Podcast
Questions and Answers
Em qual contexto fisiológico a secreção de saliva rica em mucina desempenha um papel mais crucial, influenciando diretamente a eficiência da deglutição e ruminação em ruminantes?
Em qual contexto fisiológico a secreção de saliva rica em mucina desempenha um papel mais crucial, influenciando diretamente a eficiência da deglutição e ruminação em ruminantes?
- Na formação do bolo alimentar, facilitando a ação da amilase salivar na quebra inicial de amido.
- Na lubrificação do alimento, minimizando o atrito durante a passagem pelo esôfago e otimizando a ruminação. (correct)
- Na excreção de substâncias em excesso, como mercúrio e potássio, mantendo a homeostase mineral do organismo.
- Na neutralização do pH ruminal, mantendo a homeostase iônica essencial para a fermentação microbiana.
Qual dos seguintes mecanismos representa a estratégia mais eficaz para a manutenção da homeostase do pH ruminal em bovinos, considerando a produção contínua de ácidos graxos voláteis (AGVs) durante a fermentação?
Qual dos seguintes mecanismos representa a estratégia mais eficaz para a manutenção da homeostase do pH ruminal em bovinos, considerando a produção contínua de ácidos graxos voláteis (AGVs) durante a fermentação?
- Redução da motilidade ruminal para diminuir a produção de AGVs e evitar a acidose.
- Absorção direta de AGVs pela parede ruminal, minimizando o acúmulo de ácidos no ambiente ruminal.
- Secreção de saliva rica em bicarbonato, neutralizando os ácidos graxos voláteis (AGVs) e mantendo o pH ruminal dentro de limites estreitos. (correct)
- Aumento da secreção de suco gástrico contendo ácido clorídrico (HCl) para tamponar o excesso de AGVs.
Em animais ruminantes, qual adaptação anatômica e fisiológica otimiza a digestão de carboidratos estruturais, influenciando a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e, consequentemente, a disponibilidade de energia para o hospedeiro?
Em animais ruminantes, qual adaptação anatômica e fisiológica otimiza a digestão de carboidratos estruturais, influenciando a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e, consequentemente, a disponibilidade de energia para o hospedeiro?
- Presença de um ceco funcionalmente desenvolvido, permitindo a fermentação pós-gástrica eficiente de celulose e hemicelulose.
- Alta concentração de enzimas pancreáticas no intestino delgado, potencializando a digestão de proteínas e lipídios.
- Complexo sistema multi-compartimental do estômago, proporcionando um ambiente ideal para a fermentação microbiana e a produção de AGVs. (correct)
- Ação da ptialina na cavidade oral, quebrando o amido em moléculas menores e facilitando a absorção intestinal.
Qual é a implicação direta da secreção de somatostatina no trato gastrointestinal de animais, considerando seus efeitos sobre a motilidade e secreção?
Qual é a implicação direta da secreção de somatostatina no trato gastrointestinal de animais, considerando seus efeitos sobre a motilidade e secreção?
Em que medida a composição específica da microbiota ruminal, particularmente a proporção entre bactérias celulolíticas e amilolíticas, influencia a eficiência da conversão alimentar e a produção de metano (CH₄) em bovinos?
Em que medida a composição específica da microbiota ruminal, particularmente a proporção entre bactérias celulolíticas e amilolíticas, influencia a eficiência da conversão alimentar e a produção de metano (CH₄) em bovinos?
Qual o efeito da administração estratégica de ionóforos na dieta de bovinos sobre a dinâmica da microbiota ruminal e, por conseguinte, sobre a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a emissão de metano (CH₄)?
Qual o efeito da administração estratégica de ionóforos na dieta de bovinos sobre a dinâmica da microbiota ruminal e, por conseguinte, sobre a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a emissão de metano (CH₄)?
De que maneira a suplementação de enzimas exógenas, como celulases e xilanases, em dietas de ruminantes impacta a digestibilidade da fibra e a cinética da fermentação ruminal?
De que maneira a suplementação de enzimas exógenas, como celulases e xilanases, em dietas de ruminantes impacta a digestibilidade da fibra e a cinética da fermentação ruminal?
Como os protozoários ciliados no rúmen modulam a dinâmica da microbiota bacteriana e, consequentemente, influenciam o ciclo do nitrogênio e a disponibilidade de proteína microbiana para o hospedeiro ruminante?
Como os protozoários ciliados no rúmen modulam a dinâmica da microbiota bacteriana e, consequentemente, influenciam o ciclo do nitrogênio e a disponibilidade de proteína microbiana para o hospedeiro ruminante?
Qual é o papel crítico dos fungos anaeróbicos no rúmen, considerando sua capacidade de colonizar e degradar substratos complexos, e como essa atividade impacta a acessibilidade da fibra para outras populações microbianas?
Qual é o papel crítico dos fungos anaeróbicos no rúmen, considerando sua capacidade de colonizar e degradar substratos complexos, e como essa atividade impacta a acessibilidade da fibra para outras populações microbianas?
De que forma a dieta, particularmente a relação entre concentrados e forragem, influencia a estrutura e a função da microbiota ruminal, e como essa modulação afeta a saúde e a produtividade de bovinos?
De que forma a dieta, particularmente a relação entre concentrados e forragem, influencia a estrutura e a função da microbiota ruminal, e como essa modulação afeta a saúde e a produtividade de bovinos?
Em termos de fisiologia comparada, qual das seguintes características do sistema digestório das aves representa uma adaptação evolutiva crucial para otimizar a extração de nutrientes de uma dieta variada e, frequentemente, rica em componentes fibrosos e recalcitrantes?
Em termos de fisiologia comparada, qual das seguintes características do sistema digestório das aves representa uma adaptação evolutiva crucial para otimizar a extração de nutrientes de uma dieta variada e, frequentemente, rica em componentes fibrosos e recalcitrantes?
Considere um cenário em que um equino é submetido a uma dieta rica em amido e com baixa quantidade de fibra. Qual das seguintes alterações fisiopatológicas é mais provável de ocorrer no trato digestório desse animal, e qual mecanismo subjacente explica essa condição?
Considere um cenário em que um equino é submetido a uma dieta rica em amido e com baixa quantidade de fibra. Qual das seguintes alterações fisiopatológicas é mais provável de ocorrer no trato digestório desse animal, e qual mecanismo subjacente explica essa condição?
Em relação à fisiologia da digestão em suínos, qual dos seguintes mecanismos enzimáticos é fundamental para a eficiente utilização de proteínas na dieta, e onde ocorre preferencialmente esse processo?
Em relação à fisiologia da digestão em suínos, qual dos seguintes mecanismos enzimáticos é fundamental para a eficiente utilização de proteínas na dieta, e onde ocorre preferencialmente esse processo?
Qual é o impacto da ureia como suplemento proteico na dieta de ruminantes sobre a dinâmica do nitrogênio no ambiente ruminal, e como essa dinâmica influencia a síntese de proteína microbiana e a nutrição do hospedeiro?
Qual é o impacto da ureia como suplemento proteico na dieta de ruminantes sobre a dinâmica do nitrogênio no ambiente ruminal, e como essa dinâmica influencia a síntese de proteína microbiana e a nutrição do hospedeiro?
Qual é o efeito da lignina presente na parede celular vegetal sobre a digestibilidade da fibra em ruminantes, considerando os mecanismos de ação da microbiota ruminal e as estratégias de manejo nutricional que podem mitigar esse efeito?
Qual é o efeito da lignina presente na parede celular vegetal sobre a digestibilidade da fibra em ruminantes, considerando os mecanismos de ação da microbiota ruminal e as estratégias de manejo nutricional que podem mitigar esse efeito?
De que maneira a administração de probióticos, contendo cepas específicas de bactérias ou leveduras, pode modular a microbiota ruminal e influenciar positivamente a saúde e o desempenho de bovinos submetidos a dietas de alto desafio, como aquelas ricas em grãos?
De que maneira a administração de probióticos, contendo cepas específicas de bactérias ou leveduras, pode modular a microbiota ruminal e influenciar positivamente a saúde e o desempenho de bovinos submetidos a dietas de alto desafio, como aquelas ricas em grãos?
Com que finalidade a nutrição de precisão emprega a análise detalhada da composição dos alimentos e das exigências nutricionais dos animais, e como essa abordagem contribui para otimizar a utilização dos recursos e minimizar o impacto ambiental da produção pecuária?
Com que finalidade a nutrição de precisão emprega a análise detalhada da composição dos alimentos e das exigências nutricionais dos animais, e como essa abordagem contribui para otimizar a utilização dos recursos e minimizar o impacto ambiental da produção pecuária?
Considere a complexa interação entre genótipo e fenótipo na digestão de ruminantes. Em que medida a variação genética entre diferentes raças ou indivíduos afeta a composição e atividade da microbiota ruminal, e como essa interação influencia a eficiência da conversão alimentar e a resiliência a desafios nutricionais?
Considere a complexa interação entre genótipo e fenótipo na digestão de ruminantes. Em que medida a variação genética entre diferentes raças ou indivíduos afeta a composição e atividade da microbiota ruminal, e como essa interação influencia a eficiência da conversão alimentar e a resiliência a desafios nutricionais?
Em que medida os compostos secundários presentes em forragens tropicais, como taninos e saponinas, modulam a atividade da microbiota ruminal e, consequentemente, influenciam a digestibilidade dos nutrientes e o balanço de nitrogênio em ruminantes?
Em que medida os compostos secundários presentes em forragens tropicais, como taninos e saponinas, modulam a atividade da microbiota ruminal e, consequentemente, influenciam a digestibilidade dos nutrientes e o balanço de nitrogênio em ruminantes?
Como a genética de diferentes raças de ruminantes interage com a dieta, e como isso afeta tanto a microbiota ruminal quanto a expressão fenotípica relacionada à eficiência alimentar e à produção?
Como a genética de diferentes raças de ruminantes interage com a dieta, e como isso afeta tanto a microbiota ruminal quanto a expressão fenotípica relacionada à eficiência alimentar e à produção?
Considere um cenário de estresse térmico em bovinos de leite. Qual o impacto fisiológico mais provável desse estresse sobre a função ruminal e, consequentemente, sobre a eficiência da digestão e a produção de leite?
Considere um cenário de estresse térmico em bovinos de leite. Qual o impacto fisiológico mais provável desse estresse sobre a função ruminal e, consequentemente, sobre a eficiência da digestão e a produção de leite?
Considerando a adaptação metabólica de ruminantes à utilização de dietas fibrosas, qual dos seguintes processos fisiológicos representa a principal via de fornecimento de energia para o hospedeiro, e como esse processo se relaciona com a microbiota ruminal?
Considerando a adaptação metabólica de ruminantes à utilização de dietas fibrosas, qual dos seguintes processos fisiológicos representa a principal via de fornecimento de energia para o hospedeiro, e como esse processo se relaciona com a microbiota ruminal?
Qual é a estratégia nutricional mais adequada para mitigar os efeitos negativos do acúmulo de amônia no rúmen, visando otimizar a síntese de proteína microbiana e reduzir a excreção de nitrogênio em bovinos?
Qual é a estratégia nutricional mais adequada para mitigar os efeitos negativos do acúmulo de amônia no rúmen, visando otimizar a síntese de proteína microbiana e reduzir a excreção de nitrogênio em bovinos?
Em que medida a suplementação de lipídios na dieta de vacas leiteiras afeta a biohidrogenação de ácidos graxos insaturados no rúmen e, consequentemente, a composição de ácidos graxos no leite, e como essa manipulação nutricional pode influenciar a qualidade do produto?
Em que medida a suplementação de lipídios na dieta de vacas leiteiras afeta a biohidrogenação de ácidos graxos insaturados no rúmen e, consequentemente, a composição de ácidos graxos no leite, e como essa manipulação nutricional pode influenciar a qualidade do produto?
Em um contexto de formulação de dietas para ruminantes, qual é a relevância da taxa de degradação ruminal da proteína e como essa característica influencia a escolha de ingredientes proteicos para otimizar a síntese de proteína microbiana e atender às exigências do animal?
Em um contexto de formulação de dietas para ruminantes, qual é a relevância da taxa de degradação ruminal da proteína e como essa característica influencia a escolha de ingredientes proteicos para otimizar a síntese de proteína microbiana e atender às exigências do animal?
De que maneira a suplementação de minerais traço, como zinco (Zn), cobre (Cu) e selênio (Se), influencia a atividade das enzimas antioxidantes na mucosa intestinal de animais jovens e, consequentemente, a integridade da barreira intestinal e a resposta imune?
De que maneira a suplementação de minerais traço, como zinco (Zn), cobre (Cu) e selênio (Se), influencia a atividade das enzimas antioxidantes na mucosa intestinal de animais jovens e, consequentemente, a integridade da barreira intestinal e a resposta imune?
No contexto de doenças metabólicas em ruminantes, como a acidose ruminal e a cetose, qual é a importância do manejo nutricional na prevenção e no tratamento dessas condições, e quais estratégias dietéticas são mais eficazes para restabelecer a homeostase metabólica?
No contexto de doenças metabólicas em ruminantes, como a acidose ruminal e a cetose, qual é a importância do manejo nutricional na prevenção e no tratamento dessas condições, e quais estratégias dietéticas são mais eficazes para restabelecer a homeostase metabólica?
Qual é o impacto da mastigação e ruminação sobre a fisiologia digestiva em animais ruminantes, considerando a produção de saliva, a estratificação do conteúdo ruminal e a motilidade do retículo-rúmen?
Qual é o impacto da mastigação e ruminação sobre a fisiologia digestiva em animais ruminantes, considerando a produção de saliva, a estratificação do conteúdo ruminal e a motilidade do retículo-rúmen?
Como a suplementação com fontes de aminoácidos protegidos da degradação ruminal, como lisina e metionina encapsuladas, pode influenciar a síntese de proteína no intestino delgado e, consequentemente, o desempenho produtivo de vacas leiteiras de alta produção?
Como a suplementação com fontes de aminoácidos protegidos da degradação ruminal, como lisina e metionina encapsuladas, pode influenciar a síntese de proteína no intestino delgado e, consequentemente, o desempenho produtivo de vacas leiteiras de alta produção?
Qual é a implicação fisiológica da secreção de saliva com alta concentração de íons alcalinos no contexto da fermentação ruminal?
Qual é a implicação fisiológica da secreção de saliva com alta concentração de íons alcalinos no contexto da fermentação ruminal?
Em que medida a configuração anatômica do rúmen, com suas papilas e estratificação do conteúdo, influencia a eficiência da absorção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a prevenção da acidose ruminal?
Em que medida a configuração anatômica do rúmen, com suas papilas e estratificação do conteúdo, influencia a eficiência da absorção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a prevenção da acidose ruminal?
Qual é o impacto da suplementação de lipídios insaturados na dieta de ruminantes sobre a biohidrogenação ruminal e como esse processo afeta a composição de ácidos graxos no leite, considerando a atividade de bactérias como Butyrivibrio fibrisolvens?
Qual é o impacto da suplementação de lipídios insaturados na dieta de ruminantes sobre a biohidrogenação ruminal e como esse processo afeta a composição de ácidos graxos no leite, considerando a atividade de bactérias como Butyrivibrio fibrisolvens?
Em que medida a degradação ruminal do amido influencia a produção de propionato, e como a manipulação da dieta para favorecer a produção de propionato impacta a eficiência energética e a redução das emissões de metano (CH₄) em ruminantes, considerando as vias metabólicas envolvidas?
Em que medida a degradação ruminal do amido influencia a produção de propionato, e como a manipulação da dieta para favorecer a produção de propionato impacta a eficiência energética e a redução das emissões de metano (CH₄) em ruminantes, considerando as vias metabólicas envolvidas?
Qual é o papel das enzimas celulases produzidas por microrganismos ruminais na digestão de β-glucanos e como a atividade dessas enzimas é afetada pela presença de inibidores na dieta, como taninos e ligninas?
Qual é o papel das enzimas celulases produzidas por microrganismos ruminais na digestão de β-glucanos e como a atividade dessas enzimas é afetada pela presença de inibidores na dieta, como taninos e ligninas?
De que maneira a concentração de amônia (NH₃) no rúmen modula a atividade das bactérias ureolíticas, e como essa dinâmica influencia a eficiência da utilização de ureia como fonte de nitrogênio não proteico (NNP) para a síntese de proteína microbiana?
De que maneira a concentração de amônia (NH₃) no rúmen modula a atividade das bactérias ureolíticas, e como essa dinâmica influencia a eficiência da utilização de ureia como fonte de nitrogênio não proteico (NNP) para a síntese de proteína microbiana?
Qual é o mecanismo pelo qual os taninos condensados presentes em certas forragens tropicais modulam a atividade da microbiota ruminal, e como essa modulação afeta a digestibilidade dos nutrientes e o balanço de nitrogênio em ruminantes, considerando sua interação com enzimas e proteínas microbianas?
Qual é o mecanismo pelo qual os taninos condensados presentes em certas forragens tropicais modulam a atividade da microbiota ruminal, e como essa modulação afeta a digestibilidade dos nutrientes e o balanço de nitrogênio em ruminantes, considerando sua interação com enzimas e proteínas microbianas?
Como a suplementação de probióticos contendo Megasphaera elsdenii pode influenciar a produção de ácido lático no rúmen e, consequentemente, prevenir a acidose ruminal em bovinos alimentados com dietas ricas em carboidratos fermentáveis, considerando a especificidade metabólica dessa bactéria?
Como a suplementação de probióticos contendo Megasphaera elsdenii pode influenciar a produção de ácido lático no rúmen e, consequentemente, prevenir a acidose ruminal em bovinos alimentados com dietas ricas em carboidratos fermentáveis, considerando a especificidade metabólica dessa bactéria?
Qual é o impacto fisiológico da administração de ionóforos, como a monensina, sobre a população de bactérias gram-positivas no rúmen, e como essa alteração modula a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a eficiência energética em bovinos?
Qual é o impacto fisiológico da administração de ionóforos, como a monensina, sobre a população de bactérias gram-positivas no rúmen, e como essa alteração modula a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a eficiência energética em bovinos?
De que maneira a suplementação de enzimas exógenas (como xilanases e β-glucanases) influencia a digestibilidade da fração fibrosa da dieta em ruminantes, e qual é o efeito subsequente sobre a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a disponibilidade de energia para o hospedeiro?
De que maneira a suplementação de enzimas exógenas (como xilanases e β-glucanases) influencia a digestibilidade da fração fibrosa da dieta em ruminantes, e qual é o efeito subsequente sobre a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e a disponibilidade de energia para o hospedeiro?
Em que medida a presença de protozoários ciliados no rúmen afeta a dinâmica da população bacteriana e, consequentemente, influencia a produção de proteína microbiana disponível para absorção no intestino delgado do ruminante?
Em que medida a presença de protozoários ciliados no rúmen afeta a dinâmica da população bacteriana e, consequentemente, influencia a produção de proteína microbiana disponível para absorção no intestino delgado do ruminante?
Qual é a importância dos fungos anaeróbicos no rúmen em relação à degradação de compostos complexos da parede celular vegetal, e como essa atividade contribui para a acessibilidade da fibra a outras populações microbianas?
Qual é a importância dos fungos anaeróbicos no rúmen em relação à degradação de compostos complexos da parede celular vegetal, e como essa atividade contribui para a acessibilidade da fibra a outras populações microbianas?
De que maneira a proporção entre concentrados e forragem na dieta afeta a diversidade e função da microbiota ruminal, e como essas mudanças se refletem na saúde e produtividade de bovinos, considerando a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e o risco de acidose?
De que maneira a proporção entre concentrados e forragem na dieta afeta a diversidade e função da microbiota ruminal, e como essas mudanças se refletem na saúde e produtividade de bovinos, considerando a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) e o risco de acidose?
Em relação à digestão em aves, qual a relevância da moela na otimização da digestão mecânica e como sua função se correlaciona com a eficiência da ação enzimática subsequente no trato gastrointestinal?
Em relação à digestão em aves, qual a relevância da moela na otimização da digestão mecânica e como sua função se correlaciona com a eficiência da ação enzimática subsequente no trato gastrointestinal?
Em equinos, como a ausência da vesícula biliar impacta a emulsificação de lipídios e qual a adaptação fisiológica compensatória que permite a digestão eficiente de gorduras, considerando o papel da lipase pancreática e a especificidade da dieta equina?
Em equinos, como a ausência da vesícula biliar impacta a emulsificação de lipídios e qual a adaptação fisiológica compensatória que permite a digestão eficiente de gorduras, considerando o papel da lipase pancreática e a especificidade da dieta equina?
Em suínos, qual é a relevância da produção e secreção de amilase salivar na digestão inicial do amido, e como esse processo se compara com a ação da amilase pancreática no intestino delgado, considerando o pH ótimo de atuação e a presença de inibidores?
Em suínos, qual é a relevância da produção e secreção de amilase salivar na digestão inicial do amido, e como esse processo se compara com a ação da amilase pancreática no intestino delgado, considerando o pH ótimo de atuação e a presença de inibidores?
Em que medida a suplementação de aminoácidos protegidos da degradação ruminal, como lisina e metionina encapsuladas, pode otimizar a síntese proteica no intestino delgado, e como esse processo afeta a produção de leite em vacas de alta produção, considerando a disponibilidade e a qualidade do perfil de aminoácidos?
Em que medida a suplementação de aminoácidos protegidos da degradação ruminal, como lisina e metionina encapsuladas, pode otimizar a síntese proteica no intestino delgado, e como esse processo afeta a produção de leite em vacas de alta produção, considerando a disponibilidade e a qualidade do perfil de aminoácidos?
Qual é a importância da mastigação e ruminação na fisiologia digestiva de ruminantes, considerando a produção de saliva, a modificação do tamanho das partículas do alimento e a consequente influência sobre a fermentação ruminal e a taxa de passagem?
Qual é a importância da mastigação e ruminação na fisiologia digestiva de ruminantes, considerando a produção de saliva, a modificação do tamanho das partículas do alimento e a consequente influência sobre a fermentação ruminal e a taxa de passagem?
Em um cenário de estresse térmico em bovinos leiteiros, qual é o impacto mais provável sobre a motilidade ruminal e como essa alteração afeta a digestão da fibra e a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs), considerando a atividade da microbiota ruminal e o tempo de retenção do alimento?
Em um cenário de estresse térmico em bovinos leiteiros, qual é o impacto mais provável sobre a motilidade ruminal e como essa alteração afeta a digestão da fibra e a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs), considerando a atividade da microbiota ruminal e o tempo de retenção do alimento?
Considerando a complexa interação entre microbiota ruminal e a nutrição do hospedeiro, como a manipulação da dieta pode influenciar a composição da microbiota, e qual é o impacto dessa modulação sobre a eficiência da conversão alimentar e a saúde do animal, considerando a produção de vitaminas e a desintoxicação de compostos?
Considerando a complexa interação entre microbiota ruminal e a nutrição do hospedeiro, como a manipulação da dieta pode influenciar a composição da microbiota, e qual é o impacto dessa modulação sobre a eficiência da conversão alimentar e a saúde do animal, considerando a produção de vitaminas e a desintoxicação de compostos?
Em que medida a suplementação de minerais traço, como selênio (Se), influencia as enzimas antioxidantes na mucosa intestinal de animais em crescimento, e como essa ação afeta a integridade da barreira intestinal e a resposta imune?
Em que medida a suplementação de minerais traço, como selênio (Se), influencia as enzimas antioxidantes na mucosa intestinal de animais em crescimento, e como essa ação afeta a integridade da barreira intestinal e a resposta imune?
No contexto da acidose ruminal, quais são os mecanismos pelos quais a administração de bicarbonato de sódio atua para mitigar os efeitos desta condição, e como essa intervenção influencia a composição da microbiota ruminal?
No contexto da acidose ruminal, quais são os mecanismos pelos quais a administração de bicarbonato de sódio atua para mitigar os efeitos desta condição, e como essa intervenção influencia a composição da microbiota ruminal?
Qual é o papel das secreções pancreáticas, ricas em enzimas como tripsina e quimotripsina, na digestão de proteínas no intestino delgado de animais monogástricos, e como a ativação dessas enzimas é regulada para evitar a autodigestão?
Qual é o papel das secreções pancreáticas, ricas em enzimas como tripsina e quimotripsina, na digestão de proteínas no intestino delgado de animais monogástricos, e como a ativação dessas enzimas é regulada para evitar a autodigestão?
Considere o conceito de 'nutrição de precisão' aplicado à alimentação de bovinos leiteiros. Qual é a sua principal finalidade e como essa abordagem difere das práticas tradicionais de formulação de dietas, particularmente em relação à redução do impacto ambiental e à otimização da produção?
Considere o conceito de 'nutrição de precisão' aplicado à alimentação de bovinos leiteiros. Qual é a sua principal finalidade e como essa abordagem difere das práticas tradicionais de formulação de dietas, particularmente em relação à redução do impacto ambiental e à otimização da produção?
De que forma varia a secreção e composição da saliva entre diferentes espécies de animais domésticos, considerando suas dietas e fisiologias digestivas distintas, e qual é a relevância dessas variações para a eficiência da digestão e a manutenção da saúde bucal e gástrica?
De que forma varia a secreção e composição da saliva entre diferentes espécies de animais domésticos, considerando suas dietas e fisiologias digestivas distintas, e qual é a relevância dessas variações para a eficiência da digestão e a manutenção da saúde bucal e gástrica?
Em que medida a produção de óxido nítrico (NO) desempenha um papel na regulação do fluxo sanguíneo na mucosa gastrointestinal, e como essa modulação influencia a absorção de nutrientes e a manutenção da integridade da barreira intestinal?
Em que medida a produção de óxido nítrico (NO) desempenha um papel na regulação do fluxo sanguíneo na mucosa gastrointestinal, e como essa modulação influencia a absorção de nutrientes e a manutenção da integridade da barreira intestinal?
Qual é a relação entre a expressão gênica de enzimas digestivas e a composição da dieta em animais monogástricos, e como a epigenética modula essa expressão para otimizar a adaptação metabólica a diferentes fontes de nutrientes, considerando a metilação do DNA e a modificação de histonas?
Qual é a relação entre a expressão gênica de enzimas digestivas e a composição da dieta em animais monogástricos, e como a epigenética modula essa expressão para otimizar a adaptação metabólica a diferentes fontes de nutrientes, considerando a metilação do DNA e a modificação de histonas?
Qual é o impacto da suplementação de ácidos graxos de cadeia média (AGCM) na dieta de aves sobre a microbiota intestinal, e como essa modulação afeta a resistência a patógenos e a absorção de nutrientes, considerando os mecanismos de ação dos AGCM e a competição microbiana no intestino?
Qual é o impacto da suplementação de ácidos graxos de cadeia média (AGCM) na dieta de aves sobre a microbiota intestinal, e como essa modulação afeta a resistência a patógenos e a absorção de nutrientes, considerando os mecanismos de ação dos AGCM e a competição microbiana no intestino?
No contexto da fisiologia digestiva comparada, qual é a diferença fundamental entre a digestão de carboidratos estruturais em herbívoros pré-gástricos (como equinos) e herbívoros pós-gástricos (como coelhos), considerando a localização primária da fermentação e a eficiência na extração de energia?
No contexto da fisiologia digestiva comparada, qual é a diferença fundamental entre a digestão de carboidratos estruturais em herbívoros pré-gástricos (como equinos) e herbívoros pós-gástricos (como coelhos), considerando a localização primária da fermentação e a eficiência na extração de energia?
Em que medida a suplementação estratégica de probióticos contendo Megasphaera elsdenii geneticamente modificada para aumentar a produção de bacteriocinas específicas contra bactérias produtoras de ácido lático poderia alterar a ecologia ruminal e mitigar o risco de acidose em bovinos?
Em que medida a suplementação estratégica de probióticos contendo Megasphaera elsdenii geneticamente modificada para aumentar a produção de bacteriocinas específicas contra bactérias produtoras de ácido lático poderia alterar a ecologia ruminal e mitigar o risco de acidose em bovinos?
De que maneira a administração de óleos essenciais específicos, conhecidos por modular a atividade de bactérias metanogênicas e aumentar a população de bactérias produtoras de propionato, poderia simultaneamente reduzir as emissões de metano e otimizar a eficiência energética em ruminantes?
De que maneira a administração de óleos essenciais específicos, conhecidos por modular a atividade de bactérias metanogênicas e aumentar a população de bactérias produtoras de propionato, poderia simultaneamente reduzir as emissões de metano e otimizar a eficiência energética em ruminantes?
Considerando a complexa interação entre a dieta e a microbiota ruminal, como a inclusão seletiva de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) sulfatados, derivados de algas marinhas e resistentes à degradação microbiana no rúmen, poderia influenciar a atividade das bactérias proteolíticas e a dinâmica do nitrogênio ruminal em bovinos?
Considerando a complexa interação entre a dieta e a microbiota ruminal, como a inclusão seletiva de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) sulfatados, derivados de algas marinhas e resistentes à degradação microbiana no rúmen, poderia influenciar a atividade das bactérias proteolíticas e a dinâmica do nitrogênio ruminal em bovinos?
Em que medida a manipulação da dieta, visando otimizar a concentração de ácidos graxos de cadeia ramificada (AGCRs) no rúmen, poderia influenciar a expressão gênica de enzimas lipolíticas e a biogênese de membranas em bactérias celulolíticas, afetando, por conseguinte, a digestibilidade da fibra em bovinos?
Em que medida a manipulação da dieta, visando otimizar a concentração de ácidos graxos de cadeia ramificada (AGCRs) no rúmen, poderia influenciar a expressão gênica de enzimas lipolíticas e a biogênese de membranas em bactérias celulolíticas, afetando, por conseguinte, a digestibilidade da fibra em bovinos?
Qual seria o impacto fisiológico de se alterar geneticamente bactérias ruminais para que expressem níveis elevados de enzimas capazes de degradar a lignina, um polímero complexo que limita a digestibilidade da parede celular vegetal, e como essa modificação afetaria a disponibilidade de nutrientes para o hospedeiro ruminante?
Qual seria o impacto fisiológico de se alterar geneticamente bactérias ruminais para que expressem níveis elevados de enzimas capazes de degradar a lignina, um polímero complexo que limita a digestibilidade da parede celular vegetal, e como essa modificação afetaria a disponibilidade de nutrientes para o hospedeiro ruminante?
Flashcards
O que é o trato digestório?
O que é o trato digestório?
Canais 'ocos' que estendem da boca ao ânus.
O que é digestão?
O que é digestão?
Divisão, degradação e absorção de alimentos.
O que é absorção?
O que é absorção?
Passagem de nutrientes para o epitélio intestinal.
Componentes do trato digestório
Componentes do trato digestório
Signup and view all the flashcards
Órgãos acessórios do sistema digestório
Órgãos acessórios do sistema digestório
Signup and view all the flashcards
Função da boca
Função da boca
Signup and view all the flashcards
Função dos dentes
Função dos dentes
Signup and view all the flashcards
Função da língua
Função da língua
Signup and view all the flashcards
O que a saliva contém?
O que a saliva contém?
Signup and view all the flashcards
O que é a faringe?
O que é a faringe?
Signup and view all the flashcards
O que aumenta a secreção de saliva?
O que aumenta a secreção de saliva?
Signup and view all the flashcards
Funções da saliva
Funções da saliva
Signup and view all the flashcards
O que são fatores secretórios?
O que são fatores secretórios?
Signup and view all the flashcards
O que é o estômago?
O que é o estômago?
Signup and view all the flashcards
Como os animais são divididos quanto ao estômago?
Como os animais são divididos quanto ao estômago?
Signup and view all the flashcards
Função do estômago
Função do estômago
Signup and view all the flashcards
Revestimento interno do estômago
Revestimento interno do estômago
Signup and view all the flashcards
O que o suco gástrico contém?
O que o suco gástrico contém?
Signup and view all the flashcards
Secções do intestino delgado
Secções do intestino delgado
Signup and view all the flashcards
Ação da secretina e CCK
Ação da secretina e CCK
Signup and view all the flashcards
Função do intestino grosso
Função do intestino grosso
Signup and view all the flashcards
Onde ocorre a fermentação?
Onde ocorre a fermentação?
Signup and view all the flashcards
Enzimas digestivas
Enzimas digestivas
Signup and view all the flashcards
Particularidade do intestino grosso em equinos e coelhos
Particularidade do intestino grosso em equinos e coelhos
Signup and view all the flashcards
Funções do pâncreas
Funções do pâncreas
Signup and view all the flashcards
Hormônios secretados pelo pâncreas
Hormônios secretados pelo pâncreas
Signup and view all the flashcards
Funções do fígado
Funções do fígado
Signup and view all the flashcards
O que é a simbiose ruminal?
O que é a simbiose ruminal?
Signup and view all the flashcards
Digestão de fibras por mamíferos
Digestão de fibras por mamíferos
Signup and view all the flashcards
Microorganismos do rúmen
Microorganismos do rúmen
Signup and view all the flashcards
O que as bactérias degradam na parede celular?
O que as bactérias degradam na parede celular?
Signup and view all the flashcards
O que limita dietas com forragem?
O que limita dietas com forragem?
Signup and view all the flashcards
O que são substâncias antinutricionais?
O que são substâncias antinutricionais?
Signup and view all the flashcards
O que são aditivos alimentares?
O que são aditivos alimentares?
Signup and view all the flashcards
O que fazem os probióticos?
O que fazem os probióticos?
Signup and view all the flashcards
O que são ionóforos?
O que são ionóforos?
Signup and view all the flashcards
Qual a característica da predação na microbiota ruminal?
Qual a característica da predação na microbiota ruminal?
Signup and view all the flashcards
Study Notes
O Sistema Digestório dos Animais Domésticos: Visão Geral
- A manutenção da vida depende da ingestão de nutrientes, obtidos através dos alimentos, os quais são fundamentais para os processos metabólicos.
- Em períodos de escassez alimentar, o organismo animal consome suas reservas e, posteriormente, pode levar à degradação tecidual.
- O trato digestório é uma estrutura oca e tubular que se estende da boca ao ânus.
- O alimento precisa ser "fracionado" em partes menores para ser absorvido através de processos físicos, como a mastigação, e químicos usando suco gástrico.
- A digestão é o processo de divisão, degradação e absorção dos alimentos pelo organismo, enquanto a absorção é a passagem pelo epitélio intestinal.
Classificação dos Hábitos Alimentares
- Carnívoros consomem carne como fonte de proteína animal (ex: grandes felinos).
- Herbívoros alimentam-se de vegetais para obter proteína vegetal (ex: bovinos, equinos).
- Onívoros consomem tanto carnes quanto vegetais (ex: humanos, urso, suínos).
Funções Essenciais do Trato Digestório
- Fornecer continuamente nutrientes, água e eletrólitos para o organismo.
- Armazenar alimentos por um período determinado, liberando-os para digestão.
- Metabolizar o alimento para que ocorra a correta absorção.
- Eliminar resíduos alimentares não digeridos.
Fatores Responsáveis pela Digestão
- Fatores mecânicos incluem mastigação, deglutição, regurgitação, motilidade gástrica e intestinal, e defecação.
- Fatores secretórios envolvem as atividades das glândulas digestivas (glândulas do trato gastrointestinal e digestórias)
- Fatores químicos são as enzimas produzidas pelas glândulas e as substâncias químicas (ex: HCl).
- Fatores microbianos são as atividades secretoras dos microrganismos presentes no trato gastrointestinal.
Componentes Primários do Trato Digestório
- Boca
- Dentes
- Língua
- Faringe
- Esôfago
- Estômago
- Intestino Delgado
- Intestino Grosso
- Ânus
Órgãos Acessórios
- Pâncreas
- Fígado
- Glândulas salivares
Boca: A Cavidade Oral
- É onde o alimento é recebido inicialmente.
- O tamanho das partículas de alimento é reduzido, e as partículas são misturadas à saliva (insalivação).
- Ocorre a formação do "bolo alimentar".
- Dentes e língua auxiliam na digestão.
- A digestão química e física começa.
- A boca é revestida por mucosa.
- As glândulas salivares atuam secretando amilase salivar.
- Tipos de glândulas salivares: parótidas, submandibulares e sublinguais.
- As glândulas salivares podem ser serosas (secreção aquosa e clara), mucosas (material viscoso e firme) ou mistas.
- Início da decomposição de alimentos ricos em amido.
- A ptialina (amilase salivar) é a principal enzima da boca, que quebra o amido em maltose (molécula menor).
Funções e Características da Língua
- Contém papilas gustativas para percepção de sabores.
- É um órgão muscular.
- Move o alimento na cavidade oral e o desloca para o esôfago.
- Possui superfície grossa, composta por papilas, que auxilia na trituração e deglutição dos alimentos.
Faringe: Conexão Vital
- Serve como via comum para alimentos e ar.
- É um tubo muscular com a glote, que é a abertura para a traqueia.
A Saliva e suas Características
- As glândulas salivares contêm células secretoras serosas e mucosas.
- Tipos de saliva: serosa (rica em eletrólitos), mucosa (rica em mucina) e mista.
Fatores que Influenciam a Salivação
- A mastigação aumenta a secreção de saliva.
- Alimentos fibrosos e secos estimulam a produção de saliva.
- O contato dos alimentos com a parede do rúmen causa um aumento na produção.
- Alimento concentrado estimula a produção + do que alimentos volumosos.
- A distensão da parede esofágica e ruminal aumenta a salivação.
- O olfato pode estimular um aumento na produção de saliva.
Funções da Saliva
- Facilita a mastigação e deglutição.
- Promove a umidificação e entumecimento dos alimentos.
- Desprende nutrientes e substâncias que estimulam a sensibilidade gustativa e a secreção de saliva e suco gástrico.
- Contém lipase salivar que atua na hidrólise de triglicerídeos (em ruminantes).
- Atua como lubrificante devido à mucina (complexo altamente lubrificante composto de ácido neuroamínico e N acetil galactosamina), facilitando o "deslizamento" do alimento durante a deglutição e ruminação.
- Possui uma pequena atividade antibacteriana e neutraliza ácidos no rúmen.
- Devido ao conteúdo de íons alcalinos na saliva, são neutralizados principalmente os ácidos íons formados no rúmen, evitando a acidez crescente do rúmen. Através da neutralização, o pH do rúmen mantem-se dentro de limites estreitos.
- Fornece micronutrientes aos microrganismos do rúmen.
- Apresenta uma propriedade antiespumante que ajuda na prevenção do timpanismo.
- Exerce função excretora, eliminando substâncias ingeridas em excesso (ex: mercúrio e potássio).
Estômago: Tipos e Funções
- Animais domésticos são divididos em ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos) e não ruminantes (equinos, suínos, aves) .
- É responsável pelo armazenamento de alimentos.
- Nos não ruminantes, o estômago é relativamente simples, com um único compartimento (monogástricos) , com exceção dos equinos.
- As aves possuem um estômago único que requer estudo à parte.
- Os ruminantes possuem um estômago complexo com 4 compartimentos, sendo apenas um com função secretora.
- O estômago é internamente forrado pela mucosa gástrica, responsável pela produção de muco protetor e local das glândulas gástricas.
- As glândulas gástricas produzem suco gástrico, contendo HCl e enzimas digestivas (pepsina ou proteases).
- Glândulas cárdicas secretam HCl e pepsinogênio, enquanto as pilóricas secretam muco.
- O pH do suco gástrico varia entre 1,5 e 2,5.
- O muco protege o epitélio estomacal da corrosão pelo suco gástrico.
Intestino: Estrutura e Divisão
- É formado pelo intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo) e intestino grosso.
- O intestino grosso possui um ceco funcional, característico de equinos e coelhos.
Intestino Delgado: Funções Hormonais
- O quimo é o produto da digestão estomacal com bolo alimentar, HCl e pepsinogênio.
- A acidez extrema libera somatostatina, que inibe a gastrina.
- São produzidas secretina e colecistoquinina (CCK).
- O duodeno secreta secretina e CCK.
- O pâncreas e o fígado atuam, e a atividade gástrica é inibida.
- Ocorre a ativação da secreção de enzimas e NaHCO3 pelo pâncreas, e de sais biliares e NaHCO3 pelo fígado.
- A CCK atua no hipotálamo, sinalizando saciedade.
- O peptídeo inibidor gástrico (GIP) atua sobre a glicose, e as células beta do pâncreas secretam insulina.
Intestino Grosso: Reabsorção e Fermentação
- A principal função é a reabsorção de água.
- As células epiteliais secretam muco para lubrificação.
- É constituído pelo ceco (apêndice) e cólon.
- O desenvolvimento varia conforme o animal e sua dieta.
- A fermentação ocorre no intestino grosso de todos os animais, sendo mais disseminada no ceco e cólon de herbívoros.
- Nos ruminantes, o rúmen é o principal compartimento fermentativo, e a digestão enzimática ocorre após a fermentação.
- Nos não ruminantes, a fermentação ocorre no ceco e cólon (pós-enzimática).
Fisiologia da Digestão: Enzimas e Ações
- As glândulas salivares produzem amilase para quebrar o amido em maltose na boca.
- O estômago produz HCl e pepsina para degradar proteínas e gorduras no estômago.
- O fígado produz a bile que emulsiona os lipídios no intestino delgado
- O pâncreas produz amilase, tripsina e lipase que atuam no intestino delgado.
- As glândulas do intestino delgado produzem sacarase, aminopeptidases e lactase.
Glândula Pancreática: Funções Endócrina e Exócrina
- Função endócrina (produção de hormônios) e exócrina (secreções digestivas).
- O pâncreas está sempre próximo ao duodeno.
- O principal ducto pancreático (Canal de Wirsung) se liga ao duodeno.
- A porção endócrina do pâncreas (Ilhotas de Langerhans) secreta insulina e glucagon, que atuam no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras.
Insulina
- Metabolismo de Carboidratos
- Aumenta o transporte e a disponibilidade de glicose intracelular.
- Impulsiona o uso de glicose, glicogênese e conversão em gordura.
- Reduz a concentração de glicose no sangue.
Glucagon
- Aumento de concentração de glicose no sangue através da quebra do glicogênio (Ilhotas de Langerhans)
- Aumento da Glicogenólise – remove glicogênio dos tecidos, liberando glicose na circulação
- Aumento da Gliconeogênese – transformação de proteínas e glicerol em glicose
Fígado
- O fígado, órgão multifuncional, produz bile e ácidos biliares.
- Células Epiteliais Hepáticas: realiza síntese, armazenamento e conversões metabólicas
- Desintoxica e realiza modificações do sangue
Microbiologia ruminal
- Mamíferos não possuem enzimas capazes de digerir as fibras dos alimentos, as quais podem ser fermentadas por várias espécies de bactérias ruminais.
- Celulose e outros polissacarídeos (hemicelulose e pectina), presentes na parede celular de vegetais, representam a maior fonte potencial de energia para os animais herbívoros.
- Microorganismos ruminais utilizam nitrogênio não proteico (uréia, sais de amônia, etc) para sintetizar proteínas, que são digeridas e metabolizadas pelo animal.
- Nos ruminantes, a fermentação ocorre nos pré-estômagos antes do abomaso e intestino delgado.
- Açúcares e proteínas solúveis fermentam rápida e completamente;
- Amido é quase sempre fermentado rapidamente;
- Proteínas da parede celular fermentam lentamente;
- Celulose e hemicelulose são fermentadas lentamente.
Ambiente ruminal
- No rúmen, habitam diversas espécies de microrganismos (bactérias, protozoários, fungos) que crescem efetivamente, são anaeróbicas e produzem subprodutos compatíveis com o ambiente ruminal.
Bactérias (≥ 50% da biomassa microbiana do rúmen)
- Bactérias celulolíticas ou fibrolíticas (Gram-positivas): Associam-se às fibras dos alimentos e degradam componentes da parede celular dos vegetais (celulose e hemicelulose)
- Bactérias amilolíticas e pectinolíticas (Gram-negativas): Associam-se às partículas de grãos de cereais ou grânulos de amido e degradam os carboidratos de natureza não-estrutural (amido e outros tipos de carboidratos solúveis)
- Bactérias proteolíticas (aminolíticas): A maior parte das espécies bacterianas ruminais degrada proteínas, mas muitas são incapazes de crescer, tendo aminoácidos como único substrato.
- Anaeróbios facultativos : Associam-se principalmente à parede do rúmen. Digerem células epiteliais mortas e apresentam importante atividade ureolítica, num ambiente situado na interface entre o tecido bem oxigenado e o conteúdo ruminal anaeróbio.
Protozoários (≤ 40% da biomassa microbiana do rúmen)
- Alguns protozoários são celulolíticos, mas os principais substratos utilizados pela fauna ruminal como fonte de energia são os açúcares e amidos.
- Espécies = Entodinium, Diplodinium, Epidinium, Isotricha, Dasytricha, etc.
Fungos ≤ 8% da biomassa microbiana do rúmen
- animais alimentados com dietas fibrosas;
- Espécies = Neocallismastix frontallis, Sphaeromonas communis, Piromonas communis, etc
Estabelecimento dos microrganismos ruminais.
- Bactérias: colonização rápida nas populações ruminais, influenciada pelo contato com animais adultos e tipo de dieta.
- Protozoários: principais fontes são a saliva e o contato com animais faunados.
- Fungos: transmissão ocorre pelo contato com animais adultos, saliva, ar e ingestão de alimentos contaminados.
Condições ideais para crescimento dos microrganismos ruminais
- Bactérias: Requerimentos comuns entre espécies, com afinidade por diferentes carboidratos.
- Protozoários: Pouco estudados, mas semelhantes às bactérias.
- Fungos: Crescimento estimulado por aminoácidos e carboidratos fermentáveis.
Distribuição espacial dos microrganismos no rúmen
- A microbiota é dividida em populações:
- Do líquido ruminal (25%), que colonizam alimentos recém-ingressados, com alta atividade metabólica;
- Do microrganismos na fração sólida da digesta (75%), que degradam alimentos fibrosos, incluindo protozoários ciliados na parede do rúmen.
Interações entre a microbiota ruminal
- Qualidade na microbiologia ruminal = simbiose entre os microrganismos presentes no rúmen.
- As interações podem ser:
- Parasitismo = um microrganismo é favorecido causando dano a outro;
- Mutualismo = dois são beneficiados;
- Comensalismo = um é beneficiado e outro não sofre efeito.
- A predação por protozoários reduz a biomassa bacteriana no rúmen, aumenta a perda de nitrogênio pelo hospedeiro e diminui o fluxo de proteína microbiana. Espécies menores de bactérias são predadas por protozoários menores.
- Bactérias e fungos apresentam mutualismo, suprindo necessidades como vitaminas do complexo B e aminoácidos.
- Protozoários ciliados aumentam a digestão de celulose e hemicelulose, mas são menos resistentes a pH reduzido.
Efeito da Dieta sobre a Microbiologia Ruminal
- Uma dieta equilibrada em proteínas e energia melhora o crescimento microbiano e o desempenho animal.
- Dietas com forragem limitam a taxa de digestão no rúmen devido à fração fibrosa e altos teores de parede celular, afetando o desempenho de animais produtivos.
- Forragem é a principal fonte de nutrientes para herbívoros, enquanto ração/concentrados fornecem proteína e energia.
- Compostos secundários, como taninos e saponinas, podem ser antinutricionais e inibir a digestão de carboidratos e proteínas.
Alimentos Usados na Nutrição Animal
- Milho: PB: 9%, EE: 0,5%, FB: 2,5%, EM Aves: 2.340 kcal/kg, EM Suínos: 2.560 kcal/kg, NDT: 72%
- Aveia: PB: 20%, EE: 4,5%, FDN: 63%, NDT: 65%
- Farelo de Arroz: PB: 14,4%, EE: 16%, FDN: 34,65%, NDT: 79,5%
- Farelo de Trigo: PB: 16,8%, EE: 3,65%, FDN: 44,5%, NDT: 72,74
- Casca de Soja: PB: 14%, EE: 2,7%, FDN: 60%, NDT: 77% - Baixo teor de lignina, alta digestibilidade, substituto de volumoso (até 40%).
- Polpa Cítrica: PB: 7%, EE: 3%, FDN: 24,2%, NDT: 54% - Alta digestibilidade, reduz acidose, ótima para vacas leiteiras.
- Melaço em Pó: PB 3%, EE 0,1%, NDT 70%
- Características:
- Alto teor energético e palatabilidade, mas com proteína de baixa qualidade, causando fermentação em ruminantes e diarreia em bezerros. Deficiente em fósforo, mas rico em nitritos e outros nutrientes. Limitar a ração: 2,5-3kg para vacas em lactação, 7% para bezerros. Acima de 30%, reduz gordura e sólidos do leite..
- Características:
- Farinha de Carne e Ossos: PB 40, 45, 50%; EE 7,2, 8,5, 9,6%; EM Aves 1.930, 2.290; EM Suínos 2.430, 2.520 kcal/kg.
- Fornece cálcio e fósforo; proibido para ruminantes; fatores que afetam a qualidade.
- Farelo de soja: PB 45-46%, EE 1,8%, FDN 14,8%, NDT 73-75%.
- Rico em tiamina, colina e niacina; pobre em caroteno.
- Recomendado 20-30% na ração de monogástricos.
- Ureia substitui parte da proteína em ruminantes, contribuindo para a síntese de proteína microbiana.
- Ureia Pecuária: 45% N, PB: 280%
- Utilizada como fonte proteica econômica para ruminantes.
- Degradada rapidamente no rúmen pelas bactérias, gerando amônia.
- Requer adaptação no fornecimento para evitar intoxicação.
- Caroço e Farelo de Algodão:
- Proteína Bruta (PB): 23% - 28-43%
- Extrato Etéreo (EE): 19% - 1,61%
- Valores Nutricionais (NDT): 83% - 66%
- Contém fator antinutricional Gossipol que prejudica reprodução; não usar em reprodutores.
- Alto teor de óleo; limite de 5% de EE na dieta.
- Gossipol se liga ao ferro, causando anemias.
Aditivos Alimentares
-
Substâncias orgânicas/inorgânicas em pequenas quantidades promovem crescimento e preservação. Ex: probióticos e ionóforos.
-
Probióticos: Benefício indireto ao hospedeiro, restabelecendo a microbiota natural e promovendo crescimento, saúde e nutrição normais.
- Alternativa atrativa aos antibióticos ionóforos, contendo microrganismos vivos (ex: Lactobacillus sp).
- Leveduras (Saccharomyces): Aumentam o nº de bactérias celulolíticas e reduzem a concentração de O2 no rúmen.
-
Ionóforos são antibióticos que inibem seletivamente o crescimento de microrganismos, como monensina e lasalocida.
- Bactérias Gram-positivas são mais sensíveis do que as Gram-negativas devido à falta de estrutura que impede a dissolução do ionóforo.
- Bactérias Gram-negativas têm papel importante na produção de AGVs, como ácido propiônico.
- Ionóforos reduzem a produção de CH4 em 30 a 50%, alteram a taxa de acetato:propianato e diminuem a degradação de proteínas no rúmen.
.
Studying That Suits You
Use AI to generate personalized quizzes and flashcards to suit your learning preferences.