Caderno do Monitor Gira-Volei PDF
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Este documento é um guia para monitores de Gira-Volei, um jogo de iniciação ao voleibol para jovens de 8 a 15 anos. Descreve o jogo, níveis (nível I e II), objetivos, regras, propostas de abordagem, o papel do monitor, competições e material necessário. O documento foi produzido pela Federação Portuguesa de Voleibol.
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL O GIRA-VOLEI FÁCIL DIVERTIDO COMPETITIVO CADERNO DO MONITOR www giravolei.com O GIRA-VOLEI FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Avenida de França, 549 | 4050-279 Porto | T: (+351) 228349570 | F: (+351) 228325494...
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL O GIRA-VOLEI FÁCIL DIVERTIDO COMPETITIVO CADERNO DO MONITOR www giravolei.com O GIRA-VOLEI FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Avenida de França, 549 | 4050-279 Porto | T: (+351) 228349570 | F: (+351) 228325494 E: [email protected] | W: www.fpvoleibol.pt GIRA-VOLEI E: [email protected] | W: www.giravolei.com ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 - 11 O que é o Gira-Volei 3 Localização dos Centros Gira-Volei 7 Destinatários e Objetivos Gerais 8 Objetivos Técnicos, Operacionalização e Principais Regras 10 PROPOSTAS DE ABORDAGEM 13 - 22 Nível I 15 Nível II 17 O MONITOR 23 - 30 Justificação dos Conteúdos Técnicos 26 Arbitragem 30 A COMPETIÇÃO 31 - 40 O Sistema de Competição 36 Tipos de Quadros Competitivos 37 Quadros Competitivos 40 MATERIAL 41 - 50 Material a Utilizar 43 Logística no Jogo 47 REGRAS 51 - 58 ANEXOS 59 - 72 Ficha de Candidatura 61 Ficha de Inscrição 62 Ficha de Revalidação 63 Ficha de Avaliação 64 Cartão de Atleta 65 Meios de Divulgação do Gira-Volei 66 Contactos Úteis 69 INTRODUÇÃO 1 O QUE É O GIRA-VOLEI O Gira-Volei é um jogo de iniciação ao Voleibol destinado aos jovens com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos, através de uma forma de jogo simplificado 2×2, realizada em qualquer tipo de espaço e piso, tornando-o um jogo fácil, divertido e competitivo, conquistando milhares de jovens para a sua prática. O Gira-Volei surge para dar resposta à necessidade de tornar fácil e atrativa a iniciação dos jovens no Voleibol, em virtude da elevada complexidade de apren- dizagem dos seus procedimentos técnicos. Aliado a isto, surgiu também a necessidade de aumentar o número de técnicos afetos à modalidade, sendo formados anualmente Monitores Gira-Volei, pelo Departamento Gira-Volei da Federação Portuguesa de Voleibol, munindo-os de ferramentas capazes de orientar e acompanhar o trabalho dos praticantes em cada centro. Estes monitores não necessitam de ter formação académica, mas sim, e acima de tudo, de gostar da modalidade e de trabalhar com jovens. O projeto foi criado em 1998, pela Federação Portuguesa de Voleibol, com cerca de 70 Centros, 3 tendo-se expandido ao longo do tempo, de forma exponencial, por todo o país e conquistando cada vez mais adeptos. Neste momento existem mais de 1.800 Centros, envolvendo Cidades, Vilas e Concelhos, sediados em Autarquias, Escolas, Associações e outras Estruturas Associativas e Culturais. Para que os Centros Gira-Volei criados possam desenvolver o seu trabalho, junto dos praticantes, de forma regular e organizada, o Departamento Gira-Volei da Federação Portuguesa de Voleibol realiza anualmente Ações de Formação para os seus Monitores, com apoio das Associações, Escolas, Autarquias e outras Instituições de norte a sul do país, ilhas incluídas, e apetrecha os respetivos Centros com Kits Gira-Volei, para que os praticantes possam usufruir da prática da modalidade de forma idêntica, em todos os Centros, e com o mesmo material utilizado nos Encontros organizados em todo o país. Para divulgação inicial do projeto Gira-Volei, para além dos meios de comunicação, disponíveis à Federação Portuguesa de Voleibol, foi importante a colaboração do Canal Panda, tendo sido transmitidos cerca de 600 minutos de atividade na sua programação. Atualmente, com o elevado crescimento do projeto a nível nacional, o site da Federação Portuguesa de Voleibol criou um espaço para o Gira-Volei, podendo também ser acedido diretamente através do endereço www.giravolei.com, contendo todas as informações relativas às atividades desenvolvidas, regulamentos, fichas de inscrição e um espaço destinado a qualquer tipo de solicitação de informação. Existe também a página oficial de Facebook e Twitter. Os Centros Gira-Volei mantêm atividade permanente ao longo da época desportiva com Competições Locais, Competições Regionais, Encontros Convívio e Encontro Nacional. Atualmente existem também os Campos de Férias Gira-Volei que se realizam nas paragens letivas da Páscoa e do Verão, dando resposta às necessida- des de ocupação de tempos livres dos jovens. Em virtude do crescimento do projeto, surgiu a necessidade de Enquadramento Técnico do Gira-Volei, nas figuras de Técnicos Coordenadores. Técnicos Coordenadores Nacio- nais, pertencentes à Federação Portuguesa de Voleibol, para coordenarem o projeto a nível 4 nacional e Técnicos Coordenadores Regionais de modo a dar apoio aos centros existentes, bem como promover o projeto no sentido de o massificar, aumentando também a sua qualidade. O projeto Gira-Volei ao centrar a sua atividade e competição num jogo com estrutura reduzida, no número de jogadores e nas dimensões do campo, como é o caso do jogo 2x2, pretende desenvolver nos seus praticantes os fundamentos do jogo de Voleibol, promovendo em simultâneo a motivação e o sucesso, já que proporciona um envolvimento divertido, competitivo e motivador da própria prática. Os jovens praticantes ao tentarem cumprir os objetivos das tarefas propostas pelos seus monitores, irão procurar estratégias que lhes permita ter sucesso, aproveitando todos os recursos e oportunidades ao seu alcance. Quando atuam em equipa, repartem as responsabilidades, o que faz com que o seu desempenho e comprometimento sejam cada vez mais eficazes. Aliado a uma intervenção totalmente interventiva e dinâmica, o jogo 2x2 ao ser reduzido no número de jogadores, promove uma maior participação e um maior número de contactos com a bola, criando condições para uma elevada aplicação dos procedimentos técnicos em 5 situação de jogo, concorrendo para o desenvolvimento dos aspetos táticos inerentes ao jogo. Quanto maior for o seu nível de desempenho e empenho, maior será a possibilidade de obtenção de êxito coletivo, favorecendo o êxito pessoal. De um modo geral, a competição no Gira-Volei, sob a forma de jogo 2x2, é utilizada como meio motivacional dos praticantes; de aprendizagem, através da aplicação dos procedimentos técnicos em situação de jogo simplificado; de entreajuda e cooperação, quer na dinâmica das equipas dos Centros, quer na organização das competições e Encontros realizados, concorrendo também como meio socializador. A utilização, no Nível I, de um único procedimento técnico – o Passe, vem ao encontro da filosofia do projeto. Ao ser o procedimento em que o contato com a bola é de menor dificuldade de execução, e logo obtenção de elevado grau de sucesso na sua aplicação, permite a permanência da bola no ar, criando condições para que seja potenciada a aprendizagem dos fundamentos do jogo, mais concretamente ao nível do desenvolvimento dos deslocamentos e análise de trajetórias, fundamentais numa primeira abordagem à modalidade. As características do jogo Nível I, vem por seu lado, criar uma plataforma de trabalho, para o nível seguinte – Nível II, onde os praticantes podem utilizar todos os procedimentos técnicos do Voleibol. Este nível, vem dar resposta à inexistência de clubes em algumas zonas do país, permitindo que os jovens possam ocupar os seus tempos livres jogando Voleibol, seguindo uma lógica de continuidade da aprendizagem dos procedimentos técnicos do jogo. 6 LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS GIRA-VOLEI 7 DESTINATÁRIOS Todas as crianças e jovens, de ambos os sexos, que queiram praticar Gira-Volei. NÍVEL I – 8/10 anos NÍVEL I e II – 11/12 anos e 13/15 anos OBJETIVOS GERAIS ► EDUCATIVOS Vivenciar experiências agradáveis O Gira-Volei tem como objetivo proporcionar oportunidades para que as crianças e jovens possam viver experiências agradáveis, fazer novos amigos e aprender novas habilidades. Fomentar relações entre praticantes, treinadores, e toda a comunidade desportiva Fomentar as relações pessoais dos jovens praticantes, entre si, e com jovens de outros Centros Gira-Volei, treinadores, árbitros e todos os participantes nas atividades organizadas ao longo do país. Desenvolver atitudes positivas face à prática desportiva Respeitar o regulamento de jogo/competição, desenvolver o espirito de equipa e adquirir hábitos de autodisciplina, cooperação e de prática desportiva e de vida saudável. ► MASSIFICAÇÃO Implementar o Voleibol de Norte a sul do País, mesmo em zonas em que a modalidade não tem representatividade, permitindo desta forma que todos os jovens vivenciem a modalidade, suscitando interesse e paixão pela mesma. ► SURGIMENTO DE NOVOS CLUBES Captar e orientar os jovens praticantes para integrarem as equipas de Voleibol de Clubes já existentes e essencialmente permitir a criação de novos Clubes em locais onde estes não existem. 8 O mais importante é que para as crianças o GIRA-VOLEI seja uma atividade FÁCIL COMPETITIVA DIVERTIDA 9 OBJETIVOS TÉCNICOS ► Iniciar-se na modalidade, jogando ► Controlar a bola em passe (numa primeira fase) ► Favorecer o domínio dos deslocamentos ► Aperfeiçoar a análise de trajetórias ► Estimular a capacidade de observação do campo oposto e das ações do adversário OPERACIONALIZAÇÃO - COMO? ► Procedimentos técnicos utilizados: Nível I: utilização de um único procedimento técnico para todos os momentos de jogo - Passe. Nível II: utilização de todos os procedimentos técnicos de acordo com o momento de jogo - Passe, Manchete, Remate, Bloco e Serviço. ► Área do campo reduzida: Nível I: 4x4m e 6x6m | Nível II: 6x6m ► Equipas formadas por 2 jogadores. ► Forma competitiva – Jogo 2x2. ► Tarefas de competição (arbitragem e boletim de jogo) realizadas por praticantes Gira-Volei. ► Encontros regulares ao longo da época. ► Utilização de qualquer piso para a sua prática. ► Técnicos credenciados com o curso de monitor Gira-Volei. PRINCIPAIS REGRAS ► O objetivo do jogo é enviar regulamentarmente a bola por cima da rede, por forma a tocar o campo contrário e impedir, por outro lado, que ela toque o solo do seu próprio campo. Cada equipa dispõe de 3 toques para devolver a bola (para além do toque do bloco - Nível II). ► Nível I – o Passe é o único procedimento técnico a utilizar. Com o Passe executam-se todas as fases do jogo – Serviço, Receção, Passe, Ataque, Defesa. ► Nível II – utilização de todos os procedimentos técnicos apropriados a cada fase do jogo - Passe, Manchete, Remate, Bloco e Serviço. 10 ► Cada equipa é constituída por 2 elementos. ► Os jogos serão disputados em 1 ou 2 períodos de tempo de 10 minutos, em contagem continua (rally point scoring), e trocam de campo a cada 5 minutos de jogo. A soma da pontuação nos períodos ditará o vencedor. No entanto pode-se sempre adaptar a duração do jogo em função das necessidades da competição (espaços disponíveis para a prova, número de equipas, duração da competição). ►Independentemente da idade, o praticante deverá obrigatoriamente no primeiro ano de inscrição/prática jogar apenas em passe – Nível I. ► Dimensões do campo e altura de rede, para ambos os sexos (masculino e feminino). DIMENSÕES DO CAMPO ALTURA DA REDE NÍVEL I 8/10 anos 4mx4m 8/10 anos 2,00m NÍVEL I (1º ANO) 11/12 anos 11/12 anos 2,12m 6mx6m NÍVEL II (2º ANO) 13/14 anos 13/14 anos 2,24m 11 12 PROPOSTAS DE ABORDAGEM NÍVEL I E NÍVEL II 13 PROPOSTA DE ABORDAGEM NÍVEL I Atendendo às características dos jovens que praticam este nível de jogo, e ao que se pretende alcançar com a prática do Gira-Volei, os exercícios propostos devem atender aos seguintes objetivos: ► Desenvolver os deslocamentos Os deslocamentos são desenvolvidos de forma natural pela capacidade que as crianças e os jovens têm em contatar a bola e não a deixar cair, podendo para tal variar as dimensões do terreno de jogo em função do tipo de deslocamentos que se pretende desenvolver. ► Desenvolver a análise de trajetórias Uma correta análise de trajetórias é fundamental para um deslocamento atempado e adequado do jogador e posterior interceção e contato com a bola, permitindo também antecipar ações futuras, possibilitando-lhes obter vantagens em jogo. ► Desenvolver a noção espaço – temporal As ações dos jogadores em jogo estão relacionadas com a informação recolhida sobre a bola, o colega de equipa, a movimentação dos jogadores adversários, o espaço vazio no terreno de jogo, etc… Isto significa que a relação dos jogadores com o espaço/função a desempenhar, nos diferentes momentos de jogo e o tempo em que as ações decorrem, deve ser desenvolvida nos jovens praticantes, já que lhe permite agir, com maior sucesso, à diversidade de estímulos a que os jogadores estão sujeitos em jogo. 15 NÍVEL I - EXERCÍCIOS Utilizando espaços de jogo reduzido 1mx1m, como apresentam as figuras seguintes, os praticantes devem desenvolver os deslocamentos ântero-posteriores e laterais dos utilizando forma de jogo competitivas. 1m 1m Fig. Fig. 2 Desenvolver deslocamentos Desenvolver deslocamentos antero-posteriores (frente/trás) laterais (esquerda/direita) 16 PROPOSTA DE ABORDAGEM NÍVEL II As abordagens para este nível, sugerem utilização de situações reduzidas de jogo, como instrumento de desenvolvimento das competências dos jogadores, indo ao encontro da máxima aprender a jogar, jogando. Ao introduzir os restantes procedimentos técnicos, neste nível pretende-se que estes se desenvolvam em sintonia com o desenvolvimento dos ingredientes táticos basilares do jogo, na medida em que os jogadores utilizam o procedimento técnico mais adequado, em função das situações apresentadas em cada forma de jogo, bem como aos objetivos a alcançar (capacidade para solucionar situações-problema). Deste modo os Exercícios propostos para os praticantes Nível II devem, para além dos apresentados no Nível I, atender aos seguintes objetivos: ► Desenvolver a dinâmica coletiva A dinâmica colectiva 2 a 2, deve ter em consideração: - A relação dos jogadores no espaço de jogo, nas tarefas a realizar, de acordo com o momento de jogo (ex: ação do jogador recebedor/ação do jogador não recebedor); - A organização das suas acções, na sucessão dos três toques para alcançar o objetivo – pontuar (já que neste Nível os praticantes vão aplicar todos os proce- dimentos técnicos do jogo); - A ocupação racional do espaço de jogo, em função dos diferentes dos papéis assumidos. ► Desenvolver a noção de oposição - Observar o campo adversário para procurar espaços vazios; - Observar as ações do adversário; - Reenviar a bola para o campo adversário, escolhendo alvos favoráveis à obtenção de pontos. 17 18 NÍVEL II - EXERCÍCIOS SERVIÇO ► EXERCÍCIO 1 Descrição Grupos de 2 jogadores servem alternadamente. No Serviço o jogador tem de colocar a bola no arco que se encontra no campo adversário. Sempre que alcançar o objetivo, marca 1 ponto. Vence a equipa que conseguir um maior número de pontos. ► EXERCÍCIO 2 Descrição Grupos de 2 jogadores servem alternadamente. No serviço o jogador tem de colocar a bola num dos três espaços que estão delimitados no campo adversário. Cada serviço é classificado pela pontuação da zona de queda da bola. Vence a equipa que conseguir um maior número de pontos. 19 NÍVEL II - EXERCÍCIOS MANCHETE ► EXERCÍCIO 1 Descrição Grupos de 2 jogadores. Os jogadores servem alternadamente entre os dois campos. Na manchete (receção) o jogador tem de colocar a bola no espaço entre a rede e uma corda/fita, para o local marcado no campo. Sempre que o jogador conseguir o objetivo pontua – 1 ponto. Vence a equipa que conseguir um maior número de pontos. ► EXERCÍCIO 2 Descrição Grupos de 2 jogadores. Os jogadores servem alternadamente entre os dois campos. Na manchete (receção) o jogador tem de colocar a bola no espaço entre a rede e uma corda/fita (para o local marcado no campo) após de deslocamento (frente/trás e trás/frente). Sempre que o jogador conseguir o objetivo pontua – 2 pontos. Vence a equipa que conseguir um maior número de pontos. 20 REMATE ► EXERCÍCIO 1 Descrição A tarefa inicia com Serviço. Os jogadores executam 3 toques consecutivos: - 1º toque em passe - 2º toque em manchete - 3º toque com remate Troca com o colega de equipa, quando a bola passa a rede. Marca 1 ponto, sempre que ganhar a jogada. Vence quem conquistar um maior número de pontos. ► EXERCÍCIO 2 Descrição A tarefa inicia-se com serviço para o outro campo. O jogador adversário recebe a bola em manchete, para o colega que se deslocou para rede para fazer o 2º toque. Este realiza passe para ataque. Após remate trocam de posições entre si. A equipa que pontua serve. Vence a equipa que obtiver maior número de pontos. Este exercício pode realizar-se com as seguintes variantes: 1. Sem ação do bloco 2. Com ação do bloco 21 BLOCO ► EXERCÍCIO 1 Descrição A tarefa inicia com Serviço. Os jogadores realizam jogo 2x2. Pontuação: - Bloco toca no ataque: 1 ponto - Ataque blocado: 3 pontos O jogo termina aos 15 pontos. Vence a equipa que conquistar um maior número de pontos (com o bloco). ► EXERCÍCIO 2 Descrição Os jogadores executam remate após lançamento de bola para o colega que se encontra na rede. O jogador que se encontra na rede do campo contrário bloca o remate. Após bloco o exercício reinicia novamente com lançamento da bola para o colega que se encontra na rede. O ataque pode ser realizado à frente ou atrás do colega que está na rede. Pontuação: - Bloco toca no remate: 1 ponto - Ataque blocado: 3 pontos Quando chegar aos 15 pontos as equipas trocam de campo (ataque/defesa). Após remate/bloco, os jogadores trocam de funções dentro da sua equipa. Vence a equipa que obtiver um maior número de pontos. 22 O MONITOR 23 O MONITOR NO GIRA-VOLEI A missão do monitor durante o jogo não se circunscreve à organização da equipa. O seu papel é mais abrangente e vai desde a orientação da equipa até ao fomento de um clima de competição aprazível para os jovens praticantes. No que diz respeito à orientação da equipa esta deve ser conotada como um ato pedagógico, o que significa que as informações transmitidas não devem incidir na exigência de prestações elevadas, do ponto de vista do resultado do jogo. A informação não deve ser extensiva, o que desconcentra os praticantes do próprio jogo; mas incisiva de forma a ser clara, concisa e precisa. É importante ter-se presente que a quantidade de informação dada não deve pecar por defeito, nem por excesso; por defeito é negativo porque os jovens sentem falta de feedbacks relativamente ao seu desempenho; e por excesso corre-se o risco de não se dar tempo para que compreendam e assimilem a informação transmitida podendo-se inclusive, desviar a sua atenção do jogo. O sentido de oportunidade na transmissão de informação é fundamental para que esta seja recebida pelos jovens de forma pretendida; daí que o monitor deve ter sempre em conta 3 aspetos antes de emitir informação: O que pretende Como pretende Quando informar informar informar ► O que pretende informar Saber objetivamente o que pretende dizer aos seus praticantes. Antecipar mentalmente o que pretende dizer de forma a incidir no conteúdo informativo desejado; muitas das vezes a informação tem a ver com acontecimentos já passados sem qualquer atualidade, o que os faz confundir, deixando-os ainda mais perdidos. 25 ► Como pretende informar A forma como se transmite a informação é decisiva para que os jovens a compreendam. O monitor deve usar linguagem clara, e que seja do seu conhecimento; deve realçar apenas o mais importante e deve ser objetivo no pretende dizer. ► Quando informar O momento em que se dá a informação deve ser o mais próximo possível, do momento em que ocorreu o comportamento que suscitou ao monitor a transmissão de informação, isto é, a informação deve ser dada no “aqui e agora”. JUSTIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS TÉCNICOS Os jogos desportivos coletivos ao promoverem o desenvolvimento de capacidades e habilidades motoras, constituem um meio de formação privilegiado, ao mesmo tempo que fomentam as relações sociais, base do saber estar em sociedade. 26 Neste quadro de referência, o Voleibol possuí características específicas que o elegem, enquanto modalidade desportiva, por excelência, potenciador do desenvolvimento motor dos jovens. O fato de não existir contato direto, permite que nas idades mais baixas seja possível participar no mesmo jogo crianças com estatura distinta; a impossibilidade de agarrar a bola é promotora da noção de equipa, e ainda o fato da bola implicar a rutura do jogo faz solicitar as capacidades coordenativas e condicionais. Todavia, se por um lado é inegável que o Voleibol possui ingredientes enriquecedores do vocabulário motor dos jovens por outro, as dificuldades que lhe advêm do próprio regulamento (troca de bola sem ser permitido agarrá-la; número de contatos limitados por jogador e por equipa; todo o espaço de jogo é alvo para o adversário), associadas às dificuldades técnicas (exigências no controlo gestual; regulação independência segmentar na realização dos procedimentos técnicos; grande souplesse e amplitude de movimentos) podem constituir sérios entraves para a sua aprendizagem. Perante esta realidade o que fazer? Trata-se de saber escolher uma metodologia de abordagem do Voleibol que ao combater o estaticismo seja, simultaneamente, capaz de promover a motivação dos jovens pela sua prática, fatores imprescindíveis da própria aprendizagem. É precisamente nesta linha de entendimento que surge o Gira- Volei enquanto perspetiva de abordagem do jogo, e que sem deixar de comtemplar a estrutura funcional basilar do jogo de Voleibol, não deixa, de constituir, simultaneamente, uma forma divertida da prática desportiva. A escolha do 2x2 como forma de jogo a aplicar no Gira-Volei encontra explicação no fato de possuir características singulares que concorrem inquestionavel- mente para a aquisição dos comportamentos motores basila- res do Voleibol. 27 ► Porquê o jogo 2x2? - Enquanto jogo condicionado, que é, tanto no número de jogadores como nas dimensões adaptadas do campo, promove a ocorrência de maior número de contatos aumentando o tempo de sustentação da bola; consequen- temente, estão criadas condições para os jovens aplicarem os procedimentos técnicos em condições situacionais portadoras dos ingredientes do jogo. - No jogo 2x2 é possível replicar a lógica acontecimental dos 3 toques, na medida em que possui 2 jogadores por equipa estando assegurada a troca da bola no seio da equipa e o estabe- lecimento das relações de cooperação. - O fato de serem apenas 2 jogadores no terreno de jogo obriga que os jovens tenham de estar sempre atentos, porque a todo o momento podem ter de intervir ativamente ficando na posse da bola; tal fato, incentiva a adoção de uma atitude dinâmica e participativa. - Ao possuir 2 jogadores por equipa promove a polivalência funcional o que significa que em todas as jogadas ambos os jogadores têm de participar para realizar os 3 toques; a partir da definição de jogador recebedor, este terá que ser o futuro atacante, enquanto que o jogador não recebedor obrigatoriamente, exercerá as funções de distribuidor. - Os deslocamentos são desenvolvidos de uma forma natural pela apetência que o jovem tem de contatar com a bola para que a mesma não caia ao chão, já que no espaço de jogo apenas existe mais um jogador. - A análise de trajetórias e a comunicação verbal são incrementadas pela possibilidade da bola ser sustentada durante mais tempo, o que aumenta a ocorrência de trajetórias de bolas variada, quer na distância quer na velocidade. Este aspeto é particularmente importante devido ao fato de no Voleibol não ser possível agarrar a bola o que significa que a ação de receber e enviar fundem-se no mesmo ato. Ora, é da forma como é realizada a análise de trajetória da bola que vai depender a colocação do jogador no terreno de jogo e, consequentemente, a qualidade do contato com a bola. 28 Os procedimentos técnicos do Voleibol são de difícil execução na medida em que é exigido simultaneamente rigor e precisão no contato com a bola (adoção de uma atitude base ou posição fundamental antes do contato com a bola; o controlo das cinturas pélvicas e escapular na realização de movimentos, etc.). Tal realidade dificulta a aplicação dos procedimentos técnicos no jogo no momento em os jovens se iniciam no Voleibol; a bola sistematicamente cai no solo e provoca desmotivação. Perante tal cenário há que optar por uma forma de contato com a bola que assegure a sustentação, na medida em que no Voleibol o tempo potencial de aprendizagem, por excelência, ocorre quando a bola está no meio aéreo! Daí que o procedimento técnico eleito, como prioritário, no contato com a bola, seja o passe devido a possuir argumentos técnicos singulares potenciadores da aprendizagem dos fundamentos de jogo. ► E porquê o Passe? O passe ao exigir o olhar dirigido para cima, na medida em que a zona de contato é acima do nível dos olhos, obriga à manutenção do olhar dirigido para cima o que exige, simultaneamente, constantes leitu- ras das trajetórias da bola. Este aspeto é particularmente importante na medida em que a análise das trajetórias da bola no Voleibol, é duplamente difícil, comparativa- mente com as outras modalidades coletivas. Constitui o procedimento técnico que cria condições mais favoráveis para manter a bola no ar e, simulta- neamente, o desenvolvimento dos requisitos percetivo-motores funda- mentais do Voleibol (a adoção de uma atitude corporal específica expressa num pré-dinamismo cons- tante, a análise de trajetórias e a antecipação motora). 29 O passe ao constituir o procedimento técnico que mais facilita o contato com a bola, faz implicar o uso ajustado e atempado dos deslocamentos; os jovens ao terem a apetência para contatar a bola, terão necessariamente que se deslocar. Ora os deslocamentos no Voleibol, são a base da aprendizagem do jogo na medida em que o sucesso está dependente de uma boa movimentação em campo capaz de colocar o jogador nos momentos certos a desempenhar as ações que lhe são exigidas. ARBITRAGEM A importância de serem os próprios praticantes a realizarem as tarefas de arbitragem reside na possibilidade de serem envolvidos em todo o processo, o que os torna capazes de participarem ativamente, ao mesmo tempo que são envolvidos e responsabilizados de uma forma natural, num projeto coletivo que é de todos, em geral, e dirigidas a eles, em particular. Respeitar Árbitros nomeações Cumprimento Marcadores pré-definidas dos horários O ÁRBITRO - SINALÉTICA Autorização para Fim de Set Mudança Bola dentro o serviço de campo Equipa a servir Bola fora Bola tocada Rede tocada por um jogador 30 A COMPETIÇÃO 31 Este aspeto assume especial importância no âmbito do Gira-Volei, em virtude de se privilegiar a aprendizagem no Voleibol, através da abordagem ao jogo o que simultaneamente requer a existência de competição. Para o efeito é determinante que a organização das competições do Gira-Volei seja acompanhada de todos os requisitos necessários a uma planificação cuidada, objetiva e sistematizada. A constituição do grupo de trabalho constitui o primeiro pressuposto para a definição de tarefas e respetiva distribuição, tanto na fase da planificação como na fase da operacionalização. A formalidade que deve acompanhar a competição deve-se centrar na sua organização e no acompanhamento que é efetuado por todos aqueles que acompanham os jogos. O cumprimento dos horários previstos para os jogos e o escalonamento de pessoas para fazer o boletim do jogo e arbitrar, estão entre as tarefas que devem ser devidamente preparadas; estas tarefas podem ser realizadas pelos praticantes, constituindo uma “mais-valia” para a sua formação. 33 A importância de serem os próprios praticantes a realizarem estas tarefas reside na possibilidade de serem envolvidos em todo o processo, o que os torna capazes de participarem, ativamente, ao mesmo tempo que são envolvidos e responsabilizados de uma forma natural, num projeto coletivo que é para todos, em geral e dirigidos a eles, em particular. Ora naturalmente que para os jovens estarem capazes de realizar estas tarefas necessitam de ser preparados para tal. Assim compete ao monitor, para além de orientar os jogos e os treinos, preparar os jovens para o conhecimento das regras e sua aplicação; para o efeito, deve antecipadamente criar situações de simulação da competição; tal irá proporcionar aos jovens o desenvolvimento destas tarefas, com competência, durante os Encontros Gira-Volei (ex: arbitragem e preenchimento do boletim). A organização do sistema de provas exige especial atenção por parte dos responsáveis diretos (ex: monitores, dirigentes locais e regionais) na medida em que as oportunidades de prática concedidas vão influenciar as possibilidades de evolução dos jovens na modalidade. A primeira preocupação de quem organiza as competições deverá centrar-se na criação de situações que possibilitem a participação de todos. Tal significa que os sistemas de provas não devem conduzir à eliminação, devendo estar assegurada a participação de todos os jovens ao longo do torneio, através da criação de condições que permitam a realização de jogos simultâneos e de forma ininterrupta. Nunca devemos esquecer que os participantes devem ser recompensados mesmo em relação à simples participação nos torneios, o que requer por parte dos organizadores a angariação de fundos e de patrocínios capazes e responder a esta necessidade. Isto não quer dizer que a recompensa tenha de ser algo valioso do ponto de vista monetário; muitas das vezes com coisas simples e que orçam em valores muito baixos consegue-se recompensar os jovens, de forma marcante, pelo esforço desenvolvido. O sistema de provas deve contemplar a realização de jogos consecutivos e nos espaços de intervalo entre os jogos, quando necessário, devem ser criadas tarefas para que os jovens estejam ocupados. Muitas das vezes as demoras que antecedem a realização das provas passa fundamentalmente pelo excesso de tempo desperdiçado em formalidades desnecessárias. Para que tal não aconteça é fundamental que as provas sejam de fácil e rápida organização de forma a ser concedido o máximo de tempo possível para a competição. Finalmente, é de não esquecer que o “espírito” de clube deve estar presente no núcleo Gira- Volei, isto é pertencem todos a uma grande família, que tem como elo de ligação a prática do Voleibol, e todas as referências desportivas e humanas que daí advêm. 34 Daí que os jogadores devem desenvolver um papel ativo sendo eles próprios a recolher resultados, realizar tabelas classificativas, indicarem sugestões e críticas em todos os planos de ação. A criação de um jornal de parede, no qual é colocado, frequentemente, notícias alusivas a todos os acontecimentos que giram em torno do núcleo Gira-Volei constitui um desafio interessante para os jovens. Exige dos praticantes uma atitude e interesse em torno de tudo o que se passa no Voleibol, obrigando-os inclusive a consultar documentos de apoio à modalidade, como é o caso do website na internet do Gira-Volei (www.giravolei.com). Nunca nos devemos esquecer que os projetos são verdadeiramente assumidos por todos, quando todos se sentem a fazer parte deles; tal exige da parte de todos uma intervenção ativa, nunca podendo ser esquecidos os jovens praticantes; jogar no Gira-Volei não chega! É necessário que os jovens se sintam comprometidos com tudo o que os rodeia pois só assim o Gira-Volei faz parte deles e estão capazes de dar o seu melhor! 35 O SISTEMA DE COMPETIÇÃO Em qualquer atividade, deparamo-nos com a necessidade de elaborar formas de disputa de competições desportivas. As competições de desportos coletivos podem decorrer segundo as seguintes formas de disputa: Dupla Todos Eliminação Mistos Eliminatória Contra Simples Todos 36 TIPOS DE QUADROS COMPETITIVOS ► Eliminatória Simples Quadro de fácil elaboração. Tem por objetivo manter em jogo apenas as equipas vencedoras. Este quadro é aconselhável para espaços e tempos reduzidos, possibilita uma seriação direta e é de fácil compreensão. Para conhecer o número total de jogos deste calendário teremos de subtrair um ao número total de equipas. Ex: 4 equipas 4-1=3 (número de jogos) Este tipo de quadro pode ser realizado dentro do mesmo grupo ou entre grupos. ► Dupla Eliminatória Quadro mais complexo, constituído por duas chaves simétricas, formado um quadro de vencedores e de vencidos. Este formato possibilita: que uma equipa com uma derrota ganhe o torneio; um nível competitivo equilibrado; o ranking final permite detetar o real valor das equipas em prova; e a classificação é precisa em cada ramo. Por outro lado, apresenta algumas desvantagens tais como: a duração da prova; uma maior sequência de jogos; e a necessi- dade de um maior número de campos. 37 A forma de disputa deste quadro tem uma elaboração semelhante à anterior. Para determinar a quantidade total de jogos necessários a disputar aplica-se a fórmula seguinte: (T-2)2+2=Jogos Ex: 8 equipas (8-2)2+2=14 (número de jogos) ► Todos contra Todos a 1 volta Apresenta as seguintes vantagens: possibilidade de jogar com todas as equipas; permite identificar a equipa mais regular; e permite uma gestão mais equilibrada da competição. Relativamente às desvantagens podemos referir as seguintes: elevado número de jogos; possibilidade de jogos desnivelados; frequência de jogos elevada; desmotivação devido ao desequilíbrio competitivo. Uma forma simples para a elaboração deste tipo de quadro é fixar uma equipa e rodar as outras seguindo a mesma ordem. Neste sistema, o número de jogos a realizar é determinado pela seguinte fórmula: N=T(T-1) 2 EX: 6 equipas 6(6-1)=15 (número de jogos) 2 38 Em caso de equipas ímpares, adota-se um procedimento de rotação normal mas uma das equipas fica isenta, exemplo: ► Todos contra Todos a 2 voltas Quadro competitivo à imagem do anterior, com a particularidade das equipas se defrontarem 2 vezes. ► Formas Mistas São formas complexas de organização, surgem da conjugação de vários quadros competitivos. Nota Todos estes quadros competitivos apresentados podem ser controlados através de variantes de tempo e pontuação. 39 QUADROS COMPETITIVOS De modo a facilitar a tarefa de construir os vários quadros competitivos necessário para as várias provas do Gira-Volei e a mantê-los atualizados ao longo de várias fases de uma forma fácil, rápida e eficaz, a Federação Portuguesa de Voleibol criou um ficheiro baseado num programa de cálculo. Este ficheiro não só é disponibilizado gratuitamente, como é bastante fácil de utilizar e a mesmo tempo muito prático. Numa primeira fase são introduzidos os dados referentes aos participantes e os quadros competitivos são automaticamente delineados. Numa segunda fase são inseridos os resultados. Os resultados introduzidos na segunda fase originam automaticamente uma tabela de classificação que pode ser imediatamente consultada. 40 MATERIAL 41 MATERIAL A UTILIZAR Com a criação do Gira-Volei e atendendo às dificuldades evidenciadas pelas entidades às quais este projeto é dirigido, houve necessidade de criar o Kit Gira-Volei (redes e postes), bem como a bola, linhas e marcadores usados nas diferentes provas disputadas não só ao ar livre, como também dentro de pavilhões. Mas estas dificuldades podem ser ultrapassadas através da utilização de recursos escassos. 43 O impacto mediático que o Gira-Volei tem em todo o país é fruto da facilidade da montagem de todo o material usado nas provas de Voleibol ao Ar-Livre, assim como o tipo de bola usada, permitindo que os praticantes se sintam mais cómodos e confiantes no manuseamento da bola e possibilitando que esta modalidade possa ser jogada em qualquer piso e local, seja em praças, avenidas, ruas, estádios, jardins, etc., passando em áreas tão diversas como centros da cidade, montanhas e praias. Entre as possibilidades existentes para montar campos e colocar postes, apresentamos alguns exemplos que são de fácil construção e oferecem segurança. Utilização de um pneu para Utilização de um recipiente em material flexível segurar o poste para enchimento com pedras e areia 44 Poste cravado no terreno com espias de aço ou corda plástica Aproveitamento de árvores ou de paredes 45 Relativamente à adaptação às condições de espaço envolventes, bem como às características do solo, a formação de campos de jogo pode ser realizada de forma distinta. As condições de prática deverão ser adequadas ao espaço geográfico disponível. Aproveitamento para dois campos Aproveitamento para três campos 46 LOGÍSTICA NO JOGO MARCADOR Para contabilização dos pontos, nos jogos das competições Gira-Volei, é utilizado um marcador cujos pontos são marcados através de uma simples mola. Deste modo os praticantes poderão participar nesta tarefa de forma simples e de fácil utilização reduzindo em simultâneo os custos, já que em cada Encontro são elevados o número de campos em competição. 47 48 BOLETIM DE JOGO O boletim de jogo é um documento que possibilita o controlo e gestão da atividade de cada equipa ao longo do jogo. Devido aos fatores anteriormente apontados podemos sugerir uma adaptação do seguinte boletim de jogo simplificado. 49 50 REGRAS 51 REGRAS GIRA-VOLEI ÍNDICE FUNDAMENTOS E REGRAS DO JOGO 4.8. Situações de jogo 4.8.1. Bola em jogo REGRA 1 4.8.2. Bola fora de jogo Terreno de jogo 4.9. Jogar a bola 1.1. Superfície de jogo 4.9.1. Toque de equipa 1.2. Linhas 4.10. Faltas no jogo com a bola 1.3. Zona de serviço 4.11. Bola à rede 4.11.1. Passagem da bola por cima da rede REGRA 2 4.12. Bola que toca a rede Rede e Postes 4.13. Bola na receção do serviço 2.1. Altura da rede 4.14. Jogador à rede 2.2. Postes 4.14.1. Penetração por baixo da rede 4.15. Toque na rede REGRA 3 4.16. Faltas do jogador à rede Equipas 4.17. Serviço 3.1. Composição 4.17.1. Ordem do serviço 3.2. Equipamento 4.17.2. Autorização para o serviço 3.3. Capitão 4.17.3. Faltas no serviço 3.3.1. Antes do encontro 4.18. Ataque 3.3.2. Durante o encontro REGRA 4 REGRA 5 Formato do Jogo Fair Play 4.1. Para marcar um ponto, vencer um set e o jogo 4.1.1. Para marcar um ponto 4.1.1.1. Faltas no decorrer do jogo 4.1.2. Consequências de ganhar uma jogada 4.2. Para vencer um set 4.2.1. Sistema de marcação 4.3. Ausência, equipa incompleta 4.4. Preparação do encontro – estrutura de jogo 4.4.1. O sorteio 4.5. Ordem de serviço 4.6. Falta na ordem de serviço 4.7. Substituição de jogadores 53 FUNDAMENTOS E REGRAS DO JOGO 1.3. Zona de serviço A zona de serviço é a área da linha de fundo, Nível I tendo assim 4 ou 6 metros de dimensão, Fundamentos – o passe é o único procedimento consoante o nível. técnico a utilizar. Com ele se executam todas as fases do jogo – serviço, receção, distribuição, ataque e defesa. REGRA 2 Nível II Rede e Postes Fundamentos – podem ser utilizados todos os procedimentos técnicos do Voleibol. 2.1. Altura da rede Estrutura de jogo Nível I e Nível II – jogo 2x2. 8-10 anos 11-12 anos 13-15 anos 2,00m 2,12m 2,24m REGRA 1 2.2. Postes Terreno de jogo Os postes suportam a rede e são colocados a uma distância de 0,5 m fora de cada linha 8-10 anos 11-12 | 13-15 anos lateral. Devem ter 2,50 m de altura e serem, de preferência, reguláveis. 4m x 4m 6m x 6m NOTA: Todos os equipamentos complemen- 1.1. Superfície de jogo tares são determinados pelos regulamentos da O recinto de jogo poderá ser pavilhões recintos FPV. ou espaço ao ar livre, ou em terrenos com um mínimo de condições. A superfície de jogo poderá ser relva, terra, REGRA 3 madeira, sintética, etc., nivelada, o mais plano e Equipas uniformemente possível livre de qualquer objeto que possa representar risco para os jogadores. 3.1. Composição Cada equipa será constituída por 2 jogadores. 1.2. Linhas Todas as linhas têm de ter 5 cm de largura. 3.2. Equipamento Devem ser de cor clara e diferente da cor do As camisolas dos jogadores devem ser solo e de outras linhas existentes. O campo é numeradas de 1 a 2. delimitado por duas linhas laterais e duas linhas de fundo. Não existe linha central e linha de 3.3. Capitão ataque. O capitão de equipa é identificado por meio de uma tira de cor diferente da camisola. 54 3.3.1. Antes do encontro 4.1.2. Consequências de ganhar uma O capitão de equipa assina o boletim de jogo jogada e representa a sua equipa no sorteio. - Se a equipa serviu ganha a jogada; - Se a equipa adversária que recebeu ganha 3.3.2. Durante o encontro a jogada, marca 1 ponto e deve servir de O capitão de equipa exerce a função de seguida. capitão em jogo desde que esteja no terreno de jogo. 4.2. Para vencer um set No final do jogo cumprimenta os árbitros e assina o boletim de jogo para ratificar o 4.2.1. Sistema de marcação resultado. Os jogos serão disputados em 1 ou 2 períodos de tempo. A contagem é contínua (rally-point scoring).A duração de cada período será de 5 ou 10 minutos cada, com REGRA 4 troca de campo de 5 em 5 minutos. A soma Formato do Jogo da pontuação nos períodos de jogo ditará o vencedor. 4.1. Para marcar um ponto, vencer um set e o jogo Se as equipas estiverem empatadas no final dos 10 minutos, o jogo continua, vencendo a 4.1.1. Para marcar um ponto equipa que obtiver 1 ponto de diferença. É considerado ponto sempre que a bola toca Em algumas situações (elevado número de no solo. participantes), a entidade organizadora poderá optar por realizar períodos com 4.1.1.1. Faltas no decorrer do jogo tempos diferentes. Todas as ações de jogo de uma equipa contrária às regras, ou que violem as regras, 4.3. Ausência, equipa incompleta são faltas a serem sancionadas por um dos árbitros. Os árbitros julgam as faltas e 4.3.1. Se uma equipa se recusa a jogar determinam a penalização de acordo com as depois de ser intimada para tal, é declarada presentes regras. como ausente e perde o encontro com o resultado de 0-2 e 0-25 para cada set, 4.1.1.1.1. Se são cometidas sucessivamente podendo contudo efetuar os jogos seguintes. duas ou mais faltas, apenas a primeira é sancionada. 4.3.2. Uma equipa declarada incompleta para um set ou para o jogo, perde o set ou o 4.1.1.1.2. Se jogadores adversários jogo. Atribuem-se à equipa adversária os cometem simultaneamente duas ou mais pontos e sets que faltam para ganhar o set ou faltas, é considerada FALTA DUPLA e a o jogo. A equipa incompleta conserva os jogada é repetida. pontos e os sets conquistados. 55 4.4. Preparação do encontro – estrutura 4.9.1.1. Caso a bola toque acidentalmente de jogo qualquer parte do corpo não será falta mas contará como um toque. 4.4.1. O sorteio Antes do jogo, o primeiro árbitro efetua o 4.9.1.2. A bola deve ser tocada, sem ser sorteio para escolher o primeiro serviço e os agarrada e/ou lançada. Pode ressaltar para campos para o primeiro set. qualquer direção. 4.5. Ordem de serviço 4.9.1.3. A bola pode ser enviada em passe Deve manter-se ao longo do set (em acordo acima do nível superior da rede, sem que com o determinado pelo capitão de equipa esta viole a regra 4.9.1.2. imediatamente após o sorteio). 4.10. Faltas no jogo com a bola 4.6. Falta na ordem de serviço Comete-se uma falta na ordem de serviço 4.10.1. QUATRO TOQUES: uma equipa quando este não é efetuado de acordo com a toca a bola 4 vezes antes de a reenviar. ordem de serviço. 4.10.2. DOIS TOQUES: um jogador toca 4.7. Substituição de jogadores sucessivamente a bola duas vezes ou a bola Não é permitida qualquer tipo de substi- toca sucessivamente várias partes do corpo. tuição. 4.11. Bola à rede 4.8. Situações de jogo 4.11.1. Passagem da bola por cima da rede 4.8.1. Bola em jogo A bola enviada para o campo adversário A bola está em jogo a partir do momento da deve passar por cima da rede no espaço de execução do serviço, e após autorização do passagem. O espaço de passagem é a parte primeiro árbitro. do plano vertical da rede. 4.8.2. Bola fora de jogo 4.12. Bola que toca a rede A bola deixa de estar em jogo no momento A bola, ao passar a rede, pode tocar nela, em que se comete a falta assinalada por um inclusive no serviço. dos árbitros; no caso de não haver falta a jogada termina ao apito do árbitro. 4.13. Bola na receção do serviço Durante a fase de receção do serviço (passe 4.9. Jogar a bola no Nível I), a equipa que está a receber não terá obrigatoriamente de dar pelo menos 2 4.9.1. Toque de equipa toques antes de a bola ser enviada para o Cada equipa tem direito a um máximo de 3 adversário, podendo reenviá-la diretamente. toques, para reenviar a bola. Se forem feitos mais de 3 toques, a equipa comete falta: “4 TOQUES”. 56 4.14. Jogador à rede 4.17.2. Autorização para o serviço O primeiro árbitro autoriza a execução do 4.14.1. Penetração por baixo da rede serviço depois de verificar que as duas É permitido penetrar no espaço adversário equipas estão prontas a jogar e o servidor por baixo da rede, desde que não interfira no está na posse da bola. jogo adversário. 4.17.3. Faltas no serviço 4.15. Toque na rede As seguintes faltas obrigam a uma mudança O toque na rede ou vareta não é falta exceto de serviço: quando o jogador lhes toca durante a sua - O servidor viola a ordem de serviço; não ação de jogar a bola ou tentativa de a jogar. efetua o serviço corretamente. 4.16. Faltas do jogador à rede 4.18. Ataque Um jogador toca a bola ou um adversário no O ataque é considerado efetivo no momento espaço contrário, antes ou durante o ataque em que a bola passa completamente o plano do adversário vertical da rede ou é tocada por um adversário. 4.17. Serviço O serviço é o ato de pôr a bola em jogo pelo jogador que está colocado na zona de serviço. Esta ação tem de ser executada, REGRA 5 obrigatoriamente, em passe no Nível I. Fair Play 4.17.1. Ordem do serviço Os participantes devem comportar-se de uma forma respeitosa e cortês, dentro do 4.17.1.1. Os jogadores seguem a ordem do espírito do FAIR-PLAY, tanto em relação aos serviço indicada aquando da realização do árbitros como aos outros responsáveis, os sorteio. adversários, colegas e espetadores. É permitida a comunicação entre os membros 4.17.1.2. Após o primeiro serviço do set, o da equipa durante o jogo. jogador a servir é: 4.17.1.2.1. O jogador que efetuou o serviço anterior, se a equipa que servia ganhou a jogada; www 4.17.1.2.2. Se a equipa em receção ganha a jogada obtém: 1 ponto, o direito de servir, e giravolei faz uma rotação antes de o executar..com 57 58 ANEXOS 59 FICHA DE CANDIDATURA 61 FICHA DE INSCRIÇÃO 62 FICHA DE REVALIDAÇÃO 63 FICHA DE AVALIAÇÃO 64 CARTÃO DE ATLETA 65 MEIOS DE DIVULGAÇÃO DO GIRA-VOLEI 66 MEIOS DE DIVULGAÇÃO DO GIRA-VOLEI 67 MEIOS DE DIVULGAÇÃO DO GIRA-VOLEI 68 CONTACTOS ÚTEIS FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Avenida de França, 549 www.fpvoleibol.pt 4050-279 Porto [email protected] Tel: 228 349 570 www.giravolei.com Fax: 228 325 494 [email protected] Associação de Voleibol do Alentejo Associação de Voleibol de Braga Praça Adriano Correia de Oliveira, 15 Complexo Desportivo Rodovia, Sala 5 7780-133 Castro Verde S. Vitor Tel: 286328605 | Fax: 286328605 4710-138 Braga Tlm: 912759517 Tel/Fax: 253 257 896 E-mail: [email protected] Email: [email protected] Associação de Voleibol de Évora Associação de Voleibol de Coimbra Apartado 106 | 7860 Moura Rua António Pinho Brojo, Lote 5 B, Loja 4 Tel: 285254080 | Fax: 285254080 Quinta das Romeiras | 3030-784 Coimbra E-mail: [email protected] Tel: 239093288 | Fax: 239093288 Website: www.avevora.web.pt E-mail: [email protected] Website: www.avcoimbra.org Associação de Voleibol da Guarda Associação de Desportos Ilha do Faial Complexo das Piscinas Municipais Rua Consul Dabney, 6 R/C Bro. N. S. Remédios | 6300-590 Guarda Apartado 74 | 9900-014 Horta Tel: 271092261 | Fax: 271092261 Tel: 292293523 Email: [email protected] E-mail: [email protected] Website: www.avguarda.pt.vu Website: www.adif.pt Associação de Voleibol de Lisboa Associação de Voleibol de Leiria Rua Alfredo da Silva, nº 12 Estádio Municipal da Marinha Grande 1300-141 Lisboa 2430 - 033 Marinha Grande Tel: 213153762 | Fax: 214120343 Tel: 244560792 | Fax: 244560792 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Website: www.avlisboa.pt 69 CONTACTOS ÚTEIS Associação de Voleibol da Madeira Associação de Voleibol de S. Miguel Rua Velha da Ajuda, 87 - C 1ª Rua Stª Clara, 73 - 1º Esq. 9000-115 Funchal Apartado 306 | 9504-241 Ponta Delgada Tel: 291766140 | Fax: 291 76 62 94 Tel: 296205160 | Fax: 296205169 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Website: www.avmadeira.net Website: www.avsm.pt Associação de Voleibol Ilha do Pico Associação de Voleibol do Porto R. D. João Paulino Azevedo e Castro, 1 Rua António Pinto Machado, 60 - 2º 9930-127 Lajes do Pico 4100-068 Porto Tel: 292672799 | Fax: 292672799 Tel: 226091403 | Fax: 226092639 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Website: www.avporto.pt Associação de Voleibol Ilha Terceira Associação de Voleibol Viana do Castelo Multiusos, S 5 - R. Tomé Belo de Castro Pav. Mun. Stª Maria Maior 9700-200 Angra do Heroísmo Avª Capitão Gaspar de Castro Tel: 295628534 | Fax: 295628534 4900-462 Viana do Castelo E-mail: [email protected] Tel: 258821917 | Fax: 258821917 Website: www.avit.pt Associação de Voleibol de Vila Real Associação de Voleibol de Viseu Apartado 69 | 5001 Vila Real Codex Bairro da Feira, Loja 4 Tel: 259322783 5100-096 Lamego Fax: 259322783 Tel: 254614085 | Fax: 254614085 E-mail: [email protected] Associação de Voleibol Ilha Sta. Maria GIRA-VOLEI Rua Dr. Luis Bettencourt, Nº 88 - C Apartado Nº 58 | 9580-529 Vila do Porto FÁCIL Tel: 296886992 | Fax: 296886992 E-mail: [email protected] DIVERTIDO Website: www.avism.pt COMPETITIVO 70 NOTAS 71 NOTAS 72 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VOLEIBOL Avenida de França, 549 | 4050-279 Porto | T: (+351) 228349570 | F: (+351) 228325494 E: [email protected] | W: www.fpvoleibol.pt GIRA-VOLEI E: [email protected] | W: www.giravolei.com