Doenças do Trabalho PDF - 20º Curso de Licenciatura em Enfermagem 2022-2023

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Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches

2023

Maria João Sousa Fernandes

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occupational diseases nursing health workplace illnesses

Summary

This document is a set of lecture notes for a 20th-level nursing course on occupational diseases. The notes cover topics such as the definition and historical evolution of occupational diseases, in Portugal, the characteristics of workplace diseases, a study of the causes and effects of workplace illnesses, and preventive measures for workplace illnesses.

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20º Curso de Licenciatura em Enfermagem Ano letivo 2022-2023 2º ano, 1º semestre Enfermagem da família e da comunidade Doenças do trabalho Maria João Sousa Fernandes, PhD in Nursing Enfermagem do trabalho...

20º Curso de Licenciatura em Enfermagem Ano letivo 2022-2023 2º ano, 1º semestre Enfermagem da família e da comunidade Doenças do trabalho Maria João Sousa Fernandes, PhD in Nursing Enfermagem do trabalho Finalidade Proporcionar aos estudantes ferramentas facilitadoras do desenvolvimento de competências em cuidados de saúde Enfermagem do trabalho primários no âmbito da Enfermagem do W Enfermagem do trabalho Objetivos pedagógicos  Conhecer doenças relacionadas com o trabalho  Descrever risco, fatores de risco e doença profissional  Facilitar a reflexão sobre legislação em vigor  Discutir o marketing afeto à saúde do trabalhador Refletir sobre o desenvolvimento de competências Enfermagem do trabalho  do enfermeiro e da equipa multidisciplinar na saúde do trabalho Enfermagem do trabalho Objetivos da enfermagem do w:  Prevenir os riscos profissionais;  Diminuir a incidência e prevalência da doença relacionada com o w;  Proteger e promover a saúde da população trabalhadora; Enfermagem do trabalho  Humanizar as condições de trabalho;  Promover a satisfação profissional;  Contribuir para melhores níveis de desempenho. Doença Profissional Definição  toda a lesão, perturbação funcional ou “doença” produzida em consequência do trabalho, com evolução lenta e progressiva e que ocasione ao trabalhador, a curto ou Enfermagem do trabalho a longo prazo, uma incapacidade para o exercício da sua profissão ou a morte Doença profissional Definição baseia-se em dois elementos chave:  A relação entre a exposição a fatores de risco, num determinado ambiente de trabalho ou atividade laboral, e a eclosão de uma dada doença; Enfermagem do trabalho  Uma incidência superior à morbilidade média, entre a população trabalhadora, por essa entidade nosológica, relativamente à população em geral Doença profissional Carbúnculo Evolução histórica doença infecciosa provocada pelo Bacillus 1919 Anthracis primeira doença profissional definida pela (O.I.T.) 1ª Lista de Doenças Profissionais 1925 Convenção nº18 referente à indemnização por doenças profissionais e Enfermagem do trabalho incluía apenas três doenças Lista de Doenças Profissionais proposta por este Organismo Internacional na 1964 Convenção nº121 desempenhou um papel fundamental na harmonização do desenvolvimento de políticas relativas às doenças do trabalho e à promoção da sua 1877 por Robert Koch prevenção Doença profissional Evolução histórica A recomendação da Comissão Europeia no90/326/CEE, de 22 de maio 1964 relativa à adoção da Enfermagem do trabalho Lista Europeia de Doenças Profissionais, constituiu um novo impulso na atualização da Lista Nacional de Doenças Profissionais. Doença profissional Evolução histórica Em Portugal, as doenças profissionais constam de uma lista organizada, publicada em Diário da República. A primeira lista é publicada na Enfermagem do trabalho Lei nº1942 de 27 de Julho de 1936, a qual anexa os quadros de doenças profissionais de acordo com sete grupos: Doença profissional Evolução histórica Em Portugal, 1. Intoxicação por chumbo; 2. Intoxicação por mercúrio; 3. Intoxicação por ação de corantes e dissolventes nocivos; Enfermagem do trabalho 4. Intoxicação pela ação de poeiras; 5. Intoxicação pela ação de raios X; 6. Infeção carbunculosa; 7. Dermatites profissionais. Enfermagem do trabalho Doença profissional Doença profissional  Doenças provocadas por agentes químicos (incluindo tóxicos inorgânicos e tóxicos orgânicos);  Doenças do aparelho respiratório (incluindo pneumoconioses por poeiras minerais, granulomatoses pulmonares extrínsecas provocadas por poeiras ou aerossóis com ação Enfermagem do trabalho imunoalérgica, broncopneumopatias provocadas por poeiras ou aerossóis com ação imunoalérgica ou irritante); Doença profissional  Doenças cutâneas(causadas por produtos industriais, por medicamentos, por produtos químicos e biológicos e por fungos);  Doenças provocadas por agentes físicos (causadas por radiação, ruído, por pressão superior à atmosférica, por vibração e por agentes mecânicos);  Doenças infecciosas e parasitárias (causadas por bactérias e afins, por vírus, por parasitas, por fungos e por agentes biológicos causadores de doenças Enfermagem do trabalho tropicais);  Tumores;  Manifestações alérgicas das mucosas (conjuntivites, rinites e rinofaringites e asma brônquica). Doença profissional Acidente de w  Nos acidentes de trabalho, de génese multifatorial e que produzem lesão ou morte, existe habitualmente uma relação Enfermagem do trabalho causal clara e direta entre o incidente e o resultado traumático Doença profissional Nas doenças profissionais a relação é de difícil aplicação, pela possível multiplicidade de fatores causais em jogo mas sobretudo pelo frequente longo período de latência que decorre entre a exposição ao fator de risco no local de trabalho e o aparecimento dos sintomas Enfermagem do trabalho iniciais de doença. e.g.: o cancro profissional (é difícil indiciar uma causa específica e existe um longo período assintomático). Doença profissional Centro Nacional de Proteção Contra os Riscos Profissionais (CNPRP) Competências: identificação e reparação decorrente das Enfermagem do trabalho situações de morbilidade por doença profissional Circuito de participação de doença profissional Enfermagem do trabalho Emissão da Comunicação de Conclusão do Doença Profissional processo Informação ao empregador e às entidades oficiais; Eventual reparação do dano Doença ocupacional Participação da doença duas perspetivas  Ao trabalhador permitirá auferir uma indeminização correspondente à perda da capacidade de ganho; Enfermagem do trabalho  À empresa poderá indiciar um sintoma de disfuncionamento, propício ao aparecimento de novas situações de patologia laboral. Doença ocupacional Participação da doença na perspetiva dos Serviços de Saúde Podem intervir com o objetivo de diagnosticar condições de trabalho inadequadas, facilitadoras de doenças ligadas Enfermagem do trabalho ao trabalho, propondo e acompanhando as necessárias medidas corretivas. Doença ocupacional Em Portugal, ainda se verificam situações laborais que espelham condições de trabalho que comportam riscos elevados para a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Enfermagem do trabalho Principais grupos patológicos de doenças profissionais comunicadas  Lesões músculo-esqueléticas  Perturbações auditivas  Perturbações respiratórias  Conjuntivite crónica  Doenças cutâneas Enfermagem do trabalho  Hepatite C  Malária  Trombocitopenia 2003 Doenças ocupacionais mais comuns perturbações da audição/surdez profissional lesões músculo-esqueléticas Enfermagem do trabalho Perturbações da audição/surdez profissional Aparelho auditivo o ruído atua sob a forma de dois mecanismos:  exposição aguda ao ruído a qual origina simultaneamente - Trauma auditivo - Mudança Temporária do Limiar de Audição (TTS, Enfermagem do trabalho Temporary Threshold Shift) ou fadiga auditiva.  exposição crónica, a qual poderá desencadear - Perda auditiva induzida por exposição ao ruído - Mudança Permanente do Limiar de Audição (PTS, Permanent Threshold Shift). Doenças ocupacionais mais comuns Trauma auditivo é ocasionado pelo som “explosivo“ instantâneo, com pico de pressão sonora que excede 140dB. Estes níveis sonoros atuam sobre as estruturas do sistema auditivo interno, ultrapassando os limites de elasticidade dos tecidos, produzindo a rutura do órgão de Corti e destruindo a membrana basilar, a qual é substituída por tecido epitelial escamoso. Enfermagem do trabalho As lesões são essencialmente de origem mecânica, por vezes acompanhadas de alterações anatomopatológicas como a rutura da membrana do tímpano e hemorragia do ouvido médio e interno. Doenças ocupacionais mais comuns Fadiga auditiva ou TTS, Consiste na diminuição gradual da sensibilidade auditiva por exposição ao ruído contínuo intenso. Corresponde habitualmente a uma situação temporária em que o limiar auditivo regressa ao normal após um período de descanso (ou seja sem exposição ao ruído). Enfermagem do trabalho Nesta situação, existem pequenas alterações, normalmente reversíveis, ao nível do ouvido interno, particularmente nas células ciliares Doenças ocupacionais mais comuns Perda auditiva induzida pela exposição ao ruído e a Mudança Permanente do Limiar de Audição (PTS), Resultam da lesão das células ciliares e lesões degenerativas das fibras nervosas do órgão de Corti. Ocorrem após a exposição repetida e longa (geralmente após vários anos) ao ruído. Nesta situação existem alterações lentas e progressivas da estrutura do aparelho auditivo, usualmente bilaterais e Enfermagem do trabalho irreversíveis. Esta situação é usualmente designada como “surdez profissional”. Os trabalhadores afetados apresentam dificuldades de perceção de sons agudos, comprometendo as frequências de conversação e dificultando o entendimento da fala Doenças ocupacionais mais comuns Enfermagem do trabalho Algumas Medidas Preventivas Individuais e Coletivas relacionadas com a exposição ao ruído ocupacional Enfermagem do trabalho Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Conceitos, etiologia e caracterização As LME afetam músculos, tendões, nervos e articulações dos membros superiores, dos membros inferiores e coluna vertebral e que têm relação com as exigências da Enfermagem do trabalho atividade de trabalho, do ambiente físico e da organização do trabalho. Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Frequência A incidência e prevalência de aparecimento de LME no meio laboral, tem sido crescente, constituí em muitos países, a primeira causa de doença profissional, Já em1996 se tornou uma evidência Enfermagem do trabalho Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e do Trabalho Já então “as dores musculares” nos membros superiores e inferiores afetavam 17% dos trabalhadores Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho A etiologia deste conjunto de doenças é multifatorial e para o seu aparecimento concorrem, entre outros, os seguintes fatores de risco:  Fatores diretamente relacionados com a atividade laboral  Fatores organizacionais Enfermagem do trabalho  Fatores psicossociais  Fatores individuais  Outros fatores Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Fatores diretamente relacionados com a atividade:  Posturas estáticas;  Repetitividade (gestos e/ou movimentos);  Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores (choques e/ ou Enfermagem do trabalho impactos);  Levantamento e transporte de cargas;  Aplicação de força; Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho  Fatores Organizacionais  Trabalho automatizado sem controlo do trabalhador sobre as atividades;  Ausência de pausas durante o trabalho;  Ritmo de trabalho acelerado;  Trabalho hierarquizado com grande Enfermagem do trabalho pressão das chefias;  Prolongamento do horário de trabalho;  Número insuficiente de trabalhadores;  Invariabilidade da tarefa (monotonia). Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Fatores Psicossociais  Ansiedade e tensão excessivas;  Desmotivação em relação ao trabalho a executar;  Más/difíceis relações interpessoais;  Expetativas frustradas; Enfermagem do trabalho  Stress de “subutilização”;  Precaridade do trabalho. Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Fatores individuais  Idade;  Sexo;  Estado de Saúde;  Estilos de vida não saudáveis (e.g.: obesidade; tabagismo; consumo de Enfermagem do trabalho bebidas alcoólicas em excesso);  Ausência de exercício físico;  (...) Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho Outros fatores ◦ Máquinas e equipamentos inadequados; ◦ Temperaturas extremas; ◦ Contacto com produtos químicos; ◦ Vibrações. Enfermagem do trabalho Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho: Formas clínicas mais habituais Formas Caracterização clínicas Tenossinovite Inflamação dos tecidos sinoviais (tecidos que revestem os tendões). São frequentes a Tenossinovite De Quervain (do polegar) e a dos extensore dos dedos. Epicondilite e Inflamação do cotovelo e das estruturas (músculos, tendões e tecidos Epitrocleite adjacentes). Bursite Inflamação das bolsas que se situam entre os tendões e as articulações do ombro, cotovelo e joelhos. Miosite Inflamação dos músculos. Síndrome do Resulta da compressão do nervo mediano, ao nível do Túnel Cárpico Túnel (punho). Cárpico Enfermagem do trabalho Síndrome do Resulta da compressão que pode existir ao nível dos vasos e/ou nervos “desfiladeiro” na transição entre o pescoço e o ombro. torácico Quistos Inflamações manifestadas por massas habitualmente indolores ao nível d sinoviais punho. Cervicalgias Resultam da compressão nervosa ao nível da coluna cervical e dorsal, e Dorsalgias com manifestações dolorosas. Manifestações dolorosas de várias intensidades ao nível da coluna lomba Tendinite de De Quervain Epitrocleíte ou epicondilite medial ou de cotovelo de golfista (o golfe é dos vários desportos que geralmente geram inflamação da epitróclea) Perturbação semelhante ao cotovelo de tenista mas, ao contrário desta tendinite que afeta a região externa do cotovelo, aqui é afetada sua região interna. Enfermagem do trabalho Enfermagem do trabalho Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho: sinais e sintomas  dor espontânea ou resultante da movimentação ativa e/ou passiva;  alterações de sensibilidade como parestesias (formigueiros), sensação de dormência, “membros pesados”, fraqueza e cansaço.  Dificuldade de utilização dos membros superiores, em especial as mãos; Enfermagem do trabalho  Músculos com sinais de hipotrofia e atrofia;  Sensação de frio e calor;  Sintomas psicológicos (e.g.: ansiedade, irritação, revolta resultante do estado de incapacidade, sentimento de culpa,...). Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho: Progressão de sinais e sintomas Grau Descrição Repercussões no w Evolução - Sensação de peso Sem interferência - Melhoria com repouso I - Dor espontânea local significativa na - Boas perspetivas de - Desconforto produtividade recuperação - Dor mais intensa com Alterações na - A dor atenua-se parestesias e sensação de calor produtividade de durante o repouso II forma intermitente - Razoáveis perspetivas de recuperação - Dor intensa Normalmente exige - A dor não melhora - Perda da força muscular afastamento do com repouso III - Alteração da sensibilidade trabalho - Perspetivas reservadas Enfermagem do trabalho - Dor forte à palpação de recuperação - Dor por vezes insuportável Incapacidade para - Sequelas irreversíveis e que se acentua com os qualquer trabalho sem expetativas de movimentos recuperação - Perda de força e controlo IV muscular - Problemas de depressão, angústia e outras alterações psicológicas graves - Hipoatrofias e atrofias Lesões Músculo-Esqueléticas ligadas ao trabalho: medidas preventivas Medidas Objetivos Alternância de tarefas e rotação dos Diminuir a exposição dos wrs aos fatores de postos de w risco associados a LMELT Diminuir a monotonia associada ao w repetitivo Introdução de pausas Recuperar as estruturas anatómicas e da Redução do período da jornada de sobre-utilização muscular w/horas extraordinárias Diminuir a exposição dos wrs aos fatores de risco associados às lesões músculo- esqueléticas Informação e formação dos Perceber os fatores desencadeantes das Enfermagem do trabalho trabalhadores sobre as LMELT LMELT Sensibilizar/consciencializar para as medidas de prevenção Autocontrolo do ritmo de w pelo Diminuir a carga biomecânica trabalhador Vigilância da saúde dos Detetar precocemente os casos através de trabalhadores pesquisa ativa de sinais e sintomas das LMELT O QUE É UMA DOENÇA PROFISSIONAL (DP)? Toda a doença produzida em consequência do trabalho, com evolução lenta e progressiva, que ocasione ao trabalhador uma incapacidade para o exercício da sua profissão COMO PARTICIPAR UMA DP? Preenchendo o impresso de “Participação Obrigatória”, modelo anexo ao Despacho Conjunto no578/2001 de 31 de Maio, o qual deve ser enviado para o Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais (CNPRP). QUEM PARTICIPA? A participação compete a qualquer clínico que suspeite de uma relação entre a situação de trabalho e determinada patologia. A confirmação ou infirmação é da responsabilidade do CNPRP, que deverá desencadear todos os processos e meios necessários ao esclarecimento da situação. A participação reveste carácter Enfermagem do trabalho de obrigatoriedade PORQUÊ PARTICIPAR? 1. Permite a abertura de um processo ao trabalhador que, no caso de confirmação da doença, lhe permitirá auferir de uma indeminização; 2. A participação poderá indiciar um sintoma de disfuncionamento na empresa, propicio ao aparecimento de novas situações de patologia laboral, as quais poderão ser prevenidas. Referências bibliográficas Castro, M.; Moreira, S. & Santos, C. (2004). Doenças Profissionais na Região de Lisboa e Vale do Tejo no ano de 2003. CENTRO REGIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DE LISBOA E VALE DO TEJO Langer, M., et al. (2012). Bacillus anthracis lethal toxin reduces human alveolar epithelial barrier function. Infection and immunity, 80(12), 4374-4387. Mechaly, A., et al. (2012). A Novel Mechanism for Antibody-based Anthrax Toxin Neutralization inhibition of prepore-to-pore conversion. Journal of Biological Chemistry, 287(39), 32665-32673. Spencer, R. C. (2003). Bacillus anthracis. Journal of clinical pathology, 56(3), 182-187 Tonry, J. et al. (2013). In vivo murine and in vitro M-like cell models of gastrointestinal Enfermagem do trabalho anthrax. Microbes and infection, 15(1), 37-44.

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