Schistosoma mansoni e esquistossomose PDF
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Universidade Estácio de Sá
2024
Prof. Dr. Vandbergue Pereira
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This document is a presentation about Schistosoma mansoni or schistosomiasis, focusing on the life cycle, characteristics, diagnosis, and treatment. It explores different stages of the parasite and its transmission.
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Platelmintos: Schistosoma mansoni e esquistossomose Prof. Dr. Vandbergue Pereira [email protected] Canindé – CE 2024 Esquistossomose Doença do caramujo, xistose, barriga d’água Agentes etiológicos 1. Sc...
Platelmintos: Schistosoma mansoni e esquistossomose Prof. Dr. Vandbergue Pereira [email protected] Canindé – CE 2024 Esquistossomose Doença do caramujo, xistose, barriga d’água Agentes etiológicos 1. Schistosoma mansoni – América do Sul, Caribe e África, Oriente Médio 2. Schistosoma haematobium* – África e Oriente médio 3. Schistosoma intercalatum – África Central e Ocidental (focalmente) 4. Schistosoma japonicum – Indonésia, Índia e Filipinas 5. Schistosoma meckongi – Sudeste asiático (focalmente) 6. Schistosoma malayensis – Malásia Esquistossomose Agentes etiológicos 1. Schistosoma mansoni – América do Sul, Caribe e África, Oriente Médio 2. Schistosoma haematobium – África e Oriente médio 3. Schistosoma intercalatum – África Central e Ocidental (focalmente) 4. Schistosoma japonicum – Indonésia, Índia e Filipinas 5. Schistosoma meckongi – Sudeste asiático (focalmente) 6. Schistosoma malayensis – Malásia Distribuição mundial Esquistossomose mansônica 80 milhões de casos 54 países Caribe, Brasil, Suriname e Venezuela Distribuição Nacional Esquistossomose mansônica 2009-2020 423.117 casos Hospedeiros intermediários Características Família Planorbidae Biomphalaria glabrata Gênero Biomphalaria Espécies mais importantes Biomphalaria glabrata Biomphalaria tenagophila Biomphalaria tenagophila Biomphalaria straminea Eliminam cerca de 150 mil cercárias 2 mil/dia Biomphalaria straminea Distribuição espacial da Biomphalaria sp. no Brasil Biomphalaria glabrata (principal) Biomphalaria straminea Biomphalaria tenagophila Coleções hídricas Criadouros Valas alagadas ou represamentos (lagoas de coceira) vermes adultos Schistosoma mansoni Características Filo Platyhelminthes ovo Simetria bilateral Corpo achatado dorsoventralmente miracídio Presença de Macho e Fêmea Ciclo heteroxênico HD: homem, roedores, primatas e ruminantes cercária HI: caramujos do gênero Biomphalaria Diferentes formas de vida Vermes adultos Macho: 1 cm Fêmea: 1,6 cm Características 2 ventosas (oral e ventral) Estrutura de fixação Tegumento renova-se continuamente Incorporam proteínas do hospedeiro Camuflagem – sistema imune Macho Extremidade anterior cilíndrica Corpo enrola-se ventralmente Canal ginecóforo Fêmea Delgada e cilíndrica Tegumento liso Se aloja no canal ginecóforo Vermes adultos macho e fêmea acasalados macho fêmea canal ginecóforo (sexualmente imatura) Longevidade: 3 a 10 anos Vermes adultos macho e fêmea acasalados canal ginecóforo Longevidade: 3 a 10 anos Veias mesentéricas Habitat: Sistema porta-hepático Macho e fêmea acasalados nas vênulas do plexo mesentérico inferior ➔ ovipostura (6 a 8 semanas após a infecção) Ovo Características Cada fêmea produz ~300 ovos/dia Viáveis por 2 a 5 dias Não suportam dessecação Oval 100 a 180 µm Espícula lateral Casca rígida e porosa Entrada de nutrientes Liberação de substâncias Responsável pela resposta inflamatória Eclosão Contato com a água doce Liberação do miracídio cercária ovo Miracídio Características esporocisto Epitélio ciliado Papilas sensoriais (fototropismo) miracídio Glândulas de penetração Nadam à procura do caramujo No interior do HI, se transformam em esporocistos 1ário e 2ário (estrutura sacular com numerosas células germinativas) que glândulas de darão origem a milhares de cercárias penetração cílios Cercária corpo Características cauda bifurcada 1 Miracídio – 300 mil cercárias Cauda bifurcada 2 ventosas Papilas sensoriais Fototropismo Eliminadas nas horas mais iluminadas Penetração na pele Atraídas por ácidos graxos e peptídeos humanos Glândulas de penetração ➔ proteases Após a penetração na pele, a cauda é deixada para trás No homem, seu corpo transforma-se no esquistossômulo Esquistossômulo Penetração nos vasos sanguíneos esquistossômulo Levados pela corrente circulatória Coração Pulmões adultos Sistema porta hepático Darão origem aos vermes adultos Acasalamento Oviposição Ovos nas fezes após 6 a 8 semanas esquistossômulo Esquistossômulo esquistossômulo epiderme membrana basal derme vaso sanguíneo 5 min após 10 min após 20 min após penetração penetração penetração Ciclo de vida Esquistossomose A infecção Fase aguda Dermatite cercariana Penetração das cercárias Manifestações alérgicas locais Depende do nº de parasitos e da sensibilidade do hospedeiro Febre de Katayama Dermatite cercariana Após 16 a 90 dias da contaminação Migração dos esquistossômulos Deposição de imunocomplexos em diversos órgãos Febre, dor abdominal e fadiga Diarreia, cefaleia, anorexia e náuseas Tosse e broncoespasmos Eosinofilia Pode ser assintomática Esquistossômulo no pulmão Fase crônica Patogenia OVOS ➔ causam inflamação e ruptura das vênulas ➔ ½ dos ovos é liberada no lúmen intestinal (fezes) ➔ o restante fica retido no tecido fibroso resultante da inflamação ou são arrastados pela corrente sanguínea ➔ fígado, pulmão e SNC (mais raramente) Estimulação antigênica crônica ➔ atração de eosinófilos ➔ reação de hipersensibilidade ➔ granuloma Granuloma intestinal Capilares obstruídos por ovos Fibrose causada pelos granulomas Fase crônica Forma intestinal Dor abdominal Diarreia intermitente Muco ou sangue nas fezes Granulomas intestinais Pode ser assintomática Forma hepatointestinal Sintomas digestivos + aumento do fígado Decorre da obstrução do fígado ➔ fibrose Causada pelo acúmulo de granulomas ao redor dos ovos e vermes adultos Granuloma hepático Fase crônica Forma hepatoesplênica Agravamento da fibrose hepática ➔ aumento da pressão hidrostática no sistema vascular ➔ distensão dos vasos que irrigam o peritônio e aumento de permeabilidade vascular ➔ extravasamento de líquidos para a cavidade abdominal ➔ ascite ➔ “barriga d’água” Fase crônica Forma hepatoesplênica (cont.) Fibrose hepática ➔ hipertensão portal ➔ congestão passiva do baço ➔ formação de circulação colateral (ligando a circulação portal à sistêmica) Pode levar a hemorragias maciças ➔ rompimento de varizes esofágicas Varizes esofágicas Circulação colateral Diagnóstico Suspeita Contato prévio com área endêmica Técnicas laboratoriais Exame parasitológico de fezes (ovos) Biópsia retal ➔ pacientes crônicos Métodos sorológicos Métodos moleculares Diagnóstico por imagem Ultrassonografia de abdômen (casos de fibrose hepática) Radiografia de tórax (casos de hipertensão pulmonar) Endoscopia (casos de varizes esofágicas) Ressonância magnética (casos de mielopatia) Tratamento Praziquantel 60 mg/kg (dose única) por via oral Índice de cura: >70% PRAZIQUANTEL Efeitos adversos leves e transitórios Oxamniquina Não disponível no mercado nacional 15 mg/kg (dose única) por via oral Efeitos colaterais Sonolência, tontura e convulsões Controle de cura 4 meses após o tratamento 3 exames de fezes ou biópsia retal negativos Prevenção e controle Estratégias 1. Evitar o contato dos indivíduos com a água contaminada 2. Evitar a contaminação da água com os ovos de S. mansoni Medidas 1. Controle do caramujo 2. Tratamento dos casos humanos 3. Saneamento básico 4. Educação em saúde Atualidades Vacina contra a esquistossomose Desenvolvida pela FIOCRUZ A PROTEÍNA A VACINA O RESULTADO TESTES Pesquisadores Após isolar a proteína, A expectativa é que, CLÍNICOS identificaram no S. os cientistas produziram quando a pessoa A primeira fase, com mansoni a proteína a vacina, de aplicação vacinada for 20 voluntários, Sm14, responsável pelo intramuscular. Ela infectada, esses mostrou que a vacina transporte de lipídeos estimula a produção de anticorpos impedirão é segura. O efeito da pessoa infectada anticorpos contra a a ação da molécula, colateral mais comum para o parasita. O verme molécula Sm14. levando os vermes à foi dor no local da depende disso para morte antes da aplicação. sobreviver. instalação da doença. A próxima fase envolve 350 pessoas numa área com alta presença da doença > 3 mil pessoas para finalizar