Avaliação do Estado Nutricional PDF

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Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação

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nutritional assessment diet evaluation public health health indicators

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This document provides an overview of nutritional assessment, defining it as a process used to determine the nutritional status of individuals or populations. It details various methods for conducting dietary assessments, ranging from direct (e.g., weighing, direct observation of food intake) to indirect methods (e.g. questionnaires). It also includes discussions of social indicators, national and domestic factors influencing nutrition.

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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A avaliação do estado nutricional é o processo de determinação do EN de um indivíduo ou grupo populacional como base para a identificação das necessidades e metas a seguir na planificação de cuidados de saúde individuais ou de programas comunitários que visem atingir...

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A avaliação do estado nutricional é o processo de determinação do EN de um indivíduo ou grupo populacional como base para a identificação das necessidades e metas a seguir na planificação de cuidados de saúde individuais ou de programas comunitários que visem atingir tais metas. A informação obtida é interpretada através de: Métodos de Avaliação Dietética Indiretos Diretos Nacionais Domésticos Retrospetivos Tecnologias Inovadoras Prospetivos Diário Alimentar Assistente Digital Pessoal 24 horas anteriores Método de avaliação dietética por Questionário de imagem Inventário Balanças Inquéritos frequência alimentar Tecnologias móveis Pesos e medidas Alimentares Familiares Indicadores de Tecnologias interativas por Refeição duplicada qualidade dietética computador Rastreadores Tecnologias de scan e sensores Produção alimentar Importações Exportações Stocks existentes Usos não alimentares Balanças alimentares Disponibilidade alimentar total Auto-produção Perdas de produção e doações e distribuição Aquisição familiar Usos para restauração Stock das despensas Perdas/Desperdícios Inquéritos Familiares Disponibilidade familiar Fatores que afetam distribuição familiar entre os elementos do agregado familiar Inquéritos Individuais Consumo individual Determinantes da Saúde: Idade, sexo e fatores hereditários Estilo de vida dos indivíduos Redes sociais e comunitárias Condições de vida e de trabalho: produção agrícola e de alimentos, educação, ambiente de trabalho, desemprego, água e esgoto, serviços sociais de saúde, habitação Condições socioeconómicas, culturais e ambientais gerais Dimensões da saúde Condições económicas, relacionamento, tratamento, alimentação e nutrição, bem-estar, condições de vida, cuidado, atividade física Como captar as dimensões da saúde: Natalidade e mortalidade Morbilidade Fatores de risco e de proteção Dados do estado nutricional/ consumo alimentar Dados sobre recursos e serviços prestados (dados administrativos, serviços disponíveis, profissionais, etc) INDICADORES SOCIAIS Definição Os indicadores sociais são parâmetros, valores medidos ou estatísticas que descrevem o bem-estar e o nível de desenvolvimento de uma população geográfica em termos de bem-estar social, económico e psicológico. Estes valores são analisados para monitorizar a evolução dessa população e identificar problemas sociais, e utilizados para a implementação de programas, medidas e políticas que visam minimizar os problemas sociais identificados. Dentro dos indicadores sociais encontram-se os indicadores de saúde, descritos como caraterísticas quantificáveis de uma população utilizadas empiricamente para descrever a saúde de uma população. Tal como nos indicadores sociais, os dados dos indicadores de saúde são recolhidos e utilizados para melhorar as políticas dos serviços de saúde e, por extensão, a saúde da população. ECHI (European Core Health Indicators) Project Projeto de investigação europeu cujo objetivo foi propor uma lista coerente de 88 Indicadores de Saúde para a CE, dispostos em 5 áreas diferentes. Alguns exemplos de Indicadores de Saúde: 1. Demográficos e Sócio- 2. Estado de Saúde 3. Determinantes de saúde Económicos Population by sex/age Life expectancy Body mass index Birth rate, crude Infant mortality Blood pressure Population by education Disease-specific mortality Regular smokers Population by occupation Drug-related deaths Consumption of fruit Total unemployment Stroke Physical activity 4. Serviços de Saúde Promoção de saúde Breast cancer screening Policies on environmental tobacco smoke (ETS) exposure Colon cancer screening Policies on healthy nutrition Hospital beds Policies and practices on healthy lifestyles Physicians employed Integrated programmes in setting, including workplace, schools, hospital Survival rates cancer Qual o interesse/utilidade do ECHI Project? fornecer a base para uma recolha comparável de dados na área da SP em todos os estados da CE promover a ligação entre as necessidades de informação e a recolha de dados identificar lacunas de informação e ajudar a estabelecer prioridades de recolha e harmonização de dados servir de guia para a produção de relatórios internacionais, nacionais ou regionais na área da SP servir de guia para o desenvolvimento de bases de dados e sistemas de informação computorizados servir de guia para fazer “follow-up” /monitorização de programas de ação na área da saúde Em 2015, a OMS definiu uma lista de 100 indicadores de Saúde. Esta lista de referência global deve ser usada como orientação normativa e não como uma lista requerida ou exclusiva. Os objetivos principais são: monitorização de resultados de saúde nacionais e globais reduzir os requisitos excessivos e a duplicação de informação aumentar a eficiência dos investimentos de recolha de dados nos países melhorar a disponibilidade e qualidade dos dados sobre os resultados melhorar a transparência e prestação de contas Exemplos de indicadores da ECHI shortlist: População por sexo e idade Número de indivíduos por faixas etárias Total de homens e mulheres Taxa bruta de natalidade TBN = (Nº de nados vivos / população média) x 10n Taxa de fecundidade (fertilidade) TF = [Nº de nados vivos / média de mulheres em idade fértil (entre 15 e 49 anos)] x 10n Reposição populacional assegurada: taxa não pode ser inferior a 2,1 filhos por mulher Taxa de crescimento natural Ritmo de crescimento médio anual de uma população TCN = [(N.º nados vivos – N.º óbitos) / população média] x 10n Taxa de crescimento efetivo Variação populacional observada, referida à população média TCE = [(P(t) – P(0)) / população média] x 10n Taxa de desemprego Proporção (%) de pessoas desempregadas com idades entre 15-74, no total de pessoas aptas a trabalhar (desempregados e pessoas empregadas com idades entre 15-74) População abaixo da linha de % população com rendimento abaixo dos 60% da mediana nacional pobreza Taxa de morbilidade TM = (Nº de portadores de determinada doença/condição / população média) x 10n Taxa bruta de mortalidade TBM = (N.º de óbitos / população média) x 10n Taxa de mortalidade materna TMM = (Nº de óbitos de mulheres devido a complicações da gravidez, do parto e de puerpério / N.º nados vivos) x 10n Taxa de mortalidade infantil TMI = (N.º óbitos crianças com menos de um ano / N.º nados vivos) x 10n Taxa de mortalidade perinatal TMP = (N.º óbitos fetais de 28 semanas ou mais e óbitos de nados vivos com menos de 7 dias de idade/ N.º nados vivos e fetos mortos) x 10n Taxa de mortalidade neonatal TMNP = (N.º óbitos de nados vivos com menos de 7 dias de idade/ N.º nados vivos) x 10 n precoce Taxa de mortalidade neonatal TMN = (N.º óbitos de crianças com menos de 28 dias de idade/ N.º nados vivos) x 10n Taxa de mortalidade inferior a 5 TMI5A = (N.º óbitos de crianças com menos de 5 anos de idade/ N.º nados vivos) x 10n anos A taxa de mortalidade inferior a 5 anos é considerada o melhor indicador isolado da situação de saúde da infância de um país e do seu progresso porque: mede um resultado final do processo de desenvolvimento e não um só fator de contribuição representa o resultado de uma grande variedade de fatores de contribuição: a alimentação; os conhecimentos e cuidados de saúde da mãe; a disponibilidade de cuidados de saúde; o nível de imunização; a disponibilidade de água potável e saneamento básico e a segurança do meio ambiente de um modo geral menos influenciada pelo erro da média do que, por exemplo, o PIB até ao 1 ano de idade muitas crianças morrem por problemas de parto, malformações congénitas, morte súbita (TMI alta) e estão protegidas por amamentação e imunidade inata (TMI baixa) entre o 1-5 anos de idade, caso não haja suficiente alimentação e cuidados maternos e de saúde a criança é mais vulnerável Classificação dos Indicadores Sociais Indicador simples: medida específica que reflete aspetos concretos de um sistema. Ex: Esperança média de vida à nascença; Taxa de mortalidade infantil; Taxa de alfabetização, … Indicador composto/sintético/Índice: medida composta que combina vários indicadores, como agregação, associação, relação de vários indicadores Ex: Índice de Desenvolvimento Humano-IDH, … Índice de Desenvolvimento Humano desenvolvido pelo economista paquistanês Mahubub Ul Haq, em 1990 utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento na elaboração dos relatórios anuais, desde 1993; medida sucinta e padronizada que mede as realizações médias (acontecimentos) de um país em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável, conhecimento e nível de vida digno avalia e mede o bem-estar de uma população, de forma padronizada permite comparar entre os diversos países do mundo fatores como a riqueza, educação, esperança média de vida, entre outros Dimensões: Vida Longa e Saudável (longevidade) – Conhecimento (Educação) – Nível de Vida Digno (Rendimento) Indicadores: Esperança de Vida à Nascença – Anos de Escolaridade – Rendimento Nacional Bruto per Capita IDH = (IDHV + IDHE + IDHR) / 3 Indicadores Têm origem em dados recolhidos de forma contínua (óbitos, nascimentos …), periódica (recenseamento da população, BA, IOF …) e ocasional (IAN) Funções/usos: descrever a situação (diagnosticar), analisar evolução e tendências (monitorizar), planificar, formular políticas, avaliar, investigar A utilidade do indicador ou índice depende da facilidade de obtenção, simplicidade do cálculo, representatividade (maior ou menor cobertura populacional da área, região ou país), estabilidade temporal, universalidade e aceitação geral. Principais caraterísticas validade: medem o fenómeno para o qual foram projetados; corresponde ao grau de proximidade entre o conceito e a medida, capacidade de refletir o conceito abstrato do indicador fiabilidade/reprodutibilidade: garantem concordância (produzem os mesmos resultados) entre medições repetidas sob as mesmas condições; relacionada com a qualidade da recolha dos dados sensibilidade: possuem capacidade de medir as alterações (mudanças) que possam ocorrer especificidade: dependem somente do fenómeno que vão medir Limitações: qualidade da recolha de dados (confiança nos registos administrativos) falta de padronização das definições (impede comparabilidade) descontinuidade/irregularidade da recolha atrasos na disponibilização/publicação problemas na cobertura territorial CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS Quantitativos: objetivos referem a ocorrências concretas da Indicadores de recurso: medidas associadas à disponibilidade realidade social (ex.: taxa de desemprego) de recursos humanos, financeiros ou equipamentos; quantificam vs. os recursos disponibilizados nas diversas áreas políticas (ex.: nº Qualitativos: medidas subjetivas construídas a partir da de nutricionistas por mil habitantes; gasto per capita por avaliação dos indivíduos sobre a realidade social (ex.: índice de estudante universitário) confiança nas instituições) Indicadores de processo/fluxo: indicadores intermediários, traduzem em medidas quantitativas o esforço operacional de Descritivos: descrevem caraterísticas e aspetos da realidade alocação de recursos para obtenção de melhorias efetivas (ex.: que não são dotados de significados valorativos (ex.: taxa de nº de consultas de nutrição por mês; fruta escolar distribuída por mortalidade infantil) aluno) vs. Indicadores de resultado/produto: referem-se às variáveis Normativos: refletem explicitamente juízos de valor ou critérios resultantes de processos sociais complexos; quantificam normativos (ex.: número de pobres) melhorias efetivas de bem-estar; retratam os resultados efetivos de determinadas políticas (ex.: esperança de vida ao nascer; nível de pobreza; % crianças for a do sistema de ensino) Fontes e Sistema de Informação em Saúde Pública bases de dados/motores de busca centrados na recolha de dados básicos sobre a saúde da população e seus fatores determinantes combinam a possibilidade de análise de dados temporais e de análises comparativas a nível nacional/europeu/internacional alguns não são apenas sistemas de informação, mas “sistemas integrados de conhecimentos”, combinam dados, informação analítica e descritiva, e conhecimentos já baseados na evidência. Importância/utilidade dos SI em SP: facilitar/permitir, diagnosticar, comparar/monitorizar, planear/gerir/implementar, avaliar Bases de dados nacionais: INE; DGS; GEOSAUDE (PNPAS); PORDATA (dados nacionais e europeus) Bases de dados europeus: EUROSTAT; ECHIM; HEIDI; EUPHIX Bases de dados mundiais: OMS; WORLD BANK; OECD; UNICEF; GAPMINDER Medidas Relativas Absolutas (quocientes; frequências relativas; expressões de uma medida em função de (números; frequências outra; habitualmente conta com tamanho populacional e/ou tempo) absolutas) Razão Proporção Taxa Número Absoluto Razão mede a razão entre duas quantidades distintas (com características diferentes) quociente de duas quantidades cujo numerador não está incluído no denominador razão = A / B Ex: razão de masculinidade = número de homens / número de mulheres Proporção quociente de duas quantidades cujo numerador está sempre incluído no denominador exprime-se frequentemente em % proporção = A / A+B varia entre 0 e 1 e não tem dimensão Ex: proporção de população idosa (+65) num determinado país; % mortes por tumores malignos Taxa medida de frequência com que um dado acontecimento ocorre numa população, num determinado período de tempo quociente calculado por divisão de um numerador respeitante a um acontecimento ocorrido num período de tempo específico, por um denominador, geralmente a população média existente nesse mesmo período de tempo Taxa = (n.º acontecimentos verificados/ população média) x 10 n componentes: numerador, denominador, tempo específico em que se verificou o acontecimento e, geralmente um coeficiente de multiplicação sob a forma de uma potência de 10 mede a probabilidade ou risco de ocorrência de um determinado fenómeno ou acontecimento, por unidade de tempo. Ex: Taxa de Mortalidade Geral (nº de óbitos/população geral) Ex: Taxa de Mortalidade Materna (nº óbitos mulheres por complicações gravidez – parto puerpério/nº nados vivos) numa “verdadeira” taxa, tem-se em conta um período de tempo, mas não existe relação entre numerador e denominador. Taxa = ΔA / ΔB Varia entre 0 e +Ꝏ e tem dimensão Taxas Brutas ou Gerais: calculadas para a população geral Específicas: calculadas para partes/subgrupos da população (ex.: idade, sexo, …) Ajustadas ou Padronizadas: calculadas por forma a remover/eliminar o efeito de diferenças na estatura da população em causa (ex.: ajustada para a idade, …) Prevalência e Incidência Prevalência descreve a existência de doença/condição (casos) nº de casos de determinada doença ou condição, presentes, numa população, num dado momento mede a proporção de indivíduos com uma determinada doença/condição numa população, num determinado momento não tem dimensão / [0-1] útil para planeamento dos serviços de saúde (conhecimento das necessidades de cuidados médicos na população) Instantânea ou Pontual Periódica ou de Período N.º de casos de uma doença/condição Nº de casos de uma doença/condição presentes numa população, num determinado presentes numa população, num determinado momento (momento exato) período de tempo (período de observação) PI = n.º casos de doença ou condição / PP = n.º casos de doença/condição num população total determinado período / população média Incidência descreve a ocorrência de “novos” casos de doença/condição nº de “novos” casos de determinada doença ou condição, que surgem numa dada população durante um determinado período de tempo mede a proporção de indivíduos de uma população que adquiriram determinada doença/condição, durante um determinado período de tempo mede uma mudança de estado (não tinha e passou a ter) → risco tem dimensão (pessoa/tempo) / [0→+ Ꝏ] útil para explorar teorias de causalidade e avaliar efeito de medidas preventivas (avaliar efeitos de medidas preventivas/programas de prevenção) Incidência Cumulativa (IC) = Risco = Taxa de Incidência (TI) = Densidade de Proporção de Incidência Incidência Mede a probabilidade de ocorrência/risco Mede a rapidez de ocorrência/velocidade com médio de um indivíduo pertencente a uma que surgem novos casos de doença/condição, população sã contrair a doença/condição, num numa dada população, tendo em conta o fator determinado período de tempo pessoa-tempo IC = n.º novos casos de doença/condição / TI = n.º novos casos de doença/condição / população em risco de desenvolver a doença soma dos períodos de risco de cada um dos no início do período de tempo indivíduos durante o período de tempo BALANÇAS ALIMENTARES Definição São um balanço que resulta de entradas e saídas, à escala nacional, da quantidade de alimentos que se encontra disponível para consumo humano (“consumo alimentar aparente” ou “disponibilidade alimentar”), durante um ano civil. Entradas: produção + importação + variação de stocks Saídas: exportação + utilização para fins não alimentares (sementes, alimentação animal, produtos processos) + perdas no armazenamento e transporte Disponibilidade alimentar ≠ consumo alimentar As disponibilidades alimentares expressas per capita (por habitante): quantidade de produto alimentar – kg / per capita / ano ou g / per capita / ano energia – cal / per capita / dia macronutrientes – g / per capita / dia Metodologia âmbito geográfico: país período de referência: ano civil campo de observação: integra todos os produtos da agricultura, pescas e indústria alimentar, cuja principal função seja a alimentação humana Tipos de Balanças Alimentares Produção nacional de alimentos + Geral ou Bruta Importações - Exportações - Variações de stocks - Produtos alimentares não utilizados para fins alimentares - Limpa Perdas com transporte e armazenagem - Retalho Perdas ao nível do retalho Caseira - Perdas ao nível caseiro Limitações/Fontes de erro não avaliam o consumo alimentar real (a produção caseira, o consumo de animais domésticos e ao nível dos domicílios não são quantificados) consideram o país um todo uniforme, sem distinção de diferentes grupos populacionais (idade, sexo, sociocultural, económico), zonas geográficas e sazonalidade. disponibilidade e fiabilidade dos dados estatísticos (diferentes de país para país) alimentos não comercializados/declarados (mercado negro, autoprodução, caça, pesca) stock/desperdícios de difícil contabilização (destruição para controlo de preços, etc) estimar população total no período (emigrantes ilegais, turistas, refugiados) passagem de alimentos a produtos primários equivalente passagem de alimentos a nutrientes Vantagens estatísticas recolhidas anualmente em quase todos os países metodologia semelhante reunidas numa base de dados única (FAO) dizem respeito aos agregados domésticos privados e ao setor não domiciliar (escolas, hospitais, restaurantes…) dados sobre “biodisponibilidade per capita” de itens alimentares, energia, macronutrientes, mas também quantidade produzidas, importadas, exportadas … Utilidade avaliar a evolução das disponibilidades alimentares de um país ao longo do tempo; comparar as disponibilidades alimentares entre países, num mesmo período de tempo; indicar em que medida as disponibilidades alimentares de um país estão adequadas às necessidades nutricionais; determinar o grau de autossuficiência de um país (produção/importação); permitir o estudo das relações entre disponibilidades alimentares e padrões de doença de um país; desenvolver e avaliar políticas alimentares a nível nacional (produção, distribuição e consumo) Índice de Adesão ao Padrão Mediterrânico O MAI, Mediterranean Adequacy Index, é calculado pela razão, em percentagem, da energia dos Alimentos Mediterrânicos com os Alimentos Não-Mediterrânicos. Alimentos Mediterrânicos: cereais e derivados, leguminosas, batatas, hortícolas, fruta, frutos secos, peixe, óleos vegetais e vinho Alimentos Não-Mediterrânicos: leite e produtos lácteos, carne e derivados, ovos, gorduras animais, refrigerantes, açúcar e produtos açucarados Mín.: 0; Máx.: +∞ DM: ≥4 INQUÉRITOS FAMILIARES Unidade de estudo: família são mais económicos que inquéritos individuais não fornecem dados sobre distribuição alimentar dos membros da família (resultados são expressos em quantidade de alimento/pessoa) são mais úteis em estudos ecológicos – formação de hipóteses Métodos utilizados (estimam disponibilidade familiar): Disponibilidade bruta → contabilização de alimentos // Inventário ✓ + indicados para populações com maior abastecimento exterior e maior nível educacional Disponibilidade líquida → registo familiar // Método das listas ✓ + indicados em populações com maior auto-produção e menor nível educacional // maior abastecimento exterior A escolha do método pode ser feita consoante: principal origem do abastecimento tipo de avaliação pretendida escolaridade dos inquiridos disponibilidade de inquiridores duração do estudo Contabilização de alimentos o responsável do agregado familiar (AF) mantém um registo detalhado das quantidades e preços dos produtos alimentares adquiridos para o lar (incluindo ofertas e autoprodução) estima-se também o consumo extra domiciliário, através de uma lista das aquisições diárias elaborada por cada um dos elementos do AF Inventário idêntico ao método anterior, mas inclui também a realização (pelo entrevistador ou responsável do AF) de um inventário de todos os produtos alimentar existentes no alojamento no início e no fim do período de observação vantagem de ser mais preciso em relação à quantidade de alimentos realmente disponível para consumo em cada uma das famílias. desvantagem de alertar para os alimentos armazenados Registo familiar são pesados ou quantificados por medidas caseiras todos os alimentos a consumir (crus ou cozinhados) tendo em conta desperdícios de preparação (parte edível); são estimados e subtraídos gastos com visitas e os desperdícios finais (prato) por vezes também é feito o registo individual (consumo extra domicílio) e do gasto com animais domésticos Listas com o auxílio de um questionário estruturado (listagem de alimentos adequados aos hábitos alimentares da população a estudar – tipo QFA) é pedida ao representante do agregado familiar informação quantitativa e preço de todos os alimentos adquiridos (comprados, oferecidos ou produzidos) e consumidos pelo agregado familiar durante um período de tempo (habitualmente 1 semana) vantagem: fácil e económico (necessita apenas 1 visita 1 entrevistador) desvantagens: recorre à memória (importante avisar o responsável do AF antes da visita para que possa guardar talões de compra, o que pode distorcer padrões de compra); não fornece informações sobre o consumo fora do domicílio, de visitas, dos diferentes elementos do AF INQUÉRITOS AOS ORÇAMENTOS FAMILIARES exemplo típico do método de Contabilização de Alimentos realizados anualmente até 5/5 anos por instituições governamentais inquéritos com representatividade nacional visam os Agregados Familiares e não os indivíduos em particular têm essencialmente fins económicos (para apurar receitas e despesas dos agregados familiares) Vantagens aplicados com regularidade em muitos países utilização de amostras com representatividade nacional conduzidos com metodologias semelhantes dados acessíveis a baixo custo permitem a ligação da informação alimentar com dados demográficos e socioeconómicos (agregado e membros do agregado familiar) Limitações não idealizados para fins alimentares/nutricionais não consideram diferenças de idade/género dos membros do agregado familiar períodos de recolha diferentes por país falta de informação sobre consumo alimentar fora de casa Úteis para estudar níveis e padrões alimentares evolução temporal comparação entre países adequação a recomendações alimentares identificar subgrupos populacionais com deficiências específicas associação entre alimentação e saúde influências sociodemográficas implementação e avaliação de políticas alimentares sistemas de monitorização e vigilância DAFNE-ANEMOSsoft O DAta Food NEtworking project (DAFNE project) é uma base de dados alimentar/nutricional criada em 1990 pela Universidade de Medicina de Atenas, com o apoio da Comissão Europeia, com o objetivo de harmonizar os dados europeus relativos aos Inquéritos aos Orçamentos Familiares. Objetivos específicos identificar disparidade de hábitos alimentares e seus determinantes sociodemográficos avaliar a evolução temporal das práticas alimentares identificar subgrupos populacionais com hábitos alimentares desajustados desenvolver medidas preventivas que visem alterar as escolhas dos consumidores e implementar uma alimentação saudável A disponibilidade familiar média de alimentos/bebidas encontra-se dividida em 15 grupos, e pode ser visualizada consoante o país, localidade (rural/semi-urbano/urbano), nível de escolaridade (educação primária/secundária/superior), ocupação e tipo de agregado familiar. Os dados metodológicos podem ainda ser comparados dentro de um país, entre países e ao longo do tempo. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Fenómeno no qual ocorrem mudanças nos padrões nutricionais e de atividade física numa dada população, ao longo do tempo, sendo em geral uma passagem da desnutrição para a obesidade. Engloba processos de mudança demográfica, epidemiológica e nutricional: Transição demográfica Transição epidemiológica Transição nutricional Elevada natalidade/ Elevada prevalência de Elevada prevalência de /mortalidade doenças infeciosas desnutrição Redução da mortalidade, Redução de problemas mudanças na estrutura da Redução de fome relacionados c/ pobreza idade Foco no planeamento Foco na prevenção de familiar, controlo de doenças fome/desnutrição infeciosas Baixa natalidade e Predominância de doenças Predominância de DCNT envelhecimento crónicas relacionadas à alimentação Foco na intervenção médica, Foco no envelhecimento iniciativas políticas e mudança saudável comportamental Considera-se que todos os países passam pelos 5 padrões/modelos nutricionais durante a sua evolução: Paleolítico Fome Recessão de fome Doenças Crónicas Mudanças Não Transmissíveis - Grande variedade - Menor variedade de - Pouca variedade de - Rica em alimentos - Rica em produtos de alimento alimentos alimentos processados, hortofrutícolas, - Predominância de - Predominância de - Rica em frutas, alimentos de origem leguminosas e cereais alimentos de origem cerais hortícolas e alimentos animal e açúcar integrais vegetal e animais - Pobre em gorduras de origem animal - Rica em gordura - Pobre em alimentos selvagens - Pobre em cereais total, colesterol e HC processados e açúcar Alimentação -Rica em HC e fibra integrais refinados - Rica em HC - Pobre em gorduras - Pobre em HC - Pobre em gordura complexos, fibras, (saturada) complexos (amido) e polinsaturada e fibras gordura insaturada e gorduras micronutrientes - Elevada atividade - Moderada atividade - Baixa atividade - Aumento do -Atividade física Atividade física física física/sedentarismo sedentarismo /exercícios de lazer Física - Pouca massa gorda - Diminuição da - Aumento da estatura - Aumento da massa - Diminuição da - Algumas estatura - Manutenção de gorda massa gorda Estado Nutricional deficiências - Aumento das algumas deficiências - Aumento da - Fortalecimento nutricionais doenças relacionadas nutricionais obesidade, ósseo - Baixa incidência de com deficiências osteoporose, doenças - Diminuição da (especialmente em obesidade nutricionais cardiovasculares e incidência de doenças crianças e mulheres); cancro degenerativas muitas outras (prevenção e desapareceram terapêutica) - População jovem - População jovem - População jovem e - Aumento da - Aumento da - Elevada mortalidade - Elevada mortalidade idosa população idosa população idosa - Baixa natalidade materna e infantil - Baixa mortalidade - Baixa natalidade - Elevada esperança Demografia - Baixa esperança - Elevada natalidade - Elevada natalidade - Aumento da média de vida à média de vida à - Baixa esperança esperança média de nascença nascença média de vida à vida à nascença nascença - Processo - Inicio do - Processo de - Enumeras - Período auge da tecnológico armazenamento de armazenamento de tecnologias de mecanização e da Tecnologia inexistente alimentos alimentos (salga e processamento robotização industrial desidratação) - Novos alimentos alimentar - Tecnologia de enlatamento

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