Violência Contra Crianças e Adolescentes

Padrões comportamentais que interferem com a vida do indivíduo, incluindo alcoolismo e toxicodependência, muitas vezes com a raiz em ambientes familiares desfavoráveis.

O abuso de álcool pode ser passado de geração em geração, com pais ou mães que foram abusivos tendo sido eles próprios maltratados.

Um modelo que analisa o abuso infantil através de 4 níveis interativos: o indivíduo, a família, a comunidade e a cultura.

O modelo ecológico de Belsky considera que a herança genética, a personalidade e a história pessoal dos pais influenciam as interações familiares. É um dos níveis do modelo.

As explicações tradicionais para o abuso infantil incluem fatores como stress familiar, isolamento social, aceitação social da violência e organização social da comunidade.

O ambiente imediato da criança, geralmente a família. Inclui fatores como a natureza do ambiente familiar, saúde e temperamento da criança, tamanho da família e a qualidade das relações matrimoniais.

Estruturas sociais formais e informais que influenciam o microssistema. Inclui parentes próximos, comunidade e estrutura económica.

A influência de valores sociais, atitudes e expectativas gerais da sociedade. Inclui as atitudes face à violência em geral, expectativas sobre os métodos de disciplina e o nível geral de violência.

A história dos pais influencia os seus conhecimentos sobre a educação dos filhos, os seus sentimentos pelas crianças e os seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.

Modelo que reconhece diversas causas para o abuso infantil, incluindo fatores biológicos, históricos, psicológicos, ecológicos e compensadores.

Fatores que podem aumentar o risco de abuso infantil, como deficiências, problemas de comportamento, história de abuso, doença mental, falta de tolerância à frustração e ambiente caótico.

Fatores que podem diminuir o risco de abuso infantil, como forte vínculo familiar, apoio social e recursos comunitários.

Modelo que propõe que dois componentes são necessários para que ocorra o abuso físico: tendência a usar o castigo físico e a perda de controlo.

A síndrome do segredo é caracterizada por um silêncio e uma ocultação intencional por parte da vítima sobre o abuso sofrido. O segredo é mantido devido a diversas razões, incluindo medo, vergonha, culpa, ameaças do abusador, e a crença de que ninguém irá acreditar.

As crianças abusadas podem desenvolver uma síndrome de acomodação ao abuso, onde se adaptam à situação abusiva e podem minimizar o impacto do abuso, buscando maneiras de sobreviver dentro do ambiente familiar.

Muitas crianças vítimas de abuso sexual não revelam o que aconteceu a ninguém, especialmente aos adultos. Isso pode acontecer por medo, vergonha, culpa ou por confiarem que o abusador irá mudar.

A relação entre o abusador e a vítima é distorcida, onde a criança assume um papel de pseudo-parceira, adaptando seu comportamento às necessidades do abusador.

Em famílias com múltiplos abusadores, o abuso pode ser 'rotacionado' entre os irmãos, aumentando a complexidade e o trauma.

Em alguns casos, o abuso sexual de crianças ocorre dentro da família, com a participação de múltiplos abusadores, tornando a situação ainda mais grave.

A revelação do abuso sexual é muitas vezes gradual e se torna mais provável à medida que a criança cresce, especialmente se a primeira experiência ocorreu na adolescência.

A idade da vítima e o tipo de relacionamento com o revelador influenciam a probabilidade de a criança revelar o abuso. Crianças mais novas geralmente revelam a um cuidador, enquanto adolescentes podem revelar a outros adolescentes.

A colocação de crianças e jovens em instituições pode ter consequências negativas como sentimento de punição, estigmatização, diminuição da responsabilidade familiar e reprodução de desigualdades.

O psicólogo numa instituição deve trabalhar com toda a equipa, incluindo técnicos e educadores, para criar um ambiente de apoio e segurança para as crianças.

A intervenção do psicólogo numa instituição centra-se na construção de relações de confiança entre as crianças e os adultos responsáveis, reconhecendo que a falta de segurança no passado pode ter levado a comportamentos desviantes.

O psicólogo ajuda a equipa a compreender o comportamento das crianças através da psicopatologia do desenvolvimento, reconhecendo que comportamentos problemáticos podem ser uma forma de sinalizar necessidades profundas.

É importante ter em conta que a recusa de uma criança em receber ajuda pode indicar uma necessidade profunda de afeto.

O psicólogo ajuda a equipa a identificar as necessidades individuais de cada criança e jovem, reconhecendo a diversidade e a complexidade das suas experiências.

A intervenção com crianças e adolescentes pode ser individualizada, com foco na comunicação emocional, ou em grupo, através de sistemas de recompensas e discussão de temas como comportamento e sexualidade.

A instituição deve ser vista como um último recurso, e o objetivo principal é ajudar as crianças a construir um futuro positivo e independente.

O profissional de psicologia se destaca por sua base teórica em desenvolvimento normal e distúrbios, fornecendo uma compreensão da trajetória esperada do desenvolvimento infantil e a identificação de desvios.

A variedade de locais onde crianças e adolescentes podem ser acolhidos, incluindo lares, centros de acolhimento temporário, centros educativos, famílias de acolhimento e adoção, fornece um leque de opções de cuidado dependendo das necessidades específicas de cada indivíduo.

Crianças e adolescentes que necessitam de acolhimento podem ser encaminhados por diferentes entidades, como escolas, comissões de proteção de crianças e jovens, intervenção judicial e medidas judiciais de promoção e proteção.

As medidas de promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente fornecem diferentes tipos de apoio para garantir o bem-estar da criança, desde apoio aos pais até acolhimento institucional.

A institucionalização oferece benefícios como continuidade de cuidados e previsibilidade, criando um ambiente mais seguro e estruturado para a criança. Essa estrutura pode contribuir para a organização psicológica e o desenvolvimento da confiança.

O acolhimento institucional pode trazer desafios, como maior fragilidade emocional para a criança. A perda do contato com a família e a instabilidade podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança.

A importância do desenvolvimento da confiança em si mesmo e nos outros é crucial para a saúde mental das crianças e adolescentes em acolhimento. Isso pode ser alcançado por meio da construção de relacionamentos saudáveis e de apoio.

O psicólogo desempenha um papel fundamental no acolhimento institucional, fornecendo apoio psicológico a crianças e adolescentes, auxiliando na adaptação ao novo ambiente, promovendo o bem-estar emocional e ajudando a lidar com os desafios do processo.

A recusa em reconhecer ou admitir a ocorrência de abuso sexual, o que pode resultar de diversos fatores, como medo, culpa, vergonha ou crenças culturais.

A probabilidade de uma criança revelar o abuso é influenciada por diversos fatores, incluindo a qualidade do relacionamento com o abusador, a idade da criança, o tipo de abuso e o apoio social.

Uma criança que sofre abuso sexual pode apresentar diferentes sintomas, dependendo da idade, da frequência e da severidade do abuso, bem como da sua personalidade e contexto familiar.

Pais que praticam violência doméstica têm uma probabilidade muito maior de cometer incesto (especialmente contra meninas) em comparação com pais que não são violentos.

A criança pode ter dificuldades em distinguir entre afeto e abuso, especialmente se o abusador é alguém que ela ama e confia.

A falta de supervisão parental, a dificuldade da criança em se proteger e a sua vulnerabilidade emocional aumentam o risco de abuso sexual.

A falta de recursos financeiros, a falta de privacidade na casa e as dificuldades de comunicação sobre temas sexuais podem aumentar o risco de abuso sexual.

A relação de proximidade com o agressor, o início precoce do abuso e experiências anteriores de abuso aumentam o trauma e as consequências negativas.

O abuso sexual pode ter consequências a longo prazo para a saúde física e mental da criança, incluindo comportamentos de risco, problemas de saúde mental e distorções cognitivas.

O abuso sexual aumenta o risco de comportamentos agressivos e antissociais na criança, com uma maior probabilidade de se engajar em violência em relação à outras pessoas.

As meninas são mais propensas a internalizar a raiva, enquanto os meninos podem externalizá-la através de comportamentos agressivos.

O abuso sexual afeta a forma como a criança percebe sua sexualidade, levando à confusão, ansiedade e dificuldades em ter relações íntimas.