Disfunção Somática - Diagnóstico e Intervenção Osteopática - PDF

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Rafael Soares

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osteopathic diagnosis somatic dysfunction manual therapy health assessments

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This document discusses osteopathic diagnosis and intervention for somatic dysfunction. It details the TART and STAR criteria, various testing methods for somatic mobility, and different types of somatic dysfunctions, including primary and secondary types, including assessment reports.

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DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO OSTEOPÁTICA I DISFUNÇÃO SOMÁTICA (I) Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÃO SOMÁTICA “Restrição ou alteração da FUNÇÃO de componentes do sistema somático (ESTRUTURA corporal): estrutu...

DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO OSTEOPÁTICA I DISFUNÇÃO SOMÁTICA (I) Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÃO SOMÁTICA “Restrição ou alteração da FUNÇÃO de componentes do sistema somático (ESTRUTURA corporal): estruturas esqueléticas, articulares e miofasciais e dos elementos vasculares, linfáticos e neurais que lhe estão associadas“ (Luisa Burns) DISFUNÇÃO SOMÁTICA Alteração de determinada função corporal em diferentes regiões corporais que poderão ser distantes da área sintomática DISFUNÇÃO SOMÁTICA Não é uma patologia, mas antes um DISTÚRBIO FUNCIONAL que contribui e mantém os sintomas do utente, predispõe o organismo para doença, ↓ e para o qual a manipulação é o tratamento específico e eficaz DISFUNÇÃO SOMÁTICA fraturas entorses processos degenerativos processos inflamatórios NÃO SÃO disfunções somáticas DISFUNÇÃO SOMÁTICA O termo pode ser usado de forma: ESPECÍFICA AMPLA disfunção de uma única articulação disfunção de um grupo de tecidos / região DISFUNÇÃO SOMÁTICA CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO TART Sinais clínicos utilizados para identificar disfunções somáticas: T (tissue texture changes) – alterações da textura dos tecidos A (assimetry) – assimetria corporal R (restriction) – restrição de movimento T (tenderness) – alteração da sensibilidade local (* critério muito subjetivo) DISFUNÇÃO SOMÁTICA CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO STAR Sinais clínicos utilizados para identificar disfunções somáticas: S (sensitivity) – alteração da sensibilidade local (* critério muito subjetivo) T (tissue texture changes) – alterações da textura dos tecidos A (assimetry) – assimetria corporal R (restriction) – restrição de movimento Dennis Dowling, DO TART STAR Diagnóstico de DISFUNÇÃO SOMÁTICA História Exame clínica físico S: “SENSITIVITY” SENSIBILIDADE AUMENTADA Dor / sensibilidade aumentada sentida à PALPAÇÃO dos tecidos em volta da disfunção somática (que não seria expectável se não existisse disfunção) Não é um achado objetivo  subjetivo Pode ser experienciada como dor / “adormecimento” / “picada”/ parestesia / “anestesia” / ou outra experiência subjetiva S: “SENSITIVITY” SENSIBILIDADE AUMENTADA A pressão deve ser SUAVE (pois a pressão forte causa sempre sensibilidade) A sensibilidade surge a um grau de palpação que noutras regiões não causa a mesma sensibilidade Não é o critério de disfunção somática mais fiável!!! T: “TISSUE TEXTURE CHANGES” ALTERAÇÃO DA TEXTURA DOS TECIDOS TECIDOS MOLES em volta de uma articulação com disfunção somática / ou na região de um grupo de disfunções apresenta alterações palpáveis – na pele, fáscia e/ou músculo T: “TISSUE TEXTURE CHANGES” ALTERAÇÃO DA TEXTURA DOS TECIDOS Alterações variáveis em função da duração da disfunção Aguda: os tecidos poderão estar edemaciados, sensíveis e/ou ruborizados Crónica: os tecidos poderão estar rígidos, endurecidos e/ou atróficos T: “TISSUE TEXTURE CHANGES” ALTERAÇÃO DA TEXTURA DOS TECIDOS ALTERAÇÕES AGUDAS ALTERAÇÕES CRÓNICAS TEMPERATURA Aumentada Diminuída (ou ligeiramente aumentada) TESTE DE “ROLAMENTO” DA PELE Aumentado Diminuído TENSÃO MUSCULAR Rigidez Rigidez “em cordão”; fibrose SENSIBILIDADE Moderada a severa Leve a moderada HUMIDADE / HIDRATAÇÃO Aumentada (película fina) Seca TEXTURA Dura, espessa Fina, mole, atrófica VASOS SANGUÍNEOS Congestão venosa Neovascularização EDEMA Presente Ausente A: “ASYMMETRY” ASSIMETRIA Ausência de simetria postural ou da função articular (em comparação com o lado complementar) Desvios Atrofia / hipertrofia Achados observacionais / palpatórios A: “ASYMMETRY” ASSIMETRIA Apófise espinhosa desviada da linha média (formada pela sequência das várias espinhosas) Apófise espinhosa mais próxima (ou afastada) da espinhosa da vértebra superior ou inferior A: “ASYMMETRY” ASSIMETRIA Apófise transversa mais posterior em relação ás transversas contíguas e à transversa contralateral da mesma vértebra Apófise transversa mais próxima da transversa da vértebra inferior (e a transversa contralateral da mesma vértebra mais afastada da transversa da vértebra inferior) A: “ASYMMETRY” ASSIMETRIA Articulações dos membros podem estar assimétricas em comparação com o lado oposto R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE Não se verifica ADM articular completa e livre (restrição da mobilidade fisiológica; barreira motora) Restrição em um ou mais planos de movimento (+++ 3D) Avaliada através dos testes de mobilidade articular em todos os planos de movimento R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE Avaliada através dos testes de mobilidade articular em todos os planos de movimento R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA FISIOLÓGICA: ADM de uma articulação que pode ser alcançada pelo MOVIMENTO ATIVO do paciente Limite funcional dentro da ADM anatómica Ao passar esta barreira, ainda é possível mobilidade passiva adicional a partir deste ponto até à barreira anatómica R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA ANATÓMICA: ADM de uma articulação alcançada pelo movimento PASSIVO (executado por força externa / osteopata) ADM possível para além da barreira fisiológica A restrição de movimento pode ocorrer devido às estruturas ósseas, ligamentares ou tendinosas Ao passar esta barreira, ocorre rotura de tecidos (ligamento, tendão, cápsula ou osso) R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA PATOLÓGICA: Limite da ADM fisiológica / anatómica devida a doença (osteoartrose; osteofitose; artrite; espondilite) ou traumatismo R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA RESTRITIVA / MOTORA (OSTEOPÁTICA): ADM de uma articulação que pode ser alcançada pelo movimento ativo do paciente; corresponde a um limite funcional da barreira fisiológica Dentro da ADM fisiológica Impede que a articulação de mova simetricamente dentro da ADM fisiológica R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA RESTRITIVA / MOTORA (OSTEOPÁTICA): Disfunção somática  articulação restrita em 1 ou mais planos de movimento (+++ 3D) A mobilidade para o lado oposto pode estar normal ou relativamente livre R: “RESTRICTION OF MOTION” RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE BARREIRA RESTRITIVA / MOTORA (OSTEOPÁTICA): Pode ocorrer hipermobilidade nas articulações circundantes (compensação) Importante palpar músculos envolventes para avaliar hipertonia (tensão, sensibilidade) que pode gerar as restrições de movimento articular DISFUNÇÃO SOMÁTICA São necessários PELO MENOS 2 dos sinais (TART) para diagnosticar DISFUNÇÃO SOMÁTICA DISFUNÇÃO SOMÁTICA A maioria dos osteopatas considera a RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE como a característica mais importante das DS DISFUNÇÃO SOMÁTICA Podem ser identificados sinais PALPÁVEIS de disfunção (STAR / TART) em indivíduos SINTOMÁTICOS e ASSINTOMÁTICOS DISFUNÇÃO SOMÁTICA disfunção somática em indivíduos ASSINTOMÁTICOS ↓ CONSEQUÊNCIAS BIOMECÂNICAS E NEUROLÓGICAS ↓ predispõem o indivíduo para ↓ DOR e outras queixas DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO OSTEOPÁTICA III DISFUNÇÃO SOMÁTICA (II) Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÕES SOMÁTICAS TESTES RELACIONADOS COM O NÍVEL MEDULAR Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL – REPERCUSSÕES DISFUNÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL – REPERCUSSÕES NERVO ESPINHAL individual + NERVOS PERIFÉRICOS correspondentes + REGIÃO DE PELE inervada por eles (DERMATOMA) + MÚSCULOS inervados por eles (MIOTOMA) + OSSOS E ARTICULAÇÕES inervados por eles (ESCLEROTOMA) ↑ ORIGEM EMBRIONÁRIA COMUM DISFUNÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL – REPERCUSSÕES ESCLEROTOMA: dor à pressão + fricção de articulações, ligamentos ou periósteo DERMATOMA: dor cutânea (dermalgia reflexa) – dor e alteração da mobilidade cutânea (teste de rolamento da pele) MIOTOMA: músculos inervados pelo segmento medular facilitado – hipertonia/espasmo muscular (fixação da lesão) – cordões miálgicos VISCEROTOMA: disfunções viscerais autónomas (SNA) – alteração da função, vascularização e mobilidade visceral ANGIOTOMA: alteração da tonicidade dos vasos sanguíneos inervados pelo segmento medular faciitado FASCIOTOMA: alteração da capacidade de deslizamento das fáscias correspondentes ESCLEROTOMA / OSTEOTOMA ESCLEROTOMA: ossos e articulações inervados pelas fibras sensitivas de um único nervo espinal TESTE DE PALPAÇÃO DO ESCLEROTOMA Objetivo: identificar dor localizada numa região osteoarticular correspondente a um segmento vertebral facilitado Paciente: sentado / DV Osteopata: de pé Manobra: aplicar ligeira pressão + fricção das apófises espinhosas / articulares da coluna vertebral Interpretação: a dor localizada num elemento osteoarticular correspondente a um esclerotoma pode colocar em evidência um segmento medular em disfunção DERMATOMAS DERMATOMA: área da pele inervada pelas fibras sensitivas de um único nervo espinal (e do NC V trigémio) NOTA: existe uma sobreposição considerável entre dermatomas adjacentes – os territórios cutâneos de segmentos vizinhos sobrepõem-se TESTE DE ROLAMENTO DA PELE Objetivo: identificar zona de dermalgia reflexa ao longo de um dermatoma (espessamento e dor localizada numa região de pele correspondente a um segmento vertebral facilitado) Paciente: sentado / DV / DD Osteopata: de pé Manobra: pegar uma prega de pele e deslizar aproximadamente ao longo de um dermatoma, procurando zonas de dor ou com alterações das características da pele (textura, espessura, temperatura, restrição de movimento) Interpretação: a dor localizada num dermatoma pode colocar em evidência um segmento medular em disfunção TESTE DE ROLAMENTO DA PELE MIOTOMAS: INERVAÇÃO MUSCULAR FUNCIONAL MIOTOMA: grupo de músculos inervado pelas fibras motoras de um único nervo espinhal MIOTOMAS: INERVAÇÃO MUSCULAR FUNCIONAL MÚSCULOS NÍVEIS MEDULARES ECM C0; C1; C2 Trapézio superior C3; C4 Deltoide; bicípite C5; C6 Flexores do pulso C7; C8 Músculos intrínsecos da mão C8; T1 Músculos paravertebrais; intercostais T2 – T12 Abdominais T6 – T12 Quadrado lombar; psoas L1; L2 Quadricípite L3; L4 Peroneais; isquiotibiais L5 Tricípite sural S1 TESTE DE MIOTOMAS Objetivo: identificar hipertonia muscular (músculo em espasmo e fraco à contração isométrica) Paciente: sentado / DV / DD Osteopata: de pé Manobra: Palpar zonas de espasmo muscular (cordões miálgicos) Solicitar contração isométrica resistida de um músculo Interpretação: o aparecimento de hipertonia e dor à palpação de determinado músculo, associada à fraqueza muscular após contração isométrica resistida põe em evidência uma facilitação segmentar do nível medular correspondente ao miotoma do músculo testado TESTE DE MIOTOMAS TESTE DE MIOTOMAS González-Rosalén J, Benítez- Martínez JC, Medina-Mirapeix F, Cuerda-Del Pino A, Cervelló A, Martín-San Agustín R. Intra- and Inter-Rater Reliability of Strength Measurements Using a Pull Hand- Held Dynamometer Fixed to the Examiner’s Body and Comparison with Push Dynamometry. Diagnostics. 2021; 11(7):1230. https://doi.org/10.3390/diagnostic s11071230 EXAME NEUROLÓGICO EXAME NEUROLÓGICO VÍSCEROTOMA VÍSCEROTOMA – REFLEXO VÍSCERO-SOMÁTICO Cada víscera transmite informações ao SNC através de um segmento da medula espinhal Cada região cutânea transmite informações ao SNC através de um segmento da medula espinhal Os achados clínicos somáticos (alterações STAR / TART – textura dos tecidos “texture changes”; assimetria “assymetry”; alterações da amplitude de movimento “range of movement”; sensibilidade local “sensitivity”/ “tenderness”) em áreas cutâneas (dermatoma), músculos (miotoma), fáscias (fasciotoma), vasos sanguíneos (angiotoma) podem estar relacionados com a disfunção originada numa fonte visceral específica Os níveis de inervação segmentar específicos podem variar um nível espinhal (na direção cefálica ou caudal). VÍSCEROTOMA simpático SNA parassimpático DISFUNÇÃO SOMÁTICA / LESÃO OSTEOPÁTICA – avaliação Exemplo: disfunção da vértebra D5: Miotoma: hipertonia/espasmo muscular – cordões miálgicos nos músculos paravertebrais dorsais Dermatoma: dor e alteração da mobilidade cutânea (teste de rolamento da pele) no território cutâneo de D5 Esclerotoma: dor à pressão + fricção à palpação da apófise espinhosa de D5 Viscerotoma: dor epigástrica, azia e sensação de enfartamento pós-prandial (disfunção do estômago) DISFUNÇÕES SOMÁTICAS TESTES DE MOBILIDADE Rafael Soares | [email protected] TESTES DE MOBILIDADE OSTEOPÁTICOS +++ restrição de mobilidade Sensação final de movimento ‘end-feel’: elástico: músculo duro e brusco: faceta articular; ligamento ou músculo fibroso viscoelástico: edema TESTES DE MOBILIDADE OSTEOPÁTICOS +++ restrição de mobilidade Dor: ligamento: dor final amplitude articular músculo: dor no início do movimento; espasmo de defesa facetas articulares: dor com aumento da pressão articular (fecho) disco: dor aumenta com compressão e diminui com tração eleição do tipo de técnica específica (*) QUICK SCANNING VERTEBRAL Objetivo: Identificação rápida de uma região vertebral com restrição de mobilidade (hipomobilidade); avaliação da qualidade do movimento e da resposta dos tecidos Paciente: sentado em posição neutra (MMII afastados); braços cruzados no peito Osteopata: atrás do paciente Contactos: Mão anterior sustenta o tronco do paciente; Mão posterior: fechada (punho) contacta globalmente com as apófises espinhosas da coluna lombar Manobra: testar capacidade de deslizamento anterior da coluna lombar Força de deslizamento anterior  perceber a existência de deslizamento e resposta elástica vertebral Se ausência de deslizamento  zona de restrição da mobilidade  testes de mobilidade mais específicos PALPAÇÃO DE PONTOS DE REFERÊNCIA OSTEOARTICULARES Objetivo: identificar a posição de diferentes estruturas vertebrais Paciente: sentado / DV Osteopata: de pé Manobra: palpar e identificar assimetrias nas apófises transversas, articulares e espinhosas Interpretação: alterações da posição (ASSIMETRIA) das diferentes estruturas vertebrais podem estar associadas a alteração da posição vertebral (a confirmar com testes de movimento) PALPAÇÃO DE PONTOS DE REFERÊNCIA OSTEOARTICULARES Apófise ESPINHOSA: Rotação Deslizamento lateral (translação, inclinação lateral) Superior (flexão) / Inferior (extensão) Apófise ARTICULAR POSTERIOR (articulação zigoapofisária): Anterior | Posterior (posterioridade) Apófise TRANSVERSA: Anterior (rotação contralateral) / Posterior (rotação homolateral) Superior (inclinação contralateral) / Inferior (inclinação homolateral) TESTES BIOMECÂNICOS DE MOBILIDADE FISIOLÓGICA Objetivo: testar a resposta de vertebras específicas aos movimentos fisiológicos da CV; identificar restrições de mobilidade vertebral específicas (hipomobilidades) Paciente: sentado Osteopata: de pé, atrás do paciente Contactos: Mão anterior estabiliza e mobiliza o tronco do paciente e conduz os movimentos fisiológicos da CV (F/E/Rd/Re/Sd/Se) Mão posterior sensitiva repousa sobre a vértebra e induz pressão adicional no final do movimento (avaliar end- feel) Palpação das apófises transversas  movimento de lateralidade e rotação  Restrição de movimento? Palpação das apófises espinhosas  movimento de flexão e extensão cervical/dorsal  Restrição de movimento? TESTES DE MITCHEL Objetivo: testar a posição e movimento vertebral; identificar restrição de movimento; identificar disfunção somática (ERS / FRS / NSR) Paciente: deitado em DV Osteopata: de pé, atrás do paciente Contactos: contacto bilateral com os dedos indicador e médio de ambas as mãos sobre as apófises transversas 1º: identificar posterioridades em DV 2º: solicitar extensão da CV (posição de esfinge) e perceber se há alteração da posterioridade Se desaparece a posterioridade  ERS Se não desaparece a posterioridade  testar em flexão 3º: solicitar flexão da CV (posição de Maomé) e perceber se há alteração da posterioridade Se desaparece a posterioridade  FRS Se não desaparece a posterioridade  NSR (neutral)? / voltar a testar em extensão da CV TESTES DE MITCHEL ERS FRS Confiabilidade do teste: moderada para examinadores com experiência clínica superior a 3 anos Fiabilidade dos testes passivos de movimento: fraca a moderada Fiabilidade aumenta quando as perceções de movimento são combinadas com as respostas à dor e testes de provocação. Compreensão da Achados da avaliação manual natureza multifatorial da dor: Tratamento individualizado Rabey, M., Hall, T., Hebron, C., Palsson, T. S., Christensen, S. W., & Moloney, N. (2017). Reconceptualising manual therapy skills in contemporary practice. Musculoskeletal Science and Practice, 29, 28-32. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO OSTEOPÁTICA DISFUNÇÃO SOMÁTICA (III) Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÃO SOMÁTICA Denominada em função dos INSPIR parâmetros de movimento livres e não pelos movimentos restritos Por exemplo: disfunção em inspiração EXPIR das costelas 3 – 5  movimento fácil durante a inspiração  restrição do movimento em expiração DISFUNÇÃO SOMÁTICA Disfunções PRIMÁRIAS: +++ traumáticas; Cronologicamente mais antigas; Se nas vértebras: ERS / FRS (denominações mecanicistas clássicas em osteopatia; em desuso) Urgência osteopática  tratamento preferencial DISFUNÇÃO SOMÁTICA Disfunções PRIMÁRIAS: +++ traumáticas; Cronologicamente mais antigas; Se nas vértebras: ERS / FRS (denominações mecanicistas clássicas em osteopatia; em desuso) Urgência osteopática  tratamento preferencial DISFUNÇÃO SOMÁTICA Disfunções SECUNDÁRIAS: Adaptativas (reversível) a disfunções primárias  geralmente corrigem com o tratamento da disfunção primária Ou de compensação (fixação) a disfunções primárias  requerem tratamento osteopático específico DISFUNÇÃO SOMÁTICA Disfunções SECUNDÁRIAS: Se nas vértebras: NSR (de um grupo de vértebras C1-C3, C4-C6, C7-D2, D3-D5, D6-D9, D10-L1, L2-L5) Podem manifestar-se por espasmo muscular (+++ psoas, QL, iliocostal, escalenos, suboccipitais) DISFUNÇÕES SOMÁTICAS COLUNA VERTEBRAL Rafael Soares | [email protected] DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL Disfunção somática das articulações da CV (disfunção somática intervertebral, disfunção intervertebral, lesão intervertebral ou disfunção segmentar) Disfunções vertebrais – hipomobilidade articular (zigapofisária): E Rx Sx: E; R e S para o mesmo lado F Rx Sx: F; R e S para o mesmo lado N Sx Ry: F/E neutra; S para um lado; R para o lado oposto DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL Disfunções vertebrais – hipomobilidade articular (zigapofisária): Lesões primárias: ERS / FRS; Lesões secundárias: NSR DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL ERS DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL ERS: Fixação: E, Rx, Sx – espasmo do músculo intertransverso da concavidade Movimentos restritos (barreira motora): F, Ry, Sy Problema mecânico: fecho da zigoapofisárias do lado da S e R  objetivo do tratamento: “abrir” a articulação DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL ERS: Posterioridade (transversa): do lado da rotação - teste de Mitchell Aumenta com a F Diminui com a E Espinhosa desviada para a convexidade Fecho do espaço inter-espinhoso Dor local DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL Disfunções vertebrais – hipomobilidade articular (zigapofisária): E Re Se: Fixação: E; R esquerda; S esquerda Movimentos restritos: F; Rd; Sd Apófise transversa esquerda: posterior e inferior Apófise espinhosa: desviada para a direita (rotação do corpo vertebral para a esquerda); aproximada da espinhosa da vértebra inferior Apófises articulares (articulação zigoapofisária) esquerda: fecho (problema mecânico) DIV: comprimido à esquerda e posteriormente  protusão à direita e anteriormente DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL FRS DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL FRS Posição da vértebra / fixação: F, Rx, Sx – deslocamento posterolateral do núcleo do DIV para a convexidade; e esparsmo do músculo inter-transverso do lado cóncavo Movimentos limitados (barreira motora): E, Ry, Sy Problema mecânico: “abertura” da zigoapofisária do lado convexo  objetivo do tratamento: fechar a articulação DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL FRS Posterioridade (transversa) do lado oposto à zigoapofisária em abertura – teste de Mitchell: Aumenta com E Diminui com F Espinhosa desviada para o lado convexo Abertura do espaço interespinhoso DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL Disfunções vertebrais – hipomobilidade articular (zigapofisária): F Re Se: Fixação: F; R esquerda; S esquerda Movimentos restritos: E; Rd; Sd Apófise transversa esquerda: posterior e superior Apófise espinhosa: desviada para a direita (rotação do corpo vertebral para a esquerda); afastada da espinhosa da vértebra inferior Apófises articulares (articulação zigoapofisária) direita: abertura (problema mecânico) DIV: comprimido à esquerda e anteriormente  protusão à direita e posteriormente DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL NSR – lesão de um grupo de vértebras (C7-D2, D3-D5, D6-D9, D10-L1) DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL NSR – lesão de um grupo de vértebras (C7-D2, D3-D5, D6-D9, D10-L1): Posição das vértebras: F/E neutra, Sx, Ry Movimento limitado (barreira motora): Sy+++ Lesão de convexidade (atitude escoliótica)  objetivo de tratamento: diminuir a convexidade  tratamento da vértebra ápex da curvatura Posterioridade(s) do lado convexo Dor na apófise articular (zigapofisária) do lado da posterioridade Podem manifestar-se por espasmo muscular (+++ psoas, QL, iliocostal, escalenos, suboccipitais) DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL Disfunções vertebrais – hipomobilidade articular (zigapofisária): N Se Rd: Fixação: F/E neutra; S esquerda; R direita Movimentos restritos: S direita; R esquerda Apófise transversa direita: posterior e superior Apófise espinhosa: desviada para a esquerda (rotação do corpo vertebral para a direita) DIV: comprimido à esquerda  protusão à direita

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