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This document provides an overview of different topics in pharmacology, focusing on bone metabolism, including hormones, vitamin D, and calcitonin. It also covers gout and its treatment, along with osteoarthritis and its treatment. It further delves into cardiovascular system function and diseases.

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Aula 6 Metabolismo Ósseo Hormonas principais: para que haja Metabolismo os seu PTH (Hormona Paratiróidea) Origem: Produzida pela paratiróide. Funções: o Regula os níveis de cálcio e fosfato no osso e no rim. o Estimula a produção do metabolito ativo da vitamina...

Aula 6 Metabolismo Ósseo Hormonas principais: para que haja Metabolismo os seu PTH (Hormona Paratiróidea) Origem: Produzida pela paratiróide. Funções: o Regula os níveis de cálcio e fosfato no osso e no rim. o Estimula a produção do metabolito ativo da vitamina D. sem PTH n/ processas vitamina D Vitamina D Origem: o Produzida na pele sob ação da radiação UV. o Presente em alimentos específicos. Formas: o D3 (colecalciferol): Natural. Raios UV o D2 (ergocalciferol): De origem vegetal. Calcitonina Origem: Secretada pelas células parafoliculares da tiróide. Funções: o Diminui os níveis séricos de cálcio e fosfato. no sangue o Atua no osso e rim, inibindo a reabsorção óssea. Aplicações terapêuticas: Tratamento da osteoporose, doença de Paget e hipercalcemia. Osteoporose Tratamento não farmacológico: Medidas gerais: o Ingestão adequada de cálcio e vitamina D. o Exercício físico regular. o Evitar fumar. o Reduzir o uso de fármacos que promovem perda óssea (e.g., corticoides). Tratamento farmacológico: 1. Bifosfonatos (ex.: alendronato, ibandronato, risendronato, ácido zoledrónico): Melhores por prevenir e tratar o Preferidos para prevenção e tratamento da osteoporose pós- menopáusica. o Reduzem a reabsorção óssea, aumentando ligeiramente a massa óssea e diminuindo o risco de fraturas. 2. Estrogénios: o Utilizados na prevenção da osteoporose pós-menopáusica. o Riscos associados: Possível impacto adverso no útero, mama e sistema cardiovascular. o Raloxifeno: Alternativa segura; aumenta densidade óssea, reduz risco de cancro da mama invasivo e do endométrio, além de diminuir colesterol total e LDL. 3. Calcitonina de salmão: (igual aos bifostonatos mas...) →o Menos eficaz que os bifosfonatos. o Formulações: intranasal (mais usada) e parenteral. o Benefício adicional: alívio da dor associada a fraturas osteoporóticas. o Deixou de ser amplamente utilizada. Gota Características: Acumulação excessiva de ácido úrico. Formação de cristais em torno das articulações, causando artrite. inflamação das articulações Causas principais: 1. Produção aumentada de ácido úrico. 2. Excreção renal diminuída (mais comum). 3. Aumento no consumo de purinas. Tratamento: 1. Alopurinol: o Uso profilático. preventivo o Reduz os níveis séricos e urinários de ácido úrico. o Mecanismo: Inibição competitiva da xantina-oxidase, diminuindo a síntese de purinas. 2. Colquicina: célula come outra o Indicada para crises agudas. o Ação: Inibe a fagocitose dos microcristais, mantendo o pH neutro ao prevenir a produção de ácido láctico. → extremamente o Nota: Elevada toxicidade. ácido Artrose Características: Doença multifatorial. Destruição progressiva das articulações, geralmente relacionada à idade e ao desgaste. Tratamento: 1. Glucosamina e Condroitina: o Constituintes naturais das articulações. o Uso prolongado. n/é bom para crises agudas o Estudos sobre eficácia ainda em andamento. 2. Ácido Hialurónico: casos agudos o Componente natural das articulações. o Administrado via injeção intrassinovial. Aula 7 – Sistema Cardiovascular Funcionamento do Sistema Cardiovascular Contração do miocárdio: A contração cardíaca é ativada pela despolarização da membrana celular, seguida pelo encurtamento das fibras de actina e miosina no sarcómero. Após a contração, ocorre relaxamento e retorno ao estado de repouso. Gap junctions facilitam a propagação do impulso elétrico entre células musculares cardíacas, sincronizando a contração. Células marcapasso: O nó sinoauricular (SA) determina o ritmo cardíaco, sendo mais rápido que o nó atrioventricular (AV) e as fibras de Purkinje. Em caso de falha do nó SA, o nó AV assume o comando, embora em ritmo mais lento. As células marcapasso são autorreguladas e autoexcitáveis. pouco importante Potencial de ação das células contrácteis: ter só Fase 0 (despolarização): Abertura de canais rápidos de sódio, aumentando o uma noção potencial de membrana de -90 mV para +20 mV. Fase 1 (início da repolarização): Abertura de canais de potássio, reduzindo o potencial para 0 mV. Fase 2 (plateau): Entrada de cálcio e saída de potássio, mantendo o potencial. É o período refratário absoluto. Fase 3 (repolarização rápida): Fechamento de canais de cálcio e contínua saída de potássio, restaurando o potencial de repouso. Fase 4 (repouso): Preparação para novo estímulo. combater arritmias Antiarrítmicos: As arritmias são anomalias no ritmo ou velocidade do batimento cardíaco, causadas por problemas na formação ou condução de impulsos. Classes de antiarrítmicos: Classe I: Bloqueadores de canais de sódio. relacionado do volume sanguíneo inibem a retenção de líquidos Ia: Quinidina e procainamida. → acumulação de fluidos Ib: Lidocaína – usada para arritmias ventriculares em isquemia do miocárdio. Ic: Flecainida – útil, mas pode agravar insuficiência cardíaca. Classe II: Beta-bloqueadores (ex.: propranolol, metoprolol). Diminuem frequência e contratilidade cardíaca, indicados para taquicardias relacionadas à atividade simpática. dança ou/morar obstrutiva crónica Classe III: Bloqueadores de canais de potássio (ex.: amiodarona, sotalol). Prolongam o potencial de ação e o período refratário, sem alterar a fase 0. associado a força do❤ Classe IV: Bloqueadores de canais de cálcio (ex.: verapamilo, diltiazem). Diminuem a entrada de cálcio e, assim, a força de contração, sendo mais eficazes em frequências cardíacas elevadas. Cardiotónicos e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)- A ICC é a incapacidade do coração em bombear sangue adequadamente, levando a congestão pulmonar e edema periférico. acumulação de sangue Mecanismos compensatórios: - Aumento da atividade simpática: Estímulo dos receptores β-adrenérgicos aumenta frequência cardíaca e contratilidade, mas gera fadiga. - Retenção de líquidos: Redução do débito cardíaco ativa o sistema renina- angiotensina-aldosterona, aumentando volume sanguíneo e edemas. - Hipertrofia miocárdica: Ocorre aumento do tamanho do coração, inicialmente melhorando a contratilidade, mas levando à insuficiência sistólica com o tempo. Fármacos usados no tratamento: - Diuréticos: Reduzem volume sanguíneo e pressão venosa. Ex.: Furosemida (rápido alívio de congestão) e espironolactona (efeito prolongado). reduz a quantidade de líquidos -Glicosídeos cardíacos: Inibem a Na+/K+ ATPase, aumentando cálcio intracelular e força de contração. Ex.: Digoxina (estreita margem terapêutica; monitorar níveis). - Inibidores da IECA e ARAs: Reduzem a formação e ação da angiotensina II, diminuindo resistência vascular e pós-carga. Ex.: Enalapril e losartana. - Beta-bloqueadores: Ex.: Carvedilol e bisoprolol, indicados para pacientes estáveis. diminuem a contratilidade e frequência cardíaca Etapas do Tratamento da ICC 1. Reduzir carga cardíaca (controle de peso, atividade e pressão arterial). 2. Restringir sódio e, raramente, água. retém líquidos 3. Uso sequencial de medicamentos: diuréticos ( diminuem o volume de liquido extracelular), IECAs (diminuem a carga sobre o miocárdio), beta-bloqueadores (doentes estáveis), digitálicos (se disfunção sistólica ou fibrilação atrial) e vasodilatadores (situações graves). Aula 8 – Sistema Cardiovascular Hipertensão Arterial (HA), classificação por estágios: OUCO - Estágio I: Pressão arterial (PA) entre 140/90 e 159/99 mmHg. importante - Estágio II: PA entre 160/100 e 179/109 mmHg. - Estágio III: PA ≥ 180/110 mmHg. Tipos de hipertensão: - Primária ou essencial (95% dos casos): Resulta de múltiplos factores, incluindo o aumento da resistência vascular periférica (RVP), sedentarismo, stress, obesidade, consumo excessivo de sal e predisposição genética. - Secundária (5%): Associada a condições específicas, como doenças renais (estenose da artéria renal, tumores renais), alterações endócrinas (síndrome de Cushing, acromegalia) ou doenças vasculares (insuficiência aórtica). Patogénese Está nos vasos Resistência vascular periférica (RVP): Aumenta devido à proliferação celular na parede dos vasos, estimulada por substâncias locais em resposta à hipertensão crónica.A RVP é o principal factor na manutenção da HA a longo prazo. Débito cardíaco (DC): O aumento inicial da PA pode ser causado pela retenção de sódio e água, aumentando o volume intravascular e, consequentemente, o DC. está no coração Tratamento da Hipertensão Arterial Medidas Não Farmacológicas: 1. Perda de peso: Cada 5-10% de redução no peso corporal diminui significativamente a PA. 2. Dieta DASH: Rica em vegetais, frutas, grãos integrais e alimentos com baixo teor de sódio. 3. Exercício físico regular: 30 minutos de actividade física moderada, pelo menos 5 vezes por semana, podem reduzir a PA. 4. Redução do consumo de sal e álcool: Evita a retenção de líquidos e diminui o risco cardiovascular. 5. Gestão de stress: Técnicas como meditação e terapia cognitiva podem ajudar a reduzir o impacto do stress crónico. Fármacos Anti-Hipertensores: - Diuréticos. Função: Aumentam a eliminação de sódio e água pelos rins, diminuindo o volume intravascular e a PA. Classes: - Diuréticos da ansa (ex.: furosemida): Muito potentes e de acção rápida, usados em emergências. Mecanismo: Inibem a reabsorção de sódio e cloro na ansa de Henle. só é tóxico combinado pouco potássio Efeitos adversos: Hipocaliemia, ototoxicidade (se combinados com aminoglicosídeos), hipovolemia. anemia - Tiazídicos (ex.: hidroclorotiazida): Fármacos de primeira linha para hipertensão leve a moderada, geralmente em combinação com outros agentes. Efeitos adversos: Hipocaliemia, hiperglicemia (pode agravar diabetes), hiperuricemia (risco de gota). Contraindicados em doentes com diabetes mal controlada ou dislipidemia. - Poupadores de potássio (ex.: espironolactona): Inibem a ação da aldosterona, promovendo retenção de potássio e excreção de sódio. tomando em longo prato muito potássio Efeitos adversos: Hipercaliemia, ginecomastia em homens, irregularidades menstruais em mulheres. ↓ homens q matas Vasodilatadores: - Inibidores da ⟂ECA (ex.: enalapril, lisinopril): Reduzem a produção de angiotensina II, diminuindo a vasoconstrição e retenção de líquidos. Aumento da bradicinina potencia o efeito vasodilatador. Efeitos adversos: Tosse seca (efeito clássico), risco de hipercaliemia, hipotensão. -Antagonistas dos Recetores da Angiotensina II (ex.: losartan): Bloqueiam os recetores de angiotensina II, evitando vasoconstrição e retenção de sódio. Efeitos adversos: Sem tosse seca, mas risco de hipercaliemia e hipotensão. SEMPRE força de contração,vasodilatação promove Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Mecanismo: Inibem a entrada de cálcio no músculo cardíaco e nas arteríolas, relaxando os vasos e reduzindo a RVP. Classes: - Verapamil: Foco no miocárdio; contraindicado em insuficiência cardíaca grave. - Diltiazem: Menos efeitos adversos que o verapamil. - Nifedipina, amlodipina: Preferidas para hipertensão em idosos; efeito predominante na musculatura lisa vascular. Efeitos adversos: Obstipação, cefaleias, tonturas e hipotensão. Beta-Bloqueadores (ex.: propranolol, metoprolol) Mecanismo: Reduzem a frequência e o débito cardíaco, diminuindo a PA. Indicações: Hipertensão, angina, arritmias, insuficiência cardíaca estável. Efeitos adversos: Fadiga, insónias, alucinações, hipotensão, diminuição da líbido. Alterações metabólicas (aumento de triglicéridos, redução de HDL). Aula 9 – Sangue Coagulação e Hemostase: Processos dinâmicos que asseguram: - Fluidez do sangue. - Reparação de lesões vasculares. - Restrição da perda de sangue. Etapas: 1. Adesão plaquetária ao local da lesão. 2. Libertação de mediadores químicos intracelulares: - ADP: Induz agregação plaquetária. - Serotonina (5-HT): Estimula vasoconstrição e agregação. - Tromboxano A2: Vasoconstritor potente produzido nas plaquetas. 3. Formação do trombo de fibrina e plaquetas. Cascata de coagulação (dá-se em simultâneo): - Ativação pela via intrínseca (fator XII) ou extrínseca (fator VII). - Culmina na formação de trombina (fator IIa), que converte fibrinogénio em fibrina e estabiliza o coágulo (via fator XIII). Anticoagulantes 1. Endógenos: - Antitrombina (AT): Neutraliza trombina (IIa) e fator Xa. - Proteína C e S: Inibem fatores V e VIII (atividade dependente de vitamina K). 2. Heparinas: - Ligam-se à antitrombina, inibindo trombina, fator IXa e fator Xa. - Tipos: - Não fracionada (HNF): Ação rápida, monitorizada pelo TTPa, usada em insuficiência renal. - Baixo peso molecular (HBPM): Maior previsibilidade, sem necessidade de monitorização. - Usos: Tromboembolismo venoso, prevenção pós-operatória. - Contraindicações: Hemorragia ativa, hipertensão grave, insuficiência renal/hepática. 3. Inibidores Diretos da Trombina (Dabigatrano): - Ligam-se diretamente à trombina inibindo o seu efeito, independentemente da antitrombina. 4. Inibidores da Vitamina K (Varfarina): 9 - Bloqueiam a síntese de fatores II, VII, IX e X. - Requerem monitorização rigorosa e podem ser revertidos com vitamina K. Antiagregantes Plaquetários: 1. Ácido Acetilsalicílico (AAS): - Inibe COX-1, bloqueando tromboxano A2 (ação irreversível). - Usado na prevenção de AVC isquémico, mas contraindicado em menores de 12 anos. - Uma vez que o tempo de hemorragia é aumentado, pode causar aumento da incidência de acidente vascular e hemorragia GI 2. Ticlopidina e Clopidogrel: - Inibem recetores P2Y12 do ADP, bloqueando a agregação. plaquetária - Indicados em pacientes com AIT ou intolerância ao AAS. 3. Dipiridamol: 'alergia - Inibe fosfodiesterase, aumentando AMPc e reduzindo a adesão plaquetária. Fibrinólise - Processo de digestão de fibrina mediado pela plasmina, que é ativada do plasminogénio pelo ativador tecidual. - Limita a extensão do trombo e promove remodelação. Anti-anémicos 1. Ferro: - Essencial para a hemoglobina. - Terapia indicada para anemia ferropénica (normocrómica/microcítica). - Administração: - Oral: Pode causar desconforto GI, melhor absorção em jejum. - Parenteral: Para casos de absorção comprometida ou perdas graves de sangue. - Efeitos adversos: Fezes escuras, intoxicação em doses elevadas. 2. Ácido Fólico: - Fundamental para a biossíntese de DNA/RNA. - Deficiência leva a anemia megaloblástica.( caracteriza-se pela presença, no sangue e na medula óssea, de eritrócitos imaturos e de grande tamanho) - Gravidez: Prevenção de malformações do tubo neural. - A intensidade de absorção pode ser reduzida com ingestão de álcool ou a existência de doenças concomitantes. A sua metabolização pode ser condicionada pelo uso de anticonvulsivantes formação de 3. Vitamina B12: eritrócitos - Essencial para eritropoiese e função neurológica. A deficiência congénita desta proteína produz anemia megaloblástica grave - Absorção depende do fator intrínseco gástrico (o que levará a menor absorção da vitamina). - Quando há deficiência de vitamina B12, há também deficiente utilização do folato para a eritropoiese - Deficiência causa anemia perniciosa, alterações neurológicas irreversíveis e degenerescência axonal. 4. Eritropoietina: → quantidade - Estimula proliferação e diferenciação de eritrócitos. - Produzida pelos rins em resposta à hipoxia. → falta de 02 nos eritrócitos - Requer ferro para eficácia. - Efeitos adversos: Hipertensão e complicações trombóticas. Anti-dislipidémicos Fisiologia: - HDL: Remove colesterol dos tecidos (anti-aterogénico). - LDL: Transporta colesterol para tecidos (aterogénico). - VLDL e Quilomicrons: Transportam triglicerídeos endógenos e dietéticos. O metabolismo lipoproteico divide-se em 2 vias: 1. Exógena: Envolve a absorção e transporte de gorduras dietéticas, com os quilomicrons desempenhando papel crucial. 2. Endógena: O fígado sintetiza VLDL, que transportam triglicerídeos endógenos para o tecido adiposo e músculo. Após a ação das lipases, as partículas residuais são transformadas em LDL no fígado, que transporta colesterol para os tecidos periféricos. O equilíbrio do colesterol resulta da relação entre sua síntese, absorção, utilização e excreção. Aumento da excreção ou menor absorção (ex.: dieta pobre em colesterol): Estimula a síntese endógena. Maior acumulação nos tecidos: Inibe a síntese de colesterol. Complicações: - Aterosclerose: Placas arteriais ricas em colesterol, colagénio e cálcio. Associada a tabagismo, obesidade, dieta rica em gorduras, sedentarismo. Terapia Dietética: - Redução de gorduras saturadas, calorias, álcool e aumento do consumo de ómega-3. Fármacos: - Estatinas: Inibem HMG-CoA redutase, Aumento do número de recetores de LDL superficiais (aumenta o catabolismo de LDL) Desta forma, estes agentes reduzem os níveis de colesterol por diminuição da sua síntese e por aumento do catabolismo de LDL - Fibratos (Gemfibrozil, Fenofibrato): Reduzem triglicerídeos pela remoção plasmática de quilomicrons e VLDL e aumentam HDL. Efeitos Adversos: Gastrointestinais: Formação de Cálculos Biliares: Inflamação do Músculo Esquelético. Contraindicações: Alteração hepática grave. Disfunção renal. Presença de cálculos biliares. Lactação. Gravidez. - Resinas Permutadoras de Iões (Colestiramina e Colestipol): Ligam-se a ácidos biliares, impedindo a sua reabsorção, reduzindo LDL (útil em casos de aumento isolado de LDL). As resinas podem ainda ser úteis em casos de intoxicação digitálica, pois conseguem ligar-se aos glicosídeos digitálicos. Reações adversas: -Distensão abdominal -Prisão de ventre ou diarreia - Absorção dificultada de algumas vitaminas -Comprometimento da absorção de fármacos - Inibidores Seletivos da Absorção do Colesterol (Ezetimiba): Inibe seletivamente a absorção de colesterol (dietético e biliar) aparentemente sem interferirem com a absorção dos ácidos gordos nem das vitaminas lipossolúveis. A ezetimiba, atualmente disponível, pode ser utilizada em monoterapia (eficácia limitada), ou preferencialmente em associação com uma estatina. Menos efeitos secundários que as Estatinas. Aula 10 – Modificadores da Motilidade Intestinal Modificadores da Motilidade Intestinal Fármacos que Procinéticos: Estimulam a motilidade gastrointestinal agindo no músculo liso entérico ou no sistema nervoso entérico. Usos clínicos: Refluxo gastroesofágico, gastroparésia, retardamento do esvaziamento gástrico pós-cirúrgico. Exemplos: Metoclopramida e domperidona. Aumentam o peristaltismo gástrico e aceleram o esvaziamento gástrico. Bloqueiam recetores dopaminérgicos D2, exercendo também ação antiemética (SNS). Efeitos adversos: manifestações extrapiramidais, aumento da prolactina, arritmias ventriculares. retoclopami.de "competidora ambas + potente saber Laxantes Promovem a defecação, usados para obstipação, preparação para exames, ou em casos específicos, para evitar esforço na defecação. Tipos: Estimulantes/Contacto: Estimulam diretamente o sistema nervoso entérico. Uso crónico pode levar a atonia e dilatação do cólon. Ocorrem naturalmente em plantas. O uso crónico leva a “melanose do cólon” (pigmentação castanha característica do cólon) Exemplos: Bisacodilo, picossulfato de sódio. Emolientes: Amolecem as fezes, mas podem interferir na absorção de vitaminas lipossolúveis. Exemplos: Parafina líquida, docusato de sódio. Expansores do volume fecal: Colóides hidrofílicos formam gel volumoso, promovendo o peristaltismo e distensão do cólon. Risco de oclusão em doentes com doença inflamatória. Exemplos: Metilcelulose, gomas. Laxantes Osmóticos: Aumentam a água fecal. IR-Insaf. Renal Exemplos: Lactulose, leite de magnésio. Antidiarreicos Tratamento de diarreia aguda leve/moderada e condições crónicas como síndrome do intestino irritável. Não devem ser administrados a pacientes com diarreia sanguinolenta, febre alta ou toxicidade sistémica. Exemplo: Loperamida (agonista opióide) atua no trato GI, sem efeitos analgésicos ou potencial de adição. Aparelho Digestivo Funções secretoras e motoras para digestão e absorção. Regulação da Secreção Gástrica: A secreção de HCl (ácido clorídrico) é regulada por: Gastrina: Estimula células parietais, fluxo sanguíneo e motilidade gástrica. Histamina: Atua nos recetores H2 estimulando as células parietais. Acetilcolina (Ach): Estimula recetores muscarínicos presentes nas células parietais e nas células que contêm histamina. Prostaglandinas (E2 e I2): Inibem a secreção gástrica. , produção de Muco e bicarbonato A secreção de ácido clorídrico ocorre nas células parietais através de enzimas H+/K+- ATPase, comummente designada de bomba de protões. Condições principais que requerem redução da secreção ácida: Ulceração péptica: Pode ser duodenal ou gástrica. Esofagite de refluxo. Síndrome de Zollinger-Ellison: Excesso de produção de gastrina. Causas e fatores contribuintes: Helicobacter pylori (H. pylori): Bacilo Gram-negativo associado a gastrite crónica. AINEs: Reduzem prostaglandinas, muco e bicarbonato, comprometendo a proteção da mucosa. Stress e excesso de acidez gástrica. Desequilíbrio na mucosa gástrica: Lesão provocada por ácido e pepsina versus mecanismos protetores (muco, bicarbonato, prostaglandinas). ácido é sup. aos mecanismos protetores pro­ Sintomas de úlcera péptica: voca úlceras Dor, azia, enfartamento e sangramento. Terapêutica Antiulcerosa Antiácidos: Bases fracas que neutralizam o ácido gástrico,o uso prolongado provoca alterações no trânsito intestinal Exemplos: Hidróxido de alumínio(Efeito obstipante, inibe absorção de outros fármacos), hidróxido de magnésio (pode causar diarreia, muito potente com efeito neutralizador rápido), bicarbonato de sódio. Usos: Refluxo gastroesofágico, cicatrização de úlceras gástricas e duodenais. Fármacos antiulcerosos: Usados para inibir ou neutralizar a secreção gástrica. Mecanismos que influenciam a secreção de ácido: o Inervação parassimpática: Recetores muscarínicos (M1). o Histamina: Recetores H2. o ATPase H+/K+: Bomba de protões. Antagonistas dos recetores H2 da histamina (cimetidina, ranitidina, famotidina): Bloqueiam a ação de histamina, gastrina e acetilcolina reduzindo a secreção de HCl e pespina. - Ácido clorídrico Reduzem a produção de HCl e pepsina, ajudando na cicatrização de úlceras gastroduodenais. Uso diminuído devido aos inibidores da bomba de protões. Efeitos adversos: cefaleia, diarreia, erupções cutâneas Sem efeito sobre: Esvaziamento gástrico; Secreção pancreática; Inibidores da Bomba de Protões (IBP): Exemplos: Omeprazol, pantoprazol. Inibem a ATPase H+/K+ na membrana das células parietais, bloqueando a secreção de ácido. Mais eficazes na cicatrização de úlceras duodenais que antagonistas de H2. São os inibidores mais eficazes da secreção gástrica. Efeitos adversos: Alteração na absorção de fármacos e vitamina B12, náuseas dor abdominal e obstipação. Omeprazol- Inibe profundamente a secreção ácida gástrica. Sem efeito na: Secreção de pepsina, função intestinal na motilidade gástrica. é uma prostaglandin Protetores da Mucosa: ninetta a ação das /finge q/ Misoprostol: Análogo das prostaglandinas; estimula muco e bicarbonato. Sucralfato: Cria barreira física sobre úlceras. Não inibe a secreção ácida nem Mt antagoniza o ácido segregado (ação antiácida mínima). Estimula a produção de PGs Melhor protectoras e promove a cicatrização das úlceras gástricas. Efeitos laterais: Obstipação e boca seca reveste as ulceras q uma capa protetora Erradicação do Helicobacter pylori Necessita de combinação de antibacterianos e inibidores da bomba de protões. Exemplo: Claritromicina + Amoxicilina + IBP (2-3 semanas de tratamento). Aula 11 – Aparelho Respiratório Tosse: A tosse é um mecanismo de defesa das vias respiratórias, acionado por estímulos irritantes que ativam o reflexo da tosse (SNC- tronco cerebral). Classificação Com base na expetoração: - Seca (não produtiva): Sem muco, geralmente associada a irritação. - Produtiva: Com expetoração, comum em infeções ou condições inflamatórias. Com base na duração: - Aguda: Duração inferior a 3 semanas. - Crónica: Duração superior a 3 semanas. Tratamento Farmacológico 1. Antitússicos: Ação central: Atuam no centro da tosse (SNC) reduzindo os impulsos eferentes. - Estupefacientes (ex.: codeína e morfina): Alta eficácia, mas causam sonolência, podem causar depressão respiratória e dependência. Contra-indicações: Gravidez, antecedente de abuso de drogas e indivíduos com DPOC ou asma. - Não estupefacientes (ex.: dextrometorfano): Menos efeitos adversos que a codeína, usados para tosse seca. Reações adversas: Alterações GI – náuseas, vómitos, obstipação Alterações do sistema nervoso central - vertigens e sonolência ou excitação. Contra-indicações: Gravidez e asma ou DPOC. ma ter noção Ação periférica: Agem localmente na mucosa ou nas terminações nervosas. - Demulcentes: Formam uma camada protetora na mucosa (ex.: pastilhas), fraco efeito anestésico local. - Endanestésicos: administrado por via sistémica, inibem a tosse anestesiando os recetores nervosos, impedindo o reflexo da tosse da medula até ao músculo. - Anestésicos: Podem existir em formas de pastilhas associados a desinfetantes. bloqueiam a musculatura na tosse 2. Expetorantes e Mucolíticos: - Expetorantes: Facilitam a expulsão de muco estimulando o movimento ciliar (ex.: guaifenesina (de ação reflexa) e óleo e bálsamos (ação direta)). - Mucolíticos: Diminuem a viscosidade do muco (ex.: acetilcisteína, bromexina). Contraindicações: Asma e úlceras gastroduodenais em alguns casos. Asma- A asma é uma doença inflamatória crónica caracterizada por episódios de obstrução brônquica reversível. Etiologia: - Atópica: Predisposição genética associada a IgE. - Ambiental: Exposição a irritantes (fumo, poluição, infeções). - Genética: Alterações em genes relacionados com citocinas (IL-4, IL-13). - Sistema Nervoso Autónomo: Estimulação parassimpática excessiva. Mecanismos de Obstrução: Broncoespasmo: Contração da musculatura lisa das vias aéreas. Inflamação: Edema e infiltração de eosinófilos. Aumento do muco: Obstrução mecânica. Tratamento Farmacológico: - Broncodilatadores: - Agonistas β2-adrenérgicos: Relaxam a musculatura brônquica, estimulação da atividade ciliar não têm efeito anti-inflamatório. - Curta duração (ex.: salbutamol): Usados para crises agudas. - Longa duração (ex.: salmeterol): Usados para controlo crónico. - Xantinas (ex.: teofilina): Melhoram a contratilidade diafragmática e reduzem mediadores inflamatórios, janela terapêutica estreita. Efeitos adversos: Taquicardia, insónias, risco de toxicidade. anti AAS - Agentes Antimuscarínicos (ex:ipratrópio) (Anticolinérgicos): Bloqueiam contração dos músculos lisos das vias aéreas e secreção de muco. Pouca absorção sistémica, com ação limitada aos recetores muscarínicos dos brônquios. Administração: Forma de aerossol. Efeitos adversos: Xerostomia (boca seca) e gosto amargo, relacionados com os efeitos locais. Principais fármacos: o Brometo de ipratrópio (Atrovent®): Uso em episódios agudos; início mais lento que agonistas beta-2 (não indicado para broncoespasmo agudo na asma). o Tiotrópio: Longa duração, indicado para DPOC. Antiinflamatórios: - Inibidores dos leucotrienos (ex.: montelucaste): Reduzem a resposta inflamatória tardia e broncoconstrição. Efeitos adversos: cefaleia, distúrbios GI, e elevação das enzimas hepáticas - Corticosteroides: Tratamento da asma crónica com componente inflamatória. Inibem citocinas inflamatórias, reduzem reatividade brônquica e frequência de exacerbações inibem a inflamação dos brônquios - Inalatórios (ex.: beclometasona): Reduzem a inflamação local com menos efeitos sistémicos. - Orais (ex.: prednisolona): Usados em crises graves. Efeitos adversos: Candidíase oral, supressão adrenal em altas doses. Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) A DPOC é caracterizada por obstrução crónica progressiva das vias aéreas, frequentemente associada a bronquite crónica e enfisema. Factores de risco: - Tabagismo; - Exposição ambiental e ocupacional; - Infeções respiratórias recorrentes. Manifestações Clínicas - Tosse crónica com expetoração. - Dispneia progressiva. - Obstrução irreversível das vias respiratórias. Classificação: - Baseada no volume expiratório forçado apartir de uma inspiração máxima em 1 segundo (VEF1 – volume expiratório forçado): - Baseada no volume expiratório forçado apartir de uma inspiração máxima após broncodilatador (CVF – capacidade vital forçada) Estádio leve a muito grave. Tratamento Farmacológico - Broncodilatadores; - Anti-inflamatórios; - Mucolíticos; - Antibióticos: Exacerbações por infeções; - Oxigenoterapia: Em hipoxemia grave. Bronquite Crónica fat parte de um ☐POC Caracterização: Tosse crónica com expetoração (>3 meses por ano, durante 2 anos consecutivos). Causas: Vírus (parainfluenza, adenovírus) e bactérias (mycoplasma pneumoniae). Aula 12 – Princípios da Terapia Antimicrobiana Antibióticos: Antibióticos são fármacos que inibem o crescimento ou destroem microrganismos patogénicos. Classificação dos Antibióticos - Bactericidas: Matam diretamente as bactérias. - Bacteriostáticos: Inibem a multiplicação, permitindo que o sistema imunitário elimine a infeção. Sensibilidade das Bactérias - A sensibilidade bacteriana é determinada cultivando uma estirpe com concentrações crescentes de antibiótico (meio líquido ou sólido). - CIM (Concentração Inibitória Mínima): Menor concentração de antibiótico que inibe adit. tem o crescimento bacteriano. fica bacteria estática de ser pouco - CBM (Concentração Bactericida Mínima): Relaciona-se com a eficácia do p/ haver efeito antibiótico, sendo mais eficaz quanto menor a diferença entre CIM e CBM. máximo Seleção de Antibióticos- A escolha do antibiótico baseia-se em: - Tipo de bactéria: Classificação por Gram (positivas((azul)) / negativas(vermelho)) e espetro de ação (pequeno/largo). Gram-positivas: Parede celular espessa com várias camadas de peptidoglicano. Gram-negativas: Parede mais fina, com camada externa de lipoproteínas e lipopolissacarídeos - Local da infeção: Determina a capacidade do antibiótico em atingir o tecido infetado; - Estado clínico do doente e segurança do medicamento. Espetro de Ação: - Pequeno Espetro: Atua em poucos microrganismos (ex.: isoniazida para micobactérias). - Largo Espetro: Abrange vários tipos de bactérias (ex.: tetraciclina), mas pode causar superinfeções. Resistência Bacteriana: A resistência bacteriana ocorre quando as bactérias não são afetadas pela concentração máxima permitida de antibiótico. Causas: - Uso inadequado: Uso excessivo ou desnecessário de antibióticos. - Esquemas mal cumpridos: Dosagem inadequada ou interrupção precoce. Mecanismos de Resistência: - Fármaco não atinge o alvo: Alterações nos canais de entrada (porinas) ou bombas de efluxo que removem o antibiótico. - Fármaco inativado: Produção de enzimas, como β-lactamases, que degradam o antibiótico. - Alteração do alvo: Modificação ou substituição do alvo bacteriano. Tipos de Resistência: - Natural: Intrínseca ao microrganismo. - Adquirida: Selecionada pela pressão antibiótica, comum em infeções hospitalares.por mau uso dos fármacos Problemas Associados à Terapia Antibacteriana: - Toxicidade- (ex: hipersensibilidade) reações alérgicas às penicilinas - Toxicidade Direta: Aminoglicosídeos podem causar ototoxicidade. - Superinfeções: Alteração da flora normal, permitindo o crescimento de microrganismos oportunistas (ex.: fungos ou outras bactérias). Classificação dos mecanismos de ação: - Síntese da parede bacteriana (Penicilinas) sem parede bacteriana - Replicação do DNA (Quinolonas) sem DNA - Polimerase do RNA (Rifampicina) afeta a netab. de proteínas/n, há RNA - Síntese proteica 50S – Clindamicina - Síntese proteica 30S – Tetraciclinas e Aminoglicosidos. comprometem a Metabolitação de proteínas "há proteínas

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