Balança Alimentar Portuguesa 1990 - 2003 PDF

1 Balança Alimentar Portuguesa 1990 - 2003 2  Avaliação do Consumo Alimentar Produção alimentar...

1 Balança Alimentar Portuguesa 1990 - 2003 2  Avaliação do Consumo Alimentar Produção alimentar Exportações Usos não alimentares Balanças alimentares Disponibilidade alimentar total Perdas de produção e distribuição Usos para restauração Aquisição familiar Inquéritos Perdas / Desperdícios familiares Disponibilidade familiar Factores que afectam distribuição alimentar entre os elementos do agregado familiar Inquéritos individuais Consumo individual Adaptado de Encyclopaedia of Food Science, Food technologyand Nutrition (DietarySurveys). Academic Press, 1993. 3  Balanças Alimentares Sumário 1. BA - definição e tipos 2. Metodologia (BA FAO e BA INE) 3. Vantagens e Limitações 4. Uso e relevância (exemplos de estudos) 4 Definição ▪ balanço que resulta de entradas e saídas, à escala nacional, da quantidade de alimentos que se encontra disponível para consumo humano, durante um determinado período de tempo; entradas = produção + importação + variação de stocks saídas = exportação + utilização para fins não alimentares (sementes, alimentação animal, produtos processados) + perdas no armazenamento e transporte Definição ▪ método de avaliação da disponibilidade alimentar de um país num determinado período de tempo, habitualmente um ano civil; ▪ conjunto de dados estatísticos (agrícolas e comerciais) referentes à disponibilidade de alimentos de um país, durante um determinado período de tempo, habitualmente um ano civil; 5 Definição ▪ disponibilidades alimentares expressas per capita (por habitante): - quantidade de produto alimentar Kg/per capita/ano ou g/per capita/ano - energia cal/per capita/dia - macronutrientes g/per capita/dia Definição ▪ método de avaliação do consumo de alimentos de forma indirecta, a nível nacional; ▪ representa o “consumo alimentar aparente”, a nível nacional. Atenção: Disponibilidade alimentar ≠ Consumo alimentar 6 Tipos de Balanças Alimentares produção nacional de alimentos Geral ou Bruta + importações - exportações - variações de stocks - produtos alimentares utilizados para fins não alimentares Limpa - perdas com transporte e armazenagem Retalho - perdas até ao nível do retalho Caseira - perdas ao nível caseiro Balança Alimentar Portuguesa Instituto Nacional de Estatística 1963…1990-2003 2008-2012 2012-2016 2016-2020 METODOLOGIA Âmbito Geográfico - país Período de referência - ano civil Campo de observação - integra todos os produtos da agricultura, pescas e indústria alimentar, cuja principal função seja a alimentação humana Grau de desagregação da informação alimentar 14 grupos 50 subgrupos Fonte: BAP 90/97. INE, 1999 7 Metodologia - BAP e micronutrientes (vitaminas e minerais) Balança Alimentar Portuguesa BAP - 1997 Capitações diárias – Produtos alimentares Fonte: BAP 90/97. INE, 1999 8 Balança Alimentar Portuguesa 1990 - 2003 9 10 Food Balance Sheets publicadas pela Food and Agriculture Organization of the United Nations 1961-2011… (176 países…) http://www.fao.org/ Metodologia - FBS Adaptado de: WHO, 1990. 11 Population Grand Total + (Total) List of groups (21) and Vegetal Products + (Total) subgroups/itens Animal Products + (Total) Cereals - Excluding Beer + (Total) Sugarcrops + (Total) Wheat Sugar Cane Rice Sugar Beet Barley Maize Sugar & Sweeteners + (Total) Rye Sugar, Non-Centrifugal Oats Sugar (Raw Equivalent) Millet Sweeteners, Other Sorghum Honey Cereals, Other Pulses + (Total) Starchy Roots + (Total) Beans Cassava Peas Potatoes Pulses, Other Sweet Potatoes Yams Treenuts + (Total) Roots, Other FAO FBS, 2012 Vegetables + (Total) Tomatoes Vegetable Oils + (Total) Onions Soyabean Oil Vegetables, Other Groundnut Oil Sunflowerseed Oil Fruits - Excluding Wine + (Total) Rape and Mustard Oil Oranges, Mandarines Cottonseed Oil Lemons, Limes Palmkernel Oil Grapefruit Palm Oil Citrus, Other Coconut Oil Bananas Sesameseed Oil Plantains Olive Oil Apples Ricebran Oil Pineapples Maize Germ Oil Dates Oilcrops Oil, Other Grapes Fruits, Other Oilcrops + (Total) (…) Stimulants + (Total) Coffee Cocoa Beans Tea FAO FBS, 2012 12  Animal Fats + (Total) Spices + (Total) Butter, Ghee Pepper Cream Pimento Fats, Animals, Raw Cloves Fish, Body Oil Spices, Other Fish, Liver Oil Alcoholic Beverages + (Total) Eggs + (Total) Wine Beer Fish, Seafood + (Total) Beverages, Fermented Freshwater Fish Beverages, Alcoholic Demersal Fish Alcohol, Non-Food Pelagic Fish Marine Fish, Other Meat + (Total) Crustaceans Bovine Meat Cephalopods Mutton & Goat Meat Molluscs, Other Pigmeat Poultry Meat Aquatic Products, Other + (Total) Meat, Other Meat, Aquatic Mammals Aquatic Animals, Others Offals + (Total) Aquatic Plants Milk - Excluding Butter + (Total) Miscellaneous + (Total) FAO FBS, 2012 Food Balance Sheets, FAO (www.fao.org) 13  Disponibilidade de vegetais per capita por regiões, 1979/2000 - Kg/per capita/dia - Fonte: WHO, 2003 Disponibilidade energética diária e sua distribuição percentual por nutrimentos, a nível mundial Fonte: Eurotrials, n.º 3, Dez. 2000 14  Disponibilidade energética per capita a nível mundial e regional - Kcal/per capita/dia - Fonte: WHO, 2003 Fontes de energia de origem vegetal e animal - Kcal/pessoa/dia Fonte: WHO, 2003 15  Evolução da proporção dos macronutrientes – Países da UE Fonte: European Nutrition and Health Report 2004 Disponibilidades alimentares na UE – g/per capita/dia Fonte: European Nutrition and Health Report 2004 16 Limitações/Fontes de erro ▪ não avaliam o consumo alimentar real; (a produção caseira, o consumo de animais domésticos e a destruição ao nível dos domicílios não são quantificados) ▪ consideram o país um todo uniforme, sem distinção de diferentes grupos populacionais (idade, sexo, sócio-cultural, económico), zonas geográficas e sazonalidade. 17  Balanças Alimentares Limitações/Fontes de Erro ▪ Disponibilidade e fiabilidade dos dados estatísticos (diferentes de país para país) ▪ Alimentos não comercializados/declarados (mercado negro, auto-produção, caça, pesca) ▪ Stocks/desperdícios de difícil contabilização (destruição para controlo de preços,…) ▪ Estimar população total no período (emigrantes ilegais, turistas, refugiados) ▪ Passagem de alimentos a produtos primários equivalentes ▪ Passagem de alimentos a nutrientes Vantagens estatísticas recolhidas anualmente em quase todos os países metodologia semelhante reunidas numa base de dados única (FAO) dizem respeito tanto aos agregados domésticos privados como também ao sector não domiciliar (escolas, hospitais, restaurantes…) dados sobre “disponibilidade per capita” de itens alimentares, energia, macronutrientes mas também quantidades produzidas, importadas, exportadas… 18  PORTUGAL tem uma ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA? BA USOS e Relevância Utilidade ▪ avaliar a evolução das disponibilidades alimentares de um país ao longo do tempo; ▪ comparar as disponibilidades alimentares entre países, num mesmo período de tempo; ▪ indicar em que medida as disponibilidades alimentares de um país estão adequadas às necessidades nutricionais; 19 Utilidade ▪ determinar o grau de auto-suficiência de um país (produção/importação); ▪ permitir o estudo das relações entre disponibilidades alimentares e padrões de doença de um país; ▪ desenvolver e avaliar políticas alimentares a nível nacional (produção, distribuição e consumo). 20 PORTUGAL tem uma ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA? Sara Rodrigues 21  PORTUGAL tem uma ALIMENTAÇÃO MEDITERRÂNICA? BA Disponibilidade FAO alimentar nacional MAI Mediterranean Adequacy Index* Razão da % energia vinda de: “Alimentos Mediterrânicos” [cereais e derivados, leguminosas, batatas, hortícolas, fruta, frutos secos, peixe, óleos vegetais e vinho] “Alimentos Não-Mediterrânicos” [leite e produtos lácteos, carne e derivados, ovos, gorduras animais, refrigerantes, açucar e produtos açucarados]. * Como proposto por Alberti-Fidanza et al. in 1999 Min: 0; Máx: + DM:  4 (Nicotera, Itália 1960) 22  Portugal MAI DM (Nicotera, Itália 1960) R: -0,967 (p:0,0001) 1961 1969 2003 Evolução temporal, entre 1961 e 2003, do Mediterranean Adequacy Index (MAI) calculado para Portugal através dos dados da BA da FAO. G Cruz, S Rodrigues. (2009) Adesão ao padrão alimentar mediterrânico e às recomendações da OMS em Portugal: 1963-2003 (dados não publicados) Portugal Correlação de Pearson p Grupos e subgrupos alimentares mediterrânicos Cereais (excluindo cerveja) -0,963* 0,0001 Leguminosas secas -0,893* 0,0001 Vinho -0,815* 0,0001 Frutos gordos e amiláceos -0,693* 0,0001 Peixe -0,479* 0,001 Batatas -0,089 0,572 Hortícolas 0,492* 0,001 Óleos vegetais 0,209 0,178 Frutos 0,145 0,353 Grupos e subgrupos alimentares não mediterrânicos Carne 0,968* 0,0001 Lacticínios 0,963* 0,0001 Gorduras animais (excluindo gorduras de peixe) 0,951* 0,0001 Ovos 0,948* 0,0001 Açúcar e mel 0,274 0,076 Associação entre o tempo em anos (1963-2003) e os valores das disponibilidades (em % de energia) dos grupos/subgrupos mediterrânicos e não mediterrânicos. (* Valores com significado estatístico) G Cruz, S Rodrigues. (2009) Adesão ao padrão alimentar mediterrânico e às recomendações da OMS em Portugal: 1963 -2003 (dados não publicados) 23 2009 24  0,87 0,82 0,76 1961-1965 0,97 2000-2003 0,82 1,62 1,27 2,04 R Silva, A Bach-Faig, B Raidó Quintana, G Buckland, M Vaz de Almeida, L Serra-Majem. (2009) Worldwide variation of adherence to the Mediterranean diet, in 1961–1965 and 2000–2003. Public Health Nutrition. 12(9A): 1676–1684. 25  Portugal 1966-2003 Chen Q, Marques-Vidal P. (2007) Trends in food availability in Portugal in 1966-2003: comparison with other Mediterranean countries. Eur J Nutr. 46(7): 418-27. Portugal 1966-2003 Chen Q, Marques-Vidal P. (2007) Trends in food availability in Portugal in 1966-2003: comparison with other Mediterranean countries. Eur J Nutr. 46(7): 418-27. 26 2011 27