Geografia de Sergipe PDF
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Summary
Este documento descreve a geografia do estado brasileiro de Sergipe, incluindo seus diferentes tipos de relevo, como planícies costeiras e tabuleiros. Aborda também aspectos como a interação entre o continente e o oceano, e a influência do clima na agricultura. A geomorfologia e a hidrografia do estado são também discutidas.
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Com uma área de 21.918,454 km², Sergipe é a segunda menor unidade federativa do Brasil, a frente apenas do Distrito Federal, sendo assim o menor estado brasileiro. Em virtude de seus limites compreenderem uma área muita reduzida em relação aos demais estados, o território sergipano está situado em u...
Com uma área de 21.918,454 km², Sergipe é a segunda menor unidade federativa do Brasil, a frente apenas do Distrito Federal, sendo assim o menor estado brasileiro. Em virtude de seus limites compreenderem uma área muita reduzida em relação aos demais estados, o território sergipano está situado em uma região morfologicamente pouco movimentada. Áreas planas e pequenas elevações caracterizam o relevo do estado. Assim, o relevo de Sergipe é dividido em: pediplano sertanejo, tabuleiros costeiros e planície costeira. A planície costeira sergipana estende-se por 163 km entre os rios São Francisco e Real e é marcada pela presença de várzeas, em virtude das chuvas que abastecem a região entre maio e agosto. Assim como outras faixas litorâneas brasileiras, a interação entre continente e oceano inibiu o desenvolvimento geomorfológico da região. A excessiva drenagem que recebe inibe a proliferação de nutrientes, o que inviabiliza o cultivo agrícola nesta porção do território. A oscilação do nível do mar e as transformações ocorridas no litoral brasileiro durante o quaternário permitiram pequenas alterações morfológicas na região. Os terrenos mais altos chegam a atingir 10 metros de altitude. Tais mudanças levaram ao surgimento da margem oceânica que é interrompida somente na desembocadura dos rios. Os tabuleiros costeiros, originados entre o final do período Terciário e o início do Quaternário, caracterizam-se pelo solo arenoso, pobre e seco com altitudes que variam entre 300 e 700 metros. Eles se situam especialmente em colinas de topos convexos e estão depositados sobre rochas sedimentares inconsolidadas que formam a Bacia Sedimentar de Sergipe. Nas baixas colinas, o solo chega a ser argiloso, expandindo-se quando úmido e contraindo-se quando seco – o que torna propício à agricultura –, mas em geral, os tabuleiros são caracterizados por solos pedregosos e pobres. Por fim, o pediplano sertanejo é caracterizado por sua superfície extremamente plana, em virtude do clima seco que predomina na região. A altitude atinge limites de 750 metros em relação ao nível do mar. Ocorre ainda a existência de colinas rebaixadas que criam vales largos e rasos com declives bem limitados. No noroeste de Sergipe, mais precisamente na divisa com a Bahia, encontra-se a Serra Negra, ponto de maior altitude do estado, com 750 metros. Já na porção sudoeste está localizado o planalto do Sudoeste, formado durante o Pré-cambriano. A região é destacada por dobramentos suaves e pela formação baseada em arenitos. Outro ponto morfologicamente importante do estado é o Domo de Itabaiana, composto pelas serras Comprida, de Itabaiana e do Cajueiro. De relevo suave e ondulado, suas altitudes podem chegar a 659 metros. Sua relevância é atribuída ao fato de estar localizado na zona de transição entre a Caatinga e a Mata Atlântica, estando inserido na porção semi- árida do estado, entretanto, marcado pela alta precipitação anual (1100 a 1300 mm).