Fisiologia do Sistema Respiratório PDF

Summary

Este documento discute a fisiologia do sistema respiratório, focando-se nos processos de ventilação, músculos respiratórios e trocas gasosas. Aborda a importância do surfactante pulmonar na estabilidade alveolar. Detalhes sobre a circulação pulmonar e a relação ventilação-perfusão também estão incluídos, visando a compreensão dos mecanismos envolvidos nas trocas gasosas.

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FISIOLOGIA FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Dra. Ângela Martins Fundadora do Hospital Veterinário da Arrábida e do Centro de Reabilitação Animal da Arrábida (CRAA); Diretora Clínica do Centro de Regeneração e Reabilitação Animal de Lisboa (CR2AL)...

FISIOLOGIA FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Dra. Ângela Martins Fundadora do Hospital Veterinário da Arrábida e do Centro de Reabilitação Animal da Arrábida (CRAA); Diretora Clínica do Centro de Regeneração e Reabilitação Animal de Lisboa (CR2AL) Professora da ULHT, da disciplina de Medicina Física e Reabilitação Animal, e da disciplina de Emergências e Cuidados Intensivos em Medicina Veterinária VENTILAÇÃO Movimento gasoso para dentro e para fora do pulmão ! ü O volume total de ar respirado por minuto é a ventilação/minuto (VE), sendo o volume de cada respiração denominado de VOLUME TIDAL (VT); ü O número de respirações por minuto denomina-se de FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR). VE = VT x FR VENTILAÇÃO ü Ventilação Alveolar porção de VE que atinge o local das trocas gasosas; ü A ventilação alveolar mantém a igualdade entre a absorção de O2 e a eliminação de CO2; ü Os alvéolos pouco profundidos, os quais não participam nas trocas gasosas são referidos como ESPAÇO MORTO ALVEOLAR ! VENTILAÇÃO ü O espaço morto alveolar (VD) pode ser relacionado com o volume de cada respiração – VOLUME TIDAL (VT) VD / VT Nos cães cerca de 33%, nos grandes animais (Bovinos) 50%, e cavalos 75% !!! VENTILAÇÃO ü A anatomia do espaço morto (VD) é de extrema importância na termorregulação ! ü Em veterinária é essencial obter equipamento para anestesia e para a terapêutica respiratória que não aumente o espaço morto !!!! MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS q Principal músculo inspiratório; ü DIAFRAGMA q Composto por músculo e tecido tendinoso; q Enervado pelo nervo frénico. MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS ü MÚSCULOS INTERCOSTAIS EXTERNOS: q Ativos durante a inspiração ! ü MÚSCULOS ABDOMINAIS E INTERCOSTAIS INTERNOS: q Ativos durante a expiração, mais ativos durante o exercício ! CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF) ü Após a expiração, o ar residual retido nos pulmões denomina-se de CRF! ü Durante a inspiração, a pressão na cavidade pleural diminui sob o efeito dos músculos inspiratórios! ELASTICIDADE PULMONAR (EP) ü A EP depende do tecido elástico e das forças da tensão superficial olapso dos C alvéolos SURFACTANTE PULMONAR ü O surfactante pulmonar é composto por uma mistura de lípidos e proteínas; ü Tem a função de permitir a estabilidade alveolar, reduzindo a tensão superficial; ü Produzido nas células alveolares tipo II; ü O surfactante é hidrofílico e hidrofóbico (proteínas B e C); RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS “ Nos Animais e no Homem em repouso a cavidade nasal, faringe e laringe tem a capacidade fisiológica de aquecer e humidificar o ar inspirado, de modo a não lesionar a mucosa correspondente” Apresenta, aproximadamente 60 % da resistência ao fluxo de ar!! RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS No cão e no Homem Obstrução das cavidades nasais Respiração poderá ser realizada pela boca !!!!! ü Em contraste, o cavalo só pode respirar pelas narinas ! Parte II IMPORTÂNCIA DO MÚSCULO LISO NO SISTEMA RESPIRATÓRIO ü O músculo liso é o músculo que se encontra desde a traqueia até aos ductos alveolares; ü Tem a função de regular o diâmetro das vias aéreas superiores e inferiores do sistema respiratório, após um estimulo; ü A sua contração afeta o diâmetro da traqueias e dos brônquios. SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO PARASSIMPÁTICO ü Enervado pelo nervo vago da traqueia até aos ductos alveolares; ü Quando estimulado, o nervo vago provoca broncoconstrição pela libertação do neurotransmissor acetilcolina e, ainda, ativação dos recetores muscarínicos. SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO SIMPÁTICO ü Promove a broncodilatação pela ativação de recetores β2 SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO SIMPÁTICO ü O músculo liso também é estimulado por diversos mediadores inflamatórios Histamina libertada por mastócitos (reação alérgica) Obstrução das vias aéreas do cavalo e do gato Ex: Asma RELAÇÃO VENTILAÇÃO - PERFUSÃO q As PRESSÕES PARCIAIS de O2 e de CO2 no sangue relacionam-se com a ventilação alveolar e com a quantidade de sangue que perfunde os alvéolos; A razão entre estes dois fatores é referida como relação VENTILAÇÃO/PERFUSÃO VA/QA FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR O pulmão recebe sangue de: q Circulação PULMONAR Via ventrículo direito! Efetua as trocas gasosas q Circulação BRÔNQUICA Via circulação sistémica! FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR CIRCULAÇÃO PULMONAR O fluxo sanguíneo para os pulmões aumenta durante a atividade física e pode ser controlado pela musculatura lisa das artérias ARTÉRIAS PULMONARES As artérias pulmonares, quanto às camadas musculares da sua parede variam segundo a espécie Por ordem de espessura: Suínos e bovinos > Equinos > Ovinos e cães PORTAN TE !!!!!! NOTA IM A camada da musculatura das artérias determina a capacidade reativa da vasculatura à hipoxia alveolar e a outros estímulos. CIRCULAÇÃO PULMONAR Artérias pulmonares q Compostas por endotélio e lâmina elástica q Conectam com os capilares pulmonares que constituem uma rede extensa, que cobre totalmente a superfícies do alvéolo CIRCULAÇÃO PULMONAR Veias pulmonares q Parede fina q Função de retorno do sangue ( dos capilares alveolares → coração ) CIRCULAÇÃO PULMONAR ü A percentagem da quantidade de músculo presente nas artérias é o fator responsável pela resposta de contração Quantidade de músculo Contração das artérias pulmonares ü Fatores neurais e hormonais também influenciam a contração das artérias pulmonares Ação do SNA simpático → VASOCONSTRIÇÃO (ativação dos recetores ! – adrenérgicos) Fatores Neurais: Ação do SNA parassimpático → Pouco efeito em animais saudáveis CIRCULAÇÃO PULMONAR é ba 2ixa ! nsão doO eas onde a te ár Existem HIPÓXIA ALVEOLAR (Potente vasoconstritor) VASOCONSTRIÇÃO HIPÓXICA Conduz o sangue para outras zonas mais ventiladas, sendo assim, benéfica numa ação local, mas nunca de forma generalizada. CIRCULAÇÃO PULMONAR Sempre que existe um aumento da pressão arterial, ocorre o fenómeno da VASODILATAÇÃO de forma passiva. Diminuição da resistência vascular e libertação de óxido nítrico, que tem um papel de vasodilatador CIRCULAÇÃO PULMONAR Sempre que ocorre HIPOXIA ü As artérias pulmonares apresentam o fenómeno de VASOCONSTRIÇÃO ü AS artérias brônquicas apresentam o fenómeno de VASODILATAÇÃO TROCAS GAS OSAS: O ar contém 21% de O2!! Durante a respiração, o ar é humidificado e a concentração de outros gases é reduzida pela presença de moléculas de H2O! CIRCULAÇÃO PULMONAR No alvéolo são efetuadas as trocas gasosas entre O2 e CO2 PO2 no alvéolo é menor do que no ar inspirado (pelo facto de ser o local da constante troca entre O2 e CO2) Sempre que ocorre hipoventilação: ↑ PCO2 nos alvéolos Sempre que ocorre hiperventilação: ↓ PCO2 nos alvéolos CIRCULAÇÃO PULMONAR A troca de O2 e CO2 entre o alvéolo e o capilar sanguíneo pulmonar ocorre pelo processo de difusão ! TAXA DE MOVIMENTO DAS TROCAS GASOSAS I Propriedades do gás; DE DE: N DEPE II Da área disponível para a difusão III Da espessura da barreira IV Pelo gradiente de pressão TAXA DE MOVIMENTO DAS TROCAS GASOSAS A eficácia das trocas gasosas é determinada pela quantidade de ventilação alveolar em relação ao fluxo sanguíneo pulmonar; Na prática clínica as pressões arteriais de O2 e CO2 são medidas para avaliar as trocas gasosas! !!!!! ADO BRIG O

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