Poltica Nacional de Saúde Mental - PDF
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This document presents an analysis of the National Health Policy for Mental Health in Brazil, outlining historical context, reforms, and challenges. It covers key aspects of the policy and its evolution over time.
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A POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL Antes da Reforma Depois da Reforma Psiquiátrica Psiquiatrica 1920 - 2001 2001 – atual Cuidado Centrado na Criação de ampla rede de internação em Hospital cuidado em sa...
A POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL Antes da Reforma Depois da Reforma Psiquiátrica Psiquiatrica 1920 - 2001 2001 – atual Cuidado Centrado na Criação de ampla rede de internação em Hospital cuidado em saúde: Psiquiátrico: Territorial; Isolamento/ Higienismo; Complexificação do objeto de Normatização dos cuidado; sujeitos; Ampliação das práticas e Lógica da Instituição total; saberes; Violação dos direitos Co-responsabilização pelo humanos. cuidado Medicalização excessiva Respeito a autonomia do sujeito Cuidado em Liberdade Marcos da Reforma Psiquiatrica 1970: ✓ Inicia-se amplo processo de mobilização pela redemocratização do país; ✓ 1978: criação do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. 1980: ✓ CAPS Professor Luiz da Rocha Cerqueira- SP e Intervenção da Casa de Saúde Anchieta- Santos/SP; ✓ 1987-I Conferência Nacional de Saúde Mental e o posterior II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental- “Por uma Sociedade sem Manicômios”; ✓ 1989- o deputado Paulo Delgado (PT-MG) apresentou o projeto de lei no 3.657/89. 2000: ✓ 2001 – Lei 10.216 (06 de abril) – redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 2010: ✓ Portaria 4279, de 30 de dezembro de 2010- Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); ✓ Decreto presidencial 7508, que regulamenta a LOS nº 8.080/ 1990, institui as regiões de saúde e garante o cuidado em saúde mental nas RAS; ✓ Portaria 3.088, (23 DE DEZEMBRO DE 2011) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de saúde (SUS). Década de 70 – Movimentos dos Trabalhadores de Saúde Mental e Divisão Nacional de Saúde Mental 1987 – I Conferência Nacional de Saúde Mental – prioridade em Serviços extra-hospitalares e multiprofissionais não centrados na lógica do hospital II Congresso do Movimentos dos Trabalhadores de Saúde Mental – BAURU/SP –movimento de luta antimanicomial – Carta de Bauru = “ POR UMA SOCIEDADE SEM MANICÔMIOS... II Conf. 1992 – Organ. serviços III Conf. – 2001 – cons., organiz, drogas, rh IV Conf. 2010 consolidação, drogas e DH ▪ Lei Paulo Delgado demorou a ser aprovada pelo lobby dos hospitais privados conveniados ao SUS ▪ 80% leitos – contratados apenas 20% SUS ▪ Processo de fechamento dos leitos = 30 mil leitos (1992 a 2005) ▪ Equipamentos extra hospitalares : NAPS – CAPS , Centro Dia, Hospital Dia e Centros de Convivência ▪ Tipificação CAPS por porte/território – CAP´s I , CAPS II e CAPS III ▪ Tipificação por temática: TM, Cap´s Ia e CAP´s AD Décado 80 Direitos Humanos 2011 2017 CF RAPS Reforma Sanitaria Prog. 2006- Pol. 1921 Reforma Psiquiatrica 2002 CRACK Nac. 2015/2016 Asilos CAP Drogas RDC 29 toxicomanos- S ? VAZIO Assististencial 2001 – Lei Paulo Delgado 1970 - RDC 101 1ª.s CT´s Regulamentação Regulação Anos 80 – 1 2007 - Sistema Descriminilização caso de HIV Conselhos via Brasil Avanços necessários 86 - MS – CRP 07 Coord. Nac. Expansão desordenada Conferencias Intersetoriais de Saude Mental ▪ Saúde Mental em Dados - Ano 10, nº 12, outubro de 2015 Rede de Atenção Psicossocial Pressupostos básicos: Respeito a singularidade – sujeito de direitos Intersetorialidade –rede de cuidados extra-muros que envolva a comunidade articulada e co-responsabilizada Acolhimento Universal Desinstitucionalização: reversão da tendência institucionalizante (saúde, educação, assistência social e justiça) Território- para além da questão geográfica – onde a vida acontece (vivências, circulação) pessoal e institucional Importância da comunidade e do suporte familiar Entraves: Atenção Básica : multitarefas e formação Implantação NASF Higienismo Dificuldade de financiamento centros de conveniência CAPS = expansão prevista no Plano Nacional ?? 90 equipamentos aguardando habilitação (financiamento) – CAPS III Urgência : dificuldade de atendim. Psiquiatrico (Atendimento especializado ??) Atenção Residencial carater transitório: unidades de acolhimento e CT´s Atenção Hospitalar –leitos psi em HG X hospital psiquiatricos Desinst. = Fechamento SRT e baixa valor PVC e judicialização Reabilitação – Economia Solidária e geração de renda (dificuldade pela mudança de paradigma) RECOVERY (Regulação da rede quem faz????) COMPONENTES E INTERFACES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Acolhimento Qualificação profissional Informação Regulação ATENÇÃO BÁSICA Coesão Social O grau de coesão social de uma comunidade pode servir como um indicador da saúde da comunidade. “Sociedades com baixo senso de coesão estão propensas a múltiplos problemas dos quais o transtornos mentais*, abuso de drogas e criminalidade podem ser apenas os sinais mais visíveis.” (Fonte: Informe 2011, Junta Internacional de Fiscalização Entorpecentes – JIFE (www.incb.org) Ameaças a coesão social: - Desigualdade social persistente; - Migração; - Transformações políticas e econômicas; - A crescente cultura do excesso; - Crescente individualismo e consumismo; - Deslocamento dos valores tradicionais; - Sociedades em conflito ou pós-conflito; - Urbanização rápida; - Quebra no respeito à Lei; - Economia local das drogas/violência Determinantes para a evolução dos transtornos mentais (Saraceno, 1999) Condições do ambiente (contexto) Funcionamento social do indivíduo Contexto familiar Densidade e homogeneidade da rede social A atenção primária é lugar privilegiado para trabalhar estas questões Mudança da concepção do Cuidado Rede familiar, social, cultural Sofrimento também é problema de saúde – articulação permanente Atenção Básica e Saúde Mental (sem caixinhas) – redes de atenção articuladas OMS 2002 – 56% usuários ESF reportam ações de saúde mental Co- responsabilidade CAPS – local social de produção de afetos, cultura Hospital – instituição fechada Autonomia ,acesso , direitos humanos e direitos sociais Reabilitação, inserção , inclusão e vínculos Principios do SUS – universalidade, equidade e cidadania Atenção basica – mola propulsora para o Cuidado a) Acolhimento no território b) O usuário é atendido onde está: atendimento da necessidade e não só da demanda c) Entendimento TM e a questão drogas são diferentes d) Intervenção a partir do contexto familiar – família como parceira no tratamento e) Cuidado longitudinal f) Potencialidades da rede sanitária e comunitária Há de se deslocar o olhar da doença para o cuidado, para o alívio e a ressignificação do sofrimento e para a potencialização de novos modos individuais e grupais de estar no mundo ▪ Contextos de violência (violência urbana, de gênero, violência domiciliar) e abuso/dependência de álcool e outras drogas ▪ Formação de uma rede de identificação e proteção com escolas, assistência social local (CRASs), conselho tutelar e da mulher e outros Drogas Construção de politicas para e com as pessoas.... (Programa Crack 2010 – Pres. Republica e 12 Ministérios) Protagonistas da politica – visibilidade (CONAD) Entender porque as pessoas usam drogas?(entorpecer a vida?) Onde tratar/conversar/prevenir? RAPS, NASF, UBS? Questão de drogas – modelo punitivo/proibicionista/moral /higienista (não é problema de saúde publica) Quais as estratégias para usuários de alcool? Quais as estratégias para usuários de drogas sintéticas? Redução do estigma e preconceito Entendimento das vulnerabilidades pessoais – rebaixamento consciência critica – exposição a fatores de risco como sexo desprotegido CRISE E RETROCESSOS: ▪ Colegiado Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas foi constituído pela Portaria MS/GM nº 3.796, de 06 de outubro de 2010. Duas reuniões anuais até 2014 2015 = 1 reunião apenas 18ª edição, dezembro de 2015, coordenadores de saúde mental, álcool e outras drogas de estados e municípios; usuários e familiares, pesquisadores, trabalhadores do SUS, representantes de diversas áreas técnicas do Ministério da Saúde , Ministérios (Secretaria Nacional de Economia Solidária – Senaes/MTE, Secretaria Nacional Antidrogas – Senad/MJ), entidades e associações de Movimentos de apoio a Luta Antimanicomial e representante da Organização Panamericana de Saúde – OPAS/OMS do Brasil. Lançado Boletim Saúde Mental em dados – consolidação 2014 (não foram lançados mais boletins – ausência de dados de 2015 até hoje) Coordenador Nacional de Saúde Mental Roberto Tikanori é demitido após a ultima reunião do Colegiado ▪ MOVIMENTO FORA VALENCIUS Nomeação do Coordenador fora do alinhamento da III Conferência - médico Valencius Wurch Duarte Filho – ligado a lógica manicomial (diretor do maior hospital psiquiátrico da América Latina na década de 80 – Hospital de Piracambi “Trajetória política-assistencial absolutamente contrária à reforma psiquiátrica” 12/15 Ocupação da Sala – desde dezembro mais de 100 dias 4 Audiências com Ministro da Saúde Marcelo Castro Sala é desocupada (Policia Federal em abril) 4/16 – Audiencia na Camâra: alinhamento conceitual manicomial – 6/4/16 – Lançada Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Psiquiatrica e da Luta Antimanicomial Valencius foi demitido em maio/16 ▪ Coordenação de Saúde Mental – sem nomeação – funcionários de carreira assumem “informalmente” a função de maio de/16 ate fevereiro de 2017 ▪ Mais de 3 mil equipamentos da área de Saúde Mental desde janeiro de 2016 aguardando credenciamento junto ao Ministério da Saúde (CAPS I, II, III AD e IA, NASF, Consultorio na Rua, UA, Residencial Terapêutico) – sufocamento da politica ▪ Fevereiro de 2017 – retorno lógica manicomial = atenção psiquiátrica no modelo hospitalocêntrico ▪ Lancçamento “Nova’ Politica de Saúde Mental – dez/17 ▪ Financiamento: PEC 241 – Emenda Constitucional 55 – Congelamento dos gastos em Saúde por até 20 anos Não haverá credenciamento de novos serviços Valores ficaram congelados em 20 anos – não consideram aumento da população ou do aparecimento de agravos ▪ Ministério da Saúde – Responsável pela pasta dep federal Ricardo Barros (PP do Paraná) – engenheiro civil Agenda privatizante – Diminuir o tamanho do SUS - desmonte sem precedentes do Sistema Público de Saúde 200 milhões de habitantes, com 70% da população dependente do Sistema Público de Saúde e os outros 30% da iniciativa complementar do SUS “ Não se pode ter universalidade e integralidade no SUS” Planos de saúde populares ▪ Não respeito ao controle social Ministério do Desenvolvimento Agrário responsável pela pasta deputado federal Osmar Terra do PMDB do RS (médico psiquiatra): Agenda conservadora. Defensor ferrenho da lógica manicomial defendendo que saída é a internação e abistinência Levou para a pasta do MDS a questão das drogas que ficava no Ministério da Justiça – atualmente é o Presidente do Conselho Nacional de Politicas sobre Drogas. Crítico da descriminalização do consumo de drogas e da redução de danos ário Autor de um projeto de lei que prevê aumento da pena para tráfico e também internação compulsória de usuários. Pensamento retrógrado e conservador em política de drogas, avesso a todas as evidências científicas e tendências internacionais. ▪ Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas – SENAD (Ministério da Justiça) Semelhante ao que aconteceu Ministério da Saúde – passou por períodos sem coordenador – funcionários de carreira responderam “informalmente” pela pauta. Retorno a lógica de repressão (antecessores na pasta advogados , médicos) agora ligados a Policia Militar: Cel. Roberto Allegretti – SP – jul/16 a março/17 Cel. Humberto Viana – PE - abril/17 - Projetos pilotos Reinserção Social (De Braços Abertos, Intervidas ) foram suspensos Manutenção dos projetos de prevenção (#tamujunto e ELOS) porém alteração de princípios (agenda conversadora) Manutenção cursos EAD SUPERA, Fé na Prevenção, Prevenção nas Escolas ((agenda conversadora) Aumento do valor de financiamento de CT´s – ausência de mecanismos efetivos de fiscalização (Disque Denuncia do DH recebeu muitas denuncias de CTs ) Não divulgação da Pesquisa FIOCRUZ 2016/2017 (7 milhões reais) ▪ Ações de caráter asilar e com orientação única pela abstinência, por entidades de caráter majoritariamente religioso e filantrópico, muitas vezes dissociadas no SUS e do SUAS (Comunidades Terapêuticas) tem impactado a discussão sobre as estratégias de oferta de cuidado. ▪ Ausência de equipamento (vazio assistencial) ou ausência de investimentos tem sido usados para justificar a presença de Ct´s como a solução não considera o desenho da RAPS para atender a questão do uso de álcool e drogas ▪ Saúde como negocio ▪ Drogas –assunto de segurança e não como questão de saúde intersetorial ▪ Retorno a falida “Guerra as Drogas” ▪ A análise e discussão sobre as “novas institucionalizações” constituem‐se como um desafio importante para a construção do cuidado, no âmbito do SUS, de base territorial que promova os direitos de cidadania dos usuários e fortaleça o protagonismo e o exercício da liberdade – caps hibridos ▪ Financiamento das CT´s sem fiscalização efetiva muito superior ao que é pago pelo SUS a equipamentos como CAPS – aumento do financiamento leito – diminuição financ. CAPS ▪ Bancada B.B.B _ Biblia, Bala e Boi – evangélicos, militares e agropecuaristas – agenda conservadora ▪ Lobby das CT´s via bancada BBB ▪ Aumento financiamento leito em hospital psiquiatrico ▪ Politicas publicas ▪ Desrespeito ao Controle Social ▪ Democracia frágil e claudicante... ▪ Onda conservadora e “facista” ▪ Obrigado ▪ [email protected] ▪ [email protected]