CONCEITOS - RESUMO - SANTA CASA PDF
Document Details
Uploaded by SelfRespectSteelDrums9062
Santa Casa
Tags
Summary
This document contains a summary of medical concepts, including meningitis, the syndrome of shaken baby syndrome, and pneumonia. It presents definitions, symptoms, and treatment approaches for these conditions, and covers other key issues.
Full Transcript
Meningite Conceito A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou outros agentes infecciosos1. Sinais e Sintomas Os sintomas variam conforme a idade do paciente e o agente causador....
Meningite Conceito A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou outros agentes infecciosos1. Sinais e Sintomas Os sintomas variam conforme a idade do paciente e o agente causador. Recém-nascidos: irritabilidade, vômitos, letargia, abaulamento da fontanela (moleira), baixa resposta a estímulos. Lactentes: febre, hipotermia, dificuldade para se alimentar, convulsões, irritabilidade. Crianças mais velhas: febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito, fotofobia (sensibilidade à luz), rigidez de nuca, confusão mental, letargia. Tratamento O tratamento depende da causa: Bacteriana: necessária a administração imediata de antibióticos intravenosos. O uso de corticosteroides pode ser indicado para diminuir a inflamação3. Viral: tratamento sintomático, com reposição de fluidos, controle da febre e repouso. Fúngica: administração de antifúngicos. Tuberculosa: combinação de antibióticos específicos para tuberculose. Recomendações Vacinação: seguindo o calendário vacinal, que inclui vacinas para Haemophilus influenzae tipo b (Hib), pneumococo e meningococo. Medidas de prevenção: evitar a disseminação de agentes infecciosos através de higiene adequada das mãos e uso de máscara em casos de doenças respiratórias. Exames Para confirmar o diagnóstico de meningite são solicitados:2 Punção lombar (PL): análise do líquido cefalorraquidiano (LCR). Exames laboratoriais: hemocultura, hemograma, proteína C reativa, eletrólitos, glicose (concomitante à PL). Neuroimagem: tomografia de crânio ou ressonância, especialmente se houver sinais de complicações neurológicas. Maus Tratos e Síndrome da Criança Sacudida Conceito A Síndrome da Criança Sacudida (SCS), ou Traumatismo Craniano Abusivo (TCA), ocorre quando um bebê ou criança pequena é sacudido violentamente, resultando em lesões cerebrais graves. A SCS é uma forma grave de abuso infantil1. Sinais e Sintomas Os sintomas podem variar, mas incluem: Indicadores imediatos: o Dificuldade em respirar o Convulsões o Letargia o Vômitos frequentes o Má alimentação o Irritabilidade excessiva Efeitos a longo prazo: o Deficiências cognitivas, incluindo dificuldades de aprendizado e memória o Problemas neurológicos persistentes o Deficiência motora e intelectual Tratamento O tratamento depende da gravidade das lesões e geralmente inclui: Oxigenoterapia para melhorar a respiração Medicação para controlar convulsões e reduzir a pressão intracraniana Cirurgias em alguns casos para tratar lesões mais graves Recomendações Prevenção: Aumentar a conscientização sobre os riscos de sacudir um bebê, treino de pais e cuidadores para lidar com o choro dos bebês, e fornecer suporte emocional e prático para os cuidadores. Assistência Social: Familias devem monitorar sinais de stress parental e abuso de substâncias, proporcionando suporte adequado. Exames Para confirmar o diagnóstico, os seguintes exames são frequentemente solicitados: Exame de fundo de olho: Para verificar sangramentos retinianos Neuroimagem: Ressonância magnética ou tomografia computadorizada para detectar lesões cerebrais Raio-X: Para identificar fraturas ósseas Essas abordagens ajudam a diagnosticar precocemente a síndrome e garantir um tratamento adequado para a criança. Caso precise de mais informações sobre outras condições, estou à disposição! Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) Conceito A Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é uma infecção que acomete os pulmões e é adquirida fora do ambiente hospitalar. Essa doença inflamatória aguda pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos, sendo a causa mais comum em crianças o Streptococcus pneumoniae. Sinais e Sintomas Os sintomas podem variar conforme a idade da criança e a gravidade da infecção: Febre alta Tosse: frequentemente produtiva Dispnéia: dificuldade para respirar Taquipnéia: respiração rápida Dor no peito: associada à respiração ou tosse Mal-estar geral e fadiga Hipoxemia: baixos níveis de oxigênio no sangue Tratamento O tratamento da PAC depende da causa e da gravidade: Ambulatorial: o Amoxicilina: 90 mg/kg/dia, dividida em duas doses o Alternativa para alérgicos: Cefuroxima ou Macrolídeos (Claritromicina, Azitromicina) Hospitalar: o Antibióticos intravenosos: Ampicilina (200 mg/kg/dia) ou Ceftriaxona (100 mg/kg/dia) em casos complicados o Suporte de oxigênio: Em casos de hipoxemia Recomendações Vacinação: Crianças devem seguir o calendário vacinal, que inclui vacinas contra pneumococo e influenza. Acompanhamento clínico: Monitorar sintomas e possíveis complicações, como derrame pleural e abscesso pulmonar. Hidratação e repouso: Manter a criança bem hidratada e em repouso adequado. Exames Para confirmar o diagnóstico e monitorar a evolução da PAC, são indicados: Raio-X de tórax: Para visualizar infiltrados pulmonares Exames laboratoriais: Hemograma completo, hemocultura, e PCR (proteína C reativa) Exames virais: Pesquisa para vírus respiratório, especialmente em casos de suspeita de etiologia viral. Tuberculose Conceito A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A TB pode afetar diversos órgãos, mas, mais comumente, atinge os pulmões2. Em crianças, a manifestação da tuberculose costuma ser paucibacilar, o que complica o diagnóstico. Sinais e Sintomas Os sinais e sintomas podem ser inespecíficos, mas incluem: Redução do apetite Perda de peso Febre vespertina Tosse persistente Suor noturno Cansaço Tratamento O tratamento da tuberculose é padronizado e deve ser seguido rigorosamente: Fase intensiva: Geralmente combina Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol por dois meses. Fase de manutenção: Rifampicina e Isoniazida por mais quatro meses. Recomendações Isolamento: Em casos ativos para prevenir transmissão. Vacinação: BCG (Bacilo Calmette-Guérin) no primeiro ano de vida para reduzir a gravidade e evitar formas graves da tuberculose. Exames Para confirmar o diagnóstico da tuberculose são solicitados: Baciloscopia: Análise de escarro para detectar a presença de bacilos. Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB): Importante especialmente em crianças quando há possibilidade de coleta de escarro. Radiografia de tórax: Para detectar anormalidades pulmonares. Prova tuberculínica (PT): Avaliação da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis Testes de Triagem Neonatal Conceito Os testes de triagem neonatal são exames preventivos realizados em recém-nascidos para detectar precocemente certas doenças genéticas, metabólicas, infecciosas e endócrinas. A realização precoce desses testes permite iniciar tratamentos de forma imediata, prevenindo complicações e, muitas vezes, salvando vidas1. Principais Testes de Triagem Neonatal Teste do Pezinho Forma de Fazer: O teste é feito retirando uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê, geralmente entre o terceiro e quinto dia de vida. A coleta é feita em unidades de saúde e maternidades. Após a coleta, a amostra é enviada para laboratórios especializados para análise. Recomendações e Doenças Rastreáveis: Fenilcetonúria Hipotireoidismo Congênito Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias Fibrose Cística Hiperplasia Adrenal Congênita Deficiência de Biotinidase Toxoplasmose Congênita Teste da Orelhinha (Triagem Auditiva Neonatal) Forma de Fazer: Realizado entre as 24 e 48 horas após o nascimento 2. É feito por meio do exame de emissões otoacústicas, onde um pequeno fone é colocado no ouvido do bebê, emitindo sons e captando as respostas do ouvido interno. Recomendações: Detecta perda auditiva precoce. Permite intervenções precoces que ajudam no desenvolvimento da fala e linguagem do bebê. Teste do Olhinho (Teste de Reflexo Vermelho) Forma de Fazer: Realizado nas primeiras horas de vida ainda na maternidade. O pediatra utiliza um oftalmoscópio para examinar os olhos do bebê à procura do reflexo vermelho. Recomendações: Identifica catarata congênita, glaucoma, retinoblastoma (tumor ocular) e outras alterações que possam interfere no desenvolvimento normal da visão. Teste do Coraçãozinho (Screening de Cardiopatia Congênita) Forma de Fazer: Feito entre 24 e 48 horas após o nascimento. Usa um oxímetro para medir o nível de oxigênio no sangue. Recomendações: Detecta malformações cardíacas congênitas. Permite intervenções imediatas que podem salvar vidas e melhorar a saúde da criança2. Recomendações Gerais Elaboração de um Plano de Ação: Caso algum teste indique uma anomalia, é fundamental encaminhar imediatamente a criança para um especialista. Vacinação e Seguimento: Assegurar que a criança esteja devidamente vacinada e siga com consultas regulares para monitoramento do seu desenvolvimento e saúde. Estenose Hipertrófica do Piloro Conceito A estenose hipertrófica do piloro é uma hipertrofia do músculo do piloro, que resulta em obstrução da passagem do conteúdo gástrico para o intestino delgado, geralmente em lactentes entre 2 a 8 semanas de vida. Sinais e Sintomas Vômitos em jato, não biliosos, após as mamadas. Desidratação. Perda de peso. Palpação de uma massa "em oliva" no abdômen superior direito. Tratamento Correção de desequilíbrios eletrolíticos e metabólicos. Piloromiotomia: cirurgia para dividir o músculo hipertrófico. Recomendações Monitoração após cirurgia para detectar complicações. Exames Ultrassonografia abdominal: para diagnosticar a hipertrofia do piloro. Radiografia abdominal: nos casos onde o ultrassom não é conclusivo. Torção de Testículo Conceito A torção testicular é uma emergência médica onde o cordão espermático se torce, interrompendo o suprimento de sangue ao testículo. Sinais e Sintomas Dor escrotal repentina e intensa. Inchaço e vermelhidão do escroto. Posição anormal do testículo. Náuseas e vômitos. Tratamento Cirurgia urgente: possibilita a detorção do testículo e fixação do mesmo para prevenir recorrências. Recomendações Informar famílias sobre a urgência da condição. Encaminhamento rápido a um centro especializado. Exames Ultrassonografia Doppler colorido: para avaliar o fluxo sanguíneo. Exame físico detalhado. Intussuscepção Conceito A intussuscepção ocorre quando uma parte do intestino se invagina em outra, causando obstrução. Sinais e Sintomas Dor abdominal cíclica e intensa. Vômitos biliosos. Fezes com sangue e muco (em geleia de framboesa). Tratamento Redução hidro/contrastada através de enema. Cirurgia, se a redução não for bem-sucedida. Recomendações Monitorização hospitalizada pós-tratamento. Acompanhamento para evitar recidivas. Exames Ultrassonografia abdominal: para detectar a intussuscepção. Radiografia abdominal: se o diagnóstico não estiver claro. Má-Rotação Intestinal e Volvo Conceito A má-rotação intestinal é uma anormalidade congênita no intestino, e o volvo é uma complicação onde ocorre torção do intestino sobre si mesmo. Sinais e Sintomas Vômitos biliosos. Dor abdominal. Distensão abdominal. Sangramento retal. Tratamento Cirurgia de emergência para corrigir a torção e prevenir a isquemia intestinal. Recomendações Monitoramento pós-operatório rigoroso. Exames Radiografia de abdômen: com contraste para diagnosticar a má-rotação e volvo. Hérnia Incarcerada Conceito A hérnia encarcerada ocorre quando o conteúdo da hérnia fica preso, impedindo a circulação sanguínea. Sinais e Sintomas Dor intensa na região da hérnia. Massa palpável dolorosa e irreduzível. Sintomas obstrutivos como vômitos e distensão abdominal. Tratamento Redução manual: se viável. Cirurgia de emergência: para liberação e reparo da hérnia. Recomendações Acompanhamento pós-cirúrgico para detectar possíveis recidivas. Exames Ultrassonografia: para verificação de encarceramento. Radiografia abdominal: se obstrução é suspeita. Doença de Hirschsprung Conceito A doença de Hirschsprung é uma condição congênita caracterizada pela ausência de células ganglionares nos segmentos intestinais, levando a obstrução funcional. Sinais e Sintomas Constipação severa desde o nascimento. Distensão abdominal. Falta de eliminação de mecônio nas primeiras 48h de vida. Vômitos biliosos. Tratamento Ressecção cirúrgica: do segmento aganglionar e anastomose do cólon normal ao ânus. Recomendações Seguimento pós-operatório com pediatra e cirurgião. Controle de complicações possíveis, como enterocolite. Exames Biópsia retal: confirmatória. Transito intestinal: para diagnóstico complementar. Apendicite É uma condição médica caracterizada pela inflamação do apêndice, um pequeno órgão em forma de tubo localizado no início do intestino grosso. É uma emergência médica que requer atenção imediata, pois a ruptura do apêndice pode levar a infecções graves, como a peritonite1. Conceito A apendicite ocorre quando o apêndice é obstruído por restos fecais, infecções bacterianas ou crescimento anormal de tecido linfático. Esse bloqueio leva ao acúmulo de secreções e bactérias, causando inflamação1. Sinais e Sintomas1 Dor abdominal intensa: Inicialmente, a dor pode começar ao redor do umbigo e depois se mover para o lado inferior direito do abdômen. Náusea e vômito: Sintomas comuns em crianças com apendicite. Perda de apetite. Febre baixa: Normalmente abaixo de 38°C. Sensibilidade abdominal: Especialmente no lado inferior direito do abdômen. Alterações nos hábitos intestinais: Algumas crianças podem apresentar diarreia ou constipação. Tratamento O tratamento primário para apendicite é a apendicectomia, uma cirurgia para remover o apêndice. Nos casos em que a cirurgia não é imediatamente viável, antibióticos podem ser administrados para controlar a infecção. Em situações de perfuração ou abscesso, pode ser necessária uma intervenção adicional para drenar o pus. Recomendações e Exames Consulta médica imediata: Ao identificar sintomas, busque atendimento médico o mais rápido possível. Exames de sangue: Podem revelar sinais de infecção, como aumento dos glóbulos brancos. Ultrassom abdominal: Em crianças, é frequentemente utilizado para visualizar o apêndice inflamado. Tomografia Computadorizada (TC): Pode ajudar a fornecer uma imagem mais detalhada do apêndice e identificar complicações. Exame físico: Avaliação clínica com foco na sensibilidade abdominal e na dor ao toque. Educar-se sobre os sinais e sintomas da apendicite é crucial, especialmente para os pais e cuidadores, garantindo uma resposta rápida e tratamento adequado para evitar complicações sérias Síndrome de Munchausen Conceito: A Síndrome de Munchausen, também conhecida como transtorno factício, é um transtorno psicológico no qual a pessoa simula, exagera ou cria intencionalmente sintomas físicos ou mentais a fim de assumir o papel de um paciente doente. Na versão por procuração (by proxy), outra pessoa, geralmente um cuidador, induz os sintomas em outra, normalmente uma criança, para receber atenção e cuidados médicos. Sinais e Sintomas: Síndrome de Munchausen2: Histórico Médico Incoerente: Mudança frequente de hospitais e médicos. Sintomas Recorrentes e Vagos: Relatos de sintomas que não correspondem aos exames e diagnósticos. Conhecimento Extenso de Práticas Médicas: Conhecimento profundo das doenças e tratamentos para simular sintomas. Melhora Temporária: Sintomas que melhoram apenas temporariamente, levando à realização de numerosos exames e tratamentos. Evasão ao Diagnóstico Real: Se recusa ou evita fornecer informações completas. Síndrome de Munchausen por Procuração (By Proxy)1: Sintomas Inexplicáveis em Crianças: Crianças que apresentam sintomas contínuos ou recorrentes sem causa aparente. Radar Médico Inconstante: Médico nota inconsistência entre as queixas dos cuidadores e os achados clínicos. Atenção e Supervisão Constantes: Exigência constante de cuidados médicos e atenção para a criança. Exames Laboratoriais: Hemograma Completo: Para avaliar a presença de infeção ou anemia. Painéis Metabólicos e Hormonais: Para investigar o metabolismo e estados hormonais. Testes de Drogas e Tóxicos: Para descartar envenenamentos ou exposições a substâncias. Exames de Imagem1: Tomografia Computadorizada (TC): Utilizada para identificar anomalias físicas que poderiam estar sendo simuladas ou inventadas. Ressonância Magnética (RM): Para detalhar condições internas sem explicações aparentes. Demais Tipos de Exames: Avaliação Psiquiátrica: Essencial para o diagnóstico e definição do tratamento do transtorno factício. Testes Neuropsicológicos: Avaliação das funções cognitivas e comportamento para identificar padrões inconsistentes. Observação In Loco: Supervisão direta da conduta do paciente ou cuidador. Tratamento: Psicoterapia: Fundamental para tratar a raiz psicológica do transtorno. Terapias cognitivo-comportamentais são comuns. Medicação: Antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos para tratar condições psicológicas coexistentes. Abordagem Multidisciplinar: Envolvimento de médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais para tratar da síndrome integralmente. Monitoramento Constante e Longo Prazo: Acompanhamento contínuo é crucial para evitar a reincidência dos comportamentos. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria: Conforme recomendações atuais e diretrizes, a SBP destaca a importância de: Diagnóstico Precoce: Identificar rapidamente os sinais do transtorno para evitar procedimentos desnecessários e potencialmente prejudiciais. Proteção da Criança: Em casos de Munchausen por procuração, proteger a criança é prioritário, o que pode incluir notificação a autoridades sociais. Educação e Consciência: Informar e educar profissionais de saúde e cuidadores sobre a síndrome para melhorar o reconhecimento e manejo. Suporte Psicológico: Fornecer suporte psicológico GASTROENTERITE Conceito A gastroenterite é uma inflamação do trato gastrointestinal que envolve o estômago e o intestino delgado, geralmente causada por infecções virais, bacterianas ou parasitárias. Em crianças, os vírus, como o rotavírus e o norovírus, são as causas mais comuns, seguidos por infecções bacterianas como a E. coli e a Salmonella. Sinais e Sintomas Os sinais incluem: Diarreia aquosa1 Vômitos Dor abdominal Febre Desidratação Exames Laboratoriais e de Imagem Os exames laboratoriais podem incluir: Hemograma completo: para avaliar a hemoglobina, leucócitos e plaquetas. Eletrólitos séricos: para verificar os níveis de sódio, potássio e bicarbonato. Exame de fezes: para identificar a presença de patógenos como vírus, bactérias ou parasitas. Exames de imagem geralmente não são necessários para gastroenterite, mas podem ser requisitados em casos atípicos ou quando há suspeita de complicações. Tratamento O tratamento da gastroenterite varia de acordo com a gravidade e inclui três planos principais: Plano A: Tratamento em casa para evitar a desidratação2 Reidratação Oral: Líquidos como água, chás (não adoçados), sucos naturais, sopas, e especialmente SRO (Solução de Reidratação Oral). Manter a alimentação normal: Evitar jejuns prolongados. Zinco: Administração diária de zinco, geralmente 10mg para crianças menores de 6 meses e 20mg para maiores de 6 meses, durante 10 a 14 dias. Plano B: Tratamento sob supervisão em unidade de saúde para casos de desidratação leve a moderada Administração de SRO: 50 a 100ml/kg durante 4-6 horas, com reavaliação constante3. Monitoração: Avaliar perdas hídricas e adaptação do tratamento conforme necessário. Plano C: Tratamento hospitalar para desidratação grave Reposição rápida de fluidos intravenosos: Usar soluções balanceadas como Ringer Lactato ou solução salina isotônica. Monitoração intensiva: Constante avaliação dos sinais vitais e dosagem de eletrólitos para ajustar fluidos e tratamentos adicionais necessários1. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria A SBP enfatiza a importância de: Vacinação: Garantir a cobertura vacinal contra rotavírus. Educação em saúde: Incentivar práticas de higiene como lavagem das mãos e fervura de água. Suporte Nutricional: Manter a amamentação e alimentação adequada mesmo durante episódios de diarreia1. Atenção aos sinais de alerta: Monitorar os sinais de desidratação e procurar atendimento médico se os sintomas persistirem ou agravarem. Essas recomendações são baseadas nos guias práticos de atualização da SBP, que destacam a importância de intervenções precoces e baseadas em evidências científicas Síndrome Nefrítica Conceito A Síndrome Nefrítica é um grupo de sinais e sintomas que resultam de inflamação dos glomérulos renais, estruturas que filtram o sangue nos rins. As causas mais comuns são infecções, como a glomerulonefrite pós-estreptocócica1. Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas incluem: Hematúria: Urina escura, cor de chá ou Coca-Cola, devido à presença de sangue. Edema: Inchaço, especialmente na face e nos membros. Hipertensão: Pressão arterial elevada. Oligúria: Redução do volume urinário. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais para diagnóstico e acompanhamento da Síndrome Nefrítica incluem: Uroanálise: Para detectar hematúria (sangue na urina) e proteinúria (proteínas na urina). Hemograma completo: Para verificar infecções e anemias. Dosagem de creatinina e ureia: Para avaliar a função renal. Complemento C3 e C4: Para investigar causas imunológicas. Sorologias: Para identificar infecções, como a estreptocócica. Exames de Imagem Enquanto os exames de imagem geralmente não são primários no diagnóstico, eles podem ser úteis em casos especiais: Ultrassonografia renal: Para visualizar anomalias estruturais ou hidronefrose. Biópsia renal: Para casos atípicos, sendo mais invasiva, ajuda a determinar a causa da glomerulonefrite. Outros Tipos de Exames Eletrocardiograma e ecocardiograma: Em casos de hipertensão grave para avaliar efeitos no coração. Exames imunológicos: Para identificar doenças autoimunes. Tratamento O tratamento da Síndrome Nefrítica foca em aliviar os sintomas e tratar a causa subjacente: Restrição de sódio e fluidos: Para controlar o edema e a hipertensão. Antibióticos: Se houver uma infecção bacteriana subjacente. Anti-hipertensivos: Como inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) para controle da pressão arterial. Diuréticos: Para reduzir o edema2. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria As recomendações incluem: Monitoramento rigoroso: De sinais vitais, balanço hídrico e peso diário. Educação em saúde: Informar pais e responsáveis sobre a importância da adesão ao tratamento e da atenção aos sinais de complicação. Acompanhamento multidisciplinar: Incluindo nefrologistas pediátricos, nutricionistas e outros profissionais de saúde. A SBP também destaca a importância da intervenção precoce para minimizar as complicações e garantir um desenvolvimento saudável para a criança. Síndrome Nefrótica Conceito A Síndrome Nefrótica é uma condição clínica caracterizada pela excreção excessiva de proteínas na urina (proteinúria), devido à lesão dos glomérulos renais. Essa perda de proteínas leva a uma série de manifestações clínicas específicas. Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas incluem: Proteinúria massiva: Excreção elevada de proteínas na urina, geralmente acima de 50 mg/kg/dia em crianças2. Hipoalbuminemia: Baixos níveis de albumina no sangue devido à perda de proteínas. Edema: Inchaço generalizado, principalmente no rosto, abdômen e membros inferiores. Hiperlipidemia: Aumento dos níveis de lipídeos no sangue. Oligúria: Redução do volume urinário. Anasarca: Edema severo generalizado em casos mais graves. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais para o diagnóstico e acompanhamento da Síndrome Nefrótica incluem: Uroanálise: Para detectar proteinúria e possíveis hemácias na urina. Dosagem de proteínas urinárias de 24 horas: Para quantificar a proteinúria. Albumina sérica: Para verificar níveis de albumina no sangue. Perfil lipídico: Para medir níveis de colesterol e triglicerídeos. Função renal: Creatinina e ureia para avaliar a função dos rins. Exames de Imagem Os exames de imagem ajudam na avaliação de complicações associadas: Ultrassonografia renal: Para avaliar a integridade e anatomia dos rins. Biópsia renal: Pode ser necessária para determinar a causa específica da síndrome nefrótica e orientar o tratamento, especialmente em casos refratários. Tratamento O tratamento da Síndrome Nefrótica visa controlar os sintomas, tratar a causa subjacente e prevenir complicações: Corticosteroides: São a base do tratamento da síndrome nefrótica em crianças, ajudando a reduzir a inflamação renal e a proteinúria. Diuréticos: Para controlar o edema. Inibidores da ECA ou BRAs: Para reduzir a proteinúria e proteger os rins. Imunossupressores: Em casos refratários ou dependentes de corticosteroides. Heparina: Profilaxia em casos de hipercoagulabilidade. Restrição de sal e fluidos: Para controlar o edema e hipertensão. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria A SBP destaca a importância de: Monitoramento constante: De sinais vitais, balanço hídrico e parâmetros laboratoriais. Educação em saúde: Orientar os responsáveis sobre a importância da adesão ao tratamento e do reconhecimento de sinais de complicação. Acompanhamento multidisciplinar: Incluir nefrologistas pediátricos, nutricionistas e outros profissionais de saúde. Promoção da vacinação: Contra patógenos que podem exacerbar a condição, como a gripe e o pneumococo. Apoio psicológico: Para a criança e a família, devido ao impacto crônico da condição. Essas orientações visam assegurar que os pacientes recebam um cuidado abrangente, interdisciplinar, e baseado em evidências, proporcionando a melhor recuperação e qualidade de vida possível Anafilaxia Conceito A Anafilaxia é definida como uma reação de hipersensibilidade sistêmica grave e potencialmente fatal, caracterizada por um início agudo de sintomas que afetam múltiplos sistemas do corpo. Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas da anafilaxia incluem: Pele e mucosas: Urticária, angioedema, prurido, vermelhidão. Respiratório: Dispneia, sibilos, broncoespasmo, estridor, edema de laringe. Cardiovascular: Hipotensão, taquicardia, síncope2. Gastrointestinal: Vômitos, diarreia, dor abdominal. Sistema nervoso central: Confusão, tontura. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais para diagnóstico e acompanhamento da anafilaxia incluem: Dosagem de triptase sérica: Utilizado para confirmar a ocorrência de anafilaxia, em especial se coletada entre 1-2 horas após o início dos sintomas. Dosagem de histamina plasmática: Detecta a liberação de histamina, contribuindo para o diagnóstico. Exames de Imagem Os exames de imagem geralmente não são necessários para o diagnóstico, pois a anafilaxia é uma emergência clínica. Em alguns casos específicos, podem ser realizados para investigar complicações ou causas subjacentes. Outros Tipos de Exames Testes cutâneos de alergia: Para identificar alérgenos específicos após a estabilização do paciente. Testes de provocação: Realizados sob supervisão médica para identificar os desencadeantes. Tratamento O tratamento da anafilaxia visa interromper a reação alérgica e estabilizar a função vital do paciente: Adrenalina intramuscular: É o principal tratamento, administrado no vasto lateral da coxa. Antihistamínicos e corticosteroides: Podem ser usados como terapias complementares. Reposição de fluidos intravenosos: Para tratar a hipotensão. Oxigênio: Em casos de comprometimento respiratório. Broncodilatadores: Para aliviar o broncoespasmo. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria As recomendações da SBP incluem: Educação do paciente e a família: Sobre a importância do uso imediato de adrenalina e reconhecimento precoce dos sintomas. Plano de ação de emergência: Instruir sobre o uso correto de auto-injetores de adrenalina. Monitoramento pós-crise: Observação por até 24 horas em casos graves devido ao risco de reações bifásicas. Acompanhamento médico regular: Para ajustar o manejo e evitar novas exposições. Engasgo/PALS Conceito O engasgo ocorre quando uma substância (líquida ou sólida) obstrui parcialmente ou totalmente as vias aéreas da criança. Isso pode resultar em um bloqueio da passagem do ar, impedindo a respiração e potencialmente levando a situações graves1. Sinais e Sintomas Os sinais e sintomas de engasgo podem incluir: Tosse intensa: Reflexo natural do corpo para expelir o objeto. Dificuldade respiratória: Respiração ruidosa ou aparente desconforto respiratório. Cianose: Lábios ou pele azulados devido à falta de oxigenação. Agitação: Comportamento inquieto por dificuldade em respirar. Silêncio súbito durante crises de choro: Pode indicar obstrução total. Exames Laboratoriais Normalmente, exames laboratoriais não são necessários para o diagnóstico de engasgo. O diagnóstico é clínico, baseado na observação dos sintomas e na história fornecida pelos cuidadores. Exames de Imagem Exames de imagem podem ser realizados em alguns casos para confirmar a presença de um corpo estranho: Radiografia de tórax e pescoço: Pode identificar corpos estranhos radiopacos. Tomografia Computadorizada (TC): Em casos específicos ou quando a radiografia não é conclusiva. Tratamento O tratamento do engasgo difere dependendo da idade da criança e da gravidade da situação. Para bebês (menores de 1 ano): 1. Colocar o bebê de bruços sobre o antebraço, mantendo a cabeça abaixo do nível do corpo. 2. Dar 5 pancadas nas costas, entre as escápulas. 3. Se não resolver, virar o bebê de barriga para cima e fazer 5 compressões no tórax com dois dedos, logo abaixo da linha imaginária entre os mamilos. Para crianças maiores de 1 ano: 1. Utilizar a Manobra de Heimlich (compressões abdominais): o Colocar-se atrás da criança e abraçá-la ao redor da cintura. o Posicionar uma mão em punho acima do umbigo e cobrir com a outra mão. o Realizar compressões rápidas e para cima até expelir o objeto. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria A SBP enfatiza a importância de: Educação e prevenção: Orientar pais e cuidadores sobre os riscos de determinados alimentos e objetos para crianças pequenas. Supervisão constante: Durante a alimentação e brincadeiras. Adoção de medidas preventivas: Como evitar oferecer alimentos que podem causar engasgo (uvas inteiras, amendoins, etc.) a crianças pequenas. Instrução em primeiros socorros: Ensinar pais e cuidadores a reconhecer e agir prontamente em situações de engasgo. As recomendações da SBP e do PALS visam a rápida identificação e intervenção, garantindo uma resposta eficaz para evitar complicações graves. AESP Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) no contexto do PALS (Pediatric Advanced Life Support) em pediatria, com conceitos, sinais, sintomas, exames, tratamento e recomendações, conforme os protocolos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Conceito A Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) é uma situação emergencial onde há atividade elétrica significativa no eletrocardiograma, mas sem pulso palpável nem sinal de circulação efetiva. Ocorrências de AESP indicam urgência máxima para intervenção médica. Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas incluem: Ausência de pulso palpável: Mesmo na presença de atividade elétrica monitorada. Ausência de respiração: Indicando falência respiratória. Cianose: Descoloração azulada devido à falta de oxigenação. Hipotensão: Pressão arterial muito baixa ou indetectável. Parada cardiorrespiratória: Criança pode estar inconsciente ou em estado de colapso. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais ajudam a identificar as causas subjacentes de AESP: Gasometria arterial: Avaliação do estado ácido-base e oxigenação. Eletrolitos séricos: Para identificar desequilíbrios de sódio, potássio, cálcio. Hemograma completo: Para verificar anemia ou infecção. Dosagem de lactato: Indicador de hipoperfusão e acidose láctica. Exames de Imagem Os exames de imagem são necessários para diagnosticar problemas que podem induzir AESP: Radiografia de tórax: Para identificar derrame pleural, pneumotórax. Ecocardiograma: Para avaliar a função cardíaca e estruturas anatômicas. Ultrassonografia Abdominal: Em caso de suspeita de ruptura de órgãos internos. Outros Tipos de Exames Eletrocardiograma (ECG): Fundamental para monitorar a atividade elétrica do coração. Tomografia Computadorizada (TC): Se disponível, pode ser usada em situações estáveis para identificar causas internas como hemorragia ou trombose. Tratamento O tratamento da AESP requer intervenções imediatas visando reverter a parada cardiorrespiratória: Reanimação Cardiopulmonar (RCP): Início imediato das manobras de reanimação, enfatizando compressões torácicas de alta qualidade. Administração de Adrenalina: Intra-óssea ou intravenosa a cada 3-5 minutos2. Identificação e tratamento das causas reversíveis: Segundo os protocolos de AESP, é necessário considerar "Hs e Ts" como Hipóxia, Hipovolemia, Hiper/hipocaliemia, Acidose Metabólica, Tensão Pneumotórax, Tamponamento Cardíaco, Trombose (coronária ou pulmonar), e Toxinas1. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria A SBP e PALS recomendam: Treinamento contínuo: Profissionais de saúde devem ser treinados para executar procedimentos de ressuscitação de acordo com os algorítimos PALS. Equipamento hospitalar: Disponibilidade de todo material necessário para a rápida intervenção em emergências cardiorrespiratórias. Monitoramento intensivo: Pós-reanimação, com controle rigoroso de sinais vitais e suporte ao tratamento das causas subjacentes. Essas práticas visam garantir a resposta rápida e efetiva, aumentando as chances de recuperação e minimizando danos a longo prazo. Para ilustrar, confira os algoritmos visuais e fluxogramas padrões usados no manejo de paradas cardiorrespiratórias em pediatria pelo PALS: Indicações e Contraindicações / Vacinas Conceito Vacinação é um método preventivo de imunização ativa que protege contra doenças infecciosas, estimulando o sistema imunológico a produzir resposta imunológica específica. Principais Vacinas e Indicações De acordo com o Calendário de Vacinação da SBP atualizado para 2022, seguem algumas das principais vacinas recomendadas para crianças e suas indicações: Vacina Indicação BCG Proteção contra tuberculose. Aplicada ao nascer1. Prevenção da hepatite B. Dose ao nascer, seguido por doses aos 2, 4, 6 Hepatite B meses1. Proteção contra gastroenterite por rotavírus1. Aplicada aos 2, 4, e 6 Rotavírus meses. Combinação que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Penta (DTP, Hib, Haemophilus influenzae tipo B, e hepatite B. Aplicada aos 2, 4, 6 meses Hep B) com reforço aos 15-18 meses2. VIP (Poliomielite Prevenção da poliomielite. Aplicada aos 2, 4, 6 meses com reforço aos inativado) 15-18 meses1. Pneumocócica Prevenção de infecções causadas pelo Streptococcus pneumoniae. conjugada Aplicada aos 2, 4, e 6 meses com reforço aos 12-15 meses. Meningocócica Prevenção de meningite meningocócica. Aplicada aos 3 e 5 meses com conjugada reforço aos 12 meses. Prevenção da febre amarela. Aplicada a partir de 9 meses com reforço Febre Amarela aos 4 anos. Proteção contra sarampo, caxumba, e rubéola. Aplicada aos 12 meses Tríplice viral (SCR) com reforço aos 15 meses. Prevenção do vírus do papiloma humano e câncer cervical1. Aplicada HPV em meninas e meninos a partir de 9 anos. COVID-19 (infantil) Proteção contra o SARS-CoV-2. Aplicada a partir dos 5 anos3. 2 Contraindicações As vacinas são seguras e eficazes, mas há algumas contraindicações gerais e específicas que devem ser observadas: Contraindicações Gerais Reação alérgica grave (anafilaxia) a uma dose anterior da vacina ou a qualquer componente da vacina. Febre alta ou doença aguda grave (adiar a vacinação). Contraindicações Específicas BCG: Contraindicada em crianças com imunodeficiência congênita ou adquirida. Vacinas de vírus vivos atenuados (Meningocócica B, Tríplice viral, VOP, Febre Amarela): Contraindicadas em imunodeprimidos. Adiar em situações de gravidez. Vacina contra rotavírus: Não administrar em crianças com histórico de invaginação intestinal ou com imunodeficiência congênita2. Vacina de COVID-19 infantil: Contraindicada em crianças com histórico de miocardite/pericardite após dose anterior. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria As recomendações da SBP enfatizam: Adesão rigorosa ao calendário vacinal: Garantir que todas as crianças recebam as vacinas recomendadas nas idades apropriadas. Educação sobre a importância da vacinação: Informar pais e responsáveis sobre os benefícios das vacinas e os riscos das doenças preveníveis. Monitoramento de eventos adversos: Notificação e acompanhamento de reações adversas para garantir a segurança das vacinas. Vacinação de grupos especiais: Incluindo prematuros, crianças com condições médicas crônicas, e imunodeprimidos, seguindo orientações específicas2. Seguir essas diretrizes ajuda a proteger contra doenças infecciosas e a promover a saúde coletiva. Aleitamento Materno Conceito O aleitamento materno é a alimentação do bebê com leite humano direto do peito da mãe. Trata-se de uma prática essencial, natural e completa para a nutrição, defesa imunológica, e o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança1. Benefícios do Aleitamento Materno Protege contra infecções gastrointestinais, respiratórias e alergias. Reduz o risco de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão. Promove o desenvolvimento cognitivo e emocional saudável da criança. Fortalece o vínculo entre mãe e filho e reduz as chances de câncer de mama, ovários e colo do útero nas mães. Sinais e Sintomas de Bons Reflexos de Aleitamento Bebê com ganho de peso adequado. Urina e fezes frequentes e saudáveis em quantidade e consistência adequadas. Bebê tranquilo e saciado após as mamadas. Mãe sem dores ou fissuras mamárias. Exames e Avaliações Embora a avaliação clínica geral da mãe e do bebê seja primordial, alguns exames podem ser necessários para monitorar a saúde: Para o bebê: Peso, altura e perímetro cefálico: Medidas periódicas para garantir o desenvolvimento adequado. Para a mãe: Avaliação das mamas: Para verificar sinais de mastite, fissuras ou outros problemas. Exames de sangue: Podem ser recomendados para avaliar a condição nutricional. Recomendações Básicas SBP recomenda: Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. Aleitamento continuado complementar com alimentação balanceada até pelo menos os 2 anos. Livre demanda: A orientação é amamentar sempre que o bebê desejar1. Considerações sobre a Prática do Aleitamento Técnica de amamentação: Boa pega do bebê para evitar dor e fissuras maternas. Posições variadas: Para o conforto da mãe e do bebê, como a posição deitada, sentada ou na cava acolchoada. Ambiente acolhedor e tranquilo: Promove o relaxamento tanto para a mãe quanto para o bebê. Contraindicações ao Aleitamento Materno São poucas as contraindicações; as principais incluem: HIV positivo na mãe: Evitar para prevenir a transmissão. Uso de drogas específicas: Como antimetabólitos e determinados quimioterápicos. O aleitamento materno é a prática de fornecer leite humano diretamente do seio da mãe ao bebê^. É uma forma ideal de nutrir os recém-nascidos e bebês, oferecendo inúmeros benefícios para a saúde e o desenvolvimento1. Tratamento de Problemas Comuns Fissuras mamárias: Uso de pomadas de lanolina, correção da pega do bebê. Mastite: Antibióticos, massagens, e esvaziamento frequente das mamas. Hipoagatocia (produção insuficiente de leite): Aumento da frequência das mamadas, técnicas de relaxamento e possíveis suplementos. Essas informações são necessárias para o sucesso da nutrição inicial do bebê, conforme orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria.