Colites - RCUI e Doença de Crohn PDF

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This presentation details the topic of colites, specifically focusing on RCUI and Crohn's disease. Covering etiological factors, epidemiological data, pathological aspects, clinical presentation, and various complications, the document also explores diagnosis and management strategies. Comprehensive information regarding the subject.

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COLITES RCUI e Doença de Crohn Professor Marcus Baldim Coloproctologia Retocolite Ulcerativa Inespecífica Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) É uma doença inflamatória crônica, de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial Preferencialmente...

COLITES RCUI e Doença de Crohn Professor Marcus Baldim Coloproctologia Retocolite Ulcerativa Inespecífica Retocolite Ulcerativa Inespecífica (RCUI) É uma doença inflamatória crônica, de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial Preferencialmente em reto e cólon esquerdo Remissão e exacerbação RCUI - Etiopatogenia A hipótese geral mais aceita a respeito da etiopatogenia das DII considera um mecanismo multifatorial: – Fatores genéticos; – Fatores luminais, relacionados a barreira intestinal e microbiota; – Fatores relacionados a imunorregulação e resposta imune. RCUI - Epidemiologia Em países desenvolvidos 30 novos casos/ano para cada 100 mil habitantes – Brasil: 8 para cada 100 mil Homens: 30-40 anos / 60-70 anos Mulheres: 30-40 anos Maior frequência em não fumantes RCUI - Patologia Restrita ao reto e cólon, acometendo de maneira contínua e ascendente. Acomete mucosa e eventualmente a submucosa. RCUI – Padrões da doença: RCUI – Quadro clínico: Diarreia crônica muco sanguinolenta Urgência fecal Tenesmo Pode estar associado: – Dor abdominal (cólica) – Perda de apetite e peso – Anemia / fadiga *Atenção com casos de proctite / Doença hemorroidária Complicações na RCUI Megacólon tóxico (1,6-13% dos pacientes) – Forma grave – Não realizar colonoscopia ou enema Complicações na RCUI Megacólon tóxico Complicações na RCUI Transformação maligna – Maior prevalência na RCUI em relação a população geral – Risco aumenta de acordo com a extensão da lesão (pancolite) e o tempo de evolução da doença. – Vigilância com colonoscopia com biópsia a cada 2 anos: 8 anos de doença extensa Complicações na RCUI Enterorragia maciça: – Hemorragia maciça é rara, representando 1 a 4,5% de todas as suas complicações. Estenose: – A estenose do lúmen intestinal é rara na RCU, pensar em CCR. Perfuração: – Raro / Megacólon / Transverso Doença de Crohn Epidemiologia na DC Nos EUA prevalência de 200 para cada 100 mil habitantes No Brasil vem aumentando 5-6 casos para cada 100 mil habitantes. Indivíduos de etnia branca Acomete fumantes (2x mais) 15-40 anos / 50-80 anos Ambos os sexos (discreta predominância sexo feminino) Etiopatogenia da DC Fatores genéticos: – Gene N0D2 / CARD15 do cromossomo 16 (doença ileal e estenosante) Fatores ambientais: – Tabagismo Resposta imunológica: – Th1 / IL-12, IL-18 / TNF-alfa Patologia - DC Padrão salteado de acometimento Lesão evolui para transmural – estenose – fístulas Granulomas não caseosos são encontradas em 30% dos casos Doença é segmentar / Não acomete o reto Patologia - DC Malignização Acomete todo trato digestivo da boca ao ânus – Intestino delgado (27%) – Delgado e cólon (30%) – Cólon (40%) – Estômago e duodeno (5%) – Região perianal (3%) Quadro clínico da DC Extremamente variável Relacionado com a localização Colite de Crohn (diarreia, dor abdominal, sangramento nas fezes, mucorréia, constipação e febre) Perianal (fistulas, abscessos, fissuras, úlceras e plicomas Manifestações extraintestinais RCUI e DC Manifestações extraintestinais Podem preceder, acompanhar ou se seguir à colite Manifestações articulares são as mais comuns – 25% apresentam poliartrites Cutâneas: – Eritema nodoso e pioderma gangrenoso Manifestações oculares e orais – Uveíte; Episclerite Eritema Pioderma nodoso gangrenoso Diagnóstico *NÃO EXISTE UM EXAME PADRÃO OURO NO DIAGNÓSTICO DAS DII* Diagnóstico: Exames laboratoriais: – Prova de atividade inflamatória: VHS e PCR – Testes sorológicos anti corpo: ASCA e pANCA ASCA marcador DC pANCA marcador de RCUI Diagnóstico Biomarcador fecal: Calprotectina fecal + na doença ativa mesmo no paciente assintomático *Seguimento: Realizar de maneira seriada e comparativa Diagnóstico: Exame endoscópico: – Colonoscopia Colonoscopia na RCUI - Apagamento do padrão vascular - Hiperemia - Edema da mucosa Colonoscopia na RCUI Colonoscopia na DC Úlceras aftóides Úlceras serpiginosas to " en l çam e ca ra d e s d o n "pe blest Úlceras serpiginosas Cob Radiologia na DC Tomografia de abdome e pelve (entero-TC) Ressonância magnética de abdome e pelve (entero-RM) Enterografia por cápsula endoscópica. Tratamento Crohn(DC) e RCUI Tratamento clínico na DC Recomendações gerais: – Suspender tabagismo; – Evitar fatores estressantes; – Controlar depressão e ansiedade, se presentes; – Evitar uso de AINEs; – Atentar ao níveis de Vit D e B12; – Corrigir deficiência de ferro; – Atualizar cartão vacinal, se possível; – Seguimento conjunto com nutricionista. Tratamento clínico na DC Sulfassalazina ou Aminossalicilatos – Azulfin ou Mesalazina – Ineficaz na DC de delgado Glicocorticoides – Prednisona 40-60mg/dia – Budesonida 9mg/dia: Doença ileocecal – Desmame em 3 meses – Não deve ser usado como monoterapia Tratamento clínico na DC Imunossupressores - Azatioprina (1,5-2,5 mg/kg/dia) - 6- mercaptoptopurina - Metotrexate – Induzir remissão – Manutenção em corticodependentes Tratamento clínico na DC Terapêutica biológica *Falha após 12-16 semanas do tratamento inicial ou opção pelo top-down – Antagonistas de TNF-alfa: Infliximabe / Adalimumabe / Certolizumabe pegol – Indicações: Indução de remissão e manutenção Doença moderada a grave, doença fistulizante perianal e doença refratária. 04-08 semanas em paciente operados / virgens de tratamento Tratamento clínico na DC Terapêutica biológica – Antagonistas de integrina: Vedolizumabe – Indicações: Doença moderada a grave com falha ao anti TNF-alfa. Melhor perfil de segurança, baixas taxas de complicações infecciosas em comparação ao TNF-alfa. Benefício terapêutico após semana 14 Tratamento clínico na DC Terapêutica biológica – Antagonistas de IL 12/23 Ustequinumabe – Indicações: Doença moderada a grave com falha ao anti TNF-alfa. Benefício terapêutico seguro e rápido. indicado em paciente com artrite psoriática associada Quando suspender o tratamento? A retirada do tratamento pode ser considerada em pacientes com remissão profunda (clínica, laboratorial e endoscópica). Custo benefício deve ser amplamente discutido. Para os demais paciente, o risco de recaída é > 50% em 2 anos. Indicações cirúrgicas na DC EVITAR! Indicações: – Intratabilidade clínica – Obstrução intestinal 50% dos pacientes após 5 anos de DC 74 a 96% após 10-20 anos Indicações cirúrgicas na DC Estenose < 7 cm Indicações cirúrgicas na DC Estenose > 7cm Indicações cirúrgicas na DC Doença perineal: – Colostomia não promove cicatrização! – Abscesso anal – Seton nas fístulas – Oxigenoterapia hiperbárica Tratamento cirúrgico + medicamentoso ( anti-TNF / Metronidazol e Ciprofloxacino Indicações cirúrgicas na DC Indicações cirúrgicas na DC Indicações cirúrgicas na DC Tratamento na RCUI Indução da remissão: – Corticóide: Prednisona 60mg/dia (redução a cada 15 dias) – Sulfassalazina ou aminossalicilatos: 1g até máx 4g/dia (aguardar 4-8 semanas para avaliar resposta) Tratamento na RCUI Fase de manutenção: – Sulfassalazina ou aminossalicilatos: dose igual ou inferior a 2g/dia. – Proctite ou proctosigmoidite: Via retal – Azatioprina (1,5 a 2,5mg/kg/dia): refratariedade, dependência aos corticóides ou recorrências precoce dos sintomas. Tratamento na RCUI Biológicos: – Anticorpos monoclonais / anti-TNF-alfa (infliximabe) – Em portadores de colite moderada a grave em que a terapêutica com 5-ASA ou azatioprina/ 6-mercaptopurina falhou, o infliximabe nas mesmas posologias descritas na DC foi capaz de induzir remissão e manutenção nessa populações. Cirurgia eletiva na RCUI 25% dos paciente com RCUI são operados 90% eletivos Indicação: – Pacientes que não tem controle clínico da sua doença e/ou aqueles que tem controle mas às custas de excessivos efeitos colaterais a médio e longo prazo. Cirurgia eletiva na RCUI Outras indicações: – câncer – displasia de alto grau – retardo do crescimento – manifestações extra intestinais intensas – estenose endoscópica ou radiológica Cirurgia eletiva na RCUI Cirurgia: – Proctocolectomia total com bolsa ileal + anastomose ileoanal. Cirurgia de urgência na RCUI 10% de todas cirurgias para RCUI Indicações: – megacólon tóxico/ colite fulminante – perfuração – hemorragia maciça não controlável – obstrução por câncer Cirurgia: – Colectomia + ileostomia + fechamento do coto retal – Protocolectomia + ileostomia FIM Dúvidas?

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