FARMACODERMIA 2024.pptx
Document Details

Uploaded by WieldyElm
Cesmac
2024
Tags
Full Transcript
REAÇÕES ADVERSAS ÀS DROGAS DERMATOLOGIA Prof. Paula Mota Medeiros de Holanda 2024 EFEITOS FARMACOLÓGICOS Aparecimento de INTOLERÂNCIA manifestação de toxicidade com doses normalmente não...
REAÇÕES ADVERSAS ÀS DROGAS DERMATOLOGIA Prof. Paula Mota Medeiros de Holanda 2024 EFEITOS FARMACOLÓGICOS Aparecimento de INTOLERÂNCIA manifestação de toxicidade com doses normalmente não tóxicas. Quadro diverso da ação IDIOSSINCRASIA farmacológica da substância, por um defeito enzimático- genético. EFEITOS FARMACOLÓGICOS Sinais e sintomas decorrentes EFEITOS da ação farmacológica normal COLATERAIS da droga, não relacionados à finalidade de sua administração. Ultrapassa o limite de SUPERDOSAGE tolerância da droga. M EFEITOS FARMACOLÓGICOS REAÇÃO DE JARISCH- INDUÇÃO DE HERXHEIMER NEOPLASIAS EXACERBAÇÃO DE DOENÇAS TERATOGENIA LIBERAÇÃO DE EFEITOS NA HISTAMINA PIGMENTAÇÃO DA PELE CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo masculino, 51 anos, foi encaminhada para o Serviço Ambulatorial de Dor, apresentando quadro álgico contínuo, há 5 dias, na região torácica e dorsal esquerdas. Ao exame dermatológico, apresentava vesículas sob base eritematosa e lesões crostosas nas áreas citadas, associada a parestesias e queimação local. CASO CLÍNICO 1 CASO CLÍNICO 1 Após diagnóstico, foi iniciado tratamento com aciclovir e iniciada a administração de carbamazepina 300 mg/dia. Após 10 dias, retornou ao ambulatório, referindo mal- estar, febre, dores musculares e artralgias com rash cutâneo leve e inespecífico. Uma semana depois, foi internado apresentando rash eritematoso macular generalizado, áreas de necrose e erosões com destacamento simétrico da epiderme na face, pescoço, tórax, dorso, membros superiores e inferiores acometendo mais de 50% da superfície corpórea; além de envolvimento da mucosa bucal, conjuntival e genital. CASO CLÍNICO 1 O paciente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva, com piora funcional progressiva dos sistemas respiratório e cardiovascular e, após duas semanas, evoluiu com choque séptico e falência múltipla de órgãos indo a óbito. SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON X NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA Doenças mucocutâneas raras, agudas, ameaçadoras à vida, relacionadas a drogas Extensa morte celular de queratinócitos Separação/clivagem da pele na junção dermoepidérmica SSJ X NET Mais de 30% da superfície corpórea acometida Desprendimento SSJ de extensos NE retalhos da epiderme T DESPRENDIMENTO EPIDÉRMICO < 10% SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON DESPRENDIMENTO EPIDÉRMICO > 30% NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA PATOGÊNESE Acredita-se que estão associadas a uma capacidade prejudicada de detoxicar metabólicos intermediários de medicamentos. Suscetibilidade genética. Intervalo típico entre o início da terapia e o aparecimento das lesões é de uma a três semanas. QUADRO CLÍNICO Sintomas iniciais: febre, olhos ardentes, dor ao engolir podem preceder as manifestações cutâneas. Máculas eritêmato-acinzentadas ou purpúricas, com posterior desprendimento epidérmico. A epiderme necrosada se destaca da derme e um fluido preenche esse espaço originando as bolhas. Sinal de Nikolsky positivo: pressão mecânica tangencial leva ao desprendimento epidérmico. Erosões em mucosas >90% dos casos. QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO Vários medicamentos: anticonvulsivantes (hidantoína, barbitúricos, carbamazepina), sulfas, alopurinol e antiinflamatórios Área mais acometida: boca, com lesões nos lábios, língua e mucosa oral Áreas erosivas recobertas por crostas Lesões oculares graves: conjuntivite, uveíte anterior, sinéquias e cegueira. QUADRO CLÍNICO A NET tem evolução mais grave e pior prognóstico Perda transepidérmica excessiva de líquido levando à desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos Risco de septicemia e morte O prognóstico está relacionado à velocidade de identificação do medicamento culpado e sua suspensão. Mortalidade: 5% SSJ 25-35% NET REGRA DOS NOVE DE WALLACE HISTOPATOLOGIA Clivagem subepidérmica Necrose de queratinócitos Infiltrado inflamatório dérmico TRATAMENTO Diagnóstico precoce Interrupção imediata do fármaco Internação em unidade de terapia intensiva Reposição hídrica e suporte nutricional Regulação térmica, pressão controlada e manta térmica Cateteres venosos em pele não lesada, se possível Evitar manipulação TRATAMENTO Cobrir áreas destacadas com gaze vaselinada até reepitelização ou usar curativos biológicos Limpar crostas com soro fisiológico Pomada antibiótica deve ser aplicada ao redor dos orifícios Acompanhamento multidisciplinar Avaliação do oftalmologista periódica Colírio de antibiótico para reduzir colonização por bactérias na córnea o que pode levar a cicatrizes TRATAMENTO Infecção é a complicação mais grave e frequente. Colher culturas da lesões de pele, mucosa, escarro, urina e sangue. Iniciar antibiótico (empírico?) Evitar drogas utilizadas nos últimos 10 dias Uso de corticoides: CONTROVERSO Não encurta o tempo da doença Aumento potencial de complicações Usar apenas na fase precoce, se em progressão. TRATAMENTO Plasmaférese: separa o plasma da porção celular do sangue, a qual será reinfundida com novo plasma ou albumina. Imunoglobulina humana ‘Anticorpos bloqueadores’ Dose: 1mg/kg/dia EV por 3 dias consecutivos Bons resultados em séries de casos Experimentos subsequentes são necessários para estabelecer firmemente sua eficácia. CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo masculino, 51 anos, foi encaminhada para o Serviço Ambulatorial de Dor, apresentando quadro álgico contínuo, há 5 dias, na região torácica e dorsal esquerdas. Ao exame dermatológico, apresentava vesículas sob base eritematosa e lesões crostosas nas áreas citadas, associada a parestesias e queimação local. CASO CLÍNICO 1 CASO CLÍNICO 1 Após diagnóstico, foi iniciado tratamento com aciclovir e iniciada a administração de carbamazepina 300 mg/dia. Após 10 dias, retornou ao ambulatório, referindo mal- estar, febre, dores musculares e artralgias com rash cutâneo leve e inespecífico. Uma semana depois, foi internado apresentando rash eritematoso macular generalizado, áreas de necrose e erosões com destacamento simétrico da epiderme na face, pescoço, tórax, dorso, membros superiores e inferiores acometendo mais de 50% da superfície corpórea; além de envolvimento da mucosa bucal, conjuntival e genital. CASO CLÍNICO 1 O paciente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva, com piora funcional progressiva dos sistemas respiratório e cardiovascular e, após duas semanas, evoluiu com choque séptico e falência múltipla de órgãos indo a óbito. O que levou à morte do paciente? CASO CLÍNICO 1 Qual a diferença entre a Síndrome de Stevens- Johnson e a Necrólise Epidérmica Tóxica? O que é sinal de Nikolski? É patognomômico? Qual o tratamento a ser instituído? Qual o papel do corticóide oral nesta farmacodermia? ERITEMA MULTIFORME Lesões típicas em alvo Pode haver prurido e ardência Preferência por extremidades (mãos e antebraços) Pode haver acometimento de mucosas Associado a: Infecções: 90% dos casos (Herpes simples, Mycoplasma pneumoniae) Medicamentos: 10% (anti-epilépticos, antibióticos) ERITEMA MULTIFORME Lesões com três zonas ERITEMA MULTIFORME ERITEMA MULTIFORME O episódio dura duas semanas e cicatriza sem sequelas Recorrências nos casos associados a HSV Minor x Major Major: acometimento de mucosas, formação de bolhas e sintomas gerais associados. ERITEMA MULTIFORME TRATAMENTO Tópicos: antissépticos, corticóides Antihistamínicos orais Formas graves: corticosteroides orais ou em pulso Associado ao HSV: profilaxia por pelo menos 6 meses com aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir. Imunossupressores (casos cortico-dependentes) ERITEMA PIGMENTAR FIXO SINONÍMIA: ERUPÇÃO FIXA Mancha vermelho-azulada/violácea, redonda ou oval, limites nítidos. Formas graves: bolhosas. Assintomático ou com prurido e queimação. O eritema esmaece gradualmente, surgindo coloração acastanhada que desaparece em semanas. Reexposição à droga responsável: recidiva no mesmo local, ainda que novas lesões possam surgir em outros locais. ERUPÇÃO FIXA ERUPÇÃO FIXA Pode se tornar permanente. Locais mais frequentes: palmas, plantas e mucosas. Principais drogas: dipirona, salicilatos, fenilbutazona, anovulatórios Produzido exclusivamente por drogas. Não é necessário tratamento. Exclusão do fármaco. EXANTEMA AGUDO Aparecimento súbito Prurido, com ou sem sintomas gerais Tempo variável de exposição Recidiva na reexposição Sulfas, amoxicilina, dipirona, diclofenaco, diuréticos, etc. Excluir exantemas infecciosos. URTICÁRIA Urticária aguda, eventualmente com hipotensão e edema de glote e das vias aéreas respiratórias choque anafilático. Mecanismos imunológicos envolvendo reações do tipo I (IgE), ativação do complemento ou através da liberação direta de histamina pelos mastócitos. Penicilinas, soros, estreptomicina, medicamentos antineoplásicos. URTICÁRIA DÚVIDAS!!!