Biologia - 12.º Ano - Ficha Informativa: Princípios Gerais da Ação Hormonal PDF
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Escola Secundária Poeta António Aleixo
2024
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This document is a biology study material, likely a chapter summary or notes, about the principles of hormonal action. It discusses homeostasis, the nervous and endocrine systems, and hormones. The document mentions figures and diagrams for further explanation.
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ESCOLA SECUNDÁRIA POETA ANTÓNIO ALEIXO BIOLOGIA - 12.º Ano Ano letivo 2024/2025 FICHA INFORMATIVA: PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO HORMONAL A Homeostasia é um termo criado por Walter Cannon, em 1929, e é usado para indicar o estad...
ESCOLA SECUNDÁRIA POETA ANTÓNIO ALEIXO BIOLOGIA - 12.º Ano Ano letivo 2024/2025 FICHA INFORMATIVA: PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO HORMONAL A Homeostasia é um termo criado por Walter Cannon, em 1929, e é usado para indicar o estado de equilíbrio do meio interno do organismo, independente das alterações que acontecem no meio externo. Este equilíbrio dinâmico é conseguido graças a múltiplos processos fisiológicos, coordenados pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal). O sistema nervoso e o sistema endócrino são os sistemas que permitem o trânsito de informações entre as células dos diferentes órgãos do organismo, conseguindo-o através de impulsos nervosos, no caso do sistema nervoso, e da secreção de mensageiros químicos, tanto no sistema nervoso como no sistema hormonal. Os mensageiros químicos do sistema nervoso são os neurotransmissores das sinapses, que transmitem sinais (mensagens) principalmente entre as células nervosas (Figura 1). Figura 1 Por sua vez, as hormonas são os mensageiros químicos, segregadas pelas glândulas endócrinas do sistema hormonal e transportadas através da corrente sanguínea para os diversos órgãos, onde produzem efeitos (respostas). A natureza destes efeitos é bastante variada, e o mecanismo pelo qual o sinal hormonal é "traduzido" numa resposta celular inclui sempre o reconhecimento da hormona por proteínas recetoras presentes nas células-alvo (célula que dá a resposta). Figura 2 Na Figura 2, a célula sinalizadora pertence à glândula endócrina e é a responsável pela libertação ou produção e libertação da molécula sinalizadora, a hormona, a qual, por sua vez, será responsável por levar informações até às células- alvo. Só as células-alvo receberão as moléculas sinalizadoras, as hormonas, que se ligarão a recetores específicos. Esses recetores podem estar na membrana celular ou no interior da célula. A localização dos recetores depende principalmente das propriedades físico-químicas da hormona. As hormonas lipossolúveis podem atravessar a membrana, e ligam-se a recetores intracelulares, provocando-lhes mudanças conformacionais. Esta forma "ativada" dos recetores atua diretamente no DNA celular, ativando (ou reprimindo) a transcrição de determinados genes, e afetando por isso a composição proteica da célula. Uma vez que a síntese de novas proteínas em quantidade suficiente é um processo moroso, o efeito das hormonas lipossolúveis pode demorar dias a semanas a ser notado (Figura 3). Recetor Recetor ativo Membrana celular Recetor cinase Cinase ativa ativo inativa Recetor citoplasma citoplasma Figura 3 Figura 4 Pelo contrário, as hormonas hidrossolúveis não podem atravessar a membrana, e os seus recetores são proteínas intramembranares. Neste caso, as mudanças conformacionais provocadas pela ligação da hormona desencadeiam processos rápidos de ativação (ou desativação) de proteínas já presentes na célula. Estas hormonas atuam por isso muito rapidamente (segundos a minutos). A transdução do sinal hormonal pode ser efetuada de várias formas mostrando a Figura 4 apenas uma dessas formas. As hormonas que estimulam a produção de outras hormonas denominam-se hormonas tróficas. Os mecanismos de feedback ou de retroalimentação são fundamentais para manter o funcionamento adequado dos órgãos do corpo, uma vez que atuam na regulação da secreção das hormonas. Podem ser considerados como uma mudança no estado de um dos componentes, gerando uma interação que reduz ou aumenta a resposta do sistema no qual está inserido. Existem dois tipos de feedback: o negativo e o positivo. Figura 5 Figura 6 O feedback negativo é o mecanismo mais frequente e está ligado diretamente à homeostasia. A maioria das secreções das hormonas é regulada dessa forma. Caracteriza-se por ser um mecanismo que reduz um certo estímulo, revertendo a direção da mudança. Agem em oposição ao estímulo (Figura 5). Como exemplo de feedback negativo, podemos citar a regulação dos níveis de açúcar no nosso sangue. Quando os níveis de açúcar no nosso corpo sobem, após a digestão, observa-se o aumento da libertação da hormona insulina. A insulina inibirá a libertação de glicose pelo fígado e estimulará a acumulação de glicose na forma de glicogénio no fígado, o que provoca a descida dos níveis de glicose no sangue. Contrariamente ao negativo, o feedback positivo é um mecanismo que amplifica o estímulo. Nesse sentido, esse mecanismo, às vezes, pode tornar-se perigoso, como por exemplo no caso da febre. Já as contrações uterinas, por exemplo, intensificam-se graças a esse mecanismo. Quando o bebé está para nascer, a sua cabeça estimula os recetores na região do colo do útero, os quais ao serem estimulados pela pressão da cabeça, enviam um sinal via sistema nervoso que leva à libertação de mais hormona oxitocina pela hipófise posterior, o que aumenta mais ainda as contrações do útero. Quanto mais o útero se contrai, mais a cabeça do bebé é empurrada contra o colo do útero, ampliando as contrações uterinas. Essa amplificação do estímulo leva ao nascimento do bebé. (Figura 5)