1ª Frequência (Resumos) PDF
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Andreia Amorim, Joana, Raquel
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This document contains notes on anatomy and physiology, covering topics like anatomical position, planes, directional terms, types of movement, and regions of the human body. It also details the structure characteristics and functions of different tissue types. It appears to be study material for a subject in biological sciences or human anatomy.
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1 ANATOMOHISTO ANDREIA AMORIM FISIOLOGIA Joana e Raquel 2 1.0 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA POSIÇÃO ANATÓMICA...
1 ANATOMOHISTO ANDREIA AMORIM FISIOLOGIA Joana e Raquel 2 1.0 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA POSIÇÃO ANATÓMICA É a posição de referência que devemos ter em mente para nomear alguma estrutura, orientação, movimento ou direção. Nesta posição a pessoa encontra-se de pé com os pés paralelos e ligeiramente afastados, membros superiores ao longo do corpo, palmas das mãos viradas para a frente e olhar horizonte. 7 PLANOS ANATÓMICA Plano Coronal/Frontal Divide verticalmente em parte anterior e posterior. Plano Mediano/Sagital Divide verticalmente numa metade direita e esquerda, separada pela linha média (sagital). Qualquer plano paralelo ao plano mediana, designa-se parassagital. Plano Transversal/Horizontal/Axial Divide o corpo horizontalmente em superior e inferior. TERMOS POSICIONAIS Anterior (ventral) vs. posterior (dorsal): ⌐ Anterior: mais próximo da frente (do ventre). ⌐ Posterior: mais próximo da parte de trás (das costas/do dorso). Cranial (superior) vs. caudal (inferior): ⌐ Cranial: mais próximo da cabeça. ⌐ Caudal: mais afastado da cabeça. Medial vs. lateral: ⌐ Medial: mais próximo da linha média. ⌐ Lateral: mais afastado da linha média. Proximal vs. distal: ⌐ Proximal: mais próximo da raíz de um membro. ⌐ Distal: mais afastado da raíz de um membro. Interno vs. externo: ⌐ Interno: mais próximo do centro de uma cavidade. ⌐ Externo: mais afastado do centro de uma cavidade. Superficial vs. profundo ⌐ Superficial: mais próximo da pele. ⌐ Profundo: mais afastado da pele Ipsilateral vs. contralateral: ⌐ Ipsilateral: referente ao mesmo lado. ⌐ Contralateral: referente ao lado contrário. 3 TIPOS DE MOVIMENTO Flexão vs. extensão: ⌐ Flexão: movimento que reduz o ângulo entre as duas partes envolvidas. ⌐ Extensão: movimento que aumenta o ângulo entre as duas partes envolvidas. Adução vs. abdução: ⌐ Adução: movimento que aproxima a estrutura anatómica do plano mediano. ⌐ Abdução: movimento que afasta a estrutura anatómica do plano mediano. Rotação medial vs. lateral: ⌐ Medial: rotação que implica aproximar a estrutura anatómica do plano mediano. ⌐ Lateral: rotação que implica afastar a estrutura anatómica do plano mediano. Supinação vs. pronação (rotação referente ao rádio e cúbito): ⌐ Supinação: rotação lateral do rádio; palma da mão fica virada anterior ou superiormente. ⌐ Pronação: rotação medial do rádio; palma da mão fica virada posterior ou inferiormente. Eversão vs. inversão (movimento em relação à linha mediana, específicos do pé): ⌐ Eversão: movimento em que a face plantar se afasta do plano mediano. ⌐ Inversão: movimento em que a face plantar se aproxima do plano mediano. Oposição vs. reposição (movimento do polegar): ⌐ Oposição: movimento que envolve tocar a ponta do dedo com o polegar da mesma mão. ⌐ Reposição: movimento que envolve afastar o polegar para a posição anatómica. Protusão vs. retrusão (realizadas por língua, mandíbula e lábios): ⌐ Protusão: movimento reto na direção anterior. ⌐ Retrusão: movimento reto na direção posterior. Elevação vs. depressão: ⌐ Elevação: movimento de levantar. ⌐ Depressão: movimento de baixar. Planos Eixos Movimentos Praticados movimento é paralelo perpendicular ao plano Flexão/Extensão Plano Sagital Eixo Frontal / Anteroposterior Abdução/Adução Plano Frontal Eixo Sagital / Mediolateral Rotação Plano Transversal Eixo Longitudinal Ex.: Flexão cotovelo - plano sagital Abdução do ombro - plano frontal Rotação do ombro - plano axial 4 REGIÕES TOPOGRÁFICAS DO CORP O HUMANO CABEÇA A cabeça engloba: Cavidade cranial, Ouvidos, Órbitas, Cavidades nasais e seios perinasais Cavidade oral, Região frontal, Nasal, Zigomática, Maxilar, Mandibular, Mentoniana, Parietal, Temporal Occipital. PESCOÇO O pescoço divide-se: triângulo anterior ⌐ triângulo muscular ⌐ carotídeo ⌐ submandibular ⌐ submentoniano triângulo posterior ⌐ triângulo occipital ⌐ triângulo supraclavicular. 5 TÓRAX O tórax engloba a cavidade torácica, que contém a cavidade pericárdica, cavidades pleura os e mediastino, sendo separado do abdómen pelo diafragma (esterno, costelas e diafragma são os limites). ABDÓMEN A cavidade abdominal é a região delimitada superiormente pelo diafragma, inferiormente pela cavidade pélvica e anteriormente pelos músculos abdominais. Contém o estômago, baço, pâncreas, intestino, fígado e rins. Pode ser dividido em 4 quadrantes ou em 9 regiões: Região Umbilical Região Púbica REGIÃO PÉLVICA E PERÍNEO A cavidade pélvica engloba os órgãos do sistema reprodutivo assim como a bexiga e o cólon terminal. Contém a bexiga, órgãos reprodutores e parte distal dos intestinos. Difere de mulher para homem. 6 MEMBROS SUPERIORES Os membros superiores dividem-se: Ombro, Braço, Cotovelo, Antebraço, Punho, Mão. Compreende 3 áreas de transição: Axila, Fossa cubital Tunel cárpico. MEMBROS INFERIORES Os membros inferiores dividem-se: Região glútea, Coxa, Joelho, Perna, Tornozelo Pé. Compreende 3 áreas de transição: Triângulo femoral, Fossa poplítea, Tunel társico. 7 2.1. FISIOLOGIA DO OSSO CÉLULA HOMEOSTASIA O corpo humano tenta manter o meio em condições constantes, num ponto de equilíbrio - homeostasia. TECIDOS O que diferencia os tecidos uns dos outros é a estrutura celular e a sua matriz extracelular. ↓ Epitelial (Reveste superfícies e órgãos) ↓ Conjuntivo (Fornece suporte estrutural) ↓ Muscular (Responsável pela contração e movimento) ↓ Nervoso (Controla atividades corporais) TECIDO EPITELIAL Os tecidos epiteliais possuem: ⌐ Pouco material extracelular ⌐ Membrana basal e superfície livre ⌐ Não tem vasos sanguíneos ⌐ Têm alta capacidade de mitose e especializações nas junções celulares que ajudam na comunicação e adesão entre células. TECIDO CONJUNTIVO Os tecidos conjuntivos possuem células com abundante matriz extracelular (fibras, substância fundamental e líquido), sendo esta matriz a responsável pela caracterização e divisão posterior do tecido. Contém a presença de três tipos de células: ⌐ blastos (criam a matriz) ⌐ clastos (degradam a matriz) ⌐ citos (mantêm a matriz). Contém a presença de três tipos de fibras: colagénio, reticulina e elastina. 8 TECIDO CARTILAGÍNEO O tecido cartilagíneo é um tipo de tecido conjuntivo elástico envolvido no sistema músculo-esquelético, responsável pelo apoio e proteção do corpo humano. É essencial para a formação e crescimento do osso longo. ⌐ Constituída por condrócitos (MEC rica em colagénio/ácido hialurónico/proteoglicanos/glicoproteínas (condronectina)). ⌐ Condrócitos derivam dos condroblastos. (condroblastos → condrócitos) ⌐ Tecido avascular; ⌐ Aporte de nutrientes por difusão. TIPOS DE CARTILAGEM Tipo de cartilagem Identificação Pericôndrio Localização Primeiro esqueleto do embrião (posteriormente ossifica por ossificação endocondral) e disco Presente em muitos locais, Extremidades articulares de epifisário Hialina com exceção de cartilagens ossos longos, nariz, laringe, Colagénio tipo II, matriz basófila, articulares e epífises traqueia, brônquios condrócitos geralmente em grupos Condrócitos mais alongados e isolados Colagénio tipo I, matriz acidofílica, Ausente Discos intervertebrais, discos condrócitos arranjados em fileiras, articulares, sínfise púbica, Fibrocartilagem Aporte nutricional por líquido paralelas entre feixes de colagénio, inserção de tendões, sempre associadas a tecido sinovial meniscos conjuntivo Maior abundância de fibras elásticas na substância Pavilhão e canais auditivos, fundamental Elástica Presente epiglote, cartilagem Colagénio tipo II, fibras elásticas cuneiforme da laringe 9 FORMAÇÃO DA CARTILAGEM A cartilagem ajuda a proteger os ossos. A cartilagem é formada a partir de células mesenquimatosas que se diferenciam em condroblastos e, posteriormente, em condrócitos, responsáveis pela manutenção da matriz. Células mesenquimatosas → Condroblastos → Condrócitos A formação ocorre por: Crescimento intersticial (dentro da cartilagem): pela divisão de condrócitos. Crescimento aposicional (nas camadas mais externas): ocorre quando as células do pericôndrio (na camada mais profunda) se transformam em condroblastos, criando mais cartilagem por cima da pré-existente. TECIDO ÓSSEO O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo constituído por células e uma matriz extracelular mineralizada. Tem como funções o apoio das partes moles, proteção de órgãos vitais e regulação mineral. No seu interior está localizada a medula óssea e espaços que possibilitam a circulação do sangue. A matriz extracelular é composta por parte orgânica (predomínio de moléculas de colagénio do tipo I organizadas em fibras, proteoglicanos e glicoproteínas) e parte inorgânica (fosfato, cálcio, cristais de hidroxiapatite). A superfície dos ossos é recoberta por: Endeósteo (interna): tecido conjuntivo denso e células osteogénicas localizadas na superfície interna do osso. Constituído por camada de células osteogénicas, que revestem as cavidades do osso esponjoso, canal medular, canais de Harvers e canais de Volkmann. Periósteo (externa): tecido conjuntivo denso e células osteogénicas localizadas na superfície externa do osso. ↓ Células Osteoprogenitoras: São as "células-mãe" do osso, podem-se multiplicar e transformar em osteoblastos. Estão no periósteo (camada externa do osso) e no endeósteo (camada interna do osso). ↓ Osteoblastos: São células jovens que produzem a parte orgânica do osso (chamada osteóide) e ajudam a depositar cálcio na matriz, tornando o osso mais forte. Ficam na superfície do periósteo e do endeósteo. ↓ Osteócitos: Quando os osteoblastos ficam completamente envolvidos pelo osso que produziram, transformam-se em osteócitos. Esses osteócitos ficam dentro de pequenas cavidades no osso e ajudam a mantê-lo saudável. ↓ Osteoclastos: São células grandes, com vários núcleos, responsáveis por "limpar" o osso velho ou danificado, estes reabsorvem o osso, escavando pequenas cavidades, para que o osso possa ser remodelado. O OSSO DIVIDE-SE EM: Osso primário: primordial no desenvolvimento embrionário e reparação de fraturas. Distribuição irregular de colagénio. Osso secundário: fibras de colagénio organizadas em lamelas. Origina: ⌐ Canais de Harvers: vaso no eixo central do canal com lamelas concêntricas em redor ⌐ Canais de Volkmann: canais transversos que ligam os canais de Harvers. ⌐ Nas lacunas: osteócitos 10 O OSSO PODE-SE DIVIDIR EM DOIS TIPOS DE TECIDO ÓSSEO: Osso compacto: sem cavidades, lamelas concêntricas e lacunas onde estão os osteócitos. Osso esponjoso: múltiplas cavidades intercomunicantes (tabiques, espículas e trabéculas). OSSOS LONGO Diáfise - A diáfise é a parte central do osso longo, composta por osso cortical denso e compacto. É responsável pela resistência e suporte do peso, proporcionando rigidez ao osso. Epífise - As epífises são as extremidades do osso longo, compostas por osso esponjoso e revestidas por cartilagem articular. A epífise facilita a articulação com outros ossos e absorve impactos, protegendo a estrutura óssea. DISCO EPIFISÁRIO A principal função do disco epifisário é permitir o crescimento longitudinal dos ossos durante o desenvolvimento do corpo. É composto por células de cartilagem que se dividem e proliferam continuamente formando nova cartilagem que se vai ossificando para formar novo tecido ósseo (processo por aposição). Responsável pelo crescimento longitudinal do osso; Adjacente ao tecido ósseo da epífise. Promove o crescimento da cartilagem hialina por aposição junto da epífise; Destruição da cartilagem e substituição por osso primário ocorre na metáfise. Zona de repouso: Cartilagem hialina. Condrócitos dispersos de forma aleatória. Zona de proliferação: Proliferação de condrócitos. Formação de colunas paralelas empilhadas no eixo longitudinal. Zona de hipertrofia: Hipertrofia dos condrócitos (depósitos citoplasmáticos de glicogénio e lípidos). Os condrócitos morrem por apoptose. Zona de calcificação: Ocorre mineralização da matriz. Zona de ossificação: Única zona onde ocorre a formação de tecido ósseo. 11 OSTEOGÉNESE O processo de osteogénese (osteogénese: formação do osso; ossificação: desenvolvimento do tecido ósseo) pode ocorrer de duas maneiras: ossificação intramembranosa ou ossificação endocondral. ⌐ Ossificação intramembranosa: Ocorre diretamente a partir do tecido mesenquimal, sem a formação prévia de cartilagem. É típica de ossos planos, como os do crânio e clavícula. ⌐ Ossificação endocondral: Ocorre sobre um molde de cartilagem hialina, que é gradualmente substituído por tecido ósseo. É típica de ossos longos, como o fêmur e o úmero. REPARAÇÃO DE FRATURA S ÓSSEAS ↓ A fratura causa lesão dos vasos sanguíneos, destruição da matriz e morte das células ósseas. ↓ Um coágulo sanguíneo forma-se e é removido por macrófagos. ↓ Aumento da atividade mitótica, e aumento de células osteoprogenitoras (~48h), formando-se osso primário. ↓ O osso primário forma um calo ósseo. ↓ Reabsorção do osso excedente. REMODELAÇÃO ÓSSEA A remodelação óssea é um processo que acontece para manter os ossos fortes. Envolve duas partes importantes: a reabsorção (quando o osso velho é destruído) e a deposição (quando o osso novo é criado no lugar do velho). Isso ajuda a adaptar os ossos às mudanças do corpo. A estrutura interna do osso é continuamente alterada em resposta a mudanças de peso, microfraturas e mudanças de postura. Osteoblastos induzem a diferenciação dos macrófagos em osteoclastos. 12 1. REABSORÇÃO ÓSSEA: O processo começa com os osteoclastos, células responsáveis por destruir o osso antigo. Fixam-se à superfície do osso e libertam enzimas e ácidos que dissolvem os cristais de hidroxiapatite (a parte mineralizada do osso), libertando cálcio e fosfato na corrente sanguínea. Osteoclastos produzem o fator estimulador de colónias de monócitos (M-CSF), que potencia a formação de precursores de osteoclastos. M-CSF e RANKL promovem a osteoclastogénese. 2. INTERRUPÇÃO DA ATIVIDADE DOS OSTEOCLASTOS: Depois os osteoclastos recebem sinais para parar a destruição óssea, por meio da proteína osteoprotegerina (OPG), que inativa o fator RANK, um sinal que estimula os osteoclastos. Quando é bloqueado pela OPG, os osteoclastos param o processo de reabsorção. Cerca de 2 semanas depois, a osteoprotegerina (OPG) dissolve o RANKL, cessando a atividade dos osteoclastos. 3. FORMAÇÃO DE NOVO OSSO: Osteoblastos são células que constroem o osso novo. Movem-se para a área onde o osso é reabsorvido e começam a produzir osteóide, a matriz orgânica do osso (composta por colagénio). Depois de formarem o osteóide, os osteoblastos ajudam a mineralizar essa matriz, depositando cálcio e fosfato no osteóide, tornando-o forte e rígido. Enquanto fazem isso, alguns osteoblastos acabam por ficar presos ao osso que eles mesmos e migram para a área reabsorvida e começam a depositar osteóide, células maduras responsáveis por manter o osso. 4. ADAPTAÇÃO E REGULAÇÃO: O osso está sempre a justar-se às mudanças no corpo. O osso também ajuda a manter os níveis de cálcio e fosfato no sangue em equilíbrio, libertando esses minerais quando o corpo precisa. PAPEL METABÓLICO DO OSSO Osso é um reservatório de cálcio, influenciado por fatores hormonais: ⌐ PTH (principal hormona reguladora): Promove a reabsorção óssea Excreção de fosfato pelo rim. Aumenta níveis de cálcio no sangue. ⌐ Calcitonina Inibe a reabsorção da matriz. ⌐ Vitamina D Promove a absorção de cálcio no intestino. 13 2.2. COLUNA VERTEBRAL 33 Vértebras: ⌐ 7 vértebras cervicais ⌐ 12 vértebras torácicas ⌐ 5 vértebras lombares ⌐ 5 vértebras sagradas ⌐ 3-4 vértebras coccígeas CURVAS FISIOLÓGICAS No plano sagital, a coluna vertebral apresenta várias curvaturas: Primárias: cifoses torácica e sacral (côncavas anteriormente) Secundárias: lordoses cervicais e lombar (côncavas posteriormente) ↳ permite a distribuição de carga NOTA: Lordose = movimento de extensão Cifose = movimento de flexão 14 VÉRTEBRA A vértebra típica é constituída por um corpo e um arco vertebral, sendo o corpo vertebral mais anterior. O corpo vertebral aumenta gradualmente de tamanho de C2 a L5. COLUNA E CANAL VERTE BRAL Os limites do arco vertebral criam as paredes laterais e posterior do canal vertebral, que contém: ⌐ Medula espinal ⌐ Tecido conjuntivo, ⌐ Meninges, ⌐ Gordura ⌐ Vasos sanguíneos, ⌐ Partes proximais dos nervos espinhais. O canal vertebral é contínuo e inicia no forâmen magno do crânio. A coluna vertebral protege, no seu centro, a medula espinal e partes proximais dos nervos espinhais. A medula espinal inicia abaixo do bulbo, no forâmen magno e termina entre as vértebras L1-L2. FORÂMEN/ESPAÇO INTER VERTEBRAL LATERAL Os nervos espinhais desenvolvem-se a partir da medula espinal, desde a vértebra C2. Cada nervo sai do canal vertebral através do espaço intervertebral lateral, que possibilitam a passagem de raízes nervosas e de vasos sanguíneos. VÉRTEBRAS CERVICAIS - VÉRTEBRA TÍPICA 15 VÉRTEBRAS CERVICAIS - ATLAS E ÁXIS Na cervical existem 2 vértebras diferente que fazem a articulação com o crânio: o atlas (C1) e o áxis (C2). O atlas articula-se com a cabeça e destaca-se pela falta de corpo vertebral. A articulação entre o atlas e o crânio denomina-se atlanto-occipital. ATLAS AXIS É uma articulação em pivot, permitindo que o atlas e a cabeça anexada girem no áxis (dão maior mobilidade de rotação), estabilizados pelo ligamento transversal posterior do atlas. A estrutura do áxis é caracterizada pela existência da apófise odontóide, uma estrutura projetada superiormente para a rotação no eixo. 16 VÉRTEBRAS TORÁCICAS Caracterizadas pela articulação com as costelas. Uma vértebra torácica típica possui duas facetas costais (superior e inferior), para articulação com a costela do mesmo nível e a costela do nível inferior. VÉRTEBRAS LOMBARES As vértebras lombares são as maiores e não têm facetas para articulação com as costelas. SACRO E CÓCCIX SACRO ⌐ Osso representa 5 vértebras sagradas fundidas. ⌐ Tem a articulação com o osso pélvico. ⌐ Tem forma triangular e com curvatura anterior côncava. ⌐ Apresenta quatro pares de espaços/orifícios para a passagem do ramo posterior e anterior dos nervos S1 a S4. CÓCCIX ⌐ Pequeno osso triangular, que representa 3-4 vértebras fundidas. ⌐ Caracteriza-se pelo pequeno tamanho e ausência de arcos vertebrais 17 ARTICULAÇÃO ENTRE AS VÉRTEBRAS As vértebras ligam-se umas às outras através de sínfises (que contêm o disco intervertebral) e das articulações sinoviais entre as apófises articulares. Uma sínfise é um tipo de articulação permanente e permite pouco movimento. DISCO INTERVERTEBRAL A sínfise entre os corpos vertebrais é formada por uma camada de cartilagem hialina e por um disco intervertebral. O disco intervertebral é constituído por um núcleo pulposo circundado por um anel fibroso externo. NOTA: não existe disco intervertebral entre C1 e C2 ESTRUTURAS LIGAMENTA RES Existem ligamentos que reforçam as articulações entre as vértebras, nomeadamente: LIGAMENTOS ANTERIOR E POSTERIOR LIGAMENTO DA NUCA LIGAMENTO SUPRAESPINHOSO LIGAMENTO AMARELO MOVIMENTOS: 18 2.3. CAIXA TORÁCICA Estrutura cilíndrica: duas cavidades e pulmões; Duas aberturas: superior e inferior. Cavidade torácica: ⌐ Cavidade pleural direita; ⌐ Cavidade pleural esquerda; ⌐ Mediastino. Funções respiratórias, proteção de órgãos vitais. COMPONENTE ÓSSEA Elementos ósseos: Vértebras torácicas: ⌐ Vértebras torácicas ⌐ Corpo com apófises espinhosas longas ⌐ Costelas ⌐ Buraco vertebral circular ⌐ Esterno ⌐ Apófises transversas projetam-se posterolateralmente COMPONENTE ÓSSEA | COSTELAS Existem 12 pares de costelas, cada costela articula-se anteriormente com cartilagem. Todas as costelas articulam-se com a coluna: Costelas verdadeiras: 7 superiores, articulam com o esterno. Costelas falsas: restante 5. -Da 8.ª à 10.ª articulam anteriormente com as cartilagens das costelas superiores -A 11.ª e 12.ª são chamadas “costelas flutuantes” 19 COMPONENTE ÓSSEA | COSTELAS TÍPICA Uma costela típica consiste numa haste curva. ⌐ A anterior contínua com a sua cartilagem anterior; ⌐ A posterior caracterizada pela presença de cabeça, colo e tubérculo em articulação com a coluna vertebral. A cabeça articula-se com o corpo de duas vértebras adjacentes: ⌐ A faceta superior da costela liga-se à parte inferior da vertebra superior. ⌐ A faceta inferior da costela liga-se à parte superior da vertebra inferior. O colo é uma região curta e plana que interliga a cabeça e o tubérculo. O tubérculo consiste em duas regiões: O corpo da costela normalmente é plano e fino, com face interna e externa. A sua borda superior é lisa e arredondada. A borda inferior é afiada e contém o sulco costal (local de passagem de 2 veias, 1 artéria e 1 nervo intercostal). COMPONENTE ÓSSEA | 1ª COSTELA Tubérculo contém faceta para articular com apófise transversa. Possui tubérculo escaleno (para inserção do músculo escaleno) separa o sulco ventral e o sulco dorsal. COMPONENTE ÓSSEA | COSTELAS A 10.ª costela é a única que faceta com a própria vértebra; A 11.ª e 12.ª costelas articulam-se apenas com os corpos das próprias vértebras e não possuem tubérculos ou colo. São vértebras curtas, pouco anguladas e pontiagudas anteriormente. 20 COMPONENTE ÓSSEA | ESTERNO O esterno divide-se em: ⌐ Manúbrio ⌐ Corpo do esterno ⌐ Apófise xifóide Chanfradura jugular: articula-se com a clavícula e 1.ª cartilagem costal. Ângulo manubrioesternal: identificação da inserção da 2.ª costela. Apófise xifóide: região terminal. COMPONENTE LIGAMENTAR Todas as costelas articulam-se com as vértebras torácicas Articulações esternocostais e intercondrais: ⌐ Da 1.ª à 7.ª costela, a articulação com o esterno é feita através das cartilagens costais correspondentes. ⌐ Da 8.ª à 10.ª a articulação é realizada pela fusão das cartilagens costais Na 11.ª e 12.ª costelas a cartilagem costal recobre apenas as pontas das costelas. Articulação costotransversa costotransversa: entre tubérculo e apófise transversa da própria vértebra. Estabilizada por ligamentos extracapsulares: ⌐ Ligamento costotransverso ⌐ Ligamento costotransverso lateral ⌐ Ligamento costotransverso superior Articulações manubrioesternal e xifiesternal são sínfises. Preenchidos por músculos intercostais. No sulco costal: nervos, artérias e veias. 21 2.4. CABEÇA ÓSSEA ANATOMIA REGIONAL O crânio é composto por 22 ossos e pode ser dividido: ⌐ Calote craniana: ossos temporais, parietais, frontal, esfenóide e occipital ⌐ Base craniana: osso esfenóide, temporal e occipital ⌐ Esqueleto facial: frontal, nasais, lacrimais, zigomáticos, maxila, cornetos nasais inferiores e vomer. CABEÇA ( OUTROS REGIÕES) Fossa infratemporal / Fossa pterigopalatina O crânio é composto por vários ossos interligados por suturas/fontanelas. Existem 3 pares de articulações sinoviais na cabeça, destacam-se as ATM. VISTA ANTERIOR 22 VISTA LATERAL VISTA POSTERIOR 23 VISTA SUPERIOR VISTA INFERIOR A base do crânio pode-se dividir em: Parte anterior: dentes e palato duro. Parte intermédia: do palato duro até à margem anterior do buraco magno. Parte posterior: desde a borda anterior do buraco magno até às linhas nucais superiores. 24 CAVIDADE CRANIANA Contém o cérebro, meninges, nervos cranianos e vasos sanguíneos; A calote é constituída sobretudo pelo osso frontal, parietais e occipital; Sutura coronal; sagital e lambda; bregma. Crista frontal - linha média (foice cerebral), sulco para o seio sagital superior; fovéolas granulares. O “chão” é dividido em: ⌐ Fossa anterior. ⌐ Fossa intermédia. ⌐ Fossa posterior. Fossa craniana anterior: ossos frontais, etmóides e esfenóides ⌐ Crista frontal ⌐ Buraco cego ⌐ Crista Galli ⌐ Lâmina crivosa ⌐ Sulco pré-quiasmático Fossa craniana intermédia: ossos esfenóide e temporal ⌐ Sela turca - fossa hipofisária ⌐ Tubérculo da sela ⌐ Fissura orbital superior ⌐ Buraco redondo ⌐ Buraco oval ⌐ Buraco lácero ⌐ Sulco e buraco do nervo petroso maio Fossa craniana posterior: ossos temporal e occipital; esfenóide e parietais ⌐ Abriga o tronco cerebral e o cerebelo; ⌐ Buraco magno; ⌐ Meato acústico interno; ⌐ Buraco jugular; ⌐ Buraco do hipoglosso COMPONENTE LIGAMENTAR Suturas: ⌐ Coronal: frontal e parietal; ⌐ Sagital: ossos parietais ⌐ Bregma: junção de suturas sagital e coronal. ⌐ Lambda: parietal e occipital; ⌐ Esfenoparietal: esfenóide e parietal; ⌐ Esfenoescamosa: esfenóide e temporal; ⌐ Ptérion: entre frontal, parietal, esfenóide e temporal; ⌐ Occipitomastoideia: occipital e temporal. 25 2.5. MEMBRO SUPERIOR Membro Inferior = usado para suporte, estabilidade e locomoção. Membro Superior = é altamente móvel para posicionar a mão no espaço. O ombro é suspenso no tronco predominantemente por músculos e, portanto, pode ser movido em relação ao corpo. ´ O MS está associado à porção inferior do pescoço e à parede torácica. É dividido em: ⌐ Ombro (é a área de fixação do MS ao tronco) ⌐ Braço ⌐ Antebraço ⌐ Mão O MS é um segmento que nasce a partir do tronco, sendo suportado por músculos e uma pequena articulação entre a clavícula e o esterno: a articulação esternoclavicular. A axila, a fossa cubital e o túnel do carpo são áreas significativas de transição entre as diferentes partes do membro. Estruturas importantes passam por, ou estão relacionadas a cada uma dessas áreas. 26 ARTICULAÇÃO ESTERNOC LAVICULAR ARTICULAÇÃO ACRÓMIOCLAVICULAR Articulação sinovial tipo sela; Articulação sinovial tipo plano; Movimentos: Nenhum movimento; ⌐ Elevação com rotação posterior Os músculos que movem a omoplata fazem com ⌐ Protração que o acrómio se mova na clavícula; ⌐ Depressão Fortalecida pelos ligamentos: ⌐ Acromioclavicular Articulação entre a faceta côncava do manúbrio e a faceta côncava da clavícula; ⌐ Coracoclavicular (conoide e trapezoide) ⌐ Unem o processo coracoide e a clavícula; Articulação fortalecida por vários ligamentos: ⌐ Possui dois ligamentos componentes: ⌐ Esternoclavicular anterior e posterior; ⌐ Conoid ⌐ Costoclavicular ⌐ Interclavicular. ⌐ Trapezoide ARTICULAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL) 27 Articulação sinovial multiaxial e esférica; Articulação da cabeça do úmero com a cavidade glenoidal rasa da omoplata; Os ossos do ombro: omoplata, clavícula e extremidade proximal do úmero; A clavícula articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrómio da escápula. Luxação do ombro -> Perda de contacto entre os topos ARTICULAÇÃO SINOVIAL ARTICULAÇÕES SINOVIAIS As articulações sinoviais realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra, garantindo-lhe movimento. São compostas por cartilagem hialina, que revestem as extremidades ósseas, ligamentos, líquido sinovial e cápsula articular. ite=inflamação CÁPSULA ARTICULAR Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular que reveste a cavidade articular, a qual formada por uma camada fibrosa externa que é revestida por uma camada serosa, a membrana sinovial. CAVIDADE ARTICULAR A cavidade articular consiste no espaço potencial da articulação que contém um pequeno volume de líquido sinovial, secretado pela membrana sinovial, o qual ajuda a reduzir o atrito entre as extremidades ósseas. ARTICULAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL) A cavidade articular é aprofundada pelo lábio glenoidal (anel fibrocartilaginoso) e apoiada pelos músculos do manguito rotador (dão estabilidade). A cápsula é uma estrutura de tecido conjuntivo que envolve as superfícies ósseas da articulação glenoumeral. É dividido em duas partes: uma membrana externa; fibrosa e interna, ou sinovial, que contribui para a lubrificação da articulação. Esta cápsula também tem estruturas esponjosas na sua superfície: bolsas. MANGUITO ROTADOR 1 Todos os músculos do manguito rotador têm origem na omoplata e inserem-se no úmero. CÁPSULA A cápsula fibrosa envolve e contém duas aberturas: Entre os tubérculos do úmero para passagem da cabeça longa do bíceps braquial, que se fixa ao tubérculo supraglenoide dentro da articulação; Abertura anterior, inferior ao processo coracoide, para comunicação entre a bolsa subescapular e a cavidade sinovial da articulação. BOLSAS Importante para a diminuição do atrito. As bolsas são estruturas que contêm o líquido sinovial. Têm como função lubrificar a articulação, reduzir o atrito e facilitar o movimento em zonas de contato tendão-tendão ou tendão-osso que experimentam alta sobrecarga mecânica. LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL LIGAMENTOS GLENOUMERAIS: fortalecem a cápsula anteriormente; LIGAMENTO CORACOACROMIAL: do acrómio ao processo coracoide, previne o deslocamento da cabeça do úmero superiormente LIGAMENTO CORACOUMERAL: fortalece a articulação superiormente; LIGAMENTO UMERAL TRANSVERSO: preenche a lacuna entre o tubérculo maior e menor e mantém o tendão do bíceps braquial no lugar. 2 COMPLEXO ARTICULAR DO COTOVELO A extremidade distal do úmero articula-se com os ossos do antebraço na articulação do cotovelo, que é uma articulação que permite a flexão e extensão do antebraço. A articulação do cotovelo permite que o rádio gire no úmero enquanto desliza contra a cabeça do cubito durante a pronação e supinação. Articulação sinovial composta na qual o rádio e o cúbito se articulam com o úmero. Cavidade articular contínua com a articulação radiocubital superior. A cápsula fibrosa envolve todas as três articulações. Cotovelo: cubito // Medial+Lateral: úmero ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÃO UMEROCUBITAL ⌐ Articulação sinovial uniaxial em dobradiça; ⌐ Entre a tróclea do úmero e a incisura troclear do cubito. ARTICULAÇÃO RADIOCUBITAL SUPERIOR/PROXIMAI ⌐ Articulação pivô sinovial uniaxial; ⌐ Entre a cabeça do rádio e a incisura radial do cubito. ARTICULAÇÃO UMEROCUBITAL ⌐ Articulação sinovial uniaxial em dobradiça; ⌐ Entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio. ARTICULAÇÃO RADIOCUBITAL DISTAL/INFERIOR ⌐ Articulação do pivô sinovial; ⌐ Articulação entre a incisura cubital e a faceta; articular do rádio na sua extremidade distal. 3 LIGAMENTOS DO COTOVE LO LIGAMENTO COLATERAL CUBITAL: epicôndilo medial ao processo coronoide e olecrano. LIGAMENTO COLATERAL RADIAL: epicôndilo lateral ao ligamento anular. LIGAMENTO ANULAR: ⌐ Círculo fibroso forte; ⌐ Das margens da incisura radial do cubito; ⌐ Circunda a cabeça do rádio; ⌐ Mantém a posição da cabeça radial durante pronação e supinação. «« BOLSA SINOVIAL DO COTOVELO Bolsa subcutânea do olécrano: sobrepõe o olécrano no tecido subcutâneo; Bolsa subtendinosa do olécrano: entre o olécrano e o tendão do tríceps; Bolsa bicipitoradial: entre o tendão dos bíceps e a parte anterior da tuberosidade radial. COMPLEXO ARTICULAR DO PUNHO E MÃO Uma das principais funções da mão é segurar e manipular objetos, geralmente envolve a flexão dos dedos contra o polegar. A mão é usada para discriminar entre objetos com base no toque. As almofadas no aspeto palmar dos dedos contêm uma alta densidade de recetores sensoriais somáticos. Além disso, o córtex sensorial do cérebro dedicado a interpretar informações da mão, particularmente do polegar, é desproporcionalmente grande em relação ao de muitas outras regiões da pele. MOVIMENTO DO PUNHO: Abdução, adução (desvio cubital e radial); Flexão e extensão; Circundução. 4 COMPLEXO ARTICULAR D O PUNHO Articulação sinovial biaxial; Une os processos estilodes do rádione do cúbito; A cápsula fibrosa envolve o punho; Das extremidades distais do rádio e do cubito até à fileira proximal dos ossos do carpo; Revestida por uma membrana sinovial. COMPLEXO ARTICULAR D O PUNHO - OSSOS DO CARPO COMPLEXO ARTICULAR DO PUNHO – LIGAMENTOS LIGAMENTO RADIOCARPAL DORSAL E PALMAR: do rádio até as duas fileiras de carpos, nos lados palmar e dorsal. LIGAMENTO COLATERAL CUBITAL: do processo estiloide cubital até o piramidal. LIGAMENTO ESTILOIDE RADIAL: do processo estiloide radial até o escafoide. COMPLEXO ARTICULAR DO PUNHO E MÃO MOVIMENTO DOS DEDOS: As articulações metacarpofalângicas são articulações que permitem: ⌐ abdução, adução, ⌐ flexão, extensão, ⌐ circundução. As articulações interfalângicas são principalmente articulações que permitem apenas flexão e extensão. A falta da conexão ligamentar entre os ossos metacarpianos do polegar e do dedo indicador, juntamente com a articulação biaxial da sela entre o osso metacarpal do polegar e o carpo, fornece ao polegar maior liberdade de movimento do que os outros dígitos da mão. Articulação Trapézio-metacarpiana 5 2.6. MEMBRO INFERIOR O membro inferior é dividido em região: Glútea Coxa, Perna Pé As áreas de transição do membro inferior são o triângulo femoral, fossa poplítea e túnel tarsal. MOVIMENTOS: Articulação coxofemoral: Flexão vs. Extensão Abdução vs. Adução Circundação Joelho: flexão vs. Extensão Rotação medial vs. Rotação lateral Tornozelo: flexão (dorsiflexão) vs. Extensão (flexão plantar) OSSOS Ossos do MI: ⌐ Osso pélvico ⌐ Fémur ⌐ Tíbia ⌐ Perónio ⌐ Ossos do tarso ⌐ Metacarpo ⌐ Falângicos Articulações: ⌐ Coxofemoral ⌐ Joelho ⌐ Tornozelo ⌐ Metacarpofalângicas ⌐ Nterfalângicas 6 OSSOS | REGIÃO GLÚTEA Composta pelo osso pélvico e região proximal do fémur, sendo a articulação entre estes ossos a articulação coxofemoral. ⌐ Cada osso pélvico é constituído por 3 ossos: ílio, ísquio e púbis. A cabeça do fémur articula-se com o acetábulo na superfície lateral do osso pélvico. O acetábulo está na superfície lateral do osso pélvico, onde se encontra com a cabeça do fémur. A extremidade proximal do fémur é constituída por cabeça, colo e trocânter maior e menor. OSSOS | COXA A coxa tem como o seu principal osso o fémur, que se articula com a tíbia e com a rótula distalmente. A diáfise do fémur desce de lateral para medial no plano coronal. Existência de dois grandes côndilos que se articulam com a cabeça proximal da tíbia e são separados posteriormente por uma fossa intercondilar e unidos anteriormente. o Paredes da fossa intercondilar apresentam duas facetas para a fixação superior dos ligamentos cruzados. o Epicôndilos: elevações ósseas nas superfícies externas não articulares dos côndilos para fixação dos ligamentos colaterais do joelho. A rótula é o maior osso sesamóide ⌐ Encontra-se dentro do tendão do músculo quadrícipte femoral. ⌐ Ápice: fixação do ligamento rotuliano. ⌐ Base para fixação do tendão do quadrícipte. ⌐ Superfície posterior: articulação com o fémur. 7 OSSOS | PERNA A perna contém dois ossos: tíbia (medial) e perónio (lateral). Tíbia: o maior osso da perna e o único que se articula com o fémur no joelho. Extremidade proximal é expandida com um côndilo medial e um lateral. As superfícies articulares dos côndilos formam um “prato tibial”. A região intercondilar forma os tubérculos intercondilares medial e lateral com 6 facetas distintas para a fixação dos meniscos e ligamentos cruzados. Extremidade distal da tíbia contém o maléolo medial que se articula inferiormente com o tálus e forma grande parte da articulação do tornozelo. Perónio: diáfise mais estreita que a da tíbia. A extremidade distal expande-se para formar o maléolo lateral - faceta com articulação com o tálus. A cabeça do perónio contém uma faceta circular para articulação com o côndilo lateral da tíbia assim como a apófise estiloide OSSOS | PÉ O pé contém: ossos do tarso (7), metatarsos (5) e as falanges (3 para cada dedo menos para o hállux que só tem 2). Divide-se em superfície superior e superfície inferior. Formam arcos longitudinais e transversais, flexíveis. Os ossos do tarso são 7 e estão dispostos num grupo proximal e num grupo distal, com um osso intermediário entre os dois - osso navicular. Tálus: o osso mais superior e sustentado pelo calcâneo. Articula-se com a tíbia e o perónio para formar a articulação do tornozelo. O grupo distal, de lateral para medial consiste nos: ⌐ Cubóide. ⌐ Três cuneiformes: o lateral, intermédio e medial. Articulam com o navicular e com as bases de 3 metatarsos. 8 ARTICULAÇÕES/LIGAMEN TOS | COXA A articulação coxofemoral é uma articulação sinovial entre a cabeça do fémur e o acetábulo do osso pélvico Ligamentos: ⌐ LIGAMENTO ILIFEMORAL; ⌐ LIGAMENTO PUBICOFEMORAL; ⌐ LIGAMENTO ISQUIOFEMORAL ARTICULAÇÕES/LIGAMEN TOS | JOELHO Maior articulação sinovial do corpo. Estabilizada pelos diversos componentes da articulação. Meniscos: cartilagens fibrocartilaginosas em forma de C - medial e lateral. Estabilizados pelos ligamentos colaterais medial e lateral. LIGAMENTOS DO JOELHO ⌐ LIGAMENTO ROTULIANO , ⌐ LIGAMENTOS COLATERAIS ⌐ LIGAMENTOS CRUZADOS (AN TER IOR E POSTER IO R ). 9 ARTICULAÇÕES/LIGAMEN TOS | PERNA A tíbia e o perónio interligam-se ao longo do seu comprimento por uma membrana interóssea e por uma articulação tibioperoneal fibrosa, estabilizada pelos ligamentos anterior e posterior. ARTICULAÇÕES/LIGAMEN TOS | TORNOZELO Tornozelo: articulação sinovial que engloba o ⌐ Tálus ⌐ Tíbia ⌐ Perónio A articulação do tornozelo é estabilizada pelos ligamentos medial e lateral. O medial fixado acima do maléolo. Subdividido em: ⌐ Tibionavicular; ⌐ Tibiocalcânea; ⌐ Posterior; ⌐ Tibiotalar anterior. O ligamento lateral é composto por três ligamentos separados: ⌐ Taloperoneal anterior; ⌐ Taloperoneal posterior; ⌐ Calcaneoperoneal. 10 2.7. ARTICULAÇÕES Nome dado ao local onde dois ou mais elementos ósseos se juntam, sendo importantes para: União dos ossos; Estabilidade corporal; Possibilidade de manter uma postura ereta; Movimento do esqueleto; Prevenção de desgaste ósseo; Amortecimento de choque/impacto corporal. Dividem-se em sinoviais vs. não sinoviais ARTICULAÇÃO SINOVIAL Articulações que se caracterizam por conexões entre ossos separados por uma cavidade articular estreita, o que possibilita grande amplitude de movimentos. Encontram-se sobretudo no esqueleto apendicular. Presença de cartilagem hialina nas superfícies articulares e uma cápsula que se divide em: ⌐ Membrana sinovial (interna): altamente vascular e produz o líquido sinovial. ⌐ Membrana fibrosa (externa): formada por tecido conjuntivo denso. Podem apresentar estruturas adicionais como discos articulares, bolsas de gordura e tendões: ⌐ Discos articulares: geralmente fibrocartilagem; ⌐ Absorvem as forças de compressão, ajustam-se às mudanças nos contornos das superfícies articulares durante os movimentos e aumentam a amplitude de movimento; ⌐ Bolsas de gordura: entre a membrana sinovial e a cápsula; ajustam-se ao movimento. ARTICULAÇÃO SINOVIAL | TIPOS Planas: uniaxiais. Superfícies lisas opostas e tamanho idêntico. (acromiclavícular) Pivot/cilíndricas: uniaxiais; apófise cilíndrica que roda num anel; possibilita rotação. (axis com atlas) Em tróclea: possibilita movimento num eixo transversal à articulação. (cotovelo) Em sela: orientadas perpendicularmente, biaxiais. ( J° dedo) Elipsóide/condilartrose: movimento em dois eixos com 90º de diferença. (punho) Bincondilar: movimento na maioria dos eixos, com rotação limitada no 2.º eixo. Formada por 2 côndilos. (Joelho) Esféricas: articulações multiaxiais; superfície articular em cabeça e outra onde se encaixa parte da cabeça. (glenoumeral) ARTICULAÇÃO NÃO SINO VIAL Articulações também designadas como sólidas; Conexão entre dois elementos ósseas em que as superfícies adjacentes estão ligadas entre si por: ⌐ Tecido conjuntivo fibroso: articulações fibrosas. ⌐ Tecido cartilaginoso: articulações cartilaginosas; habitualmente fibrocartilagem. Movimentos mais restritos do que nas articulações sinoviais. Encontram-se sobretudo no esqueleto axial. 11 ARTICULAÇÃO NÃO SINOVIAL | TIPOS Designadas como sólidas, encontram-se sobretudo no esqueleto axial. Suturas: articulação completamente imóvel no adulto. Na criança os bordos são locais de contínuo crescimento ósseo. Gonfoses: ocorrem apenas entre os dentes e o osso adjacente. Sindesmoses: as superfícies articulares encontram-se afastadas e dois ossos adjacentes estão conectados por um ligamento. Sincondroses: quando dois centros de ossificação permanecem separados por uma camada de cartilagem habitualmente hialina. O MOVIMENTO As articulações permitem movimentos uniaxiais, biaxiais ou multiaxiais. Movimento é a ação de mover um elemento de um ponto A para um ponto B, sendo realizado em redor de um eixo fixo e numa determinada direção. Os movimentos anatómicos envolvem ossos/segmentos corporais a movimentar-se em redor de articulações fixas, em relação aos eixos/planos anatómicos principais: sagital, coronal e transverso ou planos paralelos a esses. 12 3.1. FISIOLOGIA DO MÚSCULO TECIDO MUSCULAR É composto por células especializadas na conversão de energia química (ATP) em energia mecânica. Tipos de músculo: ⌐ Esquelético/estriado: controlo voluntário. Estriações transversais que traduzem a disposição organizada de moléculas de actina e miosina no interior das células. ⌐ Cardíaco: localizado no miocárdio. Involuntário, sob o controlo de um pacemaker intrínseco. ⌐ Liso: músculo involuntário. Parede de órgãos ocos. CONTRAÇÃO A contração implica a interação de actina e miosina, num processo que requer aumento transitório de cálcio intercelular. Relembremos que os músculos agem sobre uma articulação (ponto fixo), e que a contração do músculo provoca a diminuição do mesmo e o movimento da haste no sentido da inserção do músculo. ORGANIZAÇÃO MÚSCULO ESQUELÉTICO O músculo esquelético é composto por fibras musculares, cada uma envolvida por endomísio. Estas fibras agrupam-se em fascículos, cada um envolvido por perimísio (vasos sanguíneos). Fascículos agrupam e formam o músculo, envolto em epimísio - junta-se e forma o tendão. As células musculares esqueléticas contêm feixes de filamentos (miofibrilas), cujo padrão repetido causa a estriação da célula - disposição regular dos filamentos grossos e finos nessas miofibrilas. A miofibrila pode ser dividida em sarcómeros (unidade contrátil da fibra): ⌐ Delimitados por duas linhas escuras (linha Z); ⌐ Em cada lado da linha Z, uma faixa clara (banda I): filamentos finos de actina; ⌐ Entre duas bandas I, banda A: filamentos grossos de miosina. Filamentos finos estendem-se em direção ao centro do sarcómero e sobrepõem-se nos filamentos grosso (região escura da banda A). ⌐ Banda H: com filamentos grossos apenas. ⌐ Linha M: proteínas necessárias para a organização e alinhamento dos filamentos grossos. Cada miofibrila é cirundada por retículos sarcoplasmáticos (RS) ⌐ Rede intracelular responsável pela regulação do cálcio. ⌐ Alta densidade da bomba de cálcio (Ca2+-ATPase). ⌐ Túbulos T formam associações com duas cisternas terminais do RS e estão em contacto com o espaço extracelular. ⌐ Cada filamento de miosina é cercado por filamentos de actina. 13 Filamentos grossos ancorados à linha Z por titina. Filamentos finos, agregação de actina, com nebulina a regular o comprimento do filamento. A tropomiosina cobre os sítios de ligação da miosina nas moléculas de actina.Filamentos grossos ancorados à linha Z por titina. ⌐ Troponina I: inibe a ligação da miosina à actina. ⌐ Troponina C: liga-se ao cálcio, promovendo o movimento da tropomiosina sobre o filamento de actina e expondo os sítios de ligação da miosina. Filamentos grossos constituídos por miosina: ⌐ Par de cadeias pesadas - alfa-hélice, que força a cabeça globular, responsável pela ligação das duas moléculas e com atividade ATPase. ⌐ Par de cadeias leves - cadeia leve essencial (atividade ATPase) e cadeias leves reguladoras. ⌐ Associação cauda-cauda, zona nua central. Essencial para aproximar as linhas Z por encurtamento do comprimento do sarcómero. CONTROLO DE ATIVIDAD E DE CONTRAÇÃO Unidade motora e junção neuromuscular permite o controlo pelo Sistema Nervoso Central. Cada músculo é inervado por um neurónio motor, formando a sinapse e placa muscular. A unidade motora consiste no nervo motor e todas as fibras musculares inervadas por esse nervo (unidade contrátil funcional). Libertação de acetilcolina despoleta um potencial de ação na fibra muscular. ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO Potencial de ação transmite-se ao longo do sarcolema, entra nos túbulos T e liberta cálcio das sisternas do RS para o mioplasma. Recetores de rianodina - RYR - interage com recetor para diihidropiridina (DHPR), que induz a libertação de cálcio pelo RS. A calsequestrina liga-se o cálcio e armazena-o em alta concentração - gradiente de concentração favorável. Triadina e juntina ancoram a calsequestrina junto ao RYR e aumentam a capacidade de tamponamento no local de libertação de cálcio. Reuptake de cálcio para o RS realizado pela SERCA (duas moléculas de cálcio por cada ATP hidrolisado) CICLO DAS PONTES CRUZADAS (ENCURTAMENTO DO SARCÓMERO) Alterações conformacionais - movimento de actina em direção ao sarcómero (reduz comprimento de sarcómero e contração da fibra muscular). 14 4 etapas: 1. Estado de repouso - miosina hidrolisou parcialmente o ATP 2. Libertação de cálcio, ligação à troponina C - movimento da tropomiosina no filamento de actina - exposição de sítios de ligação; Cabeça “energizada” da miosina liga-se à actina. 3. Miosina altera configuração e “puxa” o filamento de actina em direção ao centro do sarcómero; 4. Miosina liberta ADP + Pi durante a transição para o estado c. Ligação de ATP à miosina diminui a afinidade da miosina pela actina, resultando na libertação da miosina do filamento de actina. A miosina hidrolisa parcialmente o ATP e retorna ao estado de repouso. Se ocorrer a diminuição de cálcio, dissociação da troponina C e complexo troponina- tropomiosina bloqueia de novo. TIPOS DE MÚSCULO Músculo pode ser classificado consoante as diferentes sequências da atividade da ATPase e atividade das enzimas das vias glicolítica e oxidativa: ⌐ Fibras de contração lenta (Tipo I): ⌐ Fibras de contração rápida (Tipo IIA e tipo IIB): Alta concentração das enzimas oxidativas; Alta atividade das enzimas glicolíticas; Alto número de mitocôndrias; Enzimas oxidativas baixa; Altos níveis de mioglobina; SERCA 2. Número de mitocôndrias baixo; RS mais extenso; Desenvolvem uma concentração de cálcio SERCA 1 (maior atividade que SERCA2). mais baixa que as fibras rápidas. Entram em fadiga mais rapidamente. Entram em fadiga mais lentamente. IIA têm capacidade glicolítica e oxidativa. É possível converter um músculo de contração rápida em músculo de contração lenta por meio de inervação cruzada ou por estimulação crónica. 1 MODULAÇÃO DA FORÇA D A CONTRAÇÃO RECRUTAMENTO (SOMAÇÃO ESPACIAL) Pode-se aumentar a força de contração de um músculo através do recrutamento de mais unidades motoras. ⌐ As lentas: pequenas, inervadas por um neurónio motor facilmente excitado. ⌐ As primeiras a serem recrutadas. ⌐ As rápidas: grandes, mais difícil de excitar. REFLEXO DE ESTIRAMENTO (MODULAÇÃO PELOS ARCOS REFLEXOS) Existência de fibras sensoriais permitem avaliar o grau de estiramento do músculo e velocidade de contração. No reflexo de estiramento, o estiramento rápido do músculo alonga as fibras sensoriais > aumento da frequência dos potenciais de ação dos neurónios sensoriais aferentes > excitação dos neurónios motores na medula > inervam o músculo estriado. FONTES DE ENERGIA ATP: conversão de energia química (ATP) em energia mecânica. Creatinofosfato: faz conversão de ADP em ATP - restabelece reservas de ATP. A sua depleção provoca fadiga muscular. Hidratos de carbono: glicogénio durante a contração fornece glicose para a fosforilação oxidativa e glicólise e assim gerar ATP. Depende de O2. Diminuição de O2 produz um número inferior de ATP e lactato. Ácidos gordos e TG: degradados por beta-oxidação nas mitocôndrias produzindo ATP. DÉBITO DE OXIGÉNIO A contração muscular necessita de O2. Caso a necessidade não consiga ser suprida pela fosforilação oxidativa, ocorre “débito” de oxigénio; em repouso a respiração permanece em esforço para compensar o débito. Débito maior nos exercícios vigorosos, quando as unidades motoras rápidas - glicolíticas - são usadas 2 FADIGA Mecanismo de proteção para minimizar o risco de lesão/morte celular, resultante de produtos metabólicos acessórios. Depleção de reservas de glicogénio e de creatinofosfato + acumulação de ácido láctico + Pi > Diminuição do pH do mioplasma e inibição da interação actina-miosina. Papel importante do SNC: atletas de alta competição conseguem resistir ao desconforto da fadiga; importância de fatores motivacionais DESENVOLVIMENTO E CR ESCIMENTO Diferenciação das fibras ocorre antes da inervação. Placa terminal é formada quando o primeiro terminal de um nervo estabelece contacto com uma célula muscular. Durante o crescimento, músculo aumenta de tamanho e força: ⌐ Células musculares alongam-se (+sarcómeros); ⌐ Hipertrofiam (duplicação do diâmetro por adição de sarcómeros em paralelo) Músculos esqueléticos com capacidade de formar novas fibras (hiperplasia). ⌐ Atrofia quando existe destruição celular ou diminuição do estímulo, por dois processos: - Inibição de síntese de proteínas e estimulação da degradação proteica. RESPOSTA AO EXERCÍCI O TRÊS TIPOS DE TREINO: Treino de aprendizagem: fatores motivacionais e coordenação neuromuscular. Sem mudanças nas fibras. Habilidades motoras persistem sem treino regular Treino de resistência: aumento do metabolismo oxidativo. Treino de força: aumento da força muscular com recrutamento das unidades motoras glicolíticas rápidas e oxidativas lentas. DOR MUSCULAR DE INÍCIO TARDIO Atividades com maior estiramento e alongamento muscular provocam mais dor e rigidez de atividades que não o necessitem. Pico de dor 24-48h após a realização de exercício: redução de amplitude, rigidez e fraqueza dos músculos afetados. Causada por edema e inflamação das células musculares lesadas. 3.2. MÚSCULOS DA COLUNA VERTEBRAL SIST EMA MUSCULAR DA COLUNA VERT EBRAL Os músculos da região dorsal do tronco estão organizados em grupos superficiais, intermédios e profundos. Os músculos dos grupos superficiais e intermédios são músculos extrínsecos porque se originam embriologicamente de locais diferentes das costas. Eles são inervados por ramos anteriores de nervos espinhais: ⌐ O grupo superficial consiste em músculos relacionados e envolvidos com movimentos do membro superior. (conseguem-se palpar) ⌐ O grupo intermédio consiste em músculos que se inserem nas costelas e apoiam na função respiratória. Os músculos do grupo profundo são músculos intrínsecos porque se desenvolvem nas costas. Eles são inervados por ramos posteriores de nervos espinhais e estão diretamente relacionados aos movimentos da coluna vertebral e da cabeça GRUPO SUPERFICIAL Os músculos do grupo superficial são imediatamente profundos à pele e à fáscia superficial. Fixam a parte superior do esqueleto apendicular (clavícula, escápula e úmero) ao esqueleto axial (crânio, costelas e coluna vertebral). 1 Músculos Superficiais das Costas Músculo Origem Inserção Inervação Função Trapézio Protuberância occipital Clavícula. Nervo acessório Elevação, rotação externa. (XI). superior, depressão, Acrômio. adução (retração) da Processos espinhosos Ramos de nervos omoplata. das vértebras C7 a Espinha da do pescoço (C3 e T12. omoplata. C4). Latíssimo Processos espinhosos Sulco Nervo toracodorsal Extensão, adução e do Dorso das vértebras T7 a L5. intertubercular do (C6-C8) rotação medial do úmero. úmero. Sacro Crista ilíaca. 9ª-12ª costelas. Elevador Apófises transversas Borda medial da Nervos cervicais C3 Elevação da da de C1 a C4. omoplata. e C4. omoplata. omoplata Nervo escapular dorsal. Romboide Processos espinhosos Bordo medial da Menor das vértebras C7 a T1. omoplata, adjacente à espinha da omoplata. Retração (adução) e Nervo escapular elevação da Romboide Processos espinhosos Bordo medial da dorsal (C4-C5). omoplata. Maior das vértebras T2 a T5. omoplata, entre a espinha da omoplata e o ângulo inferior. 2 GRUPO INTERMÉDIO Os músculos do grupo intermédio consistem em duas finas lâminas musculares nas regiões superior e inferior das costas, imediatamente profundas aos músculos do grupo superficial. As fibras desses dois músculos serráteis posteriores (serrátil posterior superior e serrátil posterior inferior) passam obliquamente para fora da coluna vertebral para se fixarem nas costelas. ⌐ Esse posicionamento sugere uma função respiratória. Músculos Intermédios (respiratórios) das Costas Músculo Origem Inserção Inervação Função Serrátil posterior Processos Faces superiores Nervos intercostais Elevação das superior espinhosos das das costelas 2 a 5. (ramos dos nervos costelas 2 a 5. vértebras C7 a torácicos T2 a T5). T3. Serrátil posterior Processos Faces inferiores das Nervos intercostais Depressão das inferior espinhosos das costelas 9 a 12. (ramos dos nervos costelas 9 a 12. vértebras T11 a torácicos T9 a T12). L2. Eleva quando o diafragma contrai. 3 GRUPO PROFUNDO Os músculos profundos ou intrínsecos das costas estendem-se da pélvis até o crânio e são inervados por ramos segmentares dos ramos posteriores dos nervos espinhais. Eles incluem: os extensores e rotadores da cabeça e pescoço – o splenius capitis e o splenius cervicis (músculos espinotransversais); os extensores e rotadores da coluna vertebral – os eretores da espinha e os transversoespinhais; e os músculos segmentares curtos – os interespinais e os intertransversais. FÁSCIA TORACOLOMBAR A fáscia toracolombar cobre os músculos profundos das costas/ tronco. E separa os músculos da região torácica e lombar. Desempenha um papel 7 importante na estabilidade o no suporte de coluna vertebral. Músculos transversoespinhais Músculo Origem Inserção Inervação Função Esplénio Processos Terço lateral da linha cabeça espinhosos das nucal superior. vértebras C7 a T4. Processo mastoide do osso temporal. Ramos posteriores Extensão do dos nervos pescoço, rotação Esplénio Processos Processos cervicais. lateral. cervicais espinhosos das transversos das vértebras T3 a T6 vértebras C1 a C3. 4 Músculos eretor da coluna Músculo Origem Inserção Iliocostais cervicais Ângulo das costelas 3-6. Processos transversos das vértebras C4-C6. Iliocostais torácicos Ângulo das costelas 7-12. Ângulos das costelas 1-6.. Processo transverso da vértebra C7. Iliocostais lombares Crista ilíaca Ângulo das costelas 5-12. Parte posterior do sacro. 5 Longissimus cabeça Processos transversos das vértebras T1 Processo mastóide do osso a T5. temporal. Longissimus cervicais Processos transversos das vértebras T1- Processos transversos das T5 vértebras C2-C6. Longissimus torácicos Processos transversos das vértebras Processos transversos das lombares L1 a L5 e parte posterior do vértebras T1 a T12 e costelas 3 a sacro. 12. Espinhal Cabeça Processos espinhosos das vértebras C7 Osso occipital. – T1 Espinhal Cervical Processos espinhosos das vértebras C7 Processo espinhoso das vértebras – T1. C2 – C4. Ligamento nucal. Espinhal Torácico Processos espinhosos de T11 – L2. Processo espinhoso das vértebras T2 – T8. Músculos transversoespinhais Músculo Origem Inserção Semiespinhal Processos transversos das Entre a linha nucal superior e inferior do osso cabeça vértebras C7 a T6 occipital. Processos articulares das vértebras C4 a C6. Semiespinhal Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras C2 a C5. cervicais vértebras T1 a T6. Semiespinhal Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras T1 a T4 e C6 torácicos vértebras T6 a T10. a C7. Multífido Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras superiores, vértebras C4 a L5. geralmente 2 a 4 vértebras acima da origem. Processos articulares das vértebras C4 a C7. Face posterior do sacro e crista ilíaca. Rotatores Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras cervicais. cervicais vértebras cervicais. Rotatores Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras torácicas. torácicos vértebras torácicas. 1 Rotatores Processos transversos das Processos espinhosos das vértebras lombares. lombares vértebras lombares. Músculos Segmentares Músculo Origem Inserção Função Elevadores das Processos Borda superior da costela, Elevação das costelas transversos das abaixo da vértebra de origem costelas, rotação da vértebras C7 a T11. (do 1º ao 12º par de costelas). coluna. Interespinhais Processos Flexão, extensão e transversos das estabilização da vértebras. coluna. Intertransversários Processos Flexão lateral e transversos das estabilização da vértebras. coluna. 2 Músculos Suboccipital Músculo Origem Inserção Inervação Função Reto Posterior Processo Linha nucal inferior do Nervo Extensão, rotação Maior da Cabeça espinhoso da osso occipital. suboccipital ipsilateral da vértebra C2 (axis). (C1). cabeça. Reto Posterior Tubérculo posterior Linha nucal inferior do Nervo Extensão da Menor da da vértebra C1 osso occipital. suboccipital cabeça. Cabeça (atlas). (C1). Oblíquo Superior Processo Entre as linhas nucais Nervo Extensão, rotação da Cabeça transverso da superior e inferior do suboccipital ipsilateral da vértebra C1 (atlas). osso occipital. (C1). cabeça. Oblíquo Inferior Processo Processo transverso da Nervo Extensão, rotação da Cabeça espinhoso da vértebra C1 (atlas). suboccipital ipsilateral da vértebra C2 (axis). (C1). cabeça. 3.3. MÚSCULOS DA C AIXA TORÁCICA EST RUT URAS ÓSSEAS A caixa torácica é constituída: Posteriormente, por 12 vértebras torácicas; Lateralmente, pelas costelas; Anteriormente, pelo esterno (manúbrio, corpo e apófise xifóide). ABERTURA SUPERIOR E INFERIOR A abertura torácica superior é formada por: Corpo da vértebra T1 posteriormente O bordo superior da 1.ª costela bilateralmente e O manúbrio anteriormente. A abertura torácica inferior é formada por: Posteriormente pelo corpo da vértebra T12; Póstero-lateralmente pela 12.ª costela, T12 e a extremidade distal da vértebra T11; Ântero-lateralmente pela cartilagem da 7.ª até à 10.ª costelas, Anteriormente pela apófise xifóide e é selada pelo diafragma. CAVIDADE TORÁCICA O tórax aloja a cavidade torácica, que se divide em: Cavidade pleural direita (contém o pulmão direito); Cavidade pleural esquerda (contém o pulmão esquerdo); Mediastino (compartimento central da cavidade torácica que contém o coração, esófago, traqueia, nervos, artérias e veias). DIAFRAGMA Músculo que sela a abertura torácica inferior; Separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. O principal músculo da inspiração. Inserções: apófise xifoide do esterno, na margem costal da parede torácica, extremidades da 11.ª e 12.ª costelas, ligamentos da parede abdominal posterior e vértebras lombares. 1 MOVIMENTOS RESPIRAT Ó RIOS A ventilação é realizada pela expansão e contração dos pulmões. Uma das principais funções da parede torácica e do diafragma é alterar o volume do tórax para possibilitar os movimentos respiratórios: inspiração e expiração. Durante os movimentos respiratórios ocorrem alterações nas dimensões da caixa torácica: ⌐ na direção vertical, ⌐ na direção lateral ⌐ na direção ântero-posterior A elevação e depressão do diafragma altera significativamente as dimensões verticais do tórax. INSPIRAÇÃO Contração do diafragma (baixa); Expansão da cavidade torácica; Relaxamento da parede abdominal. EXPIRAÇÃO Durante a expiração, a parede abdominal contrai e auxilia na elevação do diafragma, reduzindo o volume torácico. O material pode ser expelido das vias aéreas por meio de expiração forçada usando os músculos abdominais, como na tosse ou espirro. (o esforço deve ser feito no tempo expiratório) MOVIMENTOS RESPIRAT Ó RIOS E CONT RAÇÃO ABDOMINAL A contração dos músculos da parede abdominal pode aumentar drasticamente a pressão intra-abdominal quando o diafragma está numa posição fixa. O ar é retido nos pulmões fechando as válvulas na laringe. O aumento da pressão intra-abdominal auxilia na evacuação do conteúdo da bexiga e do reto e no parto. MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA Os músculos da parede torácica incluem aqueles que preenchem e sustentam os espaços intercostais, aqueles que passam entre o esterno e as costelas, e aqueles que cruzam várias costelas entre as inserções costais.. 2 MÚSCULOS INTERCOST AI S Os músculos intercostais são três músculos planos encontrados em cada espaço intercostal que passam entre costelas adjacentes. Os músculos intercostais internos são mais ativos durante a expiração. Os músculos intercostais externos são os mais superficiais (11 pares) e são mais ativos na inspiração. Os músculos intercostais são inervados pelos nervos intercostais relacionados. MÚSCULOS SUBCOST AIS E T RANSVERSOS Os subcostais estão no mesmo plano que os intercostais mais internos, abrangem várias costelas e são mais numerosos em regiões inferiores da parede torácica posterior. Os músculos transversos do tórax são encontrados na superfície profunda da parede torácica anterior e no mesmo plano que os intercostais mais internos. Músculos subcostais e transversos Músculo Origem Inserção Inervação Função Intercostal Borda inferior da Borda superior da costela Nervos Elevação. Externo costela superior. imediatamente abaixo. intercostais. Utilizado na inspiração. Intercostal Borda superior da Borda inferior da costela Nervos Depressão. Interno costela inferior. superior. intercostais. Utilizado na Expiração. Intercostal Borda superior da Borda inferior da costela Nervos Apoia espaços Interno mais costela inferior. superior. intercostais. intercostais. Profundo Subcostal Superfície interna Borda superior da costela Nervos Depressão das costelas 7 a 12. imediatamente abaixo intercostais. das costelas. (geralmente a distância de 2 a 3 costelas). Transverso do Face interna do Cartilagens costais das Nervos Depressão Tórax esterno e costelas 2 a 6. intercostais. das cartilagens das cartilagens. costelas 2 a 6. 3 MÚSCULOS ACESSÓRIOS DA RESPIRAÇÃO Os músculos da parede torácica, juntamente com os músculos entre as vértebras e costelas posteriormente (ou seja, os músculos elevadores costais e serrátil posterior superior e serrátil posterior inferior) alteram a posição das costelas e do esterno e, consequentemente alteram o volume torácico durante a respiração. Nos momentos em que é necessários respirar mais profundamente ou forçadamente, como por exemplo durante a prática de exercícios, os músculos acessórios intervêm e aumentam o tamanho da caixa torácica ainda mais, ao puxar o esterno e as duas primeiras costelas. Estes músculos são o esternocleidomastoideo, os escalenos e o serrátil anterior. MÚSCULOS SUPERFICIAI S NA REGI ÃO PEITORAL Os músculos da região peitoral são os músculos: peitoral maior peitoral menor subclávio Todos se originam na parede torácica anterior e inserindo-se nos ossos do membro superior. Músculos superficiais na região peitoral Músculo Origem Inserção Inervação Função Peitoral Maior Clavícula (parte medial), Crista do Nervos peitorais Adução, flexão e esterno, cartilagens das tubérculo medial e lateral rotação medial, costelas 1 a 6, e maior do (C5 a C8, T1). elevação, extensão aponeurose do músculo úmero. do braço. oblíquo externo. Subclávio Costela 1, na junção com a Face inferior Nervo subclávio Depressão, sua cartilagem. da clavícula. (C5, C6). elevação da clavícula. Peitoral Processos coracoides da Costelas 3 a Nervos peitorais Protração da Menor escápula. 5. medial e lateral omoplata, (C6, C7, C8, T1). depressão e rotação inferior.. 1 MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL Músculos que estão envolvidos na expiração: reto abdominal oblíquos externos e internos transverso abdominal Ativação abdominal puxa as costelas para baixo durante a expiração ativa PAREDE ABDOMINAL Os elementos esqueléticos da parede são: as cinco vértebras lombares e seus discos intervertebrais; as partes superiores expandidas dos ossos pélvicos; componentes ósseos da parede torácica inferior, incluindo a margem costal, costela XII, a extremidade da costela XI e o processo xifoide. Os músculos compõem o restante da parede abdominal: Lateralmente à coluna vertebral, os músculos quadrado lombar, psoas maior e ilíaco reforçam a parede posterior ⌐ O psoas maior e ilíaco passam para a coxa e são os principais flexores da articulação do anca/coxo-femural). As partes laterais da parede abdominal são formadas por três camadas de músculos, que são semelhantes, em orientação, aos músculos intercostais da caixa torácica: transverso abdominal, oblíquo interno e oblíquo externo. Anteriormente, um músculo segmentado (o reto abdominal) em cada lado, abrange a distância entre a parede torácica inferior e a pélvis. A continuidade estrutural entre as partes posterior, lateral e anterior da parede abdominal é fornecida por fáscia espessa posteriormente e por aponeuroses derivadas dos músculos da parede lateral. ALINHAMENT O DA PAREDE ABDOMINAL 2 Músculos da parede abdominal Músculo Origem Inserção Inervação Função Oblíquo Externo Face externa das Crista ilíaca, Nervos intercostais (T7 a Flexão do costelas 5 a 12. ligamento T11), nervo subcostal tronco e rotação inguinal e (T12). contralateral. linha alba. Oblíquo Interno Crista ilíaca, fascia Costelas 10 a Nervos intercostais (T7 a Flexão do toracolombar e 12 e linha T11), nervo subcostal tronco e rotação ligamento inguinal. alba. (T12) e nervo ipsilateral. ilioinguinal. Transverso do Face interna das Linha alba e Nervos intercostais (T7 a Protração, Abdômen costelas 7 a 12, crista crista T11), nervo subcostal depressão e ilíaca, ligamento pubiana. (T12), nervo ilioinguinal rotação do inguinal e fascia e nervo iliohipogástrico. tronco. toracolombar. Reto Abdominal Cartilagens das Osso púbico, Nervos intercostais (T7 a Flexão do costelas 5 a 7 e perto da T11), nervo subcostal tronco. processo xifoide do sínfise (T12). esterno. púbica. Piramidal Osso púbico, perto da Linha alba. Nervo subcostal (T12). Tempos linha sínfise púbica. alba. 3.4. CABEÇ A E PESCOÇO A face contém um grupo característico de músculos que movem a pele em relação ao osso subjacente e controlam as órbitas e a cavidade oral. O pescoço estende-se da cabeça até aos ombros e a sua região posterior é mais alta do que a anterior - para conectar as vísceras cervicais com as aberturas posteriores das cavidades nasal e oral. ↓ Pode ser dividido em triângulo anterior e posterior: Anterior: linha vertical mediana do pescoço, margem inferior da mandíbula e margem anterior do ECM; Posterior: terço médio da clavícula, margem anterior do trapézio e margem posterior do ECM. CABEÇA Na cabeça os músculos podem ser divididos em: ⌐ Extra-oculares ⌐ Músculos da mímica facial ⌐ Músculos da mastigação ⌐ Músculos do palato mole ⌐ Músculos da língua No pescoço os principais grupos musculares incluem os músculos da faringe, da laringe, a cintura muscular, os músculos cervicais externos e os músculos posturais no compartimento muscular do pescoço e cabeça.. 1 MÚSCULOS DA FACE Inervados por um ramo do nervo facial (NC VII) - “músculos da mímica facial”. Grupo orbital: orbicular do olho e enrugador das sobrancelhas. Grupo nasal: nasal, piramidal e depressor do septo nasal Grupo oral: orbicular da boca, bucinador e grupo inferior (depressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e mentoniano) e superior (risório, zigomático maior, zigomático menor, elevador da asa do nariz e do lábio superior e elevador do lábio superior) Músculos que auxiliam na mímica facial: platisma, auriculares e occipitofrontal. MÚSCULOS DA FACE | GRUPO ORBITAL Composto pelo orbicular do olho e enrugador das sobrancelhas. Orbicular do olho: ⌐ Parte externa (responsável por fechar o olho com mais força) e parte interna (responsável por fechar o olho suavemente). ⌐ Pequena parte lacrimal posterior ao saco lacrimal. Enrugador das sobrancelhas: ⌐ Ação é realizada quando franzimos a testa - puxa as sobrancelhas em direção à linha média MÚSCULOS DA FACE | GRUPO NASAL Composto pelo músculo nasal, piramidal e depressor do septo nasal orbicular do olho e enrugador das sobrancelhas. Músculo nasal: ⌐ Duas partes: transversa (comprime as narinas) e parte alar (dilata as narinas). ⌐ Ativo com a dilatação das narinas. Piramidal: ⌐ Ativo quando se franze a testa. Depressor do septo nasal: ⌐ Auxilia na dilatação das narinas. 2 MÚSCULOS DA FACE | GRUPO ORAL Composto pelo músculo orbicular da boca, bucinador e por um grupo de músculos inferior e um grupo de músculos superior. Músculos da face Músculo Origem Inserção Função Orbicular da Perto da linha média da axila Pele e na mucosa Associar, estreitar a boca e boca e da mandíbula. dos lábios. fechar os lábios. Bucinador Região posterior da maxila e Lábios, Expulsão do ar com força; auxilia mandíbula. na mastigação. GRUPO DE MÚSCULOS INFERIOR Composto pelo depressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e mentoniano ⌐ Depressor do ângulo da boca: deprime o ângulo da boca. ⌐ Depressor do lábio inferior: deprime o lábio inferior e move-o lateralmente. ⌐ Mentoniano: levanta o lábio inferior (beber um copo). GRUPO DE MÚSCULOS SUPERIOR Composto pelo risório, zigomático maior, zigomático menor, elevador da asa do nariz e do lábio superior e elevador do lábio superior. ⌐ Risório: puxa o canto da boca lateral e superiormente. ⌐ Zigomático maior e menor: elevam o canto da boca e movem-no lateralmente ⌐ Elevador do lábio superior: aprofunda o sulco entre o nariz e o canto da boca durante a tristeza. ⌐ Elevador da asa do nariz e do lábio superior: dilatação das narinas 3 OUTROS MÚSCULOS PODEM AUXILIAR NA MÍMICA FACIAL Músculos que auxiliam a mímica facial Músculo Origem Inserção Função Platisma Abaixo da clavícula. Mandíbula. Tensiona a pele do pescoço e pode deprimir o lábio inferior. Músculos auriculares: o anterior, superior e posterior. ⌐ Anterior: puxa a orelha superior e anteriormente; ⌐ Superior: eleva a orelha; ⌐ posterior: retrai e eleva a orelha. Occipitofrontal: ventre frontal anterior e occipital posterior, conectados por um tendão aponeurótico. Movem o couro cabeludo e enrugam a testa. MÚSCULOS DA ÓRBIT A São vários os movimentos do globo ocular: Elevação: move a pupila superiormente. Depressão: move a pupila inferiormente. Abdução: move a pupila lateralmente. Adução: move a pupilar medicalmente. Rotação interna: gira a parte superior da pupila medialmente. Rotação externa: gira a parte superior da pupila lateralmente. Os músculos da órbita dividem-se em dois grupos: Músculos extrínsecos: elevador da pálpebra superior, retos (superior, inferior, medial, lateral) e oblíquos (superior e inferior). Músculos intrínsecos: ciliar, esfíncter pupilar, pupilas dilatadoras MÚSCULOS DA ÓRBITA | EXTRÍNSECOS Músculos do Pescoço Músculo Origem Inserção Inervação Função Elevador da pálpebra Tem um conjunto de Tarso Nervo Eleva a pálpebra superior fibras simpáticas pós- superior. oculomotor superior. ganglionares do gânglio (NC III). cervical superior e que ajuda a manter das pálpebras. Retos superior Anel tendinoso comum Quadrante NC III. Contração eleva, no ápice da órbita. posterior aduz e gira 1 externo do internamente o