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Universidad Central del Paraguay
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This document provides information on asthma, a chronic respiratory disease. It covers factors like risk and environmental causes, as well as diagnostic procedures such as spirometry and bronchodilator tests. The text also explains different asthma classifications.
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Asma - A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, caracterizada por: - Obstrução variável ao fluxo aéreo (reversível espontaneamente ou com medicação). - Hiperreatividade brônquica a estímulos diversos. - Inflamação crônica envolvendo múltiplas células e mediadores inflam...
Asma - A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias, caracterizada por: - Obstrução variável ao fluxo aéreo (reversível espontaneamente ou com medicação). - Hiperreatividade brônquica a estímulos diversos. - Inflamação crônica envolvendo múltiplas células e mediadores inflamatórios. Fatores de Risco - Genéticos: Predisposição individual. - Ambientais: - Alérgenos (poeira, pólen, mofo, etc.). - Poluição e fumaça de tabaco. - Infecções respiratórias virais. - Outros: Exposição a frio, exercício físico, agentes químicos. Diagnóstico - Baseado em: - História clínica: Tosse, sibilos, falta de ar, opressão torácica (variáveis em tempo e intensidade). Fluxograma GEMA 1. Espirometria com Teste Broncodilatador - O ponto de partida é a realização de espirometria para medir a relação entre o FEV1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo) e a FVC (capacidade vital forçada). - Dois cenários principais: - Margem de referência: Rel FEV1/FVC > 0,7/70% (sem obstrução significativa). - Padrão obstrutivo: Rel FEV1/FVC ≤ 0,7/70% (obstrução presente). 2. Resposta ao Teste Broncodilatador - Margem de referência – Sem obstrução (Rel FEV1/FVC > 0,7/70%): - Resposta broncodilatadora negativa: - Δ FEV1 < 12% (variação não significativa após broncodilatador). - Avaliar outras ferramentas como variabilidade do PEF (fluxo expiratório máximo) e FeNO (óxido nítrico exalado). - Resposta broncodilatadora positiva: - Δ FEV1 ≥ 12% e ≥ 200 mL. - Compatível com diagnóstico de asma se associado à melhora clínica. - Padrão obstrutivo (Rel FEV1/FVC ≤ 0,7/70%): - Resposta broncodilatadora positiva: - Δ FEV1 ≥ 12% e ≥ 200 mL. - Diagnóstico de asma confirmado com resposta ao tratamento. - Resposta broncodilatadora negativa: - Δ FEV1 < 12% (pouca ou nenhuma reversibilidade). - Óxido Nítrico Exalado (FeNO): - FeNO ≥ 40 ppb: Indica inflamação eosinofílica, associado à asma. - FeNO < 40 ppb: Considerar o uso de corticosteroides ORAIS (prednisona 40 mg/dia por 14- 21 dias) ou corticoides inalados a DOSE MUITO ALTA e repetir espirometria para avaliar persistência ou normalização do padrão obstrutivo. 3. Outros Testes Complementares - Variabilidade do PEF: - Variabilidade ≥ 20%: Indicativo de asma. - Variabilidade < 20%: Diagnóstico menos provável. - Óxido Nítrico Exalado (FeNO): - FeNO ≥ 40 ppb: Indica inflamação eosinofílica, associado à asma. - FeNO < 40 ppb: Pode sugerir outra etiologia. 4. Confirmação do Diagnóstico - O diagnóstico de asma é confirmado quando há: - Respostas positivas: Tanto nos testes objetivos (ex.: espirometria, FeNO, pico fluxo) quanto na melhora clínica com tratamento. - Se os resultados forem inconclusivos, é necessário, reavaliar o paciente ou considerar outras condições (ex.: EPOC, bronquiectasias, etc.). Classificação da Gravidade - Leve: Sintomas ocasionais, sem impacto significativo. - Moderada: Sintomas diários, requer controle farmacológico. - Grave: Persistência de sintomas, mesmo com tratamento otimizado. Classificação do Controle - Controlado: Sem limitações nas atividades e sintomas mínimos. - Parcialmente controlado: Sintomas ocasionais e uso de medicação de resgate. - Não controlado: Sintomas frequentes e exacerbações recorrentes. 1. Bem Controlada - Sintomas diurnos: Ausentes ou ≤ 2 dias por mês. - Limitação de atividades: Nenhuma. - Sintomas noturnos/despertares: Nenhum. - Necessidade de medicação de alívio: Ausente ou ≤ 2 dias por mês. - Função pulmonar: - FEV₁ (volume expiratório forçado no primeiro segundo): ≥ 80% do valor teórico. - PEF (fluxo expiratório máximo): ≥ 80% do melhor valor pessoal. - Exacerbações: Nenhuma. 2. Parcialmente Controlada (Quando qualquer um dos seguintes está presente em qualquer semana) - Sintomas diurnos: > 2 dias por mês. - Limitação de atividades: Presente. - Sintomas noturnos/despertares: Presente. - Necessidade de medicação de alívio: > 2 dias por mês. - Função pulmonar: - FEV₁: < 80% do valor teórico. - PEF: < 80% do melhor valor pessoal. - Exacerbações: >= 1 por ano. 3. Mal Controlada (Ocorrência de 3 ou mais características de asma parcialmente controlada) - Sintomas diurnos frequentes: Presentes > 2 dias por semana. - Limitação de atividades: Presente frequentemente. - Necessidade de medicação de alívio: Regularmente. - Exacerbações: ≥ 1 em qualquer semana. Escalões Terapêuticos (GEMA) - Escalão 1 (Asma Leve Intermitente): - Tratamento de manutenção: GCI (corticosteroide inalado) + formoterol usado apenas sob demanda. - Alternativa: GCI + salbutamol (SABA) ou somente SABA sob demanda. - Escalão 2 (Asma Leve Persistente): - Tratamento principal: GCI em doses baixas (manutenção diária). - Outras opções: Antagonistas dos receptores de leucotrienos (ARLT). - Escalão 3 (Asma Moderada): - Tratamento principal: GCI em doses baixas + LABA (broncodilatador β2 de longa duração, como formoterol). - Alternativa: GCI em doses médias, usados isoladamente. - Escalão 4 (Asma Grave Moderada): - Tratamento principal: GCI em doses médias + LABA. - Outras opções: Adicionar LAMA (antagonista muscarínico de longa duração, como tiotrópio), ARLT ou azitromicina. - Escalão 5 (Asma Grave): - Tratamento principal: GCI em doses altas + LABA. - Escalão 6 (Asma Grave Refratária): - Tratamento principal: GCI em doses altas + LABA, associados a corticoterapia oral (prednisona ou triancinolona). - Outras opções: Procedimentos como termoplastia brônquica, usados em casos extremos. - Terapia "Sob Demanda" - Pacientes de todos os escalões devem ter uma medicação de resgate: GCI + formoterol ou SABA (salbutamol) para alívio imediato dos sintomas. GINA - Paso 1 e 2: GCI + formoterol a doses baixa sob demanda. - Paso 3: GCI + formoterol a doses baixa. - Paso 4: GCI + formoterol a dose intermedia. - Paso 5: GCI + formoterol a dose alta. Remissão Clínica - Indica controle adequado da asma, sem necessidade de uso frequente de medicamentos de resgate e sem exacerbações recentes. Critérios: - Sem necessidade de resgate: Não utiliza medicação de alívio ou resgate. - Sem exacerbações: Não precisa de ciclos de corticosteroides sistêmicos. - Espirometria normal: FEV1 ≥ 80% do valor esperado ou valores superiores a 90% do melhor valor pessoal. - Duração: A situação deve ser mantida por pelo menos 12 meses, especificando se está em uso ou não de tratamento. - Após 12 meses pode se suspender os inaladores. Remissão Completa - Indica a ausência de sinais clínicos e biológicos de asma, refletindo um controle mais profundo e sustentado. Critérios adicionais: - Todos os critérios de remissão clínica. - Sem inflamação sistêmica ou brônquica: - FeNO (óxido nítrico exalado) < 40 ppb. - Eosinófilos no escarro < 2% (se realizado). - Duração: A situação deve ser mantida por pelo menos 3 anos, especificando se está em uso ou não de tratamento.