Doenças Infecciosas Comuns - Past Paper PDF 2020/2021

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Faculdade de Medicina de Lisboa

2021

Tronco Comum II a): Infecciologia

Maísa Matos

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infectious diseases respiratory infections urinary tract infections infectious diseases study

Summary

This document is a past paper on common infectious diseases, covering respiratory infections, urinary tract infections, and skin infections, from the 2020/2021 academic year. It includes the clinical manifestations and important aspects of diagnoses, with a focus on student learning. This document is intended for undergraduate medicine students.

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Tronco Comum II a): Infecciologia 2020/2021 Maísa Matos DOENÇAS INFECCIOSAS COMUNS INFEÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU) INFE...

Tronco Comum II a): Infecciologia 2020/2021 Maísa Matos DOENÇAS INFECCIOSAS COMUNS INFEÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU) INFEÇÕES DA PELE E TECIDOS MOLES SUPERIOR Cistite aguda; Impetigo; Faringite/Amigdalite Pielonefrite; Foliculite; Epiglotite; Prostatite; Furunculose e carbúnculo; Otite Externa; Bacteriúria assintomática Celulite Otite média; Diagnóstico com base no exame físico e achados Mastoidite; clínicos Sinusite (ver “Infeções Respiratórias”) 2 INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO As infeções mais comuns na prática clínica de ambulatório Diagnóstico: Patogénese: as infeções do trato urinário Sinais e Sintomas: Exame sumário de urina: resultam de um desequilíbrio entre os Cistite: o Leucocitúria > 10/mm3; fatores de virulência bacterianos (adesinas, Diagnóstico Diferencial o Disúria; com uretrite e vaginite! o Esterase leucocitária; fímbrias ou pili, urease, endotoxina, etc.) e o Polaquiúria; o Cilindros leucocitários (sugere a predisposição/fatores de risco do o Tenesmo urinário; pielonefrite); hospedeiro (comprimento da uretra, o Dor supra-púbica; o Proteinúria obstrução, cateterização, etc.) Pielonefrite: Urocultura (colheita obrigatória em todos os Etiologia: o Sintomas de cistite; casos, exceto cistite não complicada na mulher; o Febre com calafrio; só deve ser repetida na recorrência): Escherichia coli (+ frequente); o Náuseas/vómitos; Coloração de Gram; K. pneumoniae; o Dor lombar; Exame cultural; P. mirabilis; o Hipotensão; Hemoculturas; S. saprophyticus; o Confusão. Ecografia: crianças e homens, suspeita Alteração anatómica, infeções Prostatite: ou história de alteração recorrentes ou instrumentação o Disúria; estrutural/obstrução, ausência de urológica: Enterobacter spp., o Poliaquiúria; resposta à terapêutica, recorrência – Serratia spp., Pseudomonas o Febre com calafrio; exclusão de complicação; aeruginosa, Enterococcus spp. o Dor supra-púbica/perineal; TC com contraste: exclusão de abcesso Noscomiais: Candida spp., S. aureus, o Toque retal doloroso. S. epidermidis, Corynebacterium (D2) 3 INFEÇÕES DO TRATO URINÁRIO Tratamento: Prevenção: BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA Cistite não complicada na mulher: Cotrimoxazol pós-coital nas Identificável com ou sem piúria e esquema curto com cotrimoxazol, mulheres com infeções recorrentes; sem sintomatologia nitrofurantoína, fosfomicina ou Cotrimoxazol ou nitrofuratoína Não está recomendado o pivmecilinam; diários nos doentes com alterações tratamento, apenas em três grupos Cistite complicada (homens, idosos e anatómicas (tentar resolver as muito específicos: diabéticos, infeção recorrente) e causas, nomeadamente, a remoção o Grávidas; pielonefrite não complicada: de cateteres urinários) o Doentes que vão ser esquema de 7 a 14 dias com submetidos a intervenção quinolona, cotrimoxazol, amoxicilina urológica; + ácido clavulânico ou cefuroxime; o Transplantados renais. Prostatite: esquema de 4 a 6 ATENÇÃO: GRAVIDEZ semanas (aguda) ou 6 a 12 semanas (crónica) com quinolona ou Bacteriúria assintomática requer tratamento e vigilância pós-tratamento par cotrimoxazol; reduzir o risco de pielonefrite, hipertensão Meio hospitalar: cefalosporina de 3ª e parto pré-termo; geração, aminoglicosídeo ou As opções de tratamento para ITU são Cistite (fatores de risco): quinolona iv; reduzidas, dada a baixa disponibilidade de Idade avançada; Choque sético: associação de β- quinolonas, tetraciclinas e sulfonamidas Diabetes mellitus Gravidez; lactâmico com aminoglicosídeo como opções de tratamento Sintomas arrastados. 4 INFEÇÕES DA PELE E TECIDOS MOLES Classificadas de acordo com a afeção das diferentes Agentes etiológicos mais frequentes são os microrganismos comensais da flora cutânea, camadas e estruturas da pele; potencialmente mais virulentos (Streptococcus β-hemolíticos e Staphylococcus aureus) IMPÉTIGO FOLICULITE FURUNCULOSE E CARBÚNCULO Infeção da camada mais superficial – Piodermite localizada aos folículos Furúnculo: Nódulo circundante a folículo piloso (esq) epiderme; pilosos: lesões múltiplas, pequenas, Mais frequente nas crianças, em climas ustulosas e com base eritematosa; Carbúnculo: abcesso subcutâneo com drenagem quentes e húmidos e más condições de para folículo piloso (dta) Epidemiologia e Etiologia: higiene; Colonização nasal por S. aureus ou Clínica: lesões vesicopustulosas dolorosas de contaminação por P. aeruginosa em base eritematosa em áreas expostas da face e piscinas, banhos de hidromassagem e extremidades com evolução posterior para Lesões mais frequentes em zonas de fricção jacuzzis; e com maior sudorese; sintomas são raros lesões ulceradas e com crosta, por vezes Infeção por Candida spp. em doentes (sinal de infeção mais profunda ou linfadenopatia locorregional; com predisposição (antibioterapia prévia complicação) Etiologia: e imunossupressão/corticoterapia) Etiologia: S.aureus Streptococcus do grupo A; Tratamento: Fatores de risco: obesidade, corticoterapia, S. aureus; defeitos da imunidade inata (função neutrófilos) Antibiótico ou Tratamento: antifúngico tópico; Tratamento: drenagem cirúrgica + antibioterapia Descolonização de S. sistémica + descolonização Tópico: mupirocina; aureus com mupirocina MSSA: flucloxacilina, cefazolina, Sistémico (lesões múltiplas): amoxicilina clindamicina, cotrimoxazol; intranasal e banhos + ác. clavulânico, cefazolina ou MRSA: vancomicina, ceftarolina, com clorohexidina 5 flucloxacilina linezolida, daptomicina INFEÇÕES DA PELE E TECIDOS MOLES CELULITE Clínica: Tratamento: Afeção da pele e tecido celular subcutâneo, Edema; Infeções não graves: penicilina mais frequente nas extremidades; Eritema; Infeção estafilocócica: flucloxacilina ou Muito frequente e muito associada a Dor local; cefazolina recorrências Aumento da temperatura; Alergia a β-lactâmicos ou fatores de risco Linfangite e linfadenopatia para MRSA: vancomicina, ceftarolina, Etiologia: linezolide ou daptomicina; Sintomas Sistémicos: febre com calafrio, mialgias Streptococcus β-hemolíticos; Imobilização, elevação, cuidados de (sinal de gravidade) S.aureus penso Diagnóstico Diferencial com TVP e dermatite rádica Fatores de Risco: Compromisso da circulação venosa/linfática – tromboflebite, cirurgia prévia, trauma, insuficiência cardíaca; Diabetes mellitus – imunossupressão, neuropatia periférica e vasculopatia; Alcoolismo – imunossupressão, trauma, más condições de higiene; Trauma penetrante; Outra patologia cutânea – infeção fúngica, eczema, psoríase 6

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