Job Design - Projeto de Sistemas de Produção PDF
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This document focuses on job design, operations management, and production systems. It covers various concepts including job design principles, advantages and disadvantages, and different approaches.
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Projeto de sistemas de produção - Job Design - Stevenson, W.J., Operations Management, McGraw-Hill. CHAPTER 7 Job Design Job design envolve a defini...
Projeto de sistemas de produção - Job Design - Stevenson, W.J., Operations Management, McGraw-Hill. CHAPTER 7 Job Design Job design envolve a definição do conteúdo e métodos do trabalho: O que será feito Quem fará o trabalho Como será o trabalho feito Onde será o trabalho feito Ergonomia Gestão de Operações 2 DEGEIT – Universidade de Aveiro 1 Sucesso do Job Design Para que seja bem sucedido o Job Design deve: Envolver gestores e trabalhadores, Ser realizado por pessoas com experiência e formação no assunto, Ser consistente com os objetivos da empresa, Ficar na forma escrita. Gestão de Operações 3 DEGEIT – Universidade de Aveiro Tendências no Job Design Flexibilidade nas tarefas Responsabilidade e empowerment Aumento das qualificações e capacidades Envolvimento do trabalhador Compensação do trabalhador Tecnologia e automação Trabalhadores temporários Motivação e satisfação Gestão de Operações 4 DEGEIT – Universidade de Aveiro 2 Elementos do Job Design Worker Analysis Task Analysis Environmental Analysis © 1998 by Prentice-Hall Inc Russell/Taylor Oper Mgt 2/e Gestão de Operações 5 DEGEIT – Universidade de Aveiro Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 6 DEGEIT – Universidade de Aveiro 3 Especialização: vantagens Para os gestores Para os trabalhadores 1. Simplifica a formação 1. Baixas qualificações e conhecimentos 2. Maior produtividade 2. Poucas 3. Salários baixos responsabilidades 3. Pouco esforço mental Gestão de Operações 7 DEGEIT – Universidade de Aveiro Especialização: desvantagens Para os gestores Para os trabalhadores 1. Dificuldade em motivar 1. Trabalho monótono para a qualidade 2. Oportunidades de 2. Insatisfação do progressão limitadas trabalhador, pode 3. Pouco controlo originar absentismo, 4. Poucas possibilidades elevados níveis de de realização pessoal rotatividade, falta de atenção, perturbação Gestão de Operações 8 DEGEIT – Universidade de Aveiro 4 Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 9 DEGEIT – Universidade de Aveiro Abordagens Comportamentais Alargamento do trabalho Dar ao trabalhador um conjunto mais alargado de tarefas (horizontal loading) Rotação do trabalho Os trabalhadores trocam, periodicamente, de tarefas Enriquecimento do trabalho Aumentar a responsabilidade incluindo tarefas de planeamento e coordenação (vertical loading) Gestão de Operações 10 DEGEIT – Universidade de Aveiro 5 Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 11 DEGEIT – Universidade de Aveiro Análise dos Métodos COMO ? A necessidade de analisar os métodos de trabalho pode ter origem em: Mudanças em ferramentas ou equipamentos Mudanças nos produtos ou novos produtos Mudanças em materiais ou procedimentos Outros fatores (por exemplo, acidentes, problemas de qualidade, …) Gestão de Operações 12 DEGEIT – Universidade de Aveiro 6 Análise dos Métodos Ferramentas Diagrama do processo – analisa os passos do processo Diagrama máquina-trabalhador – estuda a utilização do tempo Gestão de Operações 13 DEGEIT – Universidade de Aveiro Símbolos do Diagrama do Processo Operação – contribuição direta para o bem/serviço Transporte – movimentar para outro local Inspeção – examinar a qualidade e verificar se está terminada D Atraso – processo tem que esperar Armazenamento – armazenar para usar mais tarde Gestão de Operações 14 DEGEIT – Universidade de Aveiro 7 Diagrama do Processo Process Flowchart Job: Copying Job Date: 9/11 Page: 1 Analyst: Calvin Desk operator fills out work order D Work order placed in “waiting job” box D Job picked up by operator and read D Job carried to appropriate copy machine D Operator waits for machine to vacate D Operator loads paper D Operator sets machine D Operator performs and completes job D Operator inspects job for irregularities D Job filed alphabetically in completed shelves D Job waits for pick up D Job moved by cashier for pick up D Cashier completes transaction D © 1998 by Prentice-Hall Inc Cashier packages job (bag, wrap, or box) Russell/Taylor Oper Mgt 2/e D Gestão de Operações 15 DEGEIT – Universidade de Aveiro Worker-Machine Chart © 1998 by Prentice-Hall Inc Russell/Taylor Oper Mgt 2/e Gestão de Operações 16 DEGEIT – Universidade de Aveiro 8 Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 17 DEGEIT – Universidade de Aveiro Estudo de Movimentos Estudo de movimentos corresponde ao estudo sistemático dos movimentos humanos utilizados para realizar uma dada tarefa. Frank & Lillian Gilbreth Encontrar a ‘melhor’ maneira de executar a tarefa Divide a tarefa em therbligs (agarrar, largar, segurar, selecionar, …) Utilização de filmagens Diagrama SIMO (Simultaneous Motion Chart) http://www.youtube.com/watch?v=lDg9REgkCQk Gestão de Operações 18 DEGEIT – Universidade de Aveiro 9 Estudo de Movimentos Diagrama SIMO (Simultaneous Motion Chart) Gestão de Operações 19 DEGEIT – Universidade de Aveiro Estudo de Movimentos Therbligs Symbols Gestão de Operações 20 DEGEIT – Universidade de Aveiro 10 Estudo de Movimentos Therbligs Symbols Gestão de Operações 21 DEGEIT – Universidade de Aveiro Estudo de Movimentos Eliminar movimentos desnecessários Combinar atividades Reduzir a fadiga Melhorar a organização dos postos de trabalho Melhorar as ferramentas e os equipamentos Gestão de Operações 22 DEGEIT – Universidade de Aveiro 11 Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 23 DEGEIT – Universidade de Aveiro Condições de Trabalho Temperatura e humidade Ventilação Iluminação Cor Barulho e vibração Pausas no trabalho Segurança Causas dos acidentes Gestão de Operações 24 DEGEIT – Universidade de Aveiro 12 Projeto de Sistemas de Trabalho Especialização Abordagens Comportamentais ao Job Design Análise dos Métodos Estudo de Movimentos Condições de Trabalho Equipas Compensação e motivação Medição de Trabalho Gestão de Operações 25 DEGEIT – Universidade de Aveiro Projeto de sistemas de produção - Medição de Trabalho - 13 Definição de padrão Um padrão de mão-de-obra é o tempo requerido para um trabalhador qualificado executar uma dada tarefa, utilizando um método de trabalho adequado, com um esforço normal. Os padrões de mão-de-obra são mais difíceis de determinar do que os padrões de máquina, dada a variabilidade do desempenho dos trabalhadores. Gestão de Operações 27 DEGEIT – Universidade de Aveiro Importância dos padrões de trabalho Comparação de processos alternativos de fabrico; Calendarização; Planeamento da capacidade; Orçamentação; Avaliação de desempenho. Gestão de Operações 28 DEGEIT – Universidade de Aveiro 14 Métodos de medição de trabalho Dados históricos Operações padrão Tempos padrão pré-determinados Estudo de tempos Amostragem do trabalho Gestão de Operações 29 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Abordagem com base em dados históricos Abordagens possíveis: Utilização do juízo de um especialista (por exemplo, o encarregado de uma secção) na estimativa do tempo necessário para a execução de uma dada tarefa (estimativa obtida com base na experiência do especialista em tarefas semelhantes realizadas anteriormente). Utilização de dados reais do tempo (número de horas- homem) requerido para desempenhar a tarefa em ocasiões anteriores. Gestão de Operações 30 DEGEIT – Universidade de Aveiro 15 Métodos de medição de trabalho Abordagem com base em dados históricos Vantagens: Fáceis de obter e baratos. Permitem obter padrões de tempo de produtos em fase de projeto. Desvantagens: Não são objetivos nem precisos (podem depender da capacidade dos especialistas em obter boas estimativas). Desconhecem-se as condições em que os dados foram obtidos (poderão ser consideradas normais?). Gestão de Operações 31 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Abordagem com base em dados históricos Exemplo Código do produto: G-1043A Descrição Rolamento de transmissão Média móvel Tempo de Tempo de Tempo de Tempo de Nº da ordem de fabrico Quantidade set-up (h) execução (m) set-up (h) execução (m/un) (un/h) B-325C 150 2,20 196 B-410A 175 2,10 231 F-101D 320 3,00 413 2,43 1,30 G-172A 160 2,30 203 2,47 1,29 M-372D 250 1,50 338 2,27 1,31 X-0534 100 2,00 130 1,93 1,32 Gestão de Operações 32 DEGEIT – Universidade de Aveiro 16 Métodos de medição de trabalho Método das operações padrão Esta abordagem considera que: Existe um elevado grau de semelhança nas operações requeridas para determinadas tarefas, Por vezes, o tempo requerido por uma unidade elementar de trabalho (UET) é função de certas variáveis características das tarefas. Assim, o método do estudo de tempos é aplicado para calcular o tempo padrão de uma amostra para uma dada tarefa, com diferentes valores das variáveis características, o que permite inferir uma expressão geral para as tarefas desse tipo. Gestão de Operações 33 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Método das operações padrão Nem sempre a equação que relaciona o tempo normal com as variáveis características é simples, sendo normalmente necessário recorrer a técnicas estatísticas para se obterem as expressões das curvas que melhor se ajustam aos dados. Os tempos normais para a tarefa noutras condições obtém-se pela aplicação da expressão conseguida. O tempo padrão é calculado tendo em conta o ajuste pela compensação do tempo. Gestão de Operações 34 DEGEIT – Universidade de Aveiro 17 Métodos de medição de trabalho Método das operações padrão Vantagens: Reduz o tempo gasto no estudo de tempos. Permite obter estimativas para tempos de novas tarefas semelhantes às tarefas existentes. Desvantagens: Não pode ser aplicado a um grande número de tarefas. A determinação das variáveis características não é sempre óbvia. Gestão de Operações 35 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Método das operações padrão Exemplo Variáveis Código da Unidade elementar de trabalho (minutos) Características tarefa 1 2 3 4 5 6 7 Área Volume 2438 0,160 0,410 0,120 0,010 0,080 0,152 0,118 50 204 2562 0,132 0,400 0,101 0,011 0,078 0,133 0,121 15 8 3210 0,174 0,425 0,145 0,011 0,081 0,165 0,119 83 261 3784 0,104 0,413 0,117 0,010 0,082 0,140 0,120 25 40 4210 0,156 0,420 0,130 0,011 0,079 0,150 0,118 61 175 0,150 Estas unidades não dependem 0,120 das variáveis características 0,090 (NT = média dos tempos 0,060 registados). 0,030 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 NT3=0.0959 + 0.00057 x Área Gestão de Operações 36 DEGEIT – Universidade de Aveiro 18 Métodos de medição de trabalho Tempos padrão pré-determinados O trabalho é dividido em elementos individuais básicos cujo tempo já se encontra estabelecido (tendo sido calculado com base em amostras de grandes dimensões). Para determinar o tempo de uma determinada tarefa basta adicionar o tempo de cada um dos elementos individuais. Um dos sistemas mais comuns de tempos padrão pré- determinados é o MTM (Methods Time Measurement) que é um produto da MTM Association. O tempo desses elementos (por exemplo, agarrar, posicionar, segurar, selecionar,...) são especificados em unidades de medida de tempo (UMTs ou TMUs - Time Measurement Units) que correspondem a 0.00001 horas ou 0.0006 minutos. Gestão de Operações 37 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Tempos padrão pré-determinados Exemplo de uma tabela MTM para o movimento GET and PLACE Gestão de Operações 38 DEGEIT – Universidade de Aveiro 19 Métodos de medição de trabalho Tempos padrão pré-determinados Vantagens: Podem ser determinados sem afetar as atividades de produção pois não implicam a observação dos trabalhadores. Podem ser calculados antes da tarefa ser realizada podendo ser utilizados para planear. Não requerem o recurso a fatores de desempenho. São particularmente eficazes em firmas que realizam muitos estudos de tarefas similares. Gestão de Operações 39 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Tempos padrão pré-determinados Desvantagens: É necessário dividir as tarefas em elementos extremamente básicos. Estudos deste tipo só são viáveis, em termos económicos, se a empresa puder recorrer a sistemas já estabelecidos e não tiver que determinar os tempos padrão das UMTs. Gestão de Operações 40 DEGEIT – Universidade de Aveiro 20 Métodos de medição de trabalho Tempos padrão pré-determinados Exemplo Na 3M, cada circuito impresso tem um semicondutor colocado em rasgos previamente abertos. As unidades elementares usadas pela 3M, para o tempo normal (NT) são: Abrir rasgo para o semicondutor 10.5 umt Pressionar firmemente o semicondutor 8.0 umt Mover o semicondutor para o circuito impresso 9.5 umt Posicionar o semicondutor 20.1 umt Pressionar o semicondutor dentro dos rasgos 20.3 umt Colocar o circuito impresso para o lado 15.8 umt NT = 10.5+8.0+9.5+20.1+20.3+15.8 = 84.2umt NT = 84.2umt x 0.0006min = 0.05052 min = 3.0312 seg. Gestão de Operações 41 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Método do estudo de tempos 1. Definir a tarefa a ser estudada. 2. Dividir a tarefa em unidades elementares de trabalho (UET): Devem ter um início e um fim bem definido, por forma a facilitar a leitura da cronometragem, Evitar UETs com duração inferior a 3 segundos (difíceis de cronometrar), As UETs devem corresponder a métodos de trabalho padrão, que já tenham sido executados durante algum tempo no ambiente normal de trabalho. Gestão de Operações 42 DEGEIT – Universidade de Aveiro 21 Métodos de medição de trabalho Método do estudo de tempos 3. Decidir o número de vezes a cronometrar a tarefa (número de ciclos): Definir a precisão e o nível de confiança desejados (por exemplo, estimar um tempo normal cujo erro não seja superior a 5% do valor médio real em 95% dos casos). Da distribuição normal vem que: n=(z s / p t )2 Gestão de Operações 43 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Método do estudo de tempos Em que: n- tamanho requerido da amostra p- precisão da estimativa t- tempo médio observado para UET s- desvio padrão da amostra dos tempos observados para uma UET z- desvio padrão normal para o nível de confiança desejado (ver Tabela da Distribuição Normal Padronizada). De notar que e (o erro absoluto admissível) pode ser determinado por: e = p * t Gestão de Operações 44 DEGEIT – Universidade de Aveiro 22 Métodos de medição de trabalho Método do estudo de tempos 4. Medir e registar os tempos das UETs: Selecionar um trabalhador treinado no método de trabalho a ser cronometrado, No método contínuo de cronometragem o cronómetro é ligado no início do estudo e somente é desligado no fim (r), Como alternativa pode-se cronometrar cada uma das tarefas individualmente (normalmente utilizam-se dois cronómetros). 5. Calcular o tempo médio de realização de cada tarefa elementar ( ti ). Gestão de Operações 45 DEGEIT – Universidade de Aveiro Métodos de medição de trabalho Método do estudo de tempos 6. Com base numa avaliação de desempenho determinar o fator de desempenho (RF) do trabalhador, durante a execução da tarefa. Se RF=1 a tarefa foi desempenhada a um ritmo normal, se RF>1 a tarefa foi desempenhada a um ritmo superior ao normal e se RF