Infecções Respiratórias 2020/2021 PDF

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This document is a medical presentation on respiratory infections, covering various topics including pharyngitis, epiglottitis, otitis externa, otitis media, and mastoiditis. It details the causes, symptoms, diagnosis, and treatment of these conditions.

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Tronco Comum II a): Infecciologia 2020/2021 Maísa Matos FARINGITE É definida como uma tríade de dor de garganta, febre e inflamação faríngea. Etiologia:...

Tronco Comum II a): Infecciologia 2020/2021 Maísa Matos FARINGITE É definida como uma tríade de dor de garganta, febre e inflamação faríngea. Etiologia: Diagnóstico: através dos sinais e sintomas muitas vezes, conseguimos identificar se a etiologia é viral ou bacteriana; teste Vírus (a principal causa): adenovírus rápido de deteção de antigénio (zaragatoa orofaringe: antigénio Streptococcus do grupo A (GAS) S.pyogenes). Sinais e Sintomas: Terapêutica: Vírus: conjuntivite, coriza, úlceras orais, tosse e Vírus: nenhum diarreia Bacteriana: Penicilina, amoxicilina (eritromicina, GAS: dor de garganta com exsudado amigdalino ou cefalosporinas de 1ª geração para alérgicos à penicilina) - faríngeo, linfadenopatia cervical anterior e febre focada na prevenção de sequelas pós-infeção de por GAS Critérios de Centor: Complicações: abcesso periamigdalino Exsudados amigdalinos; Adenopatias cervicais anteriores; Febre; Ausência de tosse. 3-4 critérios → 40-60% bacteriano 0-2 critérios → 80% viral 2 EPIGLOTITE Etiologia: Diagnóstico Diferencial: Pediatria: Haemophilus influenzae tipo B (era mais Laringotraqueobroquite: estridor, tosse “de cão”, ausência de comum nas crianças mas, agora é no adulto, devido à salivação vacinação) Traqueíte braquial Adulto: Streptococcus pneumoniae, Streptococcus Epiglotite térmica pyogenes, Neisseria meningitidis Edema angioneurótico Sinais e Sintomas: Abcesso retrofaríngeo ou peri-amigdalino Pediatria: disfagia ou dor de garganta, voz abafada ou Uvulite rouca, estridor, salivação Difteria Adulto: odinofagia, dor de garganta, febre, salivação, Terapêutica: cefotaxime, ceftriaxone estridor ATENÇÃO: o estridor inspiratório pode ser sinal de paragem respiratória, por obstrução da via aérea (pode ser necessário intubar) Diagnóstico: Laringoscopia direta ou indireta e endoscopia nasofaríngea são testes de diagnóstico Leucocitose periférica é comum mas, não universal 3 OTITE EXTERNA É uma infeção e inflamação do canal auditivo externo Otite externa maligna: em diabéticos, imunocomprometidos Swimmer’s ear: ocorre em clima quente e húmido (infeção necrotizante) Etiologia: Estafilococos e bactérias anaeróbias Pseudomonas aeruginosa Diagnóstico: Pode haver uma pústula ou furúnculo no canal auditivo externo Swimmer’s ear: edema e eritema da parede do canal Otite externa maligna: dor e sensibilidade, invasiva, pode existir pus no canal Terapêutica: Swimmer’s ear: limpeza e irrigação cuidadosas do canal auditivo externo; polymixina e hidrocortisona tópico Otite externa maligna: ceftazimide ev e desbridamento cirúrgico 4 OTITE MÉDIA Otite Média Aguda (OMA) é marcada pela presença de fluído no ouvido médio e inflamação da mucosa do ouvido médio (obstrução da trompa de Eustáquio e por infeção viral prévia) Muito comum em crianças nos 3 primeiros anos de vida Etiologia: Terapêutica: Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae Amoxicilina ou Amoxicilina + Ác. clavulânico (patogénicos bacterianos + frequentes) Moraxella catarrhalis, Streptococcus do grupo A e Staphylococcus aureus (etiologia menos frequente) Vírus respiratórios Sinais e Sintomas: Dor, otorreia, febre, vertigens, nistagmo, tinnitus (irritabilidade, diarreia) Diagnóstico: OMA é uma doença aguda com fluído no ouvido médio, com a membrana timpânica saliente ou mobilidade reduzida e inflamada (otoscopia) 5 MASTÓIDITE Infeção e inflamação das células mastóideias Resulta de episódios severos de OMA Etiologia: Complicações: Similar aos da OMA Abcesso cerebral Quando há perfuração da membrana timpânica pode haver invasão Trombose do seio lateral da mastóide por organismos presentes no canal auditivo externo, incluindo Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa Sinais e Sintomas: Edema, rubor e dor atrás do pavilhão auricular Pode ocorrer descarga da membrana timpânica Diagnóstico: pelos sinais e sintomas Terapêutica: Terapêutica antimicrobiana é semelhante à da OMA (mais prolongada Incisão e drenagem pode ser necessária quando se formam abcessos (ou mastoidectomia) 6 SINUSITE Inflamação dos seios nasais + freq. em idivíduos c/: Obstruções anatómicas (desvios septo, polipos…); Sonda nasogástrica; Alergias; Abcesso dentário (arcada superior); Fibrose quística; Síndrome de Kartagener Etiologia: Terapêutica: S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis Bacteriana: Amoxicilina c/ ou s/ Ác. Clavulânico Staphylococcus aureus ✓ Sinais e sintomas persistentes durante no mínimo 10 dias s/ Fuoroquinolonas, cefdinir, cefuroxime, Agentes da cavidade oral e anaeróbios evidência de melhoria; ✓ Sintomas e sinais de febre alta (≥ cefxime c/ clindamicina ou c/ linezolida Fungos: Aspergillus (doentes neutropénicos) 39°C) e descarga nasal purulenta durante 3-4 dias consecutivos Drenagem cirúrgica em complicações de ✓ Agravamento de sinais e sintomas: Sinais e Sintomas: febre, cefaleias ou aumento da sinusite aguda bacteriana descarga nasal, depois de uma Dor/sensação de pressão (unilateral); infeção viral do trato resp. superior Complicações: Obstrução nasal c/ drenagem esporádica de rinorreia purulenta c/ mau odor Sinusite etmoidal e sabor; o Celulite orbitária e periorbitária Tosse recorrente; o Abcesso orbitário Febre (raramente); o Trombose do seio cavernoso e Inflamação do V par craniano. meningite Diagnóstico: Sinusite frontal o Pott´s puffy tumor Rx (opacificação de um ou mais seios, níveis hidroaéreos, espessamento da o Abcesso cerebral mucosa) Sinusite esfenoidal (a mais grave) TC 7 PNEUMONIAS Aguda: 24-48h Típica: sintomas graves, tosse produtiva, condensação no Rx Comunidade Crónica: 3 semanas Atípica: insidiosa, sintomas menos graves, tosse seca, padrão Nosocomial Há certos fatores predisponentes intersticial no Rx Sinais e Sintomas: PNEUMONIA TÍPICA PNEUMONIA ATÍPICA (AIR SPACE PNEUMONIA) (INTERSTITIAL PNEUMONIA) Tosse; Toracalgia; Exsudado nos alvéolos S/ exsudado nos alvéolos (s/ Calafrios; (consolidação); consolidação); Dispneia Infiltração por neutrófilos (PMN) Infiltração por linfócitos Agentes responsáveis: Agentes responsáveis: intracelulares Exame objetivo: extracelulares Tosse seca Sinais vitais: Tosse produtiva o FR > 30; Etiologia: o PAS < 100 mmHg; Etiologia: Mycoplasma pneumonia o FC > 125 bpm; Staphylococcus Vírus: influenza, adenovirus, o T > 40°C ou < 35°C S. pneumoniae rinovírus, rubéola, corona AP: Klebsiella Chlamydia pneumonia o Roncos e egofonia: condensação o Macissez à percussão: condensação ou Pseudomonas Coxiella burnetti derrame pleural; Bactérias anaeróbias Pneumocytis carinii o Apagamento dos sons e atrito pleural: Tratamento: Amoxicilina c/ ou s/ Ác. Legionella derrame pleural clavulânico Tratamento: macrólido 8 PNEUMONIAS Imagem radiológica CURB-65: decisão de internamento Pneumonia lobar: S. pneumoniae, H. influenzae, Legionella Tratamento: Broncopneumonia: S. aureus, Bacilos Nosocomial: saber a Gram -, Mycoplasma, Chlamydia, Vírus flora do hospital e Ab Pneumonia intersticial: influenza, CMV, previamente P. jirovecii, TB miliar administrados Abcesso pulmonar: anaeróbios, S.aureus Aspiração: cobrir Lesões nodulares: histoplasmose, anaeróbios coccidiomicose, criptococose, pneumonia Ab empírico: alterar adquirida por via hematogénica após resultado dos Avaliação: exames culturais Complicações: (terapêutica dirigida) Hemograma Empiema; Exames bioquímicos Ab ev Pneumotórax; Gasimetria Avaliar resposta ao tratamento (temperatura, ARDS; Hemoculturas (2) FR, Sat O2, leucocitose, tosse…) Morte Exame bacteriológico da expetoração Alterações Rx persistem várias semanas após Antigénios da urina (Pneumococo e Legionella) melhoria clínica 9

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