Microcirculação e Transporte Capilar

Microcirculação e Transporte Capilar

• Microcirculação é essencial no sistema circulatório para transportar nutrientes aos tecidos e remover excretas celulares.
• A movimentação de substâncias através da parede do capilar ocorre por difusão, sem transporte ativo de solutos.
• Substâncias lipossolúveis atravessam facilmente as membranas celulares dos capilares.
• Íons e moléculas pouco solúveis em gordura passam por fendas aquosas entre as células endoteliais capilares.
• As fendas são interrompidas por proteínas que mantêm as células endoteliais unidas, permitindo a difusão de líquidos e nutrientes.
• Produtos do metabolismo movem-se das células para o líquido intersticial e, então, para os capilares.
• A parede capilar age como um filtro poroso, permeável à água e solutos do plasma, mas não a proteínas maiores.
• O plasma move-se através das fendas, influenciado pelo gradiente de pressão hidrostática, que é maior dentro dos capilares.
• O fluxo de volume é diretamente proporcional à diferença de pressão hidrostática entre o interior e o exterior do capilar.
• A explicação para o plasma não passar completamente para o espaço intersticial reside nos princípios osmóticos, elucidados por Starling.

Forças de Starling

• As forças de Starling determinam a direção do movimento do líquido entre o sangue e o líquido intersticial.
• Força 1: Pressão hidrostática do capilar empurra o líquido para fora.
• Força 2: Pressão do líquido intersticial empurra o líquido para fora.
• A pressão do líquido intersticial é geralmente negativa em relação aos tecidos circundantes.
• Força 3: Pressão coloidosmótica do líquido intersticial provoca osmose para fora do capilar, devido à pequena quantidade de proteína presente.
• Força 4: Pressão coloidosmótica plasmática atrai líquido para dentro do capilar devido à presença de proteínas não filtradas.
• O movimento da água ocorre de áreas de menor para maior concentração de água, influenciado pela quantidade de solutos dissolvidos ou íons.
• A concentração de água no plasma é menor que no interstício devido à presença de proteínas, induzindo o fluxo osmótico para dentro do capilar.
• No início do capilar, ocorre filtração (movimento de líquido para fora); no final, a força osmótica promove reabsorção (movimento de líquido para dentro).
• Há pouca perda ou ganho resultante de líquido num animal normal, e qualquer pequena filtração resultante retorna ao sangue através dos vasos linfáticos.
• A pressão hidrostática nos capilares força o líquido e solutos para os espaços intersticiais.
• A pressão osmótica, gerada pelas proteínas plasmáticas, leva o líquido dos espaços intersticiais para o sangue.
• As proteínas plasmáticas normalmente impedem a perda significativa de líquido do sangue para os espaços intersticiais.

Fatores que Afetam a Pressão Capilar

• A dilatação arteriolar pode aumentar a pressão hidrostática capilar, levando ao predomínio da filtração e entrada de plasma no interstício.
• A constrição arteriolar permite a passagem de mais líquido do interstício para o capilar, pois as forças osmóticas permanecem e a pressão hidrostática capilar diminui.
• Hipoproteinemia (diminuição das proteínas no sangue) causa acúmulo de líquido nos tecidos devido à diminuição da pressão oncótica e das forças osmóticas.
• O aumento da pressão venosa também causa acúmulo de líquido nos tecidos devido ao aumento da pressão hidrostática nos capilares, resultando em congestão de rebote.