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This is a summary of the table of contents for a literary history textbook, covering Portuguese and Brazilian literature from medieval times to modernism. It includes a list of periods and authors, offering a comprehensive overview of literary styles and movements.

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Literatura Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Trovadorismo (Séc. XII a XV)............................................................................

Literatura Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Sumário Trovadorismo (Séc. XII a XV)................................................................................................................ 3 Humanismo (Séc. XV a XVI)................................................................................................................. 4 Classicismo (Séc. XVI)........................................................................................................................... 5 Quinhentismo (Séc. XVI)...................................................................................................................... 7 Barroco (Séc. XVII)............................................................................................................................... 7 Arcadismo (Séc. XVIII).......................................................................................................................... 9 Romantismo (Séc. XIX)...................................................................................................................... 10 Realismo (Fim do séc. XIX)................................................................................................................. 15 Naturalismo (Fim do séc. XIX)............................................................................................................ 15 Parnasianismo (Fim do séc. XIX)........................................................................................................ 17 Simbolismo (Fim do séc. XIX)............................................................................................................ 17 Pré-Modernismo (Início do século XX)............................................................................................... 19 Modernismo em Portugal.................................................................................................................. 19 Modernismo...................................................................................................................................... 20 Concretismo (1956)........................................................................................................................... 27 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Literatura Trovadorismo Gênero lírico Gênero satírico (Séc. XII a XV) cantiga de amor eu-lírico masculino cantiga de escárnio ironia Domínio público. cantiga de amigo cantiga de maldizer eu-lírico feminino acusação pessoal Cantiga de Amor Origem provençal (da Provença, região no Sul da França). Confissão amorosa masculina. Idealização amorosa – amor platônico, dama inacessível (diferenças sociais). Vassalagem amorosa – coita (sofrimento) de amor – clímax antes da conquista. Trovadores medievais. Linguagem e estrutura mais elaboradas. 1189 ou 1198 – Paio Soares de Taveirós compõe a Cantiga da Ribeirinha. Cantiga de Amigo Maior simplicidade estilística. Contexto Confissão amorosa feminina. Independência de Portugal (Batalha de Ouri- Origem na Península Ibérica. que, 1139). Inspiração na vida popular e no folclore da co- Teocentrismo. munidade rural. Cruzadas: têm início em fins do séc. XI (1095) e Ambiente campestre (integração, relação aní- terminam em 1291. mica com o meio). Idade Média – sistema feudal. Pouca variedade temática (o encontro, a espera). Estrutura paralelística. Características Linguagem mais simples. Poesia intimamente ligada à música. Cantiga de Escárnio Cantigas = poesias cantadas ao som de instru- Não é revelado o nome da pessoa satirizada. mentos musicais. Indireta. Trovar = rimar/compor. Ironia, ambiguidade. Cancioneiro = coletânea de cantigas com ca- racterísticas variadas e diversos autores (inclu- Sarcasmo e teor satírico. sive anônimos). Cantiga de Maldizer Obras É mencionado o nome da pessoa satirizada. Cancioneiro da Ajuda. Direta, ofensiva. Cancioneiro da Vaticana. Objetiva, clara. Cancioneiro da Biblioteca Nacional. Linguagem grosseira. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 3 mais informações www.iesde.com.br Literatura Humanismo Obras (Séc. XV a XVI) Crônica de El Rei D. Pedro I – relato dos prin- cipais acontecimentos do reinado de D. Pedro I, filho de D. Afonso IV e apaixonado por Inês 1418 – Fernão Lopes é nomeado guarda-mor de Castro. da Torre do Tombo. Crônica de El Rei D. Fernando – reconstituição do período que vai do casamento de D. Fernan- Contexto Histórico do com D. Leonor até a morte do rei e o fim da dinastia de Borgonha. Crise do Feudalismo. Crônica de El Rei D. João – narrativa da crise Início da dinastia de Avis, com D. João I (1357- que leva D. João ao trono, iniciando a dinastia 1433), pai da “ínclita geração”. de Avis e o reinado de D. João até 1411. Renascença ou Renascimento. Domínio público. Humanismo: filosofia estética literária (o homem coloca em xeque seus valores). Renascimento: movimento cultural oposto à cultura clerical. Classicismo: opção estética (nova escola). Gil Vicente (1465/66 – 1536/40) Figura intermediária entre a Idade Média e o Re- nascimento. Teatro de ideias (não há conflitos psicológicos), de costumes, de crítica social. Sátira social, polêmica. Crítica a todas as camadas da sociedade. Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pintor renascentista. Os tipos sociais agem sob a lógica de sua con- dição. Visão moralista, tradicional. Características Estrutura formal: Transição da Idade Média para a Era Moderna. redondilhas (medida velha). Busca e valorização do conhecimento. versos de ritmo espontâneo. Fim das guildas (cooperativas de artesãos). sintaxe simples e autocaracterização pelo diá- logo. Fernão Lopes Tipos de personagens: (1380-1460) humanos – fidalgo, juiz, alcoviteira, frade, escu- deiro, judeu etc. Crônica histórica. alegóricos – mentira, verdade. História de Portugal: descreveu não só o am- biente das cortes, mas também as aldeias, re- fantásticos – deuses pagãos. beliões de rua, guerras. teológicos – diabo, anjo. Cronista-mor da corte. especial – parvo (alterego do autor). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 4 mais informações www.iesde.com.br Literatura Obras Contexto Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro Idade Moderna/Estados nacionais. (nascimento de D. João III). Expansão marítima. Trilogia das Barcas (moralização dos costumes, crítica). Metalismo, colonialismo, mercantilismo. Auto da Barca do Inferno: Renascimento cultural e científico. Fidalgo = tirania Reforma protestante. Campeiro = explorador Onzeneiro = explorador Características Frade = mundano Cultura clássica/valorização da mitologia pagã. Brísida = amoralidade Racionalismo. Parvo = inocência/inimputabilidade (fica Busca de valores absolutos e universais. esperando, não entra nas barcas) Antropocentrismo. Judeu = ruim (não entra nas barcas) Corregedor = omissão e exploração Objetividade, clareza. Procurador = omissão e exploração Enforcado = amoralidade Luís Vaz de Camões Quatro cavaleiros = bula papal (céu) (1525–1580) Auto da Barca do Purgatório. Síntese entre a tradição (velha escola) e inova- Auto da Barca da Glória. ção (nova escola = 10 sílabas/soneto = modelo Auto da Lusitânia (personagens alegóricos e de Petrarca). mitológicos). Obra lírica: canções, éclogas (poemas pastoris), Farsa de Inês Pereira (personagens humanos elegias (canto de tristeza, lamento), sonetos tipificados). decassílabos (tese X antítese). Auto: peça breve, de tema religioso ou profano Amor: neoplatonismo (síntese entre ideal e (em circulação durante a Idade Média). possível, amor ideal X amor carnal, superação Caráter alegórico: presente na maior parte da cria- pela realização). ção vicentina, é a sua maior característica. Desconcerto do mundo: Caráter simbólico: o assunto é a própria alegoria. desajuste entre valores e realidade; Quando trata do mundo, usa uma linguagem rea- mundo problemático e contraditório. lista; quando trata do espírito, usa uma linguagem poética (Auto da Alma). Obra épica Farsa: exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongru- Os Lusíadas (1572) ências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o hu- Epopeia – poesia narrativa heroica. mor primário, as situações ridículas. Heroicização do coletivo baseando-se em valo- res antropocêntricos. Classicismo Grandes feitos de uma coletividade. (Séc. XVI) Estrutura poética de Os Lusíadas 10 cantos. 1527 – Sá de Miranda retorna de Florença. Oitava rima estrofes de 8 versos (abababcc). 1580 – Morte de Camões, União Ibérica (Portu- Versos decassílabos heroicos (acento na 6.a e gal é anexado pela Espanha). na 10.a sílaba – medida nova). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 5 mais informações www.iesde.com.br Literatura Estrutura narrativa dinastia de Avis. O episódio de Inês de Castro, o mais Dois narradores – Camões (cantos I, II, VI, VII, belo desse épico, é narrado aqui: Inês de Castro foi VIII, IX, X) e Vasco da Gama (III, IV, V). amante do filho do rei D. Afonso IV e acabou sendo assassinada pelos nobres da corte, que tinham medo Divisão: de que, com a morte da esposa do príncipe de Portu- proposição (canto I, estrofes 1-3) – apresen- gal, ela se casasse com o filho do rei e, após a morte tação do poema/razão/heróis. deste, viesse a se tornar rainha de Portugal. invocação (canto I, estrofes 4 e 5) às ninfas do Tejo – Tájides. Canto IV dedicatória (canto I, estrofe 18) a D. Sebas- Continuação da história de Portugal, do início da tião. dinastia de Avis ao governo de D. Manoel (no qual narração (da estrofe 19 do canto I a 144 do aconteceu a aventura). A frota de Vasco da Gama sai canto X) da navegação/disputas com Baco/ da praia do Restelo, em Lisboa, um dos mais impor- episódios. tantes episódios do poema: o velho do Restelo – um epílogo (canto X, estrofes 145-156) – desilu- velho, à beira da praia, critica tais navegações, pois a são de Camões com Portugal. burguesia deixava de lado o povo, indo em busca de mais riquezas, além de desguarnecer o país para se Resumo dos cantos jogar em uma aventura incerta. Ele deseja que nunca poeta algum cante os feitos daquela frota. Esse é o Canto I único momento da obra em que temos uma visão não-aristocrática: é a voz do povo que soa. Proposição, invocação, dedicatória e começo da narração. No concílio dos deuses, instaura-se o con- Canto V flito entre os irmãos Vênus e Baco. Enquanto este, apoiado por Netuno, não quer que os portugueses Vasco da Gama narra ao rei de Melinde as difi- sejam bem-sucedidos em sua empreitada, pois te- culdades por que passou – como o escorbuto (do- mia ser esquecido na Ásia (Baco é um deus de ori- ença provocada pela falta de vitaminas), a viagem gem asiática), aquele, apoiado por Marte, desejava ao Canal de Moçambique e também o episódio do que a frota de Vasco da Gama fosse bem-sucedida Gigante Adamastor, isto é, a passagem pelo Cabo porque os portugueses falam uma língua muito se- das Tormentas. melhante ao latim, além de outras parecenças com os romanos. Júpiter, o pai de todos os deuses, deci- Canto VI de pela continuação da viagem. As naus portugue- sas estão no Oceano Índico, prestes a aportar em A narrativa volta para a voz de Camões. Os portu- Mombaça. gueses partem de Melinde em direção a Calecute, na Índia. Mais uma vez são bem-sucedidos, porém, não Canto II sem antes passar pelas tempestades provocadas por Éolo, deus dos ventos, a mando de Baco e Netuno. Narração da viagem de Mombaça a Melinde. Por Vênus cuidou de seus protegidos. diversas vezes, Baco tenta sabotar os portugueses, porém eles sempre são salvos por Vênus. Chegando Canto VII a Melinde, os melindanos, já conhecedores da gran- diosidade do povo português, recebem-nos muito Descreve-se a Índia e o contato dos portugueses bem. O rei dessa terra pede a Vasco da Gama que lhe com os mouros. Fazendo uma parada na narrativa, conte a história de Portugal. Camões lamenta sua condição miserável. Canto III Canto VIII Vasco da Gama narra a história de Portugal desde Camões fala sobre o comércio e o contato proble- a formação do Estado Independente até o início da mático com os mouros. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 6 mais informações www.iesde.com.br Literatura Canto IX Outros Os portugueses antecipam sua viagem de vol- Pero Lopes de Sousa (1497- 1539) Diário da ta por estarem correndo perigo com os navios que Navegação. voltam de Meca. Fazem parada na Ilha dos Amores, Pero de Magalhães Gândavo (?-1579) Tra- onde são bem tratados pelas ninfas e Vasco da Gama tados da Terra do Brasil, História da Província recebe o amor de Tétis. É nesse momento da obra de Santa Cruz a que Vulgarmente Chama- que temos a confirmação da superioridade dos por- mos Brasil. tugueses em relação aos deuses, pois Tétis havia ne- Literatura jesuítica (segunda metade do século gado o amor do Gigante Adamastor, mas se entrega XVI): literatura didática/catequese dos índios. ao comandante português. José de Anchieta (1534-1597) Canto X Missionário jesuíta. Descrição da Ilha dos Amores e o Epílogo. Linguagem simples. Latim, português, castelhano, tupi. Quinhentismo Elaboração da primeira gramática tupi- -guarani. (Séc. XVI) Teatro/poesias. Bem X mal. Em seus autos estabelece relações maniqueístas: Contexto Europa O BEM (relacionado ao Expansão marítima. cristianismo, à cultura branca) Classicismo. X Contexto Brasil O MAL (motivado pelo des- conhecimento do cristianismo) Início da era colonial. = Primeiros contatos entre portugueses e índios. JUSTIFICATIVA PARA A CATEQUIZAÇÃO Características Informações que viajantes e missionários eu- Obras ropeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro. “Poema à Virgem” (em latim). Literatura informativa: olhar do estrangeiro, “Poema a Mem de Sá” (em latim). relatos. “Na festa de São Lourenço” (auto). Gramáticas e Dicionários de Tupi. Pero Vaz de Caminha (1450-1500) “Carta ao Rei D. Manoel”: objetivo – avisar ao Rei D. Manoel sobre o Barroco (Séc. XVII) “achamento” da terra brasileira. revela ideologia mercantilista e colonialista (análise cobiçosa das riquezas/salvacionismo). Contexto Europa linguagem fluente, talento descritivo, rimas e Crise do Renascimento. trocadilhos. A arte da Contrarreforma/religiosidade. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 7 mais informações www.iesde.com.br Literatura Antônio Vieira Domínio público. (1608-1697) Padre jesuíta nascido em Portugal. Estilo conceptista (poder da oratória). Utiliza-se da Bíblia para embasar seus argu- mentos. Mestre da retórica. Defesa do índio e da colônia. Obra Sermões: “Sermão de Santo Antônio aos peixes” – contra a escravização dos índios; “Sermão da Sexagésima” – a arte de pregar; “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portu- gal contra as de Holanda”, pedindo a Deus que se posicione a favor dos portugueses (católicos) na expulsão dos holandeses (protestantes). Aspectos formais: Coroação da Virgem (1591), de El Grego: religiosidade introito ou exórdio (apresentação); e contraste entre claro e escuro, céu e terra, alto e argumento ou desenvolvimento; baixo, glória e danação. defesa da ideia; Contexto Brasil peroração (conclusão). Era Colonial Cultivo da cana-de-açúcar, senhores de en- Gregório de Matos Guerra genho. (1636-1696) Domínio espanhol/primeira invasão holan- desa à Bahia (século XVI). Poesia amorosa Publicação de Prosopopeia (1601), de Bento Fugacidade da vida (carpe diem = aproveite o Manuel Teixeira. dia). Idealização amorosa (amor elevado). Características Erotismo/obscenidade/amor físico. Dialéticas: alma X corpo, vida X morte, claro X escuro, prazer X pecado, desejo X culpa. Poesia religiosa Conflito: valores divinos e valores humanos. Valores teocêntricos X valores antropocêntricos. Temáticas: passagem do tempo (fugacidade), Arrependimento perante Deus. salvação. Desejos do corpo X salvação da alma. Estilo: rebuscado, ornamental. Cultismo: jogo de palavras, busca da perfeição Poesia satírica formal por meio de estilo excessivo. Crítica a todos os setores da sociedade baiana. Conceptismo: jogo de conceitos, requinte ex- Truculência verbal (caricatura, ofensa, cinismo). pressivo, utilização de paradoxos, alegorias e Humor corrosivo/deboche. antíteses (tese X antítese = síntese). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 8 mais informações www.iesde.com.br Literatura Arcadismo Santa Rita Durão (1722-1784) (Séc. XVIII) Obra épica Caramuru (1781) Período de 1768 (publicação de Obras Poéticas, de Descoberta da Bahia. Cláudio Manuel da Costa) até 1836 (início do Roman- Louvação a Diogo Álvares (o Caramuru = deus tismo). trovão). Contexto Mundo Moema morre no mar. Casa-se com Paraguaçu na França. Ideais iluministas. Visão europeia do nativo. Fim do Antigo Regime. Estilo da épica camoniana. Movimentação cultural racionalista. Publicação da Enciclopédia, por Diderot e Domínio público. D’Alembert. Independência dos Estados Unidos (1776). Contexto Brasil Era Colonial. Relação com a Inconfidência Mineira. Instituição de um sistema literário no Brasil (produção, circulação e público). Ciclo do ouro em Minais Gerais. Caramuru-Guaçu (1958). Características Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) A palavra arcadismo é uma referência à região Transição do Barroco para o Arcadismo: emo- da Arcádia, situada na Península do Pelopone- cionalmente Barroco e racionalmente árcade. so, na Grécia, onde viviam pastores. Solidão (visão melancólica da vida). Ligação com o Iluminismo. Brevidade da vida. Racionalismo. Conflito – ternura X dureza. Simplicidade/equilíbrio. Ambientação local – terra natal (Mariana, Mi- Pastoralismo. nas Gerais). Bucolismo. Pseudônimo – Glauceste Satúrnio. Amor galante. Ideais clássicos = Neoclassicismo. Obras Aurea mediocritas = dourada mediocridade. Obras Poéticas – lírico. Inutilia truncat = desfazer-se do inútil. Vila Rica – épico. Fugere urbem = fugir da cidade. Aspecto Formal: soneto (estilo camoniano). Locus amoenus = lugar ameno, tranquilo. Basílio da Gama (1740-1795) Carpe diem = colha o dia, aproveite o mo- mento. Pseudônimo (nas obras líricas): Termindo Sipílio. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 9 mais informações www.iesde.com.br Literatura Obra épica Dirceu preocupado com o sofrimento da amada. O Uraguai (1769) Lamenta a sua situação. Expedição punitiva de Gomes Freire de Andra- Esperança no futuro. da contra os índios. Insegurança quanto aos sentimentos de Marília. Apologia do bon sauvage (Cacambo, Lindóia, Indignação perante a injustiça. Sepé). PARTE III (primeira edição em 1812): é uma reu- Louvação ao Marquês de Pombal. nião de textos escritos na juventude do poeta. Alvo: jesuítas (Balda). Dúvidas sobre a autoria. Precursor do indianismo. Produção poética da mocidade. Versos brancos, livres (não segue o modelo ca- Composta por 8 liras, um poema formado por moniano). 12 estrofes, 15 sonetos, uma canção e uma ode. Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) Visita de Dirceu ao templo de cupido. Endeusamento de Marília. Amor galante. Harmonia conjugal. Momentos pré-românticos. Bucolismo e pastoralismo. Cartas Chilenas Aurea mediocritas. Poesia satírica. Pseudônimo – Dirceu. Crítica ao governo de Minas Gerais. Troca de cartas entre Critilo (Santiago do Chile) Obras e Doroteu (Madri). Marília de Dirceu Denúncias e críticas a Fanfarrão Minésio. PARTE I (primeira edição em 1792): relata a paixão Romantismo e os planos de vida para o casal. Lira: composição leve com a presença de estri- bilho. Composta por 33 liras. (Séc. XIX) Exposição das qualidades do pastor (autopro- Período de 1836 (publicação do livro Suspiros moção). Póeticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães e Descrição da formosura de Marília. lançamento da Revista Niterói) a 1881 (início do Rea- As posses de Dirceu não têm valor se não forem lismo/Naturalismo). compartilhadas com Marília. Web Art Gallery. Reflexão sobre a efemeridade da vida (carpe diem). PARTE II (primeira edição em 1799): mostra um homem cativo, sofrido e indignado perante a injusti- ça que o fez separar-se de seu amor. Pastor Dirceu preso em uma masmorra (Incon- fidência Mineira). Ligação entre a biografia do autor e o texto li- terário. O pastor está sem inspiração, seu único alento Liberdade Conduzindo o Povo, de Delacroix, tela é a lembrança de Marília. que simboliza o Romantismo e seus ideais. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 10 mais informações www.iesde.com.br Literatura Contexto Europa Poemas marcantes Pós-Revolução Francesa/Revolução Industrial/ “Canção do exílio” (nacionalista), “I-Juca Pirama” liberalismo = ascensão burguesa (transição do (indianista), “Se se morre de amor”, “Olhos verdes” séc. XVIII para o XIX). (líricos). Momento de ebulição – busca de liberdade, 2.ª GERAÇÃO – Mal-do-Século, Ultrarromantismo. nova linguagem. Egocentrismo/sentimentalismo exagerado. Contexto Brasil Tédio. Morte, satanismo = rebeldia. 1808 – vinda da família real para o Rio de Ja- Amor e medo. neiro, trazendo a imprensa, melhorias na infra- estrutura e mais dinamismo. Álvares de Azevedo (1831-1852) 1822 – Independência. Tédio (spleen). Características Desejo de morrer. Byronismo. Liberdade artística (formal/temática). Subjetivismo/egocentrismo.  Atenção Sentimentalismo exagerado. Aspecto crítico (ironia romântica/temas maca- Evasão (morte/passado/loucura/sonho/exotis- bros). mo). Obra lírica: Lira dos Vinte Anos (1853) Idealização (herói/país/mulher). Partes 1 e 3 = Ariel – romantismo comportado. Religiosidade (busca do absoluto). Parte 2 = Caliban – ironia, rebeldia. Culto à natureza. Nacionalismo. Poemas marcantes Folclore, apelo popular. “Se eu morresse amanhã”, “Lembrança de mor- Musicalidade. rer”, “Spleen e charutos”, “Minha desgraça”, “É ela! É ela! É ela! É ela!”. Poesia 1.ª GERAÇÃO – nacionalista/indianista.  Observação Amor = sofrimento, idealização. Escreveu também contos e teatro. Pátria = exaltação, natureza. Contos: Noite na Taverna – diferentes narradores Nacionalismo. contam suas histórias macabras: Índio = bom selvagem. “Uma noite no século” (abertura); Gonçalves Dias (1823-1864) “Solfieri” (Itália/necrofilia); “Bertram” (Europa/traição, adultério, homicídio, Musicalidade. naufrágio, antropofagia); Temas: saudade/pátria/índio/amor. “Gennaro” (traição, tentativa de assassinato); “Claudius Hermann” (sequestro); Obras “Johann” (incesto, fratricídio); Primeiros Cantos (1846). “Último beijo de amor” (final trágico). Segundos Cantos (1848). Teatro: Macário, com os personagens Macário, Últimos Cantos (1851). Satan e Penseroso (ingênuo). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 11 mais informações www.iesde.com.br Literatura Junqueira Freire (1832-1855) O Guesa Errante (1866/1884): longo poema narrativo; Angústia/morte. lenda quíchua; Religiosidade. sacrifício de um jovem imolado por sacerdo- tes/Estrada de Suna; Obra temas do capitalismo mundial (Bolsa de Inspirações do Claustro. Destaque: “Morte – Nova York); hora do delírio” Andes = Éden. Casimiro de Abreu (1839-1860) Obras Poéticas (1971). Poeta da saudade (infância/família). Castro Alves (1847-1871) Forte nostalgia. Poesia social (abolicionismo). Insegurança/desejo de amar. Amor concreto (donjuanismo). Obra Poemas com epígrafes. Primaveras (1859). Destaques: ”Meus oito anos”, Tom grandiloquente. “Amor e medo”. Obras Fagundes Varela (1841-1875) A Cachoeira de Paulo Afonso (1876). Morte do filho (“Cântico do Calvário”). Os Escravos (1883). Dor/pessimismo. Espumas Flutuantes (1970). Crítica social (Vozes da América – 1864). Poemas marcantes Obras “Navio negreiro”, “Laço de fita”, “O adeus de Te- Noturnas (1861). resa”. Vozes da América (1864). Cantos e Fantasias (1865). Prosa 3.ª GERAÇÃO – condoreira/social/liberal. Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) Lírica sensual. Precursor da prosa romântica brasileira. Poesia social. Costumes burgueses. Convencional, superficial. Sousândrade (Joaquim de Sousa Andrade) Obras (1833-1902) A Moreninha (1844). Formalmente único (hibridismos, versos lon- gos, brancos e livres, dupla substantivação, es- O Moço Loiro (1845). trangeirismos). A Luneta Mágica (1869). Compreensão crítica da noção de nacionalismo. Bernardo Guimarães (1825-1884) Obras Prosa regionalista. Harpas Selvagens (1857). Progressista. Anticlerical e abolicionista. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 12 mais informações www.iesde.com.br Literatura Obras Manuel Antônio de Almeida (1830-1861) O Seminarista (1872). A Escrava Isaura (1875). Obra Memórias de um Sargento de Milícias (1853) José de Alencar (1829-1877) Prosa regionalista. Pesquisa histórica/linguística. Simplicidade expressiva. Produção numerosa (muitos títulos). Incorporação da linguagem sertaneja nas falas. Busca de identidade nacional. Cor local. Franklin Távora (1842-1888) Romances indianistas: Prosa regionalista. idealização da figura indígena; submissão do nativo. Obras Obras indianistas O Cabeleira (1876). O Matuto (1878). O Guarani (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874). Estrangeirismo e antinacionalismo. Visconde de Taunay (1843-1899) Domínio público. Transição Romantismo/Realismo. Tipos sociais. Desmascaramento pelo humor/ironia. Ordem X desordem. Obra Iracema, 1881. José Maria de Medeiros. Inocência (1872) Romances urbanos: Introduz o tema cangaço. amor supera tudo; eu X sociedade; Teatro perfis da mulher. Obras urbanas (perfis da mulher) Martins Pena (1815-1848) Lucíola (1862), Diva (1864), Senhora (1875). Comédia de costumes. Romances regionalistas: Ironia ingênua. visão idealizada; pitoresco. Obras O Juiz de Paz na Roça (1842). Obras regionalistas Quem Casa Quer Casa (1847). O Gaúcho (1870), O Sertanejo (1875). Os Dois ou o Inglês e o Maquinista (1871). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 13 mais informações www.iesde.com.br Literatura Estrutura do Romance Romântico HARMONIA HARMONIA DESARMONIA INICIAL FINAL DEUS ex machina ORDEM DOS CRISE DOS RESTABELECIMENTO DOS VALORES VALORES VALORES BURGUESES E BURGUESES BURGUESES DA ORDEM PATRIARCAL Quadro comparativo Arcadismo X Romantismo Arcadismo Romantismo Expressão Da totalidade Fragmentária Sentido Geral, absoluto Individual, relativo Finalidade expressiva Externa Interna (mais evidente na segunda geração) Instrumento perfeito para a ex- Instrumento imperfeito para a expressão: Palavra pressão: palavra = natureza palavra < natureza Primeiro plano: natureza e artista Relação entre natureza, Primeiro plano: natureza e arte Segundo plano: arte (não consegue mais arte e artista Segundo plano: artista expressar a totalidade, é insuficiente) Antissocial (mais evidente na segunda Tipo de relação Tendência à sociabilidade geração), porém isso atrai o leitor devido à com a sociedade identificação de sentimentos Como demonstração do específico de um Representação Como paisagem, pano de Fundo lugar, do pitoresco, da cor local, como ex- da natureza tensão emocional Poeta = pastor = vate, profeta Extrema, o poeta tem uma missão (social ou Atitude poética Comedida (seguir o decoro) espiritual) Ambientação na natu- Locais abertos e amenos: bos- Locais densos, fechados, perigosos: flores- reza ques tas, cascatas, abismos Seguimento Os clássicos gregos e latinos Rompimento com a tradição literária estético Aplicação de moldes preconcebi- Aplicação de uma forma específica para Atitude criativa dos às diferentes situações com cada situação pelo caráter específico de cada que se depara momento Período do dia Dia, relacionado sempre Noite, relacionada sempre com treva, pouca mais representado com luz, claridade, harmonia visibilidade, dúvida, insegurança, angústia Alvo Atenção ao objeto Atenção ao sujeito Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 14 mais informações www.iesde.com.br Literatura Realismo Fase realista Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). (Fim do séc. XIX) Quincas Borba (1891). Dom Casmurro (1900). Lançamento de Memórias Póstumas de Brás Cubas Esaú e Jacó (1904). (1881). Memorial de Aires (1908). Contexto Histórico Quincas Borba (3.ª pessoa). Transformação do homem em objeto do homem. Avanços científicos/tecnológicos. Estudo da loucura humana. Crescimento das cidades. Humanitismo: sátira do positivismo. Contexto Brasil Raul Pompéia (1863-1895) Guerra do Paraguai (1864-1870). Lei Áurea – Abolição da Escravatura (1888). Obra Proclamação da República (1889). O Ateneu (1888) – crônica de saudades. Impressionismo/memorialismo (narrador Sérgio). Características Ambiente escolar corrupto. Naturalismo/Realismo. Racionalismo. Crítica às instituições burguesas. Pessimismo. Linguagem elaborada. Naturalismo Machado de Assis (1839-1908) (Fim do séc. XIX) Ironia. Lançamento de O Mulato, de Aluísio Azevedo (1881). Metalinguagem. Crítica. Ambiguidade feminina. Contexto Histórico Análise psicológica. Cientificismo. Seleção natural/evolução das espécies. Contista reconhecido – “O alienista”, “Pai con- tra mãe”, “Missa do galo”. Comte (Positivismo), Taine (Determinismo). Romances Contexto Brasil Fase romântica Linguagem crua, objetiva. Ressureição (1872). Narrador neutro. A Mão e a Luva (1874). Romance de tese. Helena (1876). Determinismo do meio. Iaiá Garcia (1878). Crítica social/enfoque sobre as classes populares. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 15 mais informações www.iesde.com.br Literatura Aluísio Azevedo (1857-1913) Obras Classes baixas. O Mulato (1881). Análise de patologias sociais. Casa de Pensão (1884). O Cortiço (1890). Quadro comparativo Romantismo X Realismo/Naturalismo Romantismo Romantismo/Realismo Apresentação I Do vago Do típico Apresentação II Desenho, pintura da sociedade Retrato, foto da sociedade Realidade Ideal Factual Caráter da obra Subjetivo Objetivo Caráter do escritor Sonhador Sóbrio Construção formal Adjetivação excessiva Rigor analítico Posição do autor perante a obra Personalista/ parcial Universalista/ imparcial Expressão Sentimentalista Materialista Valorização temporal Do passado histórico e individual Do presente Análise psicológica Superficial Profunda Demonstração das sensações Grandiosas Brutas Escritor = vate, profeta = analista Demonstração da realidade I Exagerada Exata Impressão distorcida e expressão Demonstração da realidade II Observação e relato idealizadora hipertrofiada O escritor apresenta a verdade O escritor apresenta sua verdade Demonstração da realidade III constatada por meio da análise e por meio do seu testemunho do testemunho geral Amor Romântico Carnal, sexual Triângulo amoroso – dois homens Conflito passional Entre dois personagens e uma mulher (sempre dessa forma) Final Geralmente feliz Geralmente trágico Quadro comparativo Realismo X Naturalismo Realismo Naturalismo Da observação seletiva dos fatos Da observação indiscriminada dos Resultado sociais fatos sociais Tipo de descrição Sempre funcional Por vezes gratuitas, caótica Focalização dos personagens Tipos sociais Seres atípicos, anormais Meio social representado Classe média e alta burguesia Camadas miseráveis da sociedade Visão de obra Estética, artística Científica Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 16 mais informações www.iesde.com.br Literatura Realismo Naturalismo Intenção Insinuar algo Mostrar a verdade crua Realismo estático (interno) = Realismo dinâmico (externo) = Tipo de realismo análise psicológica comprovação de uma tese Relação do narrador com a socie- Compreensão dos interesses que O meio social torna-se uma massa dade representada movimentam o meio social amorfa a ser estudada Escritor = analista = cientista Parnasianismo Raimundo Correia (1859-1911) (Fim do séc. XIX) Melancolia (“As pombas”). Pessimismo. Reflexão existencial. Publicação de Fanfarras (1882), de Teófilo Dias. Obras Características Primeiros Sonhos (1879). Vertente poética do Realismo (mesmo contexto Sinfonia (1883). histórico). Versos e Versões (1887). Perfeição formal e temática. Aleluias (1891). Arte pela arte. Objetividade e impessoalidade. Olavo Bilac (1865-1918) Temática greco-romana. Principal poeta parnasiano. Metrificação. Busca da perfeição formal. Desvinculação da crítica social. Lirismo amoroso. A criação literária era considerada fruto do es- Temática greco-latina. forço e da dedicação do poeta, e não fruto da Temática da perfeição. inspiração. Utilização de decassílabos. Tríade Parnasiana: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Obras Poesias (reunião de Panóplias, Via Láctea e Sar- Alberto de Oliveira (1857-1937) ças de Fogo, 1888). Objetos de arte (“Vaso Chinês”). Tarde (1918). Figura feminina. Obras Simbolismo Meridionais (1884). (Fim do séc. XIX) Sonetos e Poemas (1885). Lançamento dos livros Broquéis e Missal, de Cruz Versos e Rimas (1895). e Sousa, ambos de 1893. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 17 mais informações www.iesde.com.br Literatura Características Missal (1893). Evocações (1898). Estética oposta ao Parnasianismo. Faróis (1900). Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Subjetivismo. Musicalidade: aliteração e assonância. Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) Mistério. A amada morta. Misticismo e espiritualismo. Religiosidade. Sugestão por meio de símbolos (imagens). Inconsciente e subconsciente. Obras Setenário das Dores de Nossa Senhora (1899). Cruz e Sousa (1861-1898) Câmara Ardente (1899). Transfiguração poética. Dona Mística (1899). Espiritualização. Mendigos (1920). Obsessão pela cor branca. Angústia e sofrimento humano. Eduardo Guimarães (1892-1928) Utilização de palavras raras. Erotismo. Penumbrismo, poesia crepuscular. Condição negra (denúncia social). Simbolista mais “europeizado”. Musicalidade. Obras: Obras Caminho da Vida (1908). Broquéis (1893). A Divina Quimera (1916). Parnasianismo Simbolismo Intencionalidade dirigida Ao objeto Ao sujeito Relação entre sujeito e objeto Fissão Fusão Paralelo artístico Artes plásticas/escultura Música Expressão I Nítida, declarativa, descritiva Sugestiva, imprecisa, insinuante A palavra é capaz de expressar toda Impotência para a expressão objeti- Expressão II a realidade va da palavra Significação Completa Aberta Realidade Objetiva/única Subjetiva/várias Visão da realidade I Materialista Espiritualista, transcendentalista Visão da realidade II Estática Dinâmica Forma de demonstrar a realidade Por meio da observação e descrição Por meio da intuição e simbolização Demonstração do “EU” Social Profundo Escritor Artesão da palavra Sacerdote da palavra A poesia é um fim em si mesma/a A poesia é um fim em si mesma/a Semelhança I arte pela arte arte pela arte Recusa do mundo real, refúgio no Recusa do mundo real, refúgio no Semelhança II mundo ideal mundo ideal Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 18 mais informações www.iesde.com.br Literatura Pré-Modernismo Lima Barreto (1881-1922) (Início do século XX) Mulato de origem humilde. Linguagem coloquial, Jornalística. Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) Características Até onde vão os limites da ideologia? Engloba obras que dialogam com a tradição, Romance social. possuindo muitos resquícios dela, e que também Ideal X real. já apresentam elementos modernistas mesclan- do estilos: traços culturais do século XIX e busca Crítica ao nacionalismo exacerbado. por novas formas de expressão literária. Denúncia da realidade brasileira. Monteiro Lobato (1882-1948) Enfoque regional. Empresário, envolveu-se na exploração do pe- tróleo, das estradas de ferro, e também procu- Simões Lopes Neto (1865-1916) rou criar uma verdadeira indústria editorial no Brasil. É o mais importante autor de literatura Pioneiro, trabalhou temas até hoje presentes infantil brasileira. na literatura gaúcha. Cidades Mortas (1919) Contos Gauchescos (1912) Decadência das cidades da região cafeicultora Regionalismo universal/oralidade. do Vale do Paraíba. “Trezentas onças”. Urupês (1919) Jeca Tatu (subnutrição). Euclides da Cunha (1866-1909) Marginalização. Formação como engenheiro militar. Atuação como jornalista. Augusto dos Anjos (1884-1914) Os Sertões (1902) Produção muito pessoal, utilizando terminolo- Esquecimento dos povos do sertão. gia científica para tematizar processos de fini- Retrato da Guerra de Canudos. tude.. Ensaio sociológico com linguagem literária. Eu (1912) Dividido em três partes: “A terra”, “O homem”, Poesia científico-filosófico-pessimista. “A luta”. Graça Aranha (1868-1931) Modernismo em Portugal Diplomata, procurou trazer para o Brasil novi- dades literárias que surgiam na Europa. Canaã (1902) Fernando Pessoa (1888-1935) Romance de tese. Heterônimos: O papel da imigração. Alberto Caeiro (o mestre, o natural). Teorias sobre o atraso social brasileiro. Ricardo Reis (o neoclássico). Sentido existencial. Álvaro de Campos (o futurista). Visão otimista. Bernardo Soares (semi-heterônimo). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 19 mais informações www.iesde.com.br Literatura Modernismo Cubismo. Domínio público. Semana de Arte Moderna Lisia Lemes. Les Demoiselles d’Avignon, de Pablo Picasso. Dadaísmo. Jonathan Woodroof. Catálogo da exposição de artes plásticas da Semana de Arte Mo- derna (SAM), por Di Cavalcanti. Teatro Municipal de São Paulo, 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Exposição de Anita Malfatti (Monteiro Lobato publica a crítica “Paranoia ou mistificação?”). Independência cultural brasileira. Escultura do dadaísta Marcel Duchamp. Nacionalização da arte. Surrealismo. Influência das vanguardas. Domínio público. Futurismo. Domínio público. Persistência da Memória, de Salvador Dali. Quebra com a tradição. Principais participantes: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia, Anita Malfatti, Pintura futurista de Boccioni. Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 20 mais informações www.iesde.com.br Literatura Manifesto Pau-Brasil (1924) de Oswald de An- Manuel Bandeira (1886-1968) drade: mistura brasileira de arcaico e moderno. Poesia intimista, autobiográfica. Manifesto Antropófago (1928), de Oswald de Andrade: uso de elementos culturais estrangei- Humildade (simplicidade)/temas prosaicos e co- ros para a formação de uma arte tipicamente tidianos. brasileira. Linguagem coloquial e liberdade formal (verso Verde-Amarelismo (1924) e Anta (1928): ma- livre e métrica coexistem). nifestações de um nacionalismo estreito, que repudiava as contribuições positivas da cultura Obras estrangeira, e apresentava posicionamento po- 1.ª Fase – começa a publicar no Pré-Modernismo: lítico reacionário. Cinza das Horas (1917). Carnaval (1919) = decadentistas. Modernismo 1.ª Fase 2.ª Fase (1922-1930) Libertinagem (1930). Liberdade expressiva. Estrela da Manhã (1936). Liberdade formal. Mafuá do Malungo (1948). Liberdade temática. Estrela da Tarde (1958). Liberdade linguística. Estrela da Vida Inteira (1966). Oswald de Andrade (1890-1954) Poemas marcantes Mais agitador. “Vou-me embora pra Pasárgada”, “Os sapos”, “O Poema-pílula. bicho”, “Pneumotórax”. Poema-piada. Jorge de Lima (1895 - 1953) Romances: Memórias Sentimentais de João Mi- ramar (1924), Serafim Ponte Grande (1933). Primeiramente parnasiano, passa pela poesia regional/temática negra – “Essa negra fulô”. Mário de Andrade (1893-1945) Em segundo momento, bíblico, hermético. Pu- blica com Murilo Mendes Tempo e Eternidade Mais teórico. (1935) querendo “restaurar a poesia em Cristo”. Poesia = São Paulo. Prosa = burguesia paulistana e folclore. Obras Tempo e Eternidade (1935). Obras Poemas Negros (1937). Pauliceia Desvairada (poemas, 1922). Invenção de Orfeu (1952). Amar, Verbo Intransitivo (romance, 1927). Macunaíma (romance, 1928). Cecília Meireles (1901-1964) Neossimbolista (musicalidade/espiritualismo)/ Modernismo 2.ª Fase começa a publicar na Revista Festa. Musicalidade/lirismo. (1930-1945) Poesia Poesia intimista, verso predominantemente cur- Consolidação das conquistas de 1922. to, ritmo leve. Literatura construtiva e politizada. O todo, o um. Símbolo (mediador de significado - noite, mar, Maior questionamento da realidade. viagem, vento). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 21 mais informações www.iesde.com.br Literatura Eixos principais: efemeridade/transitoriedade, Eixos – passado (Itabira, família), amor carnal, renovação (ciclo), solidão, terra (exílio tempo- erotismo/antilirismo, solidariedade (lugar no rário), poesia necessária, contemplação, inven- mundo, socialismo), conflito (gauche, impossi- tário das formas de vida e modos de existir. bilidade). Pesquisa de formas poéticas (forma/conteúdo). Romanceiro da Inconfidência (1953). Obras Alguma Poesia (1930). Obras Brejo das Almas (1934). Sentimento do Mundo (1940). Espectros (1919). A Rosa do Povo (1945). Viagem (1939). Claro Enigma (1951). Vaga Música (1942). Fazendeiro do Ar (1953). Mar Absoluto (1945). Boitempo (1968). Retrato Natural (1949). Romanceiro da Inconfidência (1953). Poemas marcantes Metal Rosicler (1960). “Poema de sete faces”, “Procura da poesia”, “No Poemas Escritos na Índia (1961). meio do caminho”, “Quadrilha”. Solombra (1963). Ou Isto ou Aquilo (infantil - 1964). Mario Quintana (1906-1994) Melancolia, nostalgia, ternura. Murilo Mendes (1901- 1975) Musicalidade. Primeiro momento: nacionalismo crítico, hu- Linguagem coloquial, singela. mor. Variedade de formas (versos livres, epigramas, sonetos etc.). História do Brasil (1932) Segundo momento: catolicismo, surrealismo, vi- Ironia. são messiânica, fragmentação, estranhamento. Poemas em prosa. Publica Tempo e Eternidade (1935) juntamente com Jorge de Lima. Obras A Rua dos Cataventos (1940). Obras Canções (1946). História do Brasil (1932). Sapato Florido (poemas em prosa – 1948). Tempo e Eternidade (1935). O Aprendiz de Feiticeiro (1950). Poesia em Pânico (1938). Espelho Mágico (aforismos/humor irônico – 1951). O Visionário (1941). Caderno H (1973). Carlos Drummond de Andrade (1902- 1987) Apontamentos de História Sobrenatural (1976). Baú de Espantos (1986). Fala madura. Infantis Termos prosaicos, cotidiano. Indagações filosóficas/inquietação. O Batalhão das Letras (1948). Metapoesia, palavra objetiva. Pé de Pilão (1968). Humor/ironia. Lili Inventa o Mundo (1983). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 22 mais informações www.iesde.com.br Literatura Vinicius de Moraes (1913-1980) Linguagem reduzida ao essencial. 1.ª fase – poesia de versos longos, atormenta- São Bernardo (1934) dos, religiosidade. Narrador-personagem: Paulo Honório. 2.ª fase – exploração musical e formal da poe- Modernização do meio rural. sia. Fascinação pela mulher, amor carnal, soli- Ascensão social. dariedade, leveza. Personagens – Paulo Honório, Madalena. Letrista da Bossa Nova, o “poetinha”. Vidas Secas (1938) Poemas marcantes Família de retirantes nordestinos. “Soneto da fidelidade”, “Soneto da separação”, Seca. “A Rosa de Hiroxima”, “O operário em construção”, Opressão expressada pela animalização das “O haver”. personagens. Capítulos que podem ser lidos de modo inde- Modernismo 2.ª Fase pendente. (1930-1945) Prosa Personagens: Fabiano, Sinhá Vitória, menino mais velho, menino mais novo, cachorra Baleia. Neorrealismo. Estrutura histórica identificável. Dyonelio Machado (1895-1985) O código culto urbano. Os Ratos (1935): homem preso à condição urbana, Romances de temática regional. vivendo uma situação precária, Naziazeno Barbo- Brasil rural X Brasil urbano. sa tem vinte e quatro horas para pagar o leiteiro. Tipificação social. José Lins do Rego (1901-1957) Contexto Histórico Memorialismo. Sociedade rural. Mundo Ciclo da cana-de-açúcar: Quebra da bolsa de valores de Nova York em Menino de Engenho (1932). 1929. Doidinho (1933). Comunismo. Banguê (1934). Fascismo. Usina (1936). Nazismo. Brasil Fogo Morto (1943) Fim do memorialismo. Movimento Tenentista (1922). Painel da sociedade açucareira. Coluna Prestes. Decadência dos senhores de engenho. Estado Novo (Getúlio Vargas). Três partes: cada uma com foco em um per- José Américo de Almeida (1887-1980) sonagem (mestre José Amaro, coronel Lula de Holanda e capitão Vitorino). Precursor com A Bagaceira (1928). Erico Verissimo (1905-1975) Graciliano Ramos (1892-1953) Primeira fase – romance urbano, análise social, téc- Síntese entre o indivíduo e o ambiente (socie- nica do contraponto: Caminhos Cruzados (1935), dade). Olhai os Lírios do Campo (1938), Clarissa (1933). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 23 mais informações www.iesde.com.br Literatura Segunda fase – O Tempo e o Vento (história da Maior preocupação com forma e linguagem. formação do Rio Grande do Sul). Três partes: Introspecção, sondagem psicológica. O Continente (1949). O Retrato (1951). Guimarães Rosa (1908-1967) O Arquipélago (1961). Renovador do regionalismo (o universal a partir Rachel de Queiroz (1910-2003) do local). Musicalidade da fala sertaneja (oralidade). Universo rural relacionando-se com o universo urbano. Sagarana (1946) Perspectiva intimista e feminina. Questões universais, no sertão de Minas Gerais. Primeira mulher a se eleger membro da Aca- Grande Sertão: Veredas (1956) demia Brasileira de Letras (1977). Romance épico sobre jagunços, tematização do O Quinze (1930). homem diante de Deus, a paixão transgressora. Contos de “travessia”. Jorge Amado (1912-2001) Primeiras Estórias (1962) Primeira fase: ciclo do cacau na Bahia, roman- ces proletários e panfletários – O País do Car- Universo mágico da infância e da loucura. naval (1931), Jubiabá (1935), Capitães da Areia (1937), Terras do Sem Fim (1943). Rubem Braga (1913-1990) Segunda fase: liberação dos instintos, humor – Crônicas plenas de lirismo. Gabriela, Cravo e Canela (1958), Os Velhos Ma- rinheiros (1961), Dona Flor e seus Dois Maridos Cotidiano. (1966), Tieta do Agreste (1977). Simplicidade. Memória/infância/amores. Modernismo 3.ª Fase (1945) Poesia Obras O Conde e o Passarinho (1936). João Cabral de Melo Neto (1920-1999) A Borboleta Amarela (1955). Lírica do não-eu. Ai de ti, Copacabana (1960). Palavra-pedra/palavra-faca. A Traição dos Elegantes (1967). O Cão Sem Plumas (1950). Morte e Vida Severina (1966). José J. Veiga (1915-1999) Ferreira Gullar (1930) Situações fantásticas (alegoria da repressão, absurdo, animais, pequenas cidades). Poesia social do cotidiano. Contos: Os Cavalinhos de Platiplanto (1959). Poema Sujo (1976) Novelas: A Hora dos Ruminantes (1966), Som- Reflexão febril do passado/impurezas. bras de Reis Barbudos (1972). Busca de identidade. Murilo Rubião (1916-1991) Modernismo 3.ª Fase Presença do estranhamento, dimensão alegóri- (1945) Prosa ca, absurdo da condição humana. Contos: “O ex-mágico” (1947), “O convidado” Questão estética > questão social. (1974), “O pirotécnico Zacarias” (1974). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 24 mais informações www.iesde.com.br Literatura Antonio Callado (1917-1997) Romances: Ciranda de Pedra (1954); Verão no Aquário (1963); As Meninas (1973); As Horas Romances que enfocam as guerrilhas e os con- Nuas (1989). vulsionamentos políticos das décadas de 1960- 1970 no Brasil. Dalton Trevisan (1925) Obras Violência urbana (Curitiba). Quarup (1967). Sexo. Reflexos do Baile (1976). Sociedade massificada. Personagens João e Maria. Clarice Lispector (1920-1977) O Vampiro de Curitiba (1965). Literatura intimista. Mundo feminino/epifania. Rubem Fonseca (1925) Monólogo interior/fluxo de consciência. Violência urbana (Rio de Janeiro). Contos e romances. Sexo como preenchimento do vazio existencial do ser humano. Obras Brutalismo. Perto do Coração Selvagem (1944). Laços de Família (1960). Obras A Paixão Segundo G. H. (1964). Feliz Ano Novo (1975). Felicidade Clandestina (1971). O Cobrador (1979). A Hora da Estrela (1977). A Grande Arte (1983). Bufo & Spallanzani (1986). Fernando Sabino (1923- 2004) Agosto (1990). Linguagem coloquial, simples, temas de gera- ção, cotidiano. Carlos Heitor Cony (1926) Romances e novelas: A Vida Real (1952); O Encon- Personagens desajustados do meio. Lirismo, tro Marcado (1956); O Grande Mentecapto (1979); relacionamento conflituoso com o pai, humor, O Menino no Espelho (1982); Martini Seco (2000). estranhamento, pessimismo e náusea. Crônicas: “A cidade vazia” (1950); “O homem nu” Principais romances: Antes, o Verão (1964); (1960); “A mulher do vizinho” (1962); “A Compa- Pessach: a Travessia (1967); Pilatos (1973); Qua- nheira de viagem” (1965); “A inglesa deslumbra- se Memória (1995). da” (1967). Lygia Fagundes Telles (1923) Raduan Nassar (1935) Inicia com temática intimista, problemas exis- Violência desmedida, paixões destruidoras, re- tenciais, decadência burguesa. lações familiares, incesto. Trabalha com o estranhamento, a atmosfera de Imigração árabe. sonho. Novelas: Lavoura Arcaica (1975), Um Copo de Contos: “Antes do baile verde” (1970); “Venha Cólera (1978). ver o pôr-do-sol” (1987). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 25 mais informações www.iesde.com.br Literatura Luis Fernando Verissimo (1936) João Ubaldo Ribeiro (1941) Situações de aparente normalidade são revela- Linguagem urbana com alguns temas regio- das como absurdas, ridículas. nais, presença de monólogos extensos, poder Humor e ironia. e sexo, costumes e política. Romances: Sargento Getúlio (1971), Viva o Povo Obras Brasileiro (1984), O Sorriso do Lagarto (1989), A Casa dos Budas Ditosos (1999). O Popular (1973). Conto marcante: “O santo que não acreditava Ed Mort e Outras Histórias (1979). em Deus”. O Analista de Bagé (1981). Outras do Analista de Bagé (1982). Chico Buarque (1944) Comédias da Vida Privada (1994). No teatro, enredos que faziam alusão indireta à Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Moacyr Scliar (1937) Na música popular, canções de protesto e canções em que o lirismo retrata o universo feminino. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Nos romances, estilo áspero, violência, incom- Letras em 2003. Médico sanitarista, cronista, preensão, sociedade atual. romancista, autor de literatura infantil. Teatro: Roda Viva (1967), Calabar (1973, co- Realismo mágico, realismo fantástico, narrador -autoria com Ruy Guerra), Gota D’água (1975, contemporâneo. coautoria com Paulo Pontes), Ópera do Malan- Temática judaica, temática política, insólito. dro (1978). Novela – Cavalos e Obeliscos (1981). Novela e romance: Fazenda Modelo (1974), Estor- vo (1991), Benjamin (1995), Budapeste (2003). Obras A Guerra no Bom Fim (1972). Caio Fernando Abreu (1948-1996) O Exército de um Homem Só (1973). Intimismo, urbano, olhar profundo para o coti- diano, pequenas epifanias. Influência de Clarice Os Deuses de Raquel (1975). Lispector. Mês de Cães Danados (1977).

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