicar de forma vertical, formando uma invaginaĆ§Ć£o e se dividindo, logo nĆ£o tem como formar arranjos tridimensionais como Estafilo. A Bacteria em forma de cocos pode gerar, em qualquer parte de sua superfĆcie, outras cĆ©lulas, logo posso formar diversos arranjos tridimensionais. No caso das Bacilos, so consegue produzir Estrepto e Diplo, e nĆ£o Estafilo. A cĆ©lula bacteriana tem alguns componentes, possuindo membrana citoplasmĆ”tica (Comecou a falar da teoria endossimbiotica, em que uma bactĆ©ria fora fagocitada por uma cĆ©lula eucarionte, e no caso a organela correspondente a essa bactĆ©ria Ć© a mitocĆ“ndria. A membrana externa da mitocondrias se assemelham mais a membrana plasmĆ”tica dos humanos, jĆ” a membrana interna se assemelha mais a membrana bacteriana, reforƧando a teoria endossimbiotica. Alem disso, as mitocĆ“ndrias possuem plasmĆdeos assim como as bactĆ©rias, e a aula de genĆ©tica ira tratar mais sobre esses plasmĆdeos). As bactĆ©rias possuem estruturas internas que as ajudaram a sobreviver por esses milhƵes de anos. NĆ£o possui RER e outros tipos de organelas, todavia possui outras importantes estruturas. (Desenhou a bactĆ©ria no quadro). A primeira estrutura que irei citar Ć© FLAGELO, que atribui a cĆ©lula a capacidade de se mover. O flagelo se move com o flagelo de forma rotatĆ³ria, devido a presenƧa do gancho, diferente do flageo dos SPTZ. A proteĆna que forma o flagelo dos SPTZ nĆ£o Ć© a mesma que a do flagelo das bactĆ©rias (Flagelina no caso das bacterias). As partes do flagelo sĆ£o: ļ· Gancho(rotatĆ³rio)--> ļ· Motor ļ· Filamento Ć uma estrutura reconhecida pelo sistema imune, e isso pode estar relacionado ao FATOR DE VIRULENCIA e caracterĆstica de PATOGENICIDADE (patogenicidade nĆ£o tem fator). (Um exemplo: A H. Pillori utiliza o flagelo como fator de virulĆŖncia, e ela nĆ£o resiste ao acido no estomago, mas usa o flagelo para fugir, senĆ£o morre ā caso ela perca o flagelo, deixa de ter patogenicidade). Ć uma estrutura que o sistema imunolĆ³gico consegue reconhecer e bloquear a aĆ§Ć£o a partir do reconhecimento dessas estruturas. Baseado na presenƧa do flagelo, nĆ³s podemos classificar a bactĆ©ria em algumas classes. A primeira classe que nĆ³s temos, Ć© a classe chamada de Atriquia. Temos tambĆ©m a Anfotriquia, Lofotroquia, Peritriquia e Monotriquia. - Atriquia sĆ£o bactĆ©rias que nĆ£o tem flagelo (estafilo/estreptococos) - Anfotriquias: tenho nas extremidades, flagelos - Lofotriquia: quando em uma das extremidades, tem-se um tufo de flagelos - Peritriquia: quando se tem um flagelo em toda a superfĆcie bacteriana - Monotriquia: quando a bactĆ©ria sĆ³ tem um flagelo Depois do flagelo dessa estrutura aqui (que eu desenhei dessa forma). Essa estrutura aqui, geneticamente chamamos de glicocĆ”lice. NĆ£o tem nada a ver com o glicocĆ”lice das cĆ©lulas do epitĆ©lio (explica sobre adesĆ£o celular, presenƧa de hemidesmossomos e desmossomos, etc). O glicocĆ”lice aqui nĆ£o tem essa funĆ§Ć£o de unir as cĆ©lulas. Qual Ć© a funĆ§Ć£o do glicocĆ”lice aqui? Primeiro: servir de nutrientes para a bactĆ©ria caso ela entre em uma condiĆ§Ć£o inĆ³spita (ela nĆ£o tem nutrientes e usa o glicocĆ”lice como fonte nutritiva; obviamente em Ćŗltimo caso. A funĆ§Ć£o mesmo Ć© ajudar cĆ©lula na sua adesĆ£o no tecido alvo, porque ao contrĆ”rio dos vĆrus (parasitas intracelulares obrigatĆ³rios) as bactĆ©rias tĆŖm maquinaria celular, tem como fazer sĆntese de proteĆnas, entĆ£o ela sĆ³ precisa de nutrientes. Tendo nutrientes para gerar ATP, porque ela tambĆ©m tem a cadeia fosforilativa, assim como as mitocĆ“ndrias (elas nĆ£o tĆŖm mitocĆ“ndrias, mas tem um mecanismo para gerar ATP de forma oxidativa, mas tambĆ©m pode produzir ATP de forma anaerĆ³bica, como Ć© o caso da fermentaĆ§Ć£o (Ć© por isso que tem cerveja). EntĆ£o o glicocĆ”lice serve para adesĆ£o celular. VocĆŖ adquiriu a cĆ©lula bacteriana e esta cĆ©lula precisa entĆ£o, chegar no sitio alvo e se aderir a este sitio. Se ela nĆ£o consegue colonizar aquela regiĆ£o, o organismo mata a bactĆ©ria (seja pelo sistema imunolĆ³gico, ou pelo sistema gastrointestinal, que ela passa direto e Ć© eliminada). EntĆ£o aĆ ela nĆ£o causa a doenƧa. Ela sĆ³ causa a doenƧa se ela conseguir se estabelecer naquele tecido, e uma das estruturas que ajuda a bactĆ©ria a se ligar no tecido, Ć© o glicocĆ”lice, que nesse caso aqui podemos chamar ele de capsula ou camada limosa ou viscosa. Mas professora, qual Ć© a diferenƧa de uma para a outra? EntĆ£o, quando o glicocĆ”lice estĆ” arranjado de forma organizada na cĆ©lula bacteriana e seguramente presa a ela, firmemente ligado Ć bactĆ©ria, Ć© chamada de cĆ”psula. Quando ela se encontra de forma frouxa, ligada frouxamente Ć cĆ©lula bacteriana e de forma desorganizada, Ć© chamada de camada limosa. Ć um dos precursores para a formaĆ§Ć£o de uma estrutura que chamamos de biofilme. EntĆ£o, biofilme para a Ć”rea mĆ©dica, Ć© de suma importĆ¢ncia o entendimento da sua formaĆ§Ć£o. O biofilme ajuda na proteĆ§Ć£o bacteriana. Ć uma estrutura rica em aƧucares, formada principalmente por carboidratos, mas em algumas espĆ©cies, o glicocĆ”lice pode ter em sua composiĆ§Ć£o, peptĆdeos, mais raro, mas pode acontecer. A grande maioria tem como componente principal do glicocĆ”lice carboidratos, por isso em um caso de inaniĆ§Ć£o, a bactĆ©ria pode usar o glicocĆ”lice para se nutrir, (mas Ć© ela que produz, no citoplasma, e joga para o meio externo). Outra funĆ§Ć£o do glicocĆ”lice Ć© suplantar a nossa defesa, o sistema imunolĆ³gico, porque os receptores celulares, os PAMP, o flagelo Ć© um PAMP (o flagelo nĆ£o Ć© protegido pelo glicocĆ”lice). Mas os PAMP estĆ£o camuflados por essa camada. Como nĆ£o estĆ£o expostos, nĆ£o tem como o sistema imunolĆ³gico reconhecer os PAMP, pois estĆ” camuflado, uma forma que a bactĆ©ria tem de enganar o sistema imunolĆ³gico (neisseria gonorrhoeae consegue colocar na sua placa externa resĆduos de Ć”cido siĆ”lico, que estĆ” presente em nossas cĆ©ulas; rouba o Ć”cido sialico das cĆ©lulas e coloca sobre ela, e quando o sistema imune chega, reconhece o Ć”cido e identifica como uma das cĆ©lulas do corpo e nĆ£o mata a bactĆ©ria, que chega ao seu objetivo, causando a doenƧa). Tem muitas formas de suplantar a defesa e uma delas Ć© essa, usando o glicocĆ”lice. Um exemplo de bactĆ©ria que tem o glicocĆ”lice como caracterĆstica de patogenicidade Streptococcus pneumoniae, uma bactĆ©ria que quando estĆ” com o glicocĆ”lice, causa a doenƧa e quando se retira o glicocĆ”lice, perde a patogenicidade, pois o sistema imunolĆ³gico reconhece os PAMP. Existe o biofilme, uma estrutura maior, tambĆ©m tendo como sua composiĆ§Ć£o os aƧucares, mas nesse caso, nĆ³s temos uma ocupaĆ§Ć£o. NĆ³s temos as bactĆ©rias que comeƧam a colonizar determinada regiĆ£o e essas bactĆ©rias vĆ£o aumentando sua populaĆ§Ć£o e quando se chega num limiar, numa determinada concentraĆ§Ć£o, ela passa a produzir biofilme. Como? (a partir de agora Ć© importante para a parte de genĆ©tica) entĆ£o, a bactĆ©ria chegou numa regiĆ£o e colonizou. A partir de entĆ£o, comeƧa a se multiplicar e chegando numa determinada concentraĆ§Ć£o, comeƧa a produzir o biofilme. Por que ela nĆ£o comeƧa a produzir biofilme a partir do momento em que a bactĆ©ria coloniza? Porque ela precisa de uma certa quantidade de bactĆ©rias para produzir isso, porque os genes que vĆ£o ser ativados para a produĆ§Ć£o do biofilme, dependem de um sinalizador, chamado de Quorum Sensing. (quĆ³rum Ć© quando atinge a quantidade ideal, para ativar os genes / ela explica usando uma comparaĆ§Ć£o quando tem uma reuniĆ£o e chega tipo 50% + 1) Como que ela interpreta que a populaĆ§Ć£o jĆ” estĆ” adequada (professora diz que ela nĆ£o tem olho, e pode-se ver no desenho que bactĆ©ria nĆ£o tem olho) A forma de comunicaĆ§Ć£o dela Ć© via sinalizaĆ§Ć£o molecular, ela produz substĆ¢ncias que ela reconhece e aĆ ativa ou silencia genes. (Vamos ver na parte de genĆ©tica como Ć© regulado o quĆ³rum sensing). EntĆ£o, o Quorum Sensing Ć© regulado por uma molĆ©cula chamada de AHL, que Ć© chamada de N-Acil-homoserina lachona. EntĆ£o, uma bactĆ©ria sozinha produz uma quantidade de AHL, ela vai se dividindo e quanto mais se divide, mais AHL vai ser produzida. Quando chega na concentraĆ§Ć£o ideal dessa substĆ¢ncia, dessa molĆ©cula, elas vĆ£o captar e vĆ£o interpretar que aquela concentraĆ§Ć£o Ć© suficiente e ativam os genes para o Quorum Sensing, produzindo o biofilme. Por que Ć© importante para a Ć”rea mĆ©dica? Porque o biofilme protege a bactĆ©ria de antibiĆ³ticos, por exemplo. (a bactĆ©ria estĆ” embaixo e o biofilme estĆ” em cima) Antibiotico nĆ£o consegue ultrapassar matĆ©ria orgĆ¢nica (biofilme), assim como substĆ¢ncias quĆmicas como cloro nĆ£o conseguem agir quando tem matĆ©ria orgĆ¢nica protegendo a bactĆ©ria. EntĆ£o Ć© uma forma de proteĆ§Ć£o, nĆ£o genĆ©tica (vamos falar de resistĆŖncia bacteriana a antibiĆ³ticos), mas fĆsica, ela nĆ£o produz nenhuma molĆ©cula que degrade o antibiĆ³tico, Ć© uma proteĆ§Ć£o fĆsica. AĆ outras bactĆ©rias vĆ£o sendo aderidas a este biofilme, por isso que quando a gente define biofilme, vĆŖ que Ć© uma agremiaĆ§Ć£o de micro-organismos, podendo ter atĆ© protozoĆ”rios, protegido nesse biofilme; cĆ©lulas fĆŗngicas tambĆ©m. EntĆ£o, equipamentos de endoscopia podem estar contaminados com biofilme (exemplifica com alguĆ©m que fez exame, estando normal e depois de 15 dias apresenta infecĆ§Ć£o por H. pillori, pois foi infectado pelo endoscĆ³pio; diz ainda que tem artigos que provam que nenhum mĆ©todo de desinfecĆ§Ć£o consegue tirar todo o biofilme)(fala das infecƧƵes hospitalares e comunitarias, para explicar o porquĆŖ Ć© importante saber de biofilme). Saindo do glicocĆ”lice, temos agora a parede celular (avisa que vai ligar o slide). Por que a parede celular Ć© importante? Porque Ć© alvo de dois grupos importantes antimicrobianos: Beta lactĆ¢micos e Glicopeptideos. Nas bactĆ©rias gram-positivas, nĆ³s temos 2 aneis e nas bactĆ©rias gram-negativas nĆ³s temos 4 aneis (L, P, eixo - rotor, S e M). Toda parede celular, tanto de gram+ quanto de gram- Ć© formada por um componente chamado de peptideoglicano. Essa Ć© a froma mais simples de falarmos das paredes das bactĆ©rias. Qual Ć© a outra cĆ©lula que tem parede celular? Vegetal. SĆ³ tem o nome semelhante: parede celular, mas a composiĆ§Ć£o Ć© completamente diferente. Na parede celular das bactĆ©rias, nĆ³s temos a principal estrutura que forma o arcabouƧo da parede celular, sĆ£o 2 aƧucares. EntĆ£o, gente, na prova, eu exijo o nome e nĆ£o a sigla (porque se eu quisesse sĆ³ a sigla apenas, eu falaria sĆ³ a sigla aqui, mas se for repetindo pode colocar a sigla). O primeiro aƧĆŗcar: N-Acetil-Glicosamina (NAG), e o segundo: N-Acetil-MurĆ¢mico (NAM). Tem-se uma molĆ©cula de NAG ligada a uma molĆ©cula de NAM. Se eles sĆ£o aƧucares, qual a ligaĆ§Ć£o que ocorre entre eles? LigaĆ§Ć£o glicosĆdica. Esses sĆ£o os dois aƧucares que vĆ£o servir de arcabouƧo para a formaĆ§Ć£o total da parede celular. Essa Ć© a parte glicosĆdica. Depois tem a parte peptĆdica, mas vamos por partes. Primeiro falarei do aƧĆŗcar porque ele que vai servir de base para a ligaĆ§Ć£o dos peptideos, daĆ o nome peptideoglicano. Qual Ć© a funĆ§Ć£o da parede celular? Primeiro Ć© resistĆŖncia. Independente do tipo celular, ela obedece a fisiologia que ocorre em todas cĆ©lulas (em meio hipotĆ“nico, estado de turgencia). As bactĆ©rias sĆ£o cosmopolitas, elas estĆ£o em todos os locais imaginĆ”veis e inimaginĆ”veis. A parede celular confere uma certa resitĆŖncia Ć bactĆ©ria, obviamente que a parede celular tambĆ©m tem limite de resistĆŖncia, mas sem a parede a bactĆ©ria seria muito mais frĆ”gil. Existem bactĆ©rias que nĆ£o tem parede celular (mycoplasma nĆ£o tem parede celular), mas a maioria das bactĆ©rias possui parede celular. Temos esses 2 aƧucares formando a parte glicosĆdica da parede celular. A parede celular Ć© formada na bactĆ©ria atravĆ©s de 4 etapas importantes: - A primeira etapa ocorre no citoplasma que Ć© formaĆ§Ć£o dos aƧucares (existem precursores, mas nĆ£o vou entrar em detalhes). Ou seja, os precursores vĆ£o formar os aƧĆŗcares. - A segunda etapa Ć© a ligaĆ§Ć£o desses aƧucares (estĆ£o na forma de uridina, fosforilados porque ele precisa do fĆ³sforo para se ligar na parede celular) a uma molĆ©cula de Bactoprenol, que serve como uma esteira que pede esses prĆ©-aƧucares, se ligam e essa molĆ©cula leva essa substĆ¢ncia para a parte da membrana. - Na terceira etapa, chega na membrana e sĆ£o colocadas - Na quarta etapa, esses aƧĆŗcares vĆ£o para a parte externa da cĆ©lula, a entra a segunda funĆ§Ć£o da parede celular, que serve de primer, serve de inicializador (entĆ£o a parede celular estĆ” pronta e precisa se dividir por cissiparidade e precisa formar mais parede celular para que se divida, entĆ£o a parede que jĆ” existe serve de primer para a junĆ§Ć£o de novos aƧĆŗcares para que a parede aumente, por isso que serve de primer. Como que funciona: ela produz uma enzima que se chama autolisina, que quebra as ligaƧƵes de forma organizada, em pontos estratĆ©gicos, para que novas molĆ©culas de NAG e NAM sejam inseridas). EntĆ£o, na quarta etapa, esses aƧĆŗcares jĆ” estĆ£o do lado de fora, jĆ” sendo o aƧĆŗcar, jĆ” ocorrendo a transformaĆ§Ć£o, sofrendo entĆ£o a ligaĆ§Ć£o glicosidica, por uma enzima glicosilase, e por fim a inserĆ§Ć£o dos peptĆdeos. A terceira funĆ§Ć£o da parede celular Ć© ancoragem, porque ajuda a bactĆ©ria a ancorar no seu tecido alvo. A quarta funĆ§Ć£o Ć© a classificaĆ§Ć£o dos grandes grupos: gram+ e gram-. A coloraĆ§Ć£o de gram Ć© baseada no tipo de parede celular da bactĆ©ria. Eu tenho o NAG e o NAM, molĆ©culas muito semelhantes. A diferenƧa estĆ” no carbono 3, onde tem uma estrutura maior com uma hidroxila no final, que Ć© importante, pois vai sair para entrar a cadeia tetrapeptidica. A cadeia sĆ³ vai se ligar ao NAM, nĆ£o se liga ao NAG. Observem: Eu tenho aqui o carbono 1, 2 , 3, 4 e 5, mas a ligaĆ§Ć£o entre os aƧucares ocorre entre os acucares 1 e 4, que passa a ser chamada de 1,4-tetraglicosidica. Entao nos temos, por exemplo, uma enzima chamada de Lisozima(tambĆ©m produzida sinteticamente), que quebra a parede celular exatamente na ligaĆ§Ć£o 1,4-tetraglicosidica. Eu falei dos acucares, que disse que vai servir de arcabouƧo, e agora vou falar da cadeia de tetrapeptideos(cadeia lateral), de forma mais simples. Existem bactĆ©rias que usam uma cadeia a mais de tetrapeptideos para aumentar sua cadeia lateral ou cruzada. Eu tenho o NAM, ao carbono 3, aquela hidroxila que tinha aqui, vai sair para a entrada da cadeia lateral, um processo chamado de TRANSAMINAĆĆO. A ligaĆ§Ć£o que ocorre entre os peptĆdeos Ć© peptĆdica, entĆ£o se ocorre uma ligaĆ§Ć£o peptĆdica em uma reaĆ§Ć£o de desidrataĆ§Ć£o. (Comecou a falar mal de bioquĆmica rs). Nas cĆ©lulas a proteĆna Ć© formada dentro dos ribossomos, atravĆ©s dos diversos tipos de RNA, todavia nas cĆ©lulas bacterianas essa reaĆ§Ć£o Ć© feita por uma enzima chamada Transpeptidade, em processo chamado de transaminaĆ§Ć£o. Vai sair a hidroxila e entram 4 aminoacidos(na verdade entram 5 aminoacidos, mas um sai e ficam 4). O terceiro aminoĆ”cido sempre vai ser um DIAMĆNICO. O primeiro aminoĆ”cido Ć© o L-alanina, o segundo Ć© o D-glutamato, o terceiro sempre Ć© diaminico, mas vai depender do tipo de bactĆ©ria: se for Gram negativa vai ser mesodiaminopimelato, e se for Gram positiva vai ser L-lisina. O quarto aminoĆ”cido Ć© o D- alanina. O beta- lactĆ¢micos vai atuar nessa transpeptidade, impedindo a formaĆ§Ć£o da cadeia lateral. Resumindo: ļ· 1 AA: L-alanina ļ· 2 AA: D- glutamato ļ· 3 AA: Diaminico(gram -: mesodiaminopimelato; gram +: L-lisina) ļ· 4 AA: D ā alanina O que confere maior resistĆŖncia a parede da bactĆ©ria sĆ£o as ligaƧƵes cruzadas entre os aminoĆ”cidos. L-alanina esta com a sua porĆ§Ć£o amina ligada ao NAM, e porĆ§Ć£o carboxila ao D-glutamato. O acido carboxĆlico do D-glutamato se liga a amina do diamĆnico. O terceiro aminoĆ”cido tem como fazer outra ligaĆ§Ć£o por ser DIAMINICO, entĆ£o por isso o terceiro deve possuir 2 grupamentos amino para permitir outra ligaĆ§Ć£o com a amina sobrando. L-alanina esta com a sua porcao amina ao terceiro AA, e seu acido carboxĆlico estĆ” livre. Na parede das gram negativas a parede Ć© delgada, jĆ” nas gram positivas sĆ£o mais grossas( de 4 a 5 vezes do que as gram-negativas). As gram-negativas possuem uma membrana externa, lipĆdica, com uma estrutura chamada de LPS(Lipopolissacarideo), responsĆ”vel por causar o choque sĆ©ptico em infecƧƵes por bactĆ©rias gram negativas. Nas gram-positivas nĆ£o existe LPS, so a parede cĆ©lula, uma estrutura porosa que permite a alimentaĆ§Ć£o bacteriana por absorĆ§Ć£o. Se precisa absorver, significa que sĆ£o grandes produtoras de enzimas, que sĆ£o liberadas em seu citosol para a quebra dos alimentos, assim como os fungos, que sĆ£o outros grandes produtores de enzimas. Entre a parede celular da parede gram negativa existe o espaƧo Periplasmatico, entre as duas membranas plasmatica e externa, onde ocorre o despejo das enzimas. Nas gram-negativas nĆ£o existe esse espaƧo, mas existe o ACIDO TEICOICO e LIPOTEICOICO, que possui a funĆ§Ć£o de controlar a atividade da enzima Autolisina. A diferenƧa do Teicoico pro Lipoteicoico(observar a imagem do slide) Ć© que o primeiro esta ancorado na parede celular, e o lipoteicoico esta ligado a porcao hidrofobica da membrana celular. O acido teicoico pode ser formado por resĆduos de mitol ou de glicerol. Aula 26.03.18 Fisiologia Bacteriana Assim como os eucariotos os procariotos tambĆ©m seguem uma fisiologia, que nĆ£o diferem tanto, porĆ©m possuem algumas peculiaridades. A bactĆ©ria possui parede celular e isso vai influenciar na forma de obtenĆ§Ć£o do seus nutrientes,sendo a parede um fator limitante, ela nĆ£o endocita partĆculas ,mas sim os absorve (assim como os fungos).Essa qualidade a torna grande produtora de enzimas, o que nĆ£o inclui para a maioria das bactĆ©rias a produĆ§Ć£o de celulase (enzima para degradar celulose,produzida por fungos) ,a maior parte tambĆ©m sĆ£o decompositoras (como as patogĆŖnicas que sĆ£o saprofĆdicas e diferente dos fungos conseguem sobreviver sobre matĆ©ria morta). Vale lembrar que os micro organismos podem nĆ£o,potencialmente ou ser patogĆŖnicos,sendo a patogenicidade a exceĆ§Ć£o e a nĆ£o patogenicidade Ć© a regra. Os nutrientes essenciais para as bactĆ©rias :carbono (porque vai fazer parte do esqueleto dos hidrocarbonetos ,o que Ć© utilizado por proteĆnas e outros ),nitrogĆŖnio,hidrogĆŖnio (faz parte do PH-elas tem limites que podem atuar meio Ć”cido,bĆ”sico,neutro),oxigĆŖnio,fĆ³sforo (compƵem ATP,AMP,ADP),nucleotĆdeos (junto com o nitrogĆŖnio Ć© responsĆ”vel pela formaĆ§Ć£o do material genĆ©tico) e os macronutrientes (como o enxofre que participa atravĆ©s das pontes da sulfeto da formaĆ§Ć£o dos aminoĆ”cidos). Os macronutrientes nĆ£o recebem essa denominaĆ§Ć£o porque sĆ£o mais importantes,jĆ” que possuem o mesmo nĆvel de importĆ¢ncia dos demais,mas sim porque sĆ£o aqueles que o organismo precisa em maior quantidade. Ao se analisar o ferro por exemplo,tem se que Ć© um micronutriente ,porĆ©m Ć© tĆ£o fundamental para os micro organismos,que algumas bactĆ©rias criaram um mecanismo para sequestra-lo: molĆ©culas chamadas de siderĆ³foros,que capturam esse ferro em pouca quantidade no ambiente (a bactĆ©ria produz essas molĆ©culas,as joga para o meio externo e captam qualquer ferro presente,como as das hemĆ”cias,e as retomam junto com esse ferro complexado).Por essa necessidade,nas nossas cĆ©lulas ele fica āmascaradoā ,complexado para que no caso de infecĆ§Ć£o essas bactĆ©rias nĆ£o o usem. Assim a quantidade de ferro sĆ©rico comparado com o que esta disponĆvel no nosso sangue Ć© em porcentagem bem menor,pois sua forma complexada Ć© um mecanismo de proteĆ§Ć£o.No caso de competiĆ§Ć£o elas sobrevivem e em algumas espĆ©cies sĆ£o fatores de virulĆŖncia. Oferta se a esses micro organismos nutrientes em meios de cultura,considerados gerais,pois a maioria das baterias crescem.Um deles Ć© o NYDA ,que contĆ©m :dextrose, Ć”gar,extrato de levedura ,peptona (fonte de hidrogĆŖo).HĆ” outros como o meio Ćgar MĆ¼eller Hinton,utilizado para antibiograma,que pode ser sem agar. Ćgar apenas solidifica o meio,(mesmo em temperatura ambiente )nĆ£o fornece nutrientes para bactĆ©rias,fungos e outros,Ć© um polĆmero extraĆdo de algas vermelhas da famĆlia Rodophyta,principalmente do gĆŖnero Gracilaria,e a partir do Ćgar se tem a agarose,que se usa para eletroforese. Um meio sem Ć”gar ācaldo ou liquido ,Ć© usado no caso das bactĆ©rias para :aumentar o numero da populaĆ§Ć£o (o meio se torna turvo,sem identificaĆ§Ć£o de contaminaĆ§Ć£o) ou extraĆ§Ć£o de material genĆ©tico. Meios seletivos sĆ£o aqueles utilizados especificamente para cada espĆ©cie,por exemplo no meio de S.aureus, se adiciona cloreto de sĆ³dio em 7%,o que propicia somente a vida dessa espĆ©cie. Meio seletivo- com corante,consegue mudar de cor com a mudanƧa de PH (aumenta ou diminui) devido a produĆ§Ć£o de substĆ¢ncias pela bactĆ©ria do meio (as saprofĆdicas,ou do ambiente podem ter a mesma produĆ§Ć£o gerando uma possivel equĆvoco). Fatores quĆmicos e fĆsicos interferem no crescimento bacteriano. FĆsicos Dentre os fĆsicos,a temperatura provavelmente Ć© um dos mais importantes,sendo utilizada como meio de controle,um exemplo comum Ć© a geladeira,que conserva os alimentos em torno de 4c,o que reduz o metabolismo bacteriano,mas sua fisiologia ainda estĆ” ativa,por isso depois de um tempo o alimento estraga.Diferente do congelador,cuja temperatura leva o citoplasma a se transformar em cristais que furam a bactĆ©ria e ela lisa,assim a maioria morre. A temperatura se usa para a conservaĆ§Ć£o de isolados com bactĆ©ria para estudos de pesquisa. ClassificaĆ§Ć£o pela temperatura,onde atingem suas respectivas curvas de crescimento sĆ£o : MesĆ³filas -25 a 37 ate 40 graus,bactĆ©rias patogĆŖnicas geralmente. Psicrofilas ;menos de 25 graus. TermofĆlas :40-45,60 graus,sĆ£o normamente ambientais. PressĆ£o osmĆ³tica ā controle do crescimento bacteriano (exemplo -sal ou aƧĆŗcar em alimentos,atividade da Ć”gua.) Ambiente isotĆ“nico ā quantidade de Ć”gua que estĆ” saindo Ć© igual a que estĆ” entrando,sendo estĆ”vel. Ambiente hipotĆ“nico ā a cĆ©lula fica turgida,Ć”gua que esta entrando Ć© maior do que a retirada.AtĆ© um determinado limite a parede celular suporta. Ambiente hipertĆ“nico āa cĆ©lula se torna murcha,quantia de Ć”gua que sai Ć© maior do que a que entra. RadiaĆ§Ć£o tambĆ©m Ć© um fator limitante ao crescimento bacteriano. A radiaĆ§Ć£o Ć© um fator fĆsico que tambĆ©m influencia na fisiologia da bactĆ©ria, e tambĆ©m Ć© utilizado como mĆ©todo de controle, para evitar o crescimento bacteriano, o crescimento fĆŗngico, certo? EntĆ£o quem pode me dizer um mĆ©todo utilizado com radiaĆ§Ć£o? Erick:...Ele fica saturando as... por causa do ultravioleta. Kirley interrompe: A UV! A UV Ć© um mĆ©todo de radiaĆ§Ć£o que nĆ³s usamos na microbiologia. A UV, Ć© uma radiaĆ§Ć£o ionizante ou nĆ£o ionizante? Bora? NinguĆ©m sabe chutar? Erick: NĆ£o ionizante. Kirley: Por que? Erick murmura e Kirley interrompe: VOCĆ Ć DENTISTA! VocĆŖ estudou isso, eu tenho certeza, porque nĆ£o tem como um dentista nĆ£o estudar mĆ©todos de controle. Ć autoclave, autoclave horizontal... (??) Ć uma radiaĆ§Ć£o nĆ£o ionizante, tĆ”? Qual Ć© a caracterĆstica das radiaƧƵes nĆ£o ionizantes? O que que Ć© UV? NĆ£o gente, Ć© uma questĆ£o de vocĆŖs pararem e terem lĆ³gica das coisas, no nosso dia a dia... O que a radiaĆ§Ć£o UV causa? CĆ¢ncer de intestino, certo? (turma responde nĆ£o). Qual cĆ¢ncer que ele causa, unicamente? CĆ¢ncer de pele. Bom, se ele sĆ³ causa cĆ¢ncer de pele, por que? Gabu: Porque ele nĆ£o ultrapassa barreira. Ele tem um baixo poder de penetraĆ§Ć£o, por isso Ć© uma radiaĆ§Ć£o nĆ£o ionizante. Como Ć© que ele causa cĆ¢ncer de pele? Causando mutaƧƵes, porque ele causa dĆmeros de pirimidina, mais especificamente da timina. Agora uma pergunta, vocĆŖs que vĆ£o responder. Por que eles nĆ£o causam dĆmeros de citosina, sĆ³ de timina? Vou desenhar aqui (desenho no quadro). Eu tenho uma molĆ©cula de DNA, ATTCGCTAT, vou desenhar uma fita. AĆ houve a quebra das ligaƧƵes de hidrogĆŖnio, o que aconteceu com essa? Ele fez essa alƧa timina-timina, se ligou aqui. A polimerase nĆ£o tem como fazer essa leitura, entĆ£o ela nĆ£o consegue ler e isso mata a bactĆ©ria. Figura: FormaĆ§Ć£o do dĆmero de timina Agora eu pergunto, por que nĆ£o acontece isso se eu tivesse, por exemplo, ao invĆ©s de timina, a citosina, por que nĆ£o vai acontecer isso, os dĆmeros de citosina? (AlguĆ©m responde certo e ela diz estar orgulhosa). Exatamente por conta disso, para vocĆŖ quebrar trĆŖs ligaƧƵes de hidrogĆŖnio, vocĆŖ demanda de muita energia. EntĆ£o Ć© mais fĆ”cil ser quebrado duas ligaƧƵes de H do que as trĆŖs ligaƧƵes H que ocorrem entre citosina e guanina, e lembrando que eu falei pra vocĆŖs, aliĆ”s, nĆ£o sei se falei pra vocĆŖs ou pra biotecnologia, que uma das caracterĆsticas importantes das bactĆ©rias Ć© ter um alto conteĆŗdo de ligaƧƵes C-G, isso Ć© caracterĆstica do domĆnio Bacteria. Fala Erick... Erick: Professora, no desenho, a ligaĆ§Ć£o que estĆ” sendo quebrada Ć© de uma fita com a outra, ou...? Kirley: Ć de uma fita com a outra...(indecifrĆ”vel)...formando essa alƧa, certo gente? No domĆnio Bacteria, existe uma alta concentraĆ§Ć£o de C-G, mais fĆ”cil entĆ£o formar esse dĆmero de pirimidina. A radiaĆ§Ć£o nĆ£o ionizante funciona dessa forma, agora vamos para a ionizante. Quem pode me dar um exemplo de radiaĆ§Ć£o ionizante? (NinguĆ©m responde) Raio X Ć© uma radiaĆ§Ć£o ionizante. EntĆ£o a radiaĆ§Ć£o ionizante estĆ” encontrada em meios onde tem grande poder de penetraĆ§Ć£o, e por isso ela atravessa qualquer matĆ©ria, a nĆ£o ser que seja o chumbo, aĆ ela nĆ£o vai conseguir atravessar porque nĆ£o Ć© um meio que tem grande poder de penetraĆ§Ć£o. Por isso os equipamentos de raio de X tem chumbo no seu interior, exatamente para impedir a passagem de chumbo. A radiaĆ§Ć£o nĆ£o para gente, vocĆŖs viram isso no ensino mĆ©dio, ela nĆ£o para, o elemento radioativo vai estar emitindo radiaĆ§Ć£o o tempo todo. O que vai bloquear, nos equipamentos de raio X, que impede a emissĆ£o ou que a emissĆ£o saia Ć© exatamente o chumbo no interior. Por isso que quando tem uma sala de raio X, tem aquele sĆmbolo de radioatividade, e que quando estiver sendo realizada, liga aquela luz que vocĆŖ nĆ£o pode passar perto, porque a radiaĆ§Ć£o ultrapassa, mesmo com aquele material, aquela parede. Erick: Mas professora, o raio X tambĆ©m Ć© utilizado como uma forma de controle de crescimento bacteriano? Kirley: NĆ£o, Ć© algo que nĆ£o...a radiaĆ§Ć£o ionizante Ć© pouco utilizada para controle, ela Ć© utilizada, mas pouco. Erick: Ela Ć© a causa mortis da...? Kirley: Ela pode causar sim a morte, mas a gente nĆ£o utiliza porque sĆ£o coisas caras, diferente da UV, vocĆŖ compra lĆ¢mpada de UV, certo? E onde que a gente usa a radiaĆ§Ć£o ionizante? Para esterilizaĆ§Ć£o, porque Ć© um mĆ©todo de esterilizaĆ§Ć£o, vocĆŖs vĆ£o ver mais na frente, esterilizaĆ§Ć£o, assepsia, antissepsia... āPorque vocĆŖs pagaram fap, eu tambĆ©m paguei fap, e aĆ a professora foi ensinar mĆ©todos de controle, assepsia, antissepsia e ela confundiu, nĆ£o sei se era professora substituta, mas trocava as definiƧƵes...eu fiquei calada, eu sou aluna, sĆ³ fiquei ouvindo e balanƧando a cabeƧaā Mas aĆ a gente vai ver, o que Ć© antissepsia, assepsia, mĆ©todos de desinfecĆ§Ć£o, mĆ©todos de replicaĆ§Ć£o. AĆ por que nĆ£o Ć© utilizado tĆ£o comumente os mĆ©todos de radiaĆ§Ć£o ionizante? Porque sĆ£o mĆ©todos caros e equipamentos caros. Mas a indĆŗstria farmacĆŖutica utiliza muito para esterilizaĆ§Ć£o de seringas. Existem algumas seringas, vocĆŖs podem observar, sempre vai estar escrito o modo de esterilizaĆ§Ć£o delas, radiaĆ§Ć£o ionizante, certo? E existe tambĆ©m a ionizaĆ§Ć£o de Ć³xidos, sĆ³ que esse daĆ Ć© cancerĆgeno. Eu vou trazer material de seringa de procedimento, que o mĆ©todo dele Ć© esterilizaĆ§Ć£o. Eles encapotam o material e botam em irradiadores, eles irradiam e esterilizam, certo? Agora eu pergunto, materiais irradiados emitem radiaĆ§Ć£o? Uma coisa Ć© emitir radiaĆ§Ć£o, outra Ć© estar irradiado ā este nĆ£o vai emitir radiaĆ§Ć£o. Muita gente tem medo āAi, esse material foi irradiado, eu vou morrer de cĆ¢ncerā NĆ£o tem a menor possibilidade, sĆ³ hĆ” contaminaĆ§Ć£o por meio do contato com a substancia, materiais irradiados contĆ©m apenas a energia e nĆ£o a radioatividade. A energia nĆ£o Ć© capaz de tornar o produto radioativo. Agora, como a radiaĆ§Ć£o ionizante causa cĆ¢ncer, como causa uma mutaĆ§Ć£o? EntĆ£o gente, nĆ³s temos uma grande quantidade de Ć”gua no nosso organismo, obviamente mais nos adultos do que nos bebĆŖs. Como ela tem alto poder de penetraĆ§Ć£o, as ondas sĆ£o curtas, ondas maiores tem baixo poder de penetraĆ§Ć£o, que Ć© o caso das nĆ£o ionizantes. EntĆ£o como Ć© que ela faz? Ela atravessa o corpo, o organismo e quebra e transforma a Ć”gua em perĆ³xidos, ou seja, os famosos radicais livres, e nĆ£o sĆ£o poucos, capazes de serem controlados. Na respiraĆ§Ć£o nĆ³s formamos radicais livres, e o organismo deve ter essa capacidade de controlar porque o oxigĆŖnio Ć© toxico. NĆ³s temos mecanismos, que tiram essa toxicidade. Mas quando a gente passa por um processo de irradiaĆ§Ć£o, Ć© uma grande quantidade de radicais livres que se formam e aĆ o organismo nĆ£o dĆ” conta de retirar. E aĆ, o que acontece? Esses radicais livres degradam, oxidam qualquer molĆ©cula orgĆ¢nica, entre elas o DNA, e nĆ£o pensem que o dano sĆ³ Ć© no DNA, o dano Ć© celular, e o DNA sofre tambĆ©m, ok? Agora vamos passar para os fatores quĆmicos, entĆ£o dentre eles eu jĆ” falei da nutriĆ§Ć£o, vocĆŖs vĆ£o ver, esse daĆ eu sĆ³ vou citar, nos slides tem a explicaĆ§Ć£o (VER OS SLIDES DE NUTRIĆĆO). SĆ£o organismos autotrĆ³ficos fotolitotrĆ³ficos e autotrĆ³ficos quimiolitotrĆ³ficos (slide 17), vocĆŖs vĆ£o dar uma lida nisso aĆ, mas geralmente nĆ£o cobro, mas quero que leiam. JĆ” de antemĆ£o como ocorre? SĆ£o organismos fotolitotrĆ³ficos, quimiolitotrĆ³ficos, que se refere a organismos que usam a energia solar para obtenĆ§Ć£o de ATP, que forma toda a energia e utilizam outras substĆ¢ncias como fonte de carbono (energia quĆmica), respectivamente E agora vamos entrar nas duas partes que eu considero importante pra vocĆŖs. EntĆ£o gente, eu falei pra vocĆŖs que o oxigĆŖnio Ć© um composto importante para os organismos aerĆ³bicos, entĆ£o obviamente o oxigĆŖnio sĆ³ Ć© bom para os organismos aerĆ³bicos, os anaerĆ³bicos nĆ£o toleram o oxigĆŖnio, ele Ć© tĆ³xico. EntĆ£o, os microrganismos podem ser divididos em classes baseadas na utilizaĆ§Ć£o do oxigĆŖnio (slide 20), entĆ£o nĆ³s temos os organismos aerĆ³bicos estritos, aerĆ³bicos facultativos, anaerĆ³bios estritos e os microaerĆ³filos. EntĆ£o o que seria os aerĆ³bicos estritos? SĆ£o os obrigatĆ³rios, para crescer necessitam do oxigĆŖnio, sem oxigĆŖnio nĆ£o tem como obter ATP. NĆ³s temos os facultativos, que sĆ£o os que crescem tendo oxigĆŖnio, mas se nĆ£o houver, nĆ£o faz diferenƧa (ex: Escherichia coli), sĆ£o organismos versĆ”teis, que possuem mecanismos que tanto permitem realizar a respiraĆ§Ć£o aerĆ³bica, como tambĆ©m permite obter ATP atravĆ©s da fermentaĆ§Ć£o. Erick: Professora, quando uma bactĆ©ria desenvolve dois mecanismos, ela pode ser colocada como mais evoluĆda, ou a aerĆ³bia Ć© vista como a mais evoluĆda? Kirley: EntĆ£o, pode ser que a facultativa, embora na nossa concepĆ§Ć£o, como ela tem dois mecanismos ela pode ser a mais evoluĆda, mas se for ligado Ć evoluĆ§Ć£o, ela seria o elo entre os dois (aerĆ³bios e anaerĆ³bios)... (indecifrĆ”vel). EntĆ£o, anaerĆ³bios estritos (ex: bactĆ©ria do gĆŖnero Clostridium, relacionado ao botulismo) (Kirley briga com a turma porque ninguĆ©m pergunta nada e ela mesmo pergunta) āMas professora, por que eu vi hĆ” uns anos atrĆ”s um cara que morreu porque comeu calabresa embutida, morreu de botulismo. Se ela era anaerĆ³bia estrita porque morreu de botulismo? Como explicar isso?ā Gabu: Professora, pode ser por que a bactĆ©ria morre, mas as enzimas que ela produziu continuam lĆ”? Kirley: Exatamente, na verdade, nĆ£o Ć© enzima, Ć© uma toxina, porque a bactĆ©ria em si nĆ£o causa a doenƧa, o que causa a patogenicidade Ć© a toxina, entĆ£o mesmo que ela nĆ£o esteja presente, a toxina estĆ”, e Ć© ela que vai causar o botulismo, tĆ” gente? Diferente de outras bactĆ©rias que precisam da vida, porque o mecanismo delas Ć© in vivo, vocĆŖs vĆ£o ver isso na patologia especĆfica. A bactĆ©ria vocĆŖ come com farinha, o problema Ć© a toxina que ela produz. A toxina Ć© termoresistente, pra ser inativada precisa de muito tempo hĆ” uma temperatura elevada. E nĆ³s temos aqui os microaerĆ³filos, que necessitam do oxigĆŖnio, mas em baixas quantidades, certo? E para terminarmos, uma das partes mais importantes que Ć© a curva de crescimento da bactĆ©ria (slide 21). Esse grĆ”fico aĆ, entĆ£o, observem, essa dinĆ¢mica sĆ³ vai acontecer em um ambiente fechado, numa placa de Petri, num Erlenmeyer, num meio lĆquido, num tubo de ensaio, nĆ£o ocorre em sistema abertos, como fermentadores, biorreatores, onde o nutriente estĆ” circulando o tempo todo. EntĆ£o, nesses casos, nutrientes em sistemas abertos, essa curva nĆ£o acontece. Acontece em ambientes fechados onde os nutrientes vĆ£o se esgotar uma hora. EntĆ£o, vocĆŖ pegou a bactĆ©ria que estava 2 semanas num meio de cultura e agora vai replicar num meio novo. Essa passagem para o meio novo, esse tempo em que a bactĆ©ria estĆ” no meio novo, ela vai reconhecer os nutrientes, vai pegar o alimento, comeƧar a se multiplicar, e ela precisa de um tempo para essa adaptaĆ§Ć£o, que Ć© a chamada fase lag, em torno de 3 horas. BactĆ©rias que crescem rĆ”pido sĆ£o chamadas de fastidiosas, mas se desenvolvem lentamente em meio de cultura, pois demandam muitos nutrientes. Existem bactĆ©rias que nĆ£o crescem em meio de cultura. Passou dessa fase de adaptaĆ§Ć£o, vem a fase logarĆtmica, entre 24 a 48 horas, fase em que a bactĆ©ria cresce exponencialmente; Ć© a melhor fase para fazer qualquer experimentaĆ§Ć£o com a bactĆ©ria, pois ela estĆ” āa todo vaporā. Agora vem a fase estacionĆ”ria, em que a quantidade de bactĆ©rias que estĆ£o se dividindo Ć© a mesma quantidade de cĆ©lulas morrendo, por isso ela chegou num platĆ“, nĆ£o aumenta populacionalmente. Por Ćŗltimo vem a fase de morte, em que o nĆŗmero de cĆ©lulas mortas excede o de divisƵes celulares. Aula 02.04.18 GenĆ©tica bacteriana Slide 6 O DNA BACTERIANO PODE SER CROMOSSOMAL OU EXTRACROMOSSOMAL: O cromossomal Ć© o DNA principal e o Extracromossomal Ć© o PLASMIDIO e TRANSPOSONS(nĆ£o so existe esses 2, mas o foco da aula e os tranposons e plasmĆdeo) Cromossomal: O cromossomo bacteriano Ć© condessado, totalmente funcional, n tem introns. A bactĆ©ria em transcriĆ§Ć£o nĆ£o precisa de mecanismo de splicing de rna, pois o Rna Ć© totalmente funcional. A bactĆ©ria nĆ£o tem membrana nuclear, por isso ao passo que a transcriĆ§Ć£o ocorre a traduĆ§Ć£o tambĆ©m ocorre. O dna esta no citoplasma de maneira nĆ£o dispersa. Na medida em que vai ocorrendo a transcriĆ§Ć£o vai ocorrendo a traduĆ§Ć£o nĆ£o Ć© necessĆ”rio que o RNA seja totalmente transcrito pra ser traduzido. Isso Ć© um mecanismo importante da evoluĆ§Ć£o porque as bactĆ©rias precisam responder rapidamente a estĆmulos do ambiente. Ao passo que a condiĆ§Ć£o muda ela precisa mudar rapidamente a expressĆ£o do gene. Mas o que seria expressĆ£o do gene? Aquele gene, ele vai sendo transcrito e traduzido isso e expressĆ£o de gene. JĆ” nos eucariotos a expressĆ£o Ć© mais lenta por conta de outros mecanismos. As BactĆ©rias, de acordo com a condiĆ§Ć£o favorĆ”vel pra ela, ela silencia um gene (bloquear expressĆ£o dele) e expressa outro. EntĆ£o quando a bactĆ©ria entra em condiĆ§Ć£o desfavorĆ”vel ela precisa entĆ£o ativar algum gene pra tentar sobreviver a tal situaĆ§Ć£o. AtĆ© entĆ£o nĆ£o existe bactĆ©ria com resposta lenta a um novo estimulo, pois responde rapidamente a mudanƧas bruscas. O mecanismo de regulaĆ§Ć£o da expressĆ£o de gene ativa os mecanismos de transcriĆ§Ć£o junto com traduĆ§Ć£o. Nesse material (DNA bacteriano) hĆ” alta concentraĆ§Ć£o de citocina e guanina isso e importe, pois determina o domĆnio da bactĆ©ria. Essa caracterĆstica Ć© importante pra bactĆ©ria, pois quando elas estiverem em condiƧƵes desfavorĆ”vel, como temperatura elevada, se n tivesse grande quantidade de citocina e guanina, facilitaria a abertura do dna, o dna facilmente desnaturaria, por conta do rompimento da ponte de hidrogĆŖnio A alta quantidade de citocina e guanina, ajuda a evitar desnaturaĆ§Ć£o do dna pois tem 3 ligaƧƵes. Os genes estĆ£o organizados em operons: sequencias de dna agrupados, organizados em tandem (PESQUISAAAAAAAAAAAAAR:) esses genes vĆ£o GENES ORGANIZADOS EM OPERONS: Genes em tandem que tem uma sequencia promotora (entĆ£o eu tenho aqui genes eles estĆ£o aqui em tandem e aqui eu tenho uma sequencia que chamo de sequencia promotora), todo o gene sĆ³ vai ser expresso se a polimerase reconhecer a regiĆ£o promotora, quando ela reconhecer a regiĆ£o promotora, vai transcrever todo o gene relacionado Ć quele operon. EntĆ£o tal gene de tal operon Ć© pra traduĆ§Ć£o de tal proteĆna. Ex.: Operon para a degradaĆ§Ć£o da lactose. Nesse operon tem o gene que vai produzir a enzima beta galactosidase, o (b13 ou p13 ou p3 ou b3), mas para que essa enzima seja funcional Ć© necessĆ”rio que ela tenha esses coadjuvantes (b1 ou p1 ou t1) e (b2 ou p2 ou t2), o conjunto vai possibilitar que a bactĆ©ria produza a enzima e que ela seja atuante, ou seja quebrar a lactose em glicose e galactose, e depois pegar a glicose como fonte de carbono dela. Esse genes estĆ£o organizados em operon, o operon e os genes estĆ£o em sequencias sobre o controle de um promotor. Quando eu falo que os genes sĆ£o sequenciais eles estĆ£o em tander (em sequencia (em tander)) sobre o controle de um promotor). Toda essa regulaĆ§Ć£o Ć© muito mais eficiente do q se ela tivesse um promotor pra p1, um pra p2 e outro promotor para p3. Quando genes estĆ£o ligados na mesma funĆ§Ć£o tem um controle de um Ćŗnico promotor. - para optimizar a expressĆ£o do gene, o gene coloca todos os genes no controle de Ćŗnico promotor. O dna bacteriano nĆ£o apresentam introns. Possui baixa frequĆŖncia de sequencia repetidas- NĆ£o Ć© que nĆ£o haja , existe sequencias repetidas de bactĆ©rias Ex. FamĆlia entero bacteriace, na E. coli. nos temos uma regiĆ£o chamada..... na verdade a tĆ©cnica e chamada rep-pcr, essa tecnica rep-pcr compreende 3 regiƵes repetidas no DNA bacteriano q serve como marcador molecular. Fazer distinĆ§Ć£o da regiĆ£o atravĆ©s de uma tĆ©cnica de fingerprints. Nessa tĆ©cnica de rep-pcr hĆ” 3 regioes que podem ser estudadas: A 1ĀŖ Ć© a prĆ³pria āregiĆ£o rep-pcr (n confudir c a tĆ©cnica). A 2ĀŖ Ć© a box-pcr (tbm sĆ£o regiƵes repetitivas). A 3ĀŖ Ć© a elick(seila)-pcr (regiĆ£o apenas conhecida na enterro bacteriacea), regiĆ£o presente apenas na famĆlia entero bacteriacea. (ISSO FOI A TESE DO DOUTORADO DELA: REGIOES INTERGENICAS REPETITIVAS DE CONSENĆO DA FAMILIA ENTERO BACTERIACE) Essas sequencias que se repetem, funcionam como padrĆ£o. AtravĆ©s dessa regiĆ£o, se diferencia isolados ate da mesma espĆ©cie. Kirley pergunta: OQ Ć PRIME? Slide 8 DNA BACTERIANO EXTRACROMOSSOMAL Plasmidio Possui DNA fita dupla, Ć© circular, Ć© bem menor que o cromossomal. O plasmĆdeo leva informaƧƵes nĆ£o vitais, a bactĆ©ria pode perder o plasmĆdeo, e nĆ£o morrer. AtravĆ©s do plasmĆdeo a bactĆ©ria passa informaƧƵes pra outras bactĆ©rias. O plasmĆdeo Ć© extremamente importante. (ai ela pergunta se sĆ³ existe plasmĆdeo na bactĆ©rias e responde q tem em fungos leveduriformes), pois pode levar informaƧƵes pra outras bactĆ©rias. Ex.: informaƧƵes atravĆ©s de genes de resistĆŖncia, que nĆ£o Ć© vital, mas torna a bactĆ©ria muito mais adaptada a determinado ambiente ou antibiĆ³tico. (FOCA QUE PLASMIDIO N TEM INFORMAĆĆO VITAL COMO A PRODUĆĆO DA ENZIMA TRANSCRIPTASE) Genes do plasmĆdeo: - Genes de produĆ§Ć£o de metabolismo secundĆ”rio. Podem impedir crescimento de outros organismos e ajudar na colonizaĆ§Ć£o do ambiente pela bactĆ©ria. A colonizaĆ§Ć£o Ć© muito importante para bactĆ©ria, porque sem a capacidade de colonizaĆ§Ć£o ela perde a patogenicidade (capacidade de causar doenƧa). Gene para produĆ§Ć£o de capsula. A capsula, alĆ©m de ajudar na adesĆ£o ao tecido, Ć© um fator antifagocitoce, pois com ela as cĆ©lulas n reconhecem PAMPS. - Genes pra virulĆŖncia. - Genes pra resistĆŖncia. AlĆ©m disso, o plasmĆdeo faz parte do processo de conjugaĆ§Ć£o (plasmĆdeo conjugativo). O fato de a bactĆ©ria ter plasmĆdeo nĆ£o quer dizer que ela consiga passar para outros bactĆ©rias, ela precisa ter a capacidade de conjugar. AlĆ©m disso, observem, o plasmĆdeo tem replicaĆ§Ć£o independente do material genĆ©tico principal (o cromossomo),essa caracterĆstica Ć© um dos fatores que fortalece a teoria da ENDOSSIMBIOSE. Ex.: a mitocĆ“ndria organela que tem material genĆ©tico que se replica independente do material genĆ©tico cromossomal, pode ter sido fagocitada. AlĆ©m de que microrganismos servem como biofabricas, exemplo a produĆ§Ć£o de insulina pela bactĆ©ria, atravĆ©s de genes que foram colocados nelas. Slide 9 e 10. Transposons - ou elemento genĆ©tico mĆ³vel Os transposons sĆ£o elementos genĆ©ticos moveis que sĆ£o segmentos de DNA que verdadeiramente saltam dentro do DNA. O que isso influencia? Veja sĆ³, eu tenho aqui um transposon, a partir de um momento que ele sai de uma regiĆ£o aqui e vem pra essa outra regiĆ£o do gene ele pode inativar, silenciar o gene, ou fazer com que ela expresse outra proteĆna. Essa Ć© uma das formas que a bactĆ©ria tem de silenciar um gene. NĆ£o sĆ³ as bactĆ©rias tem tranposons, ate humanos tem transposons, Os transposons precisam de enzimas pra āsaltarā, esse gene pode ser inativado ou fazer com que a bactĆ©ria produza uma proteĆna q antes ela nĆ£o produzia. O transposons pode criar um novo gene, q pode ser benĆ©fico ou indiferente, forma de apresentar diferenƧas dentro de uma estirpe variaĆ§Ć£o. Slide 11. VARIAĆĆO GENETICA Capacidade ou o produto do processo de evoluĆ§Ć£o que todos os organismos vivos apresentam, qualquer alteraĆ§Ć£o no DNA, seja espontĆ¢neo ou induzido pode ocasionar mudanƧa nos seres vivos. Induzidas- laboratoriais: coloca uma populaĆ§Ć£o em um local inĆ³spito e seleciona o que se adaptou por mutaĆ§Ć£o. Para corar o material genĆ©tico precisa de raios UV, ela falou da funcionalidade do brometo de etidio nas pontes de hidrogĆŖnio. Slide 15. MUTAĆĆES Se uma base pĆŗrica Ć© trocada por outra base pĆŗrica eu tenho uma transiĆ§Ć£o, se uma base pirimĆdica for trocado por outra pirimĆdica, Ć© transiĆ§Ć£o. Se uma base pĆŗrica for trocada por uma pirimĆdica Ć© tranversĆ£o. Ou seja, bases iguais trancriƧaƵ, bases diferente transversĆ£o, essas mudanƧas podem mudar o aminoĆ”cido. As mutaƧƵes podem ser em nĆvel de nucleotĆdeo ou de leituras ou de sequencias do DNA. A mutaĆ§Ć£o de sĆ³ uma base pode ser silenciosa, ou seja o aminoĆ”cido continua sendo o mesmo. Tipos de mudanƧas: MudanƧa de leitura DeleĆ§Ć£o- Ć© deletado uma base nitrogenada, o que pode mudar um aminoĆ”cido, que leva a inativaĆ§Ć£o da proteĆna. InserĆ§Ć£o ā uma base nitrogenada Ć© adicionada ao gene, que pode alterar o aminoĆ”cido final. Pode acontecer a inserĆ§Ć£o e delaĆ§Ć£o de um aminoĆ”cido tambĆ©m. SLIDES 18,19,20,21,22,23,28,29. MECANISMO DE VARIABILIDADE SO DA BACTERIA (ela nĆ£o vai perguntar isso) -transformaĆ§Ć£o -transduĆ§Ć£o -conjugaĆ§Ć£o Esses mecanismos nĆ£o sĆ£o de reproduĆ§Ć£o. TransformaĆ§Ć£o: Acontece a partir da morte da bactĆ©ria, no qual o material dela fica dissolvido no ambiente e outra bactĆ©ria competente capta o matĆ©ria exĆ³geno (o DNA), se for compatĆvel ela insere esse material genĆ©tico no seu prĆ³prio material genĆ©tico. TransduĆ§Ć£o: Nesse processo, existe a participaĆ§Ć£o do bacteriĆ³fago, um vĆrus que infecta bactĆ©ria, o bacteriĆ³fago vai lĆ” e coloca o seu material genĆ©tico na bactĆ©ria, dai essa bactĆ©ria vai produzir vĆ”rios bacteriĆ³fagos, por conta da alteraĆ§Ć£o no material genĆ©tico original da bactĆ©ria, esses bacteriĆ³fagos irĆ£o lisar a membrana e ser liberado no meio extracelular. Tais bacteriĆ³fagos serĆ£o formados com gene dos antigos bacteriĆ³fagos, ou com o gene da antiga bactĆ©ria. (alguns bacteriĆ³fagos vĆ£o ter gene de vĆrus, outros pedaƧos de genes de bactĆ©rias) Esses genes bacterianos presente em bacteriĆ³fagos podem ser inseridos em outras bactĆ©rias. (as bactĆ©rias nĆ£o sĆ£o iguais, geneticamente) A bactĆ©ria em si n causa dano, o que causa Ć© a toxina que ela produz. ConjugaĆ§Ć£o: transporte de um plasmĆdeo de uma bactĆ©ria pra outra, que pode ser de espĆ©cies diferentes. Se a bactĆ©ria doa o plasmĆdeo ela nĆ£o perde esse plasmĆdeo, atravĆ©s do processo ciclovolante. O processo acontece atravĆ©s da aĆ§Ć£o de uma enzima no plasmĆdeo, que Ć© uma fita dupla de DNA, no qual separa as fitas de DNA, ai vem uma polimerase e faz as fitas complementares das duas fitas e une elas, tudo isso ocorre ainda na cĆ©lula de origem do plasmĆdeo. ApĆ³s todo esse processo rĆ”pido o novo plasmĆdeo Ć© transportado pra outra cĆ©lula. Esse processo Ć© semiconservativo. SLIDE 30-39 PARTE DE EXPRESSĆO DE GENES. 86:52 A bactĆ©ria, ela precisa responder rapidamente aos estĆmulos que ela sofre, dependendo do ambiente, se ela ta no ambiente, por exemplo o frio (bactĆ©rias psicrofilas, termomifilas, mesĆ³fila e hipertermĆ³filas). A bacteria tem forma de sentir o ambiente, quando ela ta em um ambiente inĆ³spito, ela n expressa o gene para a toxina patogĆŖnica, pois ela nĆ£o esta em um ambiente ideal pra ela. Qual Ć© a importĆ¢ncia de a bactĆ©ria regular os seus genes? A finalidade principal Ć© economizar energia, alias todas as cĆ©lulas tenta ao mĆ”ximo controlar/regular suas energias. Exemplo: ciclo de Krebs, no qual ocorre o acoplamento de reaƧƵes pra otimizar energia, nĆ£o gastar energia desnecessariamente. A cĆ©lula bacteriana funciona primeiramente absorvendo a glicose que jĆ” esta no meio, melhor que produzir glicose, esse mecanismo leva a economia celular. A regulaĆ§Ć£o desses genes se da de varias formas, uma delas Ć© a temperatura, se a bactĆ©ria esta numa temperatura que ela reconhece nĆ£o ser ideal pra ela, ela nĆ£o vai ativar o gene pra patogenicidade ou virulĆŖncia. ELA LEU O SLIDE 30 Se a bactĆ©ria demorar a silenciar ou expressar gene ela pode morrer, ou seja ela faz rĆ”pido se ela demorar a se adaptar a novas situaƧƵes ela morre. (kirley falou exatamente assim) A principal moeda enĆ©rgica da bactĆ©ria Ć© o ATP, atrvĆ©s da produĆ§Ć£o de ATP pelo metabolismo. Baseado numa economia celular, se ela tiver glicose ela preferencialmente vai usar glicose como fonte de carbono pra gerar ATP. A bacteria tambĆ©m pode usar lactose (glicose+galactose) e maltose. Caso ela nĆ£o tenha glicose ela vai ativar um gene pra quebrar a lactose pra produzir glicose e galactose. Lactose Ć© um indutor, ou seja quando hĆ” a presenƧa de lactose, hĆ” a estimulaĆ§Ć£o de um gene pra produzir a beta galactose, enzima que quebra lactose. Caso no meio haja glicose e lactose, ela preferencialmente usa a glicose, porem a presenƧa de lactose Ć© indutora, como a bacteria vai regular isso? Isso Ć© um mĆ©todo de regulaĆ§Ć£o explicado mais a frente. ( bacteria Ć© sofisticadĆssima, kirley) Quando a glicose Ć© metabolizada, gera ATP, esse ATP vai ser usado pela celula atravĆ©s da aĆ§Ć£o da enzima adenilato quinase que vai clivar o ATP em ADP e AMPciclico, a alta concentraĆ§Ć£o de AMPciclico Ć© uma forma de regulaĆ§Ć£o da celula, pois quando em alta quantidade indica que muita glicose foi metabolizada, ou seja hĆ” baixo nĆvel de glicose. Sendo assim o AMPc regula a enzima que vai degradar a lactose, pois sua presenƧa indica que todo a glicose foi metabolizada. (Uma das formas q ela tem de regular esses genes para energia e atp a cordenar os precesso em um nĆvel global ela Ć© mediada pelo AMPciclico. NĆveis elevados de AMP indica pra bactĆ©ria baixos nĆveis de glicose, a bactĆ©ria tem glicose que na sua metabolizaĆ§Ć£o gera ATP no final, quando ela usar o ATP, vai ser gerado ADP. Quando acabar a glicose, vai aumentar ADP, porque o AMPc indica q acabou a glicose. A adenilato quinase pega duas moelculas de atp gera um adp e um amp cĆclico. A concentraĆ§Ć£o de ampc indica q a glicose acabou e ativa o q vai degradar a lactose) palavras da kirley Outra forma de regulaĆ§Ć£o Ć© a prĆ³pria transcriĆ§Ć£o, entĆ£o veja sĆ³, ela n tem nĆŗcleo uma vez que os genes estĆ£o sendo transcritos, eles estĆ£o sendo traduzidos simultaneamente, veja que a molĆ©cula de DNA nem esta completa e o ribossomo jĆ” estĆ” lendo, esse processo pode tambĆ©m regular a expressĆ£o pois o excesso de ribossomo no RNA mensageiro pode limitar a produĆ§Ć£o de novas molĆ©culas de RNA mensageiro daquele produto final. Excesso de ribossomo funciona como regulador. AlĆ©m disso, a transcriĆ§Ć£o pode sofrer dois tipos de controle o positivo e o negativo. Positivo: caso da glicose, lactose, e AMPc. Negativo: exemplo o caso operon lac. Controle negativo A polimerase transcreve e traduz uma proteĆna, a proteĆna repressora que se liga a regiĆ£o promotora (sitio operador) impede a aĆ§Ć£o da polimerase, a proteĆna repressora funciona como uma āpedra no caminhoā VER ESQUEMA DO SLIDE DA LAC Z LAC Y LAC A A lactose se liga a proteĆna repressora que se desprende do DNA e libera entĆ£o ao caminho para a polimerase transcrever/traduzir a enzima beta-galactosidase. Funcionamento do operon-lac A lactose vai funcionar como um regulador positivo, pois vai se ligar a proteĆna repressora, ou seja a presenƧa da lactose inibe a proteĆna repressora da beta-galactosidade, q vai degradar a lactose. Controle positivo N existe nenhuma proteĆna repressora. A polimerase precisa de um indutor. Ex.: Metabolismo da maltose, a a maltose funciona como indutor que se liga a proteĆna ativadora que se liga a polimerase que vai ler o gene para formar o proteĆna de degradora de maltose. O AMPc regula as vias. Se tem glicose o operon lac nĆ£o Ć© ativado. Como acontece a regulaĆ§Ć£o disso? O que acontece Ć© que quando acaba a glicose o nĆvel de APMc aumenta, esse AMPc ativa uma proteĆna chamada de āCAP-proteina quinaseā, que ativa todos os operons. A CAP sĆ³ consegue fazer isso (a ativaĆ§Ć£o) se o AMPciclico se juntar a ela, porem o AMPc cĆclico sĆ³ tem quando acaba a glicose. Revisando, acabou a glicose aumenta AMPc que se liga a CAP que āativaā o operon. Aula 04.04.18 Slide: MĆ©todos de EsterilizaĆ§Ć£o e DesinfecĆ§Ć£o Obs:Acompanhar pelos slides, as partes em vermelhos sĆ£o as mais importantes. Para que usamos os mĆ©todos de controle? Para diversos fins, na Ć”rea mĆ©dica Ć© importante dominarmos esse controle, em qualquer laboratĆ³rio de microbiologia, enfim...EntĆ£o, o controle da populaĆ§Ć£o microbiana se dĆ” atravĆ©s da: DestruiĆ§Ć£o, InibiĆ§Ć£o ou RemoĆ§Ć£o de microrganismos. Qualquer mĆ©todo que destrua, remova ou iniba um microrganismo, ele serve como mĆ©todo de controle. Para destruir, inibir ou remover usamos agentes que podem ser: FĆsicos e QuĆmicos. EntĆ£o, jĆ” vimos lĆ” na fisiologia que a temperatura Ć© um agente fĆsico que influencia, a radiaĆ§Ć£o tambĆ©m,ā tĆ”ā? Os quĆmicos, nĆ³s temos os externos, sobre o qual iremos falar hoje e os in vivo, que sĆ£o os antibiĆ³ticos, que iremos falar na aula da semana que vem, ok? Esses mĆ©todos, tanto os fĆsicos quanto os quĆmicos, tĆŖm como objetivo ou eliminar totalmente ou diminuir os microrganismos para nĆŗmeros aceitĆ”veis (concentraĆ§Ć£o que chamamos de manipulaĆ§Ć£o segura). Os mĆ©todos de escolha dependem de duas caracterĆsticas: A primeira, a natureza do agente que vocĆŖ utilizarĆ” e o segundo Ć© o tipo de material que contĆ©m o microrganismo, por exemplo: VocĆŖ precisa de um meio de cultura contendo vitamina, ela nĆ£o pode ser āautoclavadaā,logo vocĆŖ terĆ” que utilizar outra forma de controle que nĆ£o seja o Autoclave para a vitamina. EntĆ£o vai depender do seu agente e do material que vai conter o microrganismo. Eu falei na aula de ontem: Os endĆ³sporos nĆ£o podem ser autoclavados, entĆ£o temos que usar um agente diferente do Autoclave para eliminar os microrganismos presentes nos endĆ³sporos. Isso depende do seu conhecimento. O que eu quero utilizar e qual agente eu posso utilizar para aquele fim? EntĆ£o, rapidamente os principais fatores limitantes para o crescimento microbiano, a gente jĆ” falou da temperatura (Na aula de fisiologia), do pH, da disponibilidade de H2O (Kirley fala sobre o processo de salga) e tambĆ©m jĆ” falamos que a disponibilidade de O2 Ć© um fator limitante. Por exemplo, se eu tenho uma bactĆ©ria aerĆ³bica restrita, se eu tirar o oxigĆŖnio eu controlo a bactĆ©ria. Se Ć© anaerĆ³bica restrita e eu colocar oxigĆŖnio, estarei controlando a bactĆ©ria. Se Ć© microaerĆ³fila e eu colocar muito oxigĆŖnio, tambĆ©m estou controlando a bactĆ©ria. O problema Ć© quando ela Ć© facultativa, aĆ vocĆŖ coloca CO2, porque ela nĆ£o precisa de oxigĆŖnio, mas se vocĆŖ nĆ£o disponibiliza oxigĆŖnio ou muda a atmosfera, vocĆŖ tambĆ©m controla a bactĆ©ria. Mas, para que usamos agentes de controle? Estudos com microrganismos ou sua aplicaĆ§Ć£o; Evitar infecƧƵes; Evitar a decomposiĆ§Ć£o de materiais Henzo faz uma pergunta mĆtica: H:Professora, nĆ£o entendi porque o CO2 vai ser Ćŗtil no controle da facultativa? K: Na ausĆŖncia de O2 elas crescem, aĆ vocĆŖ vai fazer o que? Mudar a atmosfera. Se vocĆŖ tirar oxigĆŖnio, elas vĆ£o crescer, se colocar O2, elas tambĆ©m crescem, entĆ£o vocĆŖ muda a atmosfera. EntĆ£o,alguns conceitos: SubstĆ¢ncias BACTERICIDAS: Matam o microrganismo ļ Morte rĆ”pida SubstĆ¢ncias BACTERIOSTĆTICAS: Inibem o crescimento do microrganismo ļ Morte lenta EsterilizaĆ§Ć£o ā Morte ou eliminaĆ§Ć£o de todos os organismos viĆ”veis presentes em um meio de cultura ou em objetos inertes. ļ ESTERILIZAĆĆO COMERCIAL Quando eu falo esterilizaĆ§Ć£o, estou dizendo que esse agente mata as formas vegetativas e as formas de resistĆŖncia (esporos, no caso das bactĆ©rias endĆ³sporos, produzidos pelos gĆŖneros Clostridium sp e Bacillus sp). *Kirley comeƧa a explicar sobre as fases. Vegetativa: Fase metabolicamente ativa; ResistĆŖncia: Fase metabolicamente inativa ou com metabolismo basal. Se eu nĆ£o conseguir eliminar todas as formas, nĆ£o foi feita uma esterilizaĆ§Ć£o, foi feita uma desinfecĆ§Ć£o ou uma antissepsia. AĆ vai depender. Veremos mais na frente. Na Ć”rea alimentĆcia, existe a esterilizaĆ§Ć£o comercial, que inativa os endĆ³sporos de Clostridium Botulinum,que causava o botulismo nos enlatados. ApĆ³s o desenvolvimento dessa tĆ©cnica, esse problema foi desaparecendo nesses produtos. DescontaminaĆ§Ć£o ā Tratamento de um objeto ou superfĆcie de modo a tornĆ”-los seguros Ć manipulaĆ§Ć£o. DesinfecĆ§Ć£o ā Tratamento direcionado contra patĆ³genos, embora possa nĆ£o eliminar todos os microrganismos. - DestruiĆ§Ć£o dos patĆ³genos vegetativos, usado em matĆ©ria inanimada. - Pode utilizar mĆ©todos fĆsicos (UV, Ć”gua fervente ou vapor) ou quĆmicos (desinfetantes). - NĆ£o inativa formas esporuladas Antissepsia - MĆ©todo atravĆ©s do qual se impede a proliferaĆ§Ć£o de microrganismos em tecidos vivos com o uso de substĆ¢ncia quĆmicas (os antissĆ©pticos) usadas como bactericidas ou bacteriostĆ”ticos. Assepsia - Conjunto de medidas que usamos para impedir a penetraĆ§Ć£o de microrganismos num ambiente que nĆ£o os tem. Bem, eu falei que existem condiƧƵes que afetam o crescimento de microrganismos, mas agora falarei das condiƧƵes que interferem na atividade de um agente de controle microbiano, sĆ£o elas: -Tamanho da populaĆ§Ć£o -Intensidade ou concentraĆ§Ć£o do agente Ex: Se a concentraĆ§Ć£o do agente for menor que o tamanho da populaĆ§Ć£o microbiana, entĆ£o esse agente serĆ” ineficaz. -Tempo de exposiĆ§Ć£o -Temperatura do ambiente -Natureza do meio: umidade, pH, presenƧa de matĆ©ria orgĆ¢nica (Focar aqui)... Ex: Se usarmos Ć”lcool, iodo ou cloro e aquele ambiente possuir muita matĆ©ria orgĆ¢nica, o agente nĆ£o vai surtir efeito. Ć por isso que quando utilizamos Ćlcool 70 em nossas mĆ£os, precisamos lavĆ”-las primeiro. Mais um exemplo: Tratar um abcesso pulmonar (Rico em matĆ©ria orgĆ¢nica) com antibiĆ³tico nĆ£o surtirĆ” efeito se antes a lesĆ£o nĆ£o for drenada. -Tipo de microrganismo Ex: BactĆ©rias Gram negativas sĆ£o mais resistentes a esses agentes do que as positivas. Por que? Falem gente...NinguĆ©m sabe dizer...Por conta da membrana externa. A membrana externa Ć© seletiva, ela nĆ£o permite que molĆ©culas grandes hidrofĆ³bicas (SĆ³ passam molĆ©culas pequenas hidrofĆlicas) entrem na cĆ©lula, por isso sĆ£o as gram negativas as mais resistentes. As gram positivas sĆ³ possuem a parede celular e tem poros, permitindo a entrada de molĆ©culas. A seletividade da membrana externa Ć© devido a ligaĆ§Ć£o que existe entre os fosfolipĆdios. A ligaĆ§Ć£o que ocorre entre eles possui a presenƧa de cĆ”tions bivalentes, normalmente o magnĆ©sio e o cĆ”lcio. EntĆ£o, esses elementos fazem a ligaĆ§Ć£o com os fosfolipĆdios e fortalecem a membrana. Por isso que o tipo de microrganismo tambĆ©m interfere na atividade do agente de controle. (Focar aqui) Aqui, eu listei os tipos de agentes de controle. Controle Antimicrobiano por Agentes FĆsicos - EsterilizaĆ§Ć£o pelo calor - EsterilizaĆ§Ć£o por radiaĆ§Ć£o (JĆ” falamos das radiaƧƵes ionizantes e nĆ£o ionizantes, o que ocorre em cada uma...NĆ£o vou entrar em detalhe) - EsterilizaĆ§Ć£o por filtraĆ§Ć£o Tipos de Agentes de Controle e Mecanismos de aĆ§Ć£o Controle Antimicrobiano por Agentes QuĆmicos - Agentes quĆmicos de uso externo (Vamos falar hoje) Agentes Antimicrobianos Utilizados In vivo (Vamos falar na aula da semana que vem) - FĆ”rmacos antimicrobianos sintĆ©ticos - AntibiĆ³ticos - FĆ”rmacos antifĆŗngicos - FĆ”rmacos antivirais NĆ³s temos o Calor Ćmido, que funciona atravĆ©s da desnaturaĆ§Ć£o de proteĆnas e enzimas. NĆ³s temos aĆ a Ć”gua fervente, que nĆ£o Ć© uma forma de esterilizaĆ§Ć£o, mas de controle para reduĆ§Ć£o da populaĆ§Ć£o microbiana. A segunda Ć© a autoclavagem, a forma mais eficaz que funciona sob duas variĆ”veis: alta temperatura e alta pressĆ£o (120 graus e 1 atm. O Autoclave esteriliza, isto Ć©, mata todos os organismos. A pasteurizaĆ§Ć£o Ć© uma tĆ©cnica criada por Luis... Tem gente que fala PastĆŖ... Eu falo... EU... Eu aprendi e aĆ assim eu falo Luis PastĆ©, tĆ”? NĆ£o Ć© Pastel nĆ£o, Ć© PastĆ©. EntĆ£o, ele criou a pasteurizaĆ§Ć£o, uma tĆ©cnica que ele utiliza quente e frio, ele eleva a temperatura em torno de 60 graus e depois esfria rapidamente e vai fazendo essa mudanƧa de temperatura a fim de diminuir a populaĆ§Ć£o (nĆ£o esterelizar, tĆ”? nĆ£o esteriliza), mas diminui realmente a concentraĆ§Ć£o de microrganismos no alimento. Ele foi criado para o fungo, certo? E hoje Ć© utilizado para o leite. Por que na Ć©poca usava 60 graus? Para nĆ£o mudar as caracterĆsticas organolĆ©ticas do alimento, certo? AĆ nĆ³s temos o Autoclave, vertical e os horizontais. O horizontal Ć© o mais complexo pois precisa de instalaĆ§Ć£o. NĆ³s temos ainda o calor seco, o calor seco promove a oxidaĆ§Ć£o dos constituintes orgĆ¢nicos, porĆ©m Ć© menos eficiente que o calor Ćŗmido. E ainda tem a estufa, a estufa de Pasteur, que tambĆ©m esteriliza. As baixas temperaturas tambĆ©m servem como mĆ©todo de controle, a temperatura Ć© muito importante para a bactĆ©ria ou para os microrganismos de forma geral para ver o seu ambiente ideal. NĆ³s utilizamos para preservaĆ§Ć£o de alimentos, drogas, ela inibe as aƧƵes metabĆ³licas (o congelamento) ou diminui quando estĆ” a 4 graus. Mata as bactĆ©rias pela aĆ§Ć£o dos cristais de gelo no citoplasma e rompe a cĆ©lula da cĆ©lula e diminui a Ć”gua disponĆvel, impossibilitando o organismo de crescer. DessecaĆ§Ć£o, principal liofilizaĆ§Ć£o: Ć© um processo para preservar microrganismos. ColeƧƵes de microrganismos e bactĆ©rias. Para liofilizar vocĆŖ precisa de liofilizadores. VocĆŖ passa a matĆ©ria do estado sĆ³lido para o estado gasoso sem passar para o estado lĆquido antes (sublimaĆ§Ć£o). Muito utilizĆ”vel na indĆŗstria alimentĆcia, como no cafĆ© solĆŗvel. A PressĆ£o OsmĆ³tica, excesso de aƧĆŗcar e sal tambĆ©m diminui Ć”gua e temos o controle microbiano. RadiaĆ§Ć£o: ionizante e nĆ£o ionizantes. Microrganismos fazem parte de decompositores, se nĆ£o fossem eles a gente viveria em cima de lixo e cadĆ”ver. Em medicamentos eles podem ser irradiados. Eles nĆ£o se tornam radioativos. A FiltraĆ§Ć£o, a gente pode utilizar as membranas. OBS: nĆ£o escrever esterelizados, Ć© com I. Ela tira ponto da prova se escrever errado. Eu tenho aqui a seringa, que precisa estar estĆ©ril, o ambiente precisa estar estĆ©ril tambĆ©m. Agora os Agentes QuĆmicos: Agentes esterilizantes: Ćxido de etileno, inativa todas as formas (vegetativas e de resistĆŖncia) atua desacoplando as proteĆnas dos microrganismos, ele Ć© tĆ³xico, explosivo e carcinogĆŖnico, tem sido substituĆdo por gĆ”s de plasma e perĆ³xido de hidrogĆŖnio Alquilantes: GlutaraldeĆdo, forma aldeĆdo, alquilam as proteĆnas, tiram elementos que compƵem os aminoĆ”cidos e inativam as proteĆnas. Fenol: Desinfetante, sĆ³ mata as vegetativas, nĆ£o sĆ£o mais usados rotineiramente, sĆ£o altamente tĆ³xicos, os primeiros usados em ambientes hospitalares, ele lesa a membrana plasmĆ”tica lipĆdica dos microrganismos resultando no extravasamento do conteĆŗdo celular, foi usado por Joseph Lister (o do enxaguante bucal, nĆ£o que tenha fenol no enxaguante bucal, Ć© sĆ³ que ele foi visionĆ”rio) VocĆŖs vĆ£o aprender a tĆ©cnica de Placa cheia: A bactĆ©ria cresce em toda a placa. (ComeƧa a explicar a aula prĆ”tica da Placa cheia...) O Ćlcool principal Ć© o etanol, utilizamos na concentraĆ§Ć£o padrĆ£o de 70%, nĆ³s tambĆ©m temos o metanol, que Ć© mais eficiente que o etanol, porĆ©m Ć© mais tĆ³xico. SĆ£o utilizados para desnaturar as proteĆnas e alĆ©m disso dissolvem os lipĆdeos da membrana. O que eu quero que fique claro Ć© que o Ć”lcool tem que ser hidratado. Quando o Ć”lcool Ć© desidratado ele fixa a bactĆ©ria, nĆ£o mata, sĆ³ fixa. Obs:Observar a tabela do slide do Ć”lcool A presenƧa de matĆ©ria orgĆ¢nica vai interferir na atividade de controle. EntĆ£o se vocĆŖ tem Ć”lcool, iodo, cloro, mas aquele ambiente possuir muita matĆ©ria orgĆ¢nica, o controle nĆ£o serĆ” eficiente. (Focar aqui) HalogĆŖnios: Iodo, Cloro, Bromo (Agente oxidante, atua na parede celular (cloro) e destrĆ³i compostos metabĆ³licos essenciais. Inativa enzimas) * Iodo e compostos relacionados: agente oxidante, combina-se com a tirosina, inativando proteĆnas * Cloro: formaĆ§Ć£o de Ć”cido hipocloroso liberando radicais de oxigĆŖnio Metais pesados: chumbo, zinco, prata, cobre, mercĆŗrio. Combinam-se com proteĆnas, provocando sua inativaĆ§Ć£o. Aula 09.04.18 REGULAĆĆO GĆNICA Os procariotos possuem vĆ”rios mecanismos de regulaĆ§Ć£o gĆŖnica. Mas dois fatores sĆ£o muito importantes na regulaĆ§Ć£o, na verdade sĆ£o trĆŖs com o a regulaĆ§Ć£o do Triptofano. Outro Ć© o ācorum senseā que Ć© uma forma de comunicaĆ§Ć£o entre as bactĆ©rias para a formaĆ§Ć£o do biofilme. Como se dĆ” essa comunicaĆ§Ć£o? Um corum Ć© a quantidade necessĆ”ria de bactĆ©rias que estĆ£o produzindo uma determinada molĆ©cula, como a N-acil Homoserina Lactonas (AHLs) que Ć© uma molĆ©cula sinalizadora. EntĆ£o como a bactĆ©ria comeƧa a produzir biofilme? Biofilme Ć© uma premiaĆ§Ć£o, as bactĆ©rias produzem uma matriz (pode ser polissacarĆdica) e outras bactĆ©rias podem ser inseridas naquele biofilme, mas inicialmente Ć© somente uma populaĆ§Ć£o que aumenta e a partir desse momento chega num determinado limiar e comeƧa a produzir biofilme. Como elas sabem que existem bactĆ©rias o suficiente na populaĆ§Ć£o para produzir biofilme? Quando esta molĆ©cula estĆ” em grande concentraĆ§Ć£o. Suponhamos que existe uma bactĆ©ria e ela produz essa molĆ©cula e a reconhece, a partir do momento que a populaĆ§Ć£o cresce, porque a bactĆ©ria estĆ” se dividindo, o que acontece com a molĆ©cula de AHL? Aumenta tambĆ©m, Ć© uma relaĆ§Ć£o diretamente proporcional. Se a populaĆ§Ć£o aumenta a concentraĆ§Ć£o de ALH tambĆ©m vai aumentar. Chega numa concentraĆ§Ć£o que sinaliza que para as bactĆ©rias que a concentraĆ§Ć£o de AHL estĆ” alta sendo que a populaĆ§Ć£o tambĆ©m estĆ” alta, ativando assim o gene para a produĆ§Ć£o do biofilme. O gene sĆ³ Ć© ativado (ele sĆ³ vai ser expresso) se a concentraĆ§Ć£o de AHL estiver alta, porque ela interpreta que a populaĆ§Ć£o bacteriana tambĆ©m estĆ” alta o suficiente para a produzir AHL, porque o biofilme possui uma concentraĆ§Ć£o grande de colina. Ela nĆ£o produz se a populaĆ§Ć£o de bactĆ©rias estiver pequena. ImportĆ¢ncia inĆ©dita do biofilme na Ć”rea medica inclui a oncologia na produĆ§Ć£o de biofilme por Streptococcus mutans e nem na escovaĆ§Ć£o Ć© possĆvel tirar todo o biofilme atravĆ©s de aĆ§Ć£o mecĆ¢nica, e dificilmente na quĆmica tambĆ©m. Porque Ć© difĆcil tirar com agentes quĆmicos (tira uma parte nĆ£o totalmente)? A presenƧa de matĆ©ria orgĆ¢nica pode atrapalhar na atividade do agente de controle. Quando o biofilme estĆ” maduro pode agregar outras espĆ©cies, leveduras e alguns protozoĆ”rios que sĆ£o comensais que nĆ£o vĆ£o danificar o biofilme por isso Ć© uma premiaĆ§Ć£o. Nem toda bactĆ©ria produz biofilme. Existe outras molĆ©culas de sinalizaĆ§Ć£o para produĆ§Ć£o de biofilme, mas AHL Ć© a principal. Outra questĆ£o Ć© o fator sigma da RNA polimerase, ainda sobre expressĆ£o de genes. Ć a enzima que vai realizar o processo de transcriĆ§Ć£o, nĆ³s temos vĆ”rias polimerases que possuem vĆ”rias funƧƵes distintas, e as bactĆ©rias sĆ³ possuem uma polimerase e ela nĆ£o tem afinidade pelo DNA da bactĆ©ria e nĆ£o Ć© especĆfica, quando a bactĆ©ria precisa expressar uma gene, ela nĆ£o vai transcrever todo o genoma, ela precisa somente daquele gene e entra os fatores sigma que vai se ligar a RNA polimerase que vai dar especificidade a enzima. Por exemplo: Temos o DNA da bactĆ©ria e a polimerase, o gene que eu quero Ć© o gene que estĆ” num espaƧo especĆfico (a RNA nĆ£o Ć© especĆfica para reconhecer o promotor sequĆŖncia de reconhecimento). Nas cĆ©lulas de eucariotos a polimerase sabe que o gene comeƧou pelo promotor e aĆ temos tambĆ©m uma sequĆŖncia de terminaĆ§Ć£o o stop cĆ³don. A RNA polimerase nĆ£o tem especifidade para esses promotores, e assim ela nĆ£o se liga. Ela precisa se ligar aos fatores sigmas (possuem no mĆnimo 5 fatores) e quando ela se liga aos fatores sigmas ela comeƧa a ter especificidade. EntĆ£o quem dĆ” a especificidade da RNA polimerase nos procariotos sĆ£o os fatores e aĆ quando se juntam temos uma holoenzima. Quando o fator se liga a RNA e a RNA se liga ao gene, o prĆ³prio fatore sigma atrapalha a transcriĆ§Ć£o e entĆ£o ela se desliga e volta a ser uma apoenzima, isso Ć© uma forma de regulaĆ§Ć£o. Se a bactĆ©ria nĆ£o tiver precisando de nenhum gene, o fator sigma nĆ£o vai se ligar a RNA polimerase e aĆ nenhum gene Ć© transcrito Ć© uma regulaĆ§Ć£o antes da transcriĆ§Ć£o. Porque existe a regulaĆ§Ć£o pĆ³s transcricional Ć© quando hĆ” retroalimentaĆ§Ć£o, quando a bactĆ©ria produz certa molĆ©cula e o excesso dessa molĆ©cula faz com que a transcriĆ§Ć£o e a traduĆ§Ć£o dessa mesma molĆ©cula seja contida ou inibida. ANTIBIĆTICOS CONCEITO: todo medicamento direcionado para acabar com infecƧƵes bacterianas. HISTĆRICO: O penicillium rodeado de Staphylococcus, foi uma placa que Alexandre Fleming encontrou nos seus descartes, a penicilina foi encontrada ao acaso, o fungo produz alguma substĆ¢ncia que inibe o crescimento das bactĆ©rias. Um ano depois os estafilococos eram resistentes a penicilina. A quimioterapia nĆ£o Ć© uma prĆ”tica recente, comeƧou lĆ” nos tempos bĆblicos, mas eram baseados em conhecimentos empĆricos. NĆ£o existia bases cientĆficas. O pai da quimioterapia Ehrlich trabalhou com vĆ”rios compostos e saiu dando nomes a vĆ”rios dando numeraĆ§Ć£o e no 606 conseguiu combater a bactĆ©ria que causa a sĆfilis. Domagk trabalhava com corantes e utilizou em torno de 1000 corantes. Ele pegava os corantes e tentava combater infecĆ§Ć£o de Streptococcus em camundongos e percebeu que quando colocava o corante no camundongo eles ficavam curados, mas quando ele colocava na bactĆ©ria fora do camundongo o corante nĆ£o matava. In vivo o corante funcionava e in vitro nĆ£o funcionava e depois TrĆ©fouel explicou que o composto ativo era uma sulfonamidas (os antibiĆ³ticos sulfas) e no camundongo a enzima do hospedeiro quebrava essa ligaĆ§Ć£o e liberava a sulfa e ela atuava na infecĆ§Ć£o e in vitro a sulfa continuava ligada e nĆ£o tinha atividade contra a bactĆ©ria. Agentes antimicrobianos: substĆ¢ncias produzidas naturalmente por microrganismos ou sintetizadas em laboratĆ³rios que inibem o crescimento de microrganismo que em baixas concentraƧƵes inibem o crescimento de microrganismos. Antigamente o conceito era substĆ¢ncia produzida por um microrganismo que vĆ£o inibir o crescimento de outros microrganismos. A concentraĆ§Ć£o Ć© muito importante atĆ© para a resistĆŖncia. TĆ©cnica de pique: a concentraĆ§Ć£o mĆnima que inibe aquele microrganismo. A produĆ§Ć£o de um medicamento antibiĆ³tico Ć© um gasto muito grande, para outras molĆ©culas o investimento vai ter um retorno e para antibiĆ³ticos nĆ£o jĆ” que bactĆ©rias podem se tornar resistentes. As indĆŗstrias farmacĆŖuticas nĆ£o tĆŖm interesse em produzir novas molĆ©culas. CARACTERISTICAS PARA SELECIONAR UMA MOLĆCULA: ļ· ter amplo espectro de aĆ§Ć£o tanto bactĆ©ria gram positivas quanto negativas. Existe diferenƧas no tratamento? Sim. BactĆ©rias gram negativas sĆ£o muito mais resistĆŖntes que gram positivas, pelo fato da membrana externa e tudo que estĆ” envolvido. Mas existem antibiĆ³ticos com pequeno espectro de aĆ§Ć£o. Uns para bactĆ©rias gram negativas e outros para gram positivas ļ· inibir os microrganismos e evitar a resistĆŖncia. Uma pressĆ£o de resistĆŖncia existe em qualquer populaĆ§Ć£o. Na Ćfrica existem uma pequena populaĆ§Ć£o em que o receptor de CD4 possui 32 nucleotĆdeos e essa deleĆ§Ć£o faz com que o vĆrus nĆ£o reconheƧa esse receptor. Qualquer antibiĆ³tico sempre vai fazer uma pressĆ£o de seleĆ§Ć£o nas bactĆ©rias, por isso as vezes Ć© necessĆ”rio a combinaĆ§Ć£o de antibiĆ³tico sempre feito em hospital e nĆ£o em casa. ļ· Toxidade apenas para o microrganismo e nĆ£o para o hospedeiro como na destruiĆ§Ć£o da parede celular. Mas muitos tem efeitos colaterais uma questĆ£o de toxicidade seletiva. O cloranfenicol atua na sĆntese de proteĆnas de bactĆ©rias que Ć© diferente das nossas proteĆnas, mas inibe a imunidade da nossa medula, que pode causar uma anemia plĆ”stica e a depressĆ£o da atividade da medula para de produzir componentes do sangue causando anemia. Anemia reversĆvel. ļ· nĆ£o eliminar microbiota normal, o que Ć© muito difĆcil, pois se passa muito tempo tomando antibiĆ³tico e pode causar diarreia um exemplo clĆ”ssico de que a microbiota estĆ” sendo reduzida. Melhora prescrevendo um floratil, mas o tratamento nĆ£o pode ser interrompido pois as bactĆ©rias podem se tornar resistentes. Usar sabonete antimicrobianos podem tornar bactĆ©rias resistentes, atĆ© por Staphylococcus aureus e a maioria das septicemias (infecƧƵes sistĆŖmicas) sĆ£o bactĆ©rias oriundas da nossa microbiota da pele que jĆ” estĆ” resistente devido ao uso desses sabonetes. ļ· administraĆ§Ć£o de forma oral ela nĆ£o pode ser inativada pela acidez do estĆ“mago, antigamente as penicilinas nĆ£o eram via oral, pois a molĆ©cula era quebrada quando chegava no estomago. Apenicilina (amoxilina) pode ser oral, pois Ć© semissintĆ©tica. Se forem de via parenteral nĆ£o podem ser eliminadas por proteĆnas sanguĆneas. ļ· se capaz de alcanƧar uma concentraĆ§Ć£o suficiente para ser inibitĆ³ria. OBS: Toxicidade seletiva: AntibiĆ³ticos devem causar danos ao patĆ³geno sem afetar o hospedeiro. Uma reaĆ§Ć£o alĆ©rgica nĆ£o Ć© efeito colateral Ć© a alteraĆ§Ć£o no sistema imunolĆ³gico. Principais alvos dos antibiĆ³ticos: parede celular, membrana celular, os ribossomos, os cromossomos, em enzimas como DNA girase, metabolismo do Ć”cido fĆ³lico (nĆ£o produzimos Ć© adquirido de forma exĆ³gena na suplementaĆ§Ć£o, mas as bactĆ©rias produzem). PRODUTOS NATURAIS: Estreptomicina, tetraciclina (Streptomyces), polimixina (isolados de bacilos), penicilina b e g e cefalosporina (penicilina) SEMI-SINTĆTICOS: b-lactĆ¢micos de 2Ā° e 3Ā° geraĆ§Ć£o. SINTĆTICOS: cloranfenicol GRUPO DOS B-LACTĆMICOS: Principal grupo na clĆnica mĆ©dica. Subgrupos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenemos, monobactĆ¢micos e inibidores da b-lactamases. Qual a caracterĆstica? Todos eles possuem no seu nĆŗcleo central a presenƧa do anel b-lactĆ¢mico e ele que Ć© o nĆŗcleo do antibiĆ³tico com a funĆ§Ć£o de inibir o crescimento da bactĆ©ria, o componente chave. PENICILINAS: SĆ£o compostos Ī²-lactĆ¢micos com um nĆŗcleo de Ć”cido 6-aminopenicilĆ¢mico. Pode completar os radicais, tornando um antibiĆ³tico semissintĆ©tico, o anel nĆ£o pode mudar. SĆ£o semissintĆ©ticos Ampicilina, Amoxicilina, Meticilina, Oxacilina, Temocilina. CEFALOSPORINA: SĆ£o compostos Ī²-lactĆ¢micos com um nĆŗcleo de Ć”cido 7-aminocefalosporĆ¢nico. Embora estrutura geral seja diferente, o anel permanece. Existem 4 geraƧƵes. A primeira age contra bactĆ©rias gram positivas, a segunda de amplo espectro, porĆ©m menor afinidade com gram negativa, terceira geraĆ§Ć£o gram negativa e quarta amplo espectro para as duas. CARBAPENEMOS SĆ£o fĆ”rmacos estruturalmente relacionados com os antibiĆ³ticos Ī²-lactĆ¢micos, porque possuem o anel lactĆ¢mico. As bactĆ©rias desenvolvem resistĆŖncia rapidamente a esses antibiĆ³ticos entĆ£o vocĆŖ sĆ³ os usa quando tiver certeza que a bactĆ©ria Ć© sensĆvel a eles. Nunca Ć© a primeira escolha. MECANISMO DE AĆĆO DOS B-LACTAMICOS: Atuam a nĆvel de parede celular. A parede celular possui molĆ©culas PBPs (ProteĆnas Fixadoras de Penicilinas), obviamente essas molĆ©culas sĆ£o vitais para as bactĆ©rias e os b-lactĆ¢micos se ligam a elas. Um exemplo Ć© a transpeptidases (ESTUDEM ESSA ENZIMA PORQUE NO AUDIO ELA FRESCOU JĆ QUE NINGUĆM SOUBE RESPONDER A FUNĆĆO DELA E A QUE NĆVEL ATUA) que formas as pontes cruzadas na formaĆ§Ć£o da parede celular, mas elas nĆ£o atuam quando as PBPs se ligam a elas. O anel se liga a transpeptidases e a parede celular fica solta. Nas bactĆ©rias gram positivas existem na parede celular possuem Ć”cido tetĆ³ico e lipotetĆ³ico e uma das funƧƵes Ć© servir de substrato para reconhecimento celular e de bacteriĆ³fagos e tambĆ©m controla a atividade da autolisina que Ć© a enzima que quebra a parede celular para novos componentes de parede para que a cĆ©lula se divida. Como a transpeptidase est ligada ao anel b-lactĆ¢mico a autolisina quebra toda a parede celular perdendo o controle lisando a bactĆ©ria. As bactĆ©rias criaram resistĆŖncia mudando a conformaĆ§Ć£o da PBP, os Staphylococcus aureus, adquiriram um gene que produz uma PBP modificada a chamada PBP 2A. Outra forma de adquirir resistĆŖncia Ć© a produĆ§Ć£o de enzimas as B-lactamases, que quebra o anel lactĆ¢mico, o antibiĆ³tico perde o efeito porque perdeu o seu nĆŗcleo de aĆ§Ć£o. Outro caso Ć© nĆ£o permitir que o antibiĆ³tico chegue ao seu alvo atravĆ©s da membrana plasmĆ”tica. INIBIDORES DE B-LACTAMASES NĆ³s temos molĆ©culas que possuem anel b-lactĆ¢micos que tem maior afinidade por essas enzimas e elas se ligam a essas enzimas de forma irreversĆvel, mas essas molĆ©culas tĆŖm pouco ou nenhum poder antibiĆ³tico. NĆ£o Ć© um antibiĆ³tico propriamente dito. Ele Ć© utilizado porque se liga as b-lactamases, nĆ£o as disponibilizando para quebrar o anel de antibiĆ³ticos. Exemplo como a amoxicilina + clavunalato. O antibiĆ³tico Ć© a amoxicilina, o clavunalato Ć© um exemplo de inibidor de b-lactamases. AMINOGLICOSĆDIOS SĆ£o bactericidas e em alguns casos bacteriostĆ”ticos. Grupo de fĆ”rmacos que compartilham caracterĆsticas quĆmicas, antimicrobianas, farmacolĆ³gicas e tĆ³xicas. Eles atuam na sĆntese de proteĆnas a nĆvel de ribossomos, se ligam a subunidade 30s dos ribossomos de forma irreversĆvel e nĆ£o se liga na subunidade 50S. Essas subunidades estĆ£o separadas sĆ³ se unem quando forem fazer a sĆntese proteica, dessa forma o ribossomo nĆ£o consegue fazer a traduĆ§Ć£o do mRNA. SĆ£o molĆ©culas gigantescas e nĆ£o conseguem atravessar a membrana plasmĆ”ticas das bactĆ©rias sem gasto de energia, Ć© um processo aerĆ³bico que necessita de grande energia e entĆ£o geralmente nĆ£o sĆ£o eficientes para bactĆ©rias anaerĆ³bicas restritas. AlĆ©m disso, pode ser associado a um b-lactĆ¢mico que atua na parede celular, que quebra a parede celular ou liga ao glicopeptĆdio, mas nĆ£o na fase da transpeptidase, mas na fase da ligaĆ§Ć£o dos aƧĆŗcares no nĆvel da terceira etapa na junĆ§Ć£o das N-acil-glicosamina e N-acetil-murano. GLICOPEPTĆDEOS Principais representantes: Vancomicina e Teicoplanina. Vancomicina: infecƧƵes por Staphylococcus e especificamente a Staphylococcus aureus. Cepas de MRSA, Staphylococcus aureus resistentes a meticilina. TambĆ©m atuam a nĆvel de parede celular. TETRACICLINA Amplo espectro Ć© um antibiĆ³tico bacteriostĆ”tico, pouco utilizado devido a rĆ”pida resistĆŖncia de bactĆ©rias. CLORANFENICOL Antibacteriano de largo espectro sendo sintĆ©tico. Bastante Ćŗtil para bactĆ©rias anaerĆ³bicas e nunca vai ser primeira escolha. Muito fĆ”cil para bactĆ©rias criarem resistĆŖncia. Mas continua sendo a droga de primeira escolha para febre tifoide por Salmonella typhi, ainda nĆ£o hĆ” resistĆŖncia. Pode causar anemia plĆ”stica um efeito colateral. SĆndrome do bebĆŖ cinzento. Aula 16.04.18 Fim do uso de antibiĆ³ticos a partir de macrolĆdeos MacrolĆdeos: sĆ£o um grupo de antimicrobianos quimicamente constituĆdos por um anel macrocĆclico de lactona ao qual ligam-se um ou mais aƧĆŗcares. Principais representantes: eritromicina, claritromicina e azitromicina (esse ultimo Ć© muito usado quando se tem problema na garganta). Os macrolĆdeos sĆ£o usados principalmente para infecƧƵes causadas por Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Bordetella pertussis (essa causa coqueluche) e Campylobacter jejuni, alĆ©m de ser utilizada tambĆ©m para clamĆdia (*obs: outros antibiĆ³ticos tambĆ©m podem ser usados para clamĆdia); O que Ć© āinativos contra o MSRAā? Isso foi explicado mais tarde nessa mesma aula. O que sĆ£o ācepas MRSAā? Kirley chateada pq foi falado na aula do dia 09.04 e ngm lembra š Mecanismo de aĆ§Ć£o dos macrolĆdeos: atua tb na sĆntese de proteĆnas atravĆ©s de ligaĆ§Ć£o de receptores localizados na porĆ§Ć£o 50s do ribossomo, particularmente na molĆ©cula 23s do rna, impedindo as reaƧƵes de transpeptidaĆ§Ć£o e translocaĆ§Ć£o. Observem que os mecanismos que nĆ³s vimos desses antibiĆ³ticos que vĆ£o inibir a sĆntese de proteĆna, a aĆ§Ć£o global Ć© inibiĆ§Ć£o da sĆntese proteica, porem eles se ligam a determinados componentes distintos, obs: um [antibiĆ³tico] se liga ao rna transportador e vai impedir que esse transportador se ligue ao ribossomo. Outros antibiĆ³ticos vĆ£o atuar na porĆ§Ć£o 30s e impede de se ligar na porĆ§Ć£o 50s, outros vĆ£o inibir a cadeia polipeptĆdica que estĆ” sendo formada, impedindo que novos aminoĆ”cidos sejam adicionados a essa nova cadeia que esta sendo formada. Quinolonas: importantĆssimos na Ć”rea mĆ©dica, tendo a levofloxacina , gatifloxacina, moxifloxacina e gemiflozacina e o citrofloxacina, hoje existem as quinolonas adicionadas de flĆŗor, formando as fluorquinolomas, muito utilizadas para infecƧƵes do trato urinĆ”rio Mecanismo de aĆ§Ć£o: aqui, jĆ” se tem um mecanismo diferente da sĆntese proteica (vimos dois grupos de antibioticos que atuam na parede celular, vĆ”rios grupos que atuam a nĆvel de sĆntese proteica e agora, veremos um grupo que atua diretamente na parte reprodutiva). O mecanismo de acao das quinolonas Ć© inibir a atividade de ~duas~ topoisomerases: topoisomerase II (que Ć© a DNA girase), principalmente nas gram-negativas e a topoisomerase IV, nas gram-positivas qual Ć© a funĆ§Ć£o da dna girase? Kirley diz que as provas n serĆ£o boas pq ngm responde A dna girase promove o embacotamento da molĆ©cula de dna porque apenas essa conformaĆ§Ć£o, o dna Ć© biologicamente ativo, do contrario, se a molĆ©cula de dna nĆ£o Ć© empacotada, ela se abre e hĆ” superproduĆ§Ć£o de rna mensageiro, inativando as sĆnteses de proteĆna e a degradaĆ§Ć£o de dna por conta da falta de proteƧƵes nas extremidades do dna ocorrendo tambĆ©m desordenaĆ§Ć£o do processo de transcriĆ§Ć£o , matando a bactĆ©ria ao impedir seu crescimento. A resistĆŖncia desse grupo ocorre principalmente por alteraĆ§Ć£o na dna girase, passando a nĆ£o sobre mais a aĆ§Ć£o desse antimicrobiano, pode ocorrer tambĆ©m por mutaƧƵes cromossĆ“micas em genes responsĆ”veis por essa enzima (topoisomerase II ou IV) ou por alteraƧƵes a permeabilidade da droga na membrana bacteriana, Ć© possĆvel ainda que exista um mecanismo que aumente a retirada da droga no interior da bactĆ©ria (chamado de BOMBA DE EFLUXO), ou seja, o antibiĆ³tico entra e a bactĆ©ria o expulsa, de forma que o antibiĆ³tico nunca chegarĆ” a seu alvo. Obs: a bomba de efluxo nĆ£o atua sĆ³ sobre as quinolomas, existem outros antibiĆ³ticos que tambĆ©m sĆ£o ineficazes por conta disso; Obs2: quanto Ć permeabilidade de membrana, Ć© mais comum nas gram-negativas Lincosaminas: a clindamicina Ć© o principal grupo Mecanismo de aĆ§Ć£o: inibe a sĆntese proteica dos ribossomos, ligando-se a unidade 50s. desta forma, altera a superfĆcie bacteriana, facilitando a opsonizaĆ§Ć£o, fagocitose e destruiĆ§Ć£o intracelular dos microrganismos Sulfonamidas: sĆ£o bacteiostĆ”ticos deriados da sulfanilamida, que tem estrutura similar Ć do acido para-aminobenzoico (tambĆ©m chamado de PAPA) Mecanismo de aĆ§Ć£o: inibem o metabolismo do acido fĆ³lico por competiĆ§Ć£o (sulfonamida x papa) Qual a importĆ¢ncia do acido fĆ³lico? =produĆ§Ć£o ou formaĆ§Ć£o de proteĆnas a nĆvel de aminoĆ”cidos, formando-os. O papa compete como substrato que impede a atividade da enzima que vai converter o ac fĆ³lico nos seus subprodutos. O papa se liga a uma substĆ¢ncia (n interessa para micro) e essa enzima que tem um subprotuto ate chegar no ac dihidrofolato; As sulfonaminas competem com papa, se ligando uma substĆ¢ncia que impede a formaĆ§Ć£o do ac fĆ³lico. O ac dihidrofolato, no qual a enzima dihidrofolato redutase converte o ac hidrofolato em ac tetrahidrofolato Nesse caso, se tem outro antibiĆ³tico que atua inibindo a enzima dihidrofolato redutase Observem que, todos esses antibiĆ³ticos sĆ£o antimetabolicos que atuam impedindo a formaĆ§Ć£o do Ć”cido fĆ³lico. NitroimidazĆ³lico: o principal representante Ć© o etronidazol foi primeiramente usado para atacar agentes parasitĆ”rios, principalmente o Trichomonas vaginallis (que causa a tricomonĆase), mas ai se observou que ele tambĆ©m atuava contra giĆ”rdias, amebas e algumas bactĆ©rias gram- positivas e gram-negativas , tanto que o metronizadol nĆ£o Ć© comercializado sem receituĆ”rio mĆ©dico. Mecanismo de aĆ§Ć£o: os nitroimidazoicos serĆ£o reduzidos! As bactĆ©rias possuem uma enzima que reduz as molĆ©culas de nitroimidazol e nessa reduĆ§Ć£o, ela forma substancias reativas (radicais livres) que atuam na molĆ©cula de DNA e, se a molĆ©cula de dna Ć© modificada, a bactĆ©ria passa a nĆ£o produzir suas funƧƵes de transcriĆ§Ć£o e traduĆ§Ć£o e ai, hĆ” morte da bactĆ©ria IlustraĆ§Ć£o como resumo geral dos antibiĆ³ticos e quais seus nĆveis de atuaĆ§Ć£o NĆ£o foi falado sobre isso antes. A base da rifocina Ć© a rifampsina, que atua numa subunidade da rna polimerase (subunidade beta). Kirley diz que vai aplicar penalidades a quem errar no processo do antibiograma (5 minutos) O resultado da pratica de antibiograma (18 e 19/4) serĆ” uma questĆ£o da SEGUNDA prova. USO CLINICO DOS ANTIBIOTICOS: ā90% sĆ£o receitados por clĆnicos gerais em ambulatĆ³riosā = observa-se que a maior parte da prescriĆ§Ć£o Ć© feita em consultĆ³rios mĆ©dicos e qual o problema disso? = Ć© que muitas vezes, essa prescriĆ§Ć£o Ć© desnecessĆ”ria, por exemplo, se uma pessoa chega com uma virose, o antibiĆ³tico nĆ£o terĆ” efeito. Por que antibiĆ³ticos nĆ£o tem aĆ§Ć£o contra os vĆrus? Porque os vĆrus nĆ£o tem parede celular e ribossomos. Para os vĆrus se usa os antivirais (que atacam as estruturas virais), por exemplo, os antirretrovirais tem como alvo a transcriptase reversa. O uso abusivo de antibiĆ³ticos vem causando um elevado nĆvel de resistĆŖncia encontrado nas bactĆ©rias Obs: pelo menos 50% dos antibiĆ³ticos sĆ£o receitados de forma inapropriada (em infecƧƵes virais, ou tipos de antibiĆ³ticos receitados para a infecĆ§Ć£o errada) Tanto a penincilina quando a vancomicina atuam no mesmo alvo em etapas diferentes. Todo mundo sabe que a vanpomicina atua sobre baterias gram-negativas (stafilococcus aureus), entĆ£o ela nĆ£o atua em bactĆ©rias gram-positivas. Kirley fala sobre mover uma aĆ§Ć£o moral pq a mae dela foi vitima de erro mĆ©dico, mas a mae nĆ£o quis pq iria ser uma aĆ§Ć£o solidaria aberta a varias outros pacientes em relaĆ§Ć£o a um mesmo mĆ©dico. Existem medicamentos com meia-vida maior que a de outros, uns de 6 em 6 horas, outros de 8 e outros de 12, por isso decidir qual antibiĆ³tico de acordo com o paciente, porque alguns podem causar efeitos renais. ļØ Conhecer a epidemiologia da susceptibilidade e resistĆŖncia dos patĆ³genos aos antibiĆ³ticos. Por exemplo: āsei que as bactĆ©rias gram-positivas (especificamente a stafilococcus aureus) sĆ£o grandes produtores de beta-lactamases, entĆ£o eu vou escolher um antibiĆ³tico beta-lactamico? NĆO, jamais eu posso scolher um beta-lactamico para stafilococcus aureus. Sempre levar em consideraĆ§Ć£o o estado imunolĆ³gico e a condiĆ§Ć£o de saĆŗde do paciente Associar antibiĆ³ticos para casos infecciosos (como a tuberculose. O governo tem um programa de distribuiĆ§Ć£o que abrange todos os antibiĆ³ticos contra o complexo mycobacterium sp.; hĆ” necessidade de aviso compulsĆ³rio a vigilĆ¢ncia sanitĆ”ria em casos de tuberculose e lepra para criar uma estatĆstica dos casos dessa doenƧa no paĆs). O uso de combinaƧƵes de antibiĆ³ticos deve ser feito para tratar infecƧƵes graves antes de identificar o microrganismo envolvidos (casos de septicemia), deve ser feito com cuidado para evitar a resistĆŖncia dos organismos; sĆ£o feitas apenas a nĆvel hospitalar. RESISTĆNCIA BACTERIANA A ANTIMICROBIOANOS: Nenhum antibiĆ³tico Ć© capaz de capaz de causar resistĆŖncia. ļØ BactĆ©ria resistente: Ć© aquela capas de crescer in vitro em presenƧa de concentraĆ§Ć£o mĆ©dia que a droga atinge no sangue, durante o tratamento (por isso que o antibiograma Ć© um norteador). Quando se toma antibiĆ³tico, a concentraĆ§Ć£o dele se dilui por todo o corpo. Se o raio de diluiĆ§Ć£o for maior que 5 cm, entĆ£o a bactĆ©ria Ć© susceptĆvel ao antibiĆ³tico, se for menor que 5 cm, a bactĆ©ria Ć© resistente. (exemplo) A resistĆŖncia pode ser natural ou adquirida: Ć natural quando a bactĆ©ria esta fora do espectro de aĆ§Ć£o da droga , ou seja, quando ela Ć© naturalmente resistente Ć droga. EXEMPLOS: Penicilina G -> Bac G- Penicilinas ->Micoplasmas Vancomicina -> Bac G- AminoglicosĆdeos -> Bac anaerĆ³bicas Ć adquirida quando por mecanismos genĆ©ticos diversos, surgem numa populaĆ§Ć£o bacteriana amostras que passam a nĆ£o sofrer mais a aĆ§Ć£o das drogas que ainda sĆ£o eficazes contra o resto da populaĆ§Ć£o. Ou por mutaĆ§Ć£o, ou aquisiĆ§Ć£o de plasmĆdeos, ou aquisiĆ§Ć£o de material exĆ³geno, ou transformaĆ§Ć£o ou ainda por transduĆ§Ć£o. Resumindo: dentro de uma populaĆ§Ć£o, uma pequena amostra de tornou resistente. O uso de antibiĆ³tico nesses casos mata a maioria das baterias, mais ainda sobra uma parte que Ć© resistente. Ou seja, o antibiĆ³tico seleciona quem sĆ£o as resistentes. Por isso que, quando se comeƧa um tratamento com antibiĆ³ticos, nĆ£o se pode parar ate finalizar o tratamento, pois sobram as bactĆ©rias mais resistentes. A resistĆŖncia Ć© um fator espontĆ¢neo, pois se da a partir de mutaƧƵes. A resistĆŖncia sempre Ć© decorrente de alteraƧƵes genĆ©ticas. A bactĆ©ria sobre mutaƧƵes o tempo todo e algumas delas favorecem a bactĆ©ria. /parece que a partir daqui, kirley sĆ³ le os slides :c ResistĆŖncia SIMPLES: a bactĆ©ria Ć© resistente a sĆ³ uma (1) droga. ResistĆŖncia MĆLTIPLA: a bactĆ©ria Ć© resistente a duas ou mais drogas. ResistĆŖncia CRUZADA: o mecanismo bioquĆmico de resistĆŖncia a uma droga atinge tambĆ©m outras drogas. (a bactĆ©ria Ć© resistente ao antibiĆ³tico A e nĆ£o ao B, mas o mecanismo de funcionamento de B afeta a eficĆ”cia do antibiĆ³tico B). PersistĆŖncia: Ć© a sobrevivĆŖncia da bactĆ©ria no tecido ou liquido orgĆ¢nico, apesar da sua sensibilidade Ć droga usada no tratamento. (exemplo: a bactĆ©ria Ć© sensĆvel ao antibiĆ³tico A, mas esta dentro de uma cavidade cheia de matĆ©ria orgĆ¢nica como pus, e essa massa de matĆ©ria organiza envolte/protege a bactĆ©ria, entĆ£o mesmo sendo sensĆvel ao antibiĆ³tico, este nĆ£o consegue alcanƧa-la. Modos de aquisiĆ§Ć£o de resistencia: 1) CromossĆ“mica: mutaĆ§Ć£o 2) Extra-cromossĆ“mica: conjugaĆ§Ć£o, transformaĆ§Ć£o, transduĆ§Ć£o e mutaĆ§Ć£o. AlteraĆ§Ć£o do sitio de aĆ§Ć£o do antimicrobiano: A alteraĆ§Ć£o do local-alvo onde o antimicroniano atua, de modo que impede a ocorrĆŖncia de qualquer efeito inibitĆ³rio ou bactericida, constituindo um dos mais importantes mecanismos de resistĆŖncia bacteriana. As bactĆ©rias podem adquirir um gene que codifica um novo produto resistente ao antibiĆ³tico, substituindo o alvo original. Isso acontece muito nos antibiĆ³ticos que atuam a nĆvel de sĆntese de proteĆnas. BOMBA DE EFLUXO: HĆ” bombeamento ativo do antimicroniano do meio intracelular para o extracelular, ou seja, o seu efluxo ativo produz uma resistĆŖncia a determinados antimicronianos. Exemplo: A resistĆŖncia Ć s tetraciclinas codificada por plasmĆdeos em Escherichia coli resulta deste efluxo ativo. O MECANISMO MAIS IMPORTANTE DE RESISTENCIA ANTIMICROBIANA Ć A DEGRACAĆĆO DO ANTIMICRONIANO POR ENZIMAS. EX: As Ī²-lactamases hidrolisam a ligaĆ§Ć£o amida do anel betalactĆ¢mico, destruindo, assim, o local onde os antimicrobianos Ī²-lactĆ¢micos ligam-se Ć s PBPs bacterianas e atravĆ©s do qual exercem seu efeito antibacteriano. Foram descritas numerosas Ī²-lactamases diferentes. Essas enzimas sĆ£o codificadas em cromossomos ou sĆtios extracromossĆ“micos atravĆ©s de plasmĆdeos ou transposons, podendo ser produzidas de modo constitutivo ou ser induzido. O que Ć© algo constitutivo? = nĆ£o precisa receber nenhuma induĆ§Ć£o para ser expresso O que Ć© algo induzido? =o gene (que estĆ” silenciado) recebe um estimulo e so aĆ passa a ser expressado. A resistĆŖncia quase universal de S. aureus Ć penicilina Ć© mediada por uma Ī²-lactamase induzĆvel, codificada por plasmĆdeo. TambĆ©m existem as fosfo-glicerases, que degrada os aminoglicosĆdicos. Qual Ć© a aĆ§Ć£o dos aminoglicosĆcos? = ngm responde de novo, nem kirley ļØ Foram desenvolvidos Ī²-lactĆ¢micos capazes de se ligarem irreversivelmente Ć s Ī²- lactamases, inibindo-as. Esses compostos (Ć”cido clavulĆ¢nico, sulbactam, tazobactam) foram combinados com as penicilinas para restaurar sua atividade, a despeito da presenƧa de Ī²-lactamases em estafilococos e hemĆ³filos. INIBIDORES DE BETA- LACTAMASE. HISTORICO DO STAPHYLOCOCCUS AUREUS Ao longo da historia da medicina, essa bactĆ©ria Ć© muito encontrada e tem uma resistĆŖncia quase universal aos beta-lactĆ¢micos. A resistĆŖncia Ć penicilina foi detectada logo apĆ³s o- inĆcio de seu uso na dĆ©cada de 40. Essa resistĆŖncia era mediada pela aquisiĆ§Ć£o de genes que codificavam enzimas, inicialmente conhecidas como penicilinases, e agora chamadas Ī²-lactamases. Na dĆ©cada de 1950, a produĆ§Ć£o de penicilinases pelos S. aureus passou a predominar nas cepas isoladas de pacientes hospitalizados. Em 1960, a meticilina foi lanƧada no mercado como alternativa terapĆŖutica para cepas produtoras de penicilinase, uma vez que essa droga nĆ£o sofre aĆ§Ć£o dessa enzima. PorĆ©m, jĆ” em 1961, relatos de cepas tambĆ©m resistentes Ć meticilina passaram a ser descritos e foram identificados os denominados Staphylococcus aureus resistentes Ć meticilina (MRSA). ApĆ³s surgirem cepas MRSA, passaram a ser usados glicopeptĆdeos. As cepas MRSA sĆ£o sempre resistentes a: 1. a antibiĆ³ticos Ī²-lactĆ¢micos; 2.a todas as cefalosporinas, inclusive as de quarta geraĆ§Ć£o; 3.aos carbapenĆŖmicos, independentemente do resultado obtido no antibiograma. MEDIDAS PARA DIMINUIR O DESENVOLVIMENTO DE RESISĆNCIA: ļØ Evitar o uso de antibiĆ³ticos em situaƧƵes onde ele seja de pouco ou nenhum valor terapĆŖutico; ļØ Usar dose suficientemente alta para erradicar a infecĆ§Ć£o no menor tempo possĆvel (sub- doses tendem a selecionar resistentes). (ex: hĆ” 5 anos vc usa o protex, hĆ” uma pressĆ£o muito grande sobre o organismo; normalmente as septicemias sĆ£o causadas por bactĆ©rias da prĆ³pria microbiota) ļØ Usar associaĆ§Ć£o de drogas para o tratamento de infecƧƵes causadas por bactĆ©rias que rapidamente desenvolvem resistĆŖncia PROBLEMA DE RESISTĆNCIA A ANTIBIĆTICOS AtĆ© o presente momento, a maioria das infecƧƵes seguem respondendo aos tratamentos padrĆ£o com antibiĆ³ticos. Entretanto, o aumento crescente no nĆŗmero de cepas resistentes leva ao uso de antibiĆ³ticos mais caros e mais tĆ³xicos, levando ao aumento do tempo de infecĆ§Ć£o e assim, aumentando o custo do tratamento. NĆ£o se pode culpar a resistĆŖncia a apenas esse fator, porque tambĆ©m se tem o uso exagerado de antibiĆ³ticos na agropecuĆ”ria (defensivos agrĆcolas e uso de antibiĆ³ticos em animais). O uso de antibiĆ³ticos em animais se dĆ” para combater infecƧƵes comuns e a energia nĆ£o ser direcionada para combater a infecĆ§Ć£o e sim no crescimento muscular. O que fazer para evitar que as bactĆ©rias se tornem resistentes: 1. Restringir drasticamente o uso nĆ£o terapĆŖutico de antibiĆ³tico. Quando se restringe o uso nĆ£o terapĆŖutico de antibiĆ³ticos, pode-se evitar o aparecimento de cepas resistentes. VRE vem de animais resistentes ao glicopeptĆdeo avoparcina (nĆ£o Ć© de uso de humanos) 2. Racionalizar o uso de antibiĆ³ticos para fins terapĆŖuticos: Evitar a prescriĆ§Ć£o a prescriĆ§Ć£o de antibiĆ³ticos para doenƧas ; Sempre que possĆvel, realizar antibiogramas; Consultar especialistas em terapias antimicrobiana; Restringir efetivamente a venda de antibiĆ³ticos