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Questions and Answers
Associe os seguintes componentes da parede celular fúngica com suas características:
Associe os seguintes componentes da parede celular fúngica com suas características:
Quitina = Confere força tênsil e integridade estrutural Glucano = Principal componente polissacarídico, essencial para o crescimento Proteínas = Formam uma rede complexa com quitina e glucano Melanina = Oferece proteção contra radiação UV e estresse oxidativo
Associe os seguintes tipos de micoses com as camadas da pele afetadas:
Associe os seguintes tipos de micoses com as camadas da pele afetadas:
Superficiais = Limitadas à epiderme Cutâneas = Invadem a pele, cabelo e unhas Subcutâneas = Início nas camadas profundas da derme Profundas = Afetam órgãos internos
Combine os seguintes filos de fungos aos seus modos de reprodução característicos:
Combine os seguintes filos de fungos aos seus modos de reprodução característicos:
Ascomycota = Ascósporos formados em ascos Basidiomycota = Basidiósporos formados em basídios Zygomycota = Zigosporângios e zigósporos Deuteromycota = Sem fase sexual conhecida
Associe os seguintes fatores de virulência fúngica com seus efeitos:
Associe os seguintes fatores de virulência fúngica com seus efeitos:
Associe os seguintes tipos de dermatófitos com o habitat onde são encontrados:
Associe os seguintes tipos de dermatófitos com o habitat onde são encontrados:
Combine os seguintes gêneros de fungos com as micoses específicas que causam:
Combine os seguintes gêneros de fungos com as micoses específicas que causam:
Associe as seguintes características com o filo fúngico correspondente:
Associe as seguintes características com o filo fúngico correspondente:
Combine os passos de síntese de quitina:
Combine os passos de síntese de quitina:
Associe as formas clínicas das infeções fúngicas:
Associe as formas clínicas das infeções fúngicas:
Correlacione os tipos de micoses com o respetivo agente etiológico:
Correlacione os tipos de micoses com o respetivo agente etiológico:
Combine os fatores de virulência dos fungos com a função correspondente:
Combine os fatores de virulência dos fungos com a função correspondente:
Associe os filos fúngicos com as características da infeção:
Associe os filos fúngicos com as características da infeção:
Combine os diferentes tipos de superfícies com a infeção correspondente em que se instalam:
Combine os diferentes tipos de superfícies com a infeção correspondente em que se instalam:
Associe o habitat dos fatores de virulência das infeções:
Associe o habitat dos fatores de virulência das infeções:
Ordene os dermatófitos com a respetiva infeção:
Ordene os dermatófitos com a respetiva infeção:
Flashcards
Micologia
Micologia
Ramo da Biologia que estuda os fungos, microrganismos pertencentes ao reino Fungi. Muitos causam micoses.
Parede Celular Fúngica
Parede Celular Fúngica
Organelos que permitem a célula suportar alterações, mediar adesão e crescimento celular.
Quitina
Quitina
Componente minoritário, dá força tênsil e integridade à parede celular fúngica.
Glucano
Glucano
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Micoses Superficiais
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Micoses Cutâneas
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Micoses Subcutâneas
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Micoses Profundas
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Micoses Primárias
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Micoses Oportunistas
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Tinha do Cabelo
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Tinha da Barba
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Tinha dos Pés
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Tinha das Unhas
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Adesão Celular
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Study Notes
Micologia: Visão Geral dos Fungos
- Micologia é o estudo dos fungos macro e microscópicos, que pertencem ao reino Fungi.
- Muitos fungos causam infecções em humanos e animais, as quais são conhecidas como micoses.
- Os fungos representam um dos três maiores ramos evolutivos dos organismos multicelulares.
- Estima-se que existam no mínimo 5.1 milhões de espécies diferentes, com apenas 10-15% descritas.
- Fungos são eucariotos heterotróficos, dependendo de substâncias orgânicas do ambiente para nutrição.
- Fungos podem ser saprófitas (alimentam-se de matéria orgânica morta), simbiontes comensais (vivem em ou à custa de outros organismos sem prejudicar), ou parasitas (prejudicam outros seres vivos).
Características Celulares e Estruturais dos Fungos
Nutrição
- Fungos são heterotróficos e absorvem nutrientes solúveis.
- Animais também são heterotróficos, mas por ingestão de alimentos.
- Plantas são fotossintéticas.
Parede Celular
- Fungos têm paredes celulares contendo quitina e glucanos.
- Animais não possuem parede celular nem quitina.
- Plantas possuem paredes celulares de celulose.
Núcleo
- Fungos usualmente têm núcleos haploides, cuja membrana persiste durante a divisão celular.
- Animais e plantas possuem núcleos diplóides, com a membrana nuclear não persistindo durante a divisão.
Histonas
- Fungos possuem histonas 2B ricas em lisina.
- Animais também têm histonas 2B.
- Plantas possuem histonas de plantas.
Microtúbulos
- Fungos são sensíveis à griseofulvina.
- Animais e plantas são sensíveis à colchicina.
Síntese de Lisina
- Fungos sintetizam lisina via ácido amino adípico.
- Animais precisam fornecer lisina.
- Plantas sintetizam lisina via ácido diaminopimélico.
Golgi
- Fungos têm sistema tubular (Unstacked Golgi).
- Animais e plantas possuem cisternas sobrepostas (Stacked Golgi).
Mitocôndrias
- Fungos e animais têm cisternas em placa ou disco.
- Plantas têm cisternas tubulares.
Compostos de Armazenamento
- Fungos armazenam glicogênio, lipídios e trealose.
- Animais armazenam glicogênio, lipídios e trealose em alguns casos.
- Plantas armazenam amido.
Codões Mitocondriais
- Em fungos e animais, UGA codifica o triptofano.
- Em plantas, UGA é um códon de terminação.
Esteróis de Membrana
- Fungos têm ergosterol.
- Animais têm colesterol.
- Plantas têm fitosterol.
Hifas e Micélio
- Hifas são tubos contendo protoplasma, envolvidos por uma parede celular rígida que pode ramificar-se.
- O crescimento das hifas é apical e centrífugo.
- Hifas podem possuir ou não septos.
- Na extremidade apical, existem vesículas importantes para o crescimento (Spitzenkorper).
- O protoplasma posterior pode organizar-se em clamidósporos, à medida que o indivíduo progride no substrato.
- Hifas não septadas (cenocíticas) têm septos ocasionais sem poros e sem fluxo de material citoplasmático.
- Hifas septadas possuem septos regulares ao longo da hifa, com poros que permitem algum fluxo.
Reprodução dos Fungos
- Anamorfo refere-se à reprodução assexuada.
- Mitósporo é um esporo formado por reprodução assexuada (mitose).
- Conídio (ou esporangiósporo) é um tipo de esporo assexuado.
- Telomorfo refere-se à reprodução sexuada.
- Meiósporo é um esporo formado por reprodução sexuada (meiose).
- Holomorfo = Anamorfo + Telomorfo.
- Pleomorfo (ou Pleomorfismo).
Filos do Reino Fungi: Características Gerais
Chytridiomycota
- Podem ser unicelulares ou micelianos.
- Formam zoósporos com flagelo posterior.
- Não formam esporocarpos.
- São aquáticos ou terrestres.
Glomeromycota
- O micélio é geralmente cenocítico.
- Não se conhece reprodução sexuada.
- Formam micorrizas arbusculares.
- Não formam esporocarpos.
Zygomycota
- Fungos de crescimento rápido.
- As formas de crescimento podem ser filamentosa ou leveduriforme.
- O micélio é geralmente cenocítico e não septado.
- Septos completos delimitam zonas velhas ou estruturas reprodutoras.
- Não possuem centríolos.
- A reprodução assexuada ocorre por produção de conídios e clamidósporos.
- A reprodução sexuada ocorre por produção de zigosporângios e zigósporos.
- Não formam esporocarpo.
- São terrestres e sapróbios.
- Podem ser patogênicos para plantas ou animais.
- Importância médica: zigomicoses podem causar micoses subcutâneas e sistêmicas.
- Importância industrial: produção de enzimas.
Basidiomycota
- Podem ser sapróbios ou parasitas (principalmente de plantas).
- São terrestres ou marinhos.
- As formas de crescimento podem ser filamentosa ou leveduriforme.
- O micélio é septado, com septos contendo dolíporos.
- Formam ansas de anastomose junto aos septos.
- O micélio é haplóde dicariótico.
- Formam associações simbióticas com plantas (micorrizas) ou insetos.
- A reprodução assexuada tem expressão muito pequena.
- A reprodução sexuada produz exósporos (basidiósporos) em basídios.
- Produzem esporocarpos complexos.
- Classes: Hymenomycetes (cogumelos), Gasteromycetes (puff balls), Urediniomycetes (nusts), Ustilaginomycetes (smuts).
- Dolíporo: Permite a migração do citoplasma, mas não dos núcleos. É revestido por uma estrutura em forma de cúpula (parentessoma) que surge de uma modificação do retículo endoplasmático.
- São patogênicos para plantas ou animais.
- Importância médica: Cryptococcus neoformans, agentes de basidiomicoses, envenenamento por cogumelos (Amanita, Coprinus).
Ascomycota
- Podem ser sapróbios ou parasitas.
- O micélio é septado com septos “simples”, haplóide monocariótico.
- Formam associações simbióticas: líquenes.
- A reprodução assexuada ocorre através de conídios e artrósporos.
- A reprodução sexuada ocorre através da formação de esporos endógenos (ascósporos), numa estrutura designada asco, frequentemente formada em corpos frutíferos designados ascocarpos.
- Os poros dos ascos são protegidos por corpos de Woronin.
- Importância médica: Candida albicans, C. auris, dermatófitos e modelo de células eucarióticas (S. cerevisiae).
Deuteromycota
- Form – philum (categoria não filogenética).
- Agrupamento artificial.
- Não é conhecida a fase sexual.
- O micélio é septado.
- Podem ser unicelulares (leveduriforme).
- São sapróbios.
Parede Celular
- É um organelo que participa em numerosos processos, permite à célula suportar alterações de pressão osmótica impostas pelo ambiente e medeia a adesão dos fungos aos substratos.
- A disrupção da parede tem um efeito negativo no crescimento e na morfologia.
- É composta por proteínas, glucanos e quitina, formando uma rede complexa (crosslinking).
- A estrutura e a biossíntese da parede celular dos fungos é única no domínio Eucarya, sendo um excelente alvo para o desenvolvimento de novos antifúngicos específicos.
Quitina
- Homopolímero linear de β-1,4-N-acetilglucosamina, minoritário mas estruturalmente importante.
- Constitui cerca de 1–2% da parede celular das leveduras e 10-20% da parede celular dos fungos filamentosos
- Função: Força tõensil elevada, contribuindo para a integridade da parede celular
- Síntese: Quitina sintase (enzima integral da membrana plasmática) essencial para crescimento ativo e remodelação da parede.
- Alterações na síntese resultam em desorganização da parede, malformação fúngica e instabilidade osmótica.
Glucano
- Polissacarídeo maioritário da parede celular (50–60%).
- A maioria (65% - 90%) é β-1,3-glucano.
- Essencial para o crescimento normal dos fungos.
- Localizado em áreas de crescimento celular e ramificações.
- A inibição da síntese do β-1,3-glucano leva à malformação da parede celular e inibe o crescimento do fungo.
Infeções Fúngicas: Classificação e Tipos
- Podem ser classificadas de acordo com os tecidos afetados.
Micoses Superficiais
- A expansão do fungo é limitada à zona exterior da epiderme.
- Não são destrutivas e têm relevância cosmética.
Micoses Cutâneas
- Podem desencadear respostas sintomáticas (comichão, descamação, perda de pelo, unhas espessas e cor alterada)..
- Incluem dermatofitias (dermatófitos) e dermatomicoses (não dermatófitos).
Micoses Sub-Cutâneas
- Infeções com início nas camadas profundas da derme, córnea, tecido muscular, tecido conjuntivo e dos ossos.
- São crónicas e podem ser iniciadas por um trauma que permite ao fungo penetrar.
- Agentes infeciosos do solo e de matéria orgânica em decomposição (ambientais).
Micoses Profundas
- Têm capacidade de causar doença em indivíduos saudáveis, confinados a determinadas áreas geográficas do mundo.
- Exibem dimorfismo térmico.
Micoses Sistémicas
- Causadas por fungos agentes de micoses primárias ou por fungos oportunistas.
Micoses Primárias
- Patogênico primário capaz de causar doença em indivíduos imunocompetentes.
- Infeções induzidas por fungos patogênicos verdadeiros (virulentos).
Micoses Oportunistas
- Provocadas por fungos normalmente não patogénicos para o Homem ou normalmente agentes de infeção local autolimitada, mas que causam infeção sistémica em pessoas com sistema imunitário debilitado.
Micoses Superficiais Detalhadas
Pitiríase Versicolor
- Agente: Malassezia spp. (M. furfur).
- Características: Levedura lipofílica que se apresenta com células ovais.
- Sintomas: Zonas hipo ou hiper-pigmentadas no dorso superior, dermatites seborreicas e foliculites.
- Diagnóstico: Visualização direta de elementos fúngicos em fragmentos de pele raspados.
Tinea Nigra
- Agente: Hortaea werneckii.
- Características: Fungo demaciáceo, hifas septadas ramificadas, artroconídios e células alongadas com gémulas.
- Sintomas: Mancha irregular, pigmentada.
- Diagnóstico: Observação microscópica de escamas.
Micoses Cutâneas Detalhadas
- Incluem infeções causadas por fungos dermatófitos (dermatofitoses) e fungos não dermatófitos (dermatomicoses).
- Invadem a pele, o cabelo e as unhas, em humanos e outros mamíferos.
- São queratinofílicos e queratinolíticos, dando origem a descamação e irritação.
- As várias formas de dermatofitoses são designadas por tinha.
- Dermatófitos são fungos dos géneros Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum.
Características dos Géneros de Dermatófitos
Epidermophyton
- Macroconídeos: Paredes lisas, em forma de cacho de banana.
- Microconídeos: Ausentes.
- Espécies patogénicas: E. floccosum (infeta pele e unhas, não infecta o cabelo).
Microsporum
- Macroconídeos: Numerosos, em forma de "navette”, paredes rugosas.
- Microconídeos: Raros.
- Espécies patogénicas: M. canis (zoofílico), M. audouinii (antropofílico), M. gypseum (zoofílico).
Trichophyton
- Macroconídeos: Raros, de paredes lisas e em forma de charuto.
- Microconídeos: Abundantes.
- Espécies patogénicas: T. mentagrophytes var. mentagrophytes (zoofílico), T. mentagrophytes var. interdigitale (antropofílico), T. rubrum (antropofílico).
Classificação dos Dermatófitos
- Geofílicos: Habitat é o solo. Provocam resposta inflamatória e respondem melhor à terapia.
- Zoofílicos: Parasitas de animais. Provocam resposta inflamatória e respondem melhor à terapia.
- Antropofílicos: Infetam humanos e são transmitidos de pessoa a pessoa. Causam infeções crónicas relativamente não inflamatórias difíceis de tratar.
Classificação Clínica das Infeções por Dermatófitos por Zona Anatómica Afetada
- Tinha do cabelo (capitis): Lesões no couro cabeludo com descamação e formação de eritema, formando zonas de alopécia.
- Tinha da barba (barbae): Zona inflamatória na face causando foliculite da barba.
- Tinha dos pés (pedis): Infeção nos espaços interdigitais dos dedos do pé.
- Tinha das Mãos (manum): Infeção que se estabelece nas mãos.
- Tinha das unhas (unguium): Onicomicoses.
- Tinha das virilhas (curis): Infeção que se estabelece bilateralmente nas virilhas e que estende à região perianal e às nádegas.
- Dermatomicoses (não dermatófitos): Identificação clássica (aspeto da colónia e/ou morfologia de hifas e estruturas de reprodução assexuada: macroconídeos, microconídeos, artrósporos) ou por biologia molecular.
Micoses Subcutâneas
- Alguns fungos podem produzir lesões subcutâneas, na derme, tecidos subcutâneos e ossos, quando introduzidos traumaticamente através da pele.
- Originam lesões crónicas e induzem a formação de granulomas.
- Em geral, as espécies têm baixo potencial patogénico.
- Habitat: solo, madeiras e material vegetal em decomposição.
Tipos de Micoses Subcutâneas
Esporotricose linfo-cutânea
- Causada por Sporothrix schenckii (fungo dimórfico).
- Via de transmissão: formação de nódulos e passagem aos gânglios linfáticos.
- Reação inflamatória, supurativa e granulomatosa.
Micetomas Eumicóticos (Pé de Madura)
- Infeção crónica do tecido subcutâneo, com formação de fistulas de onde são eliminados grânulos.
- Causada por fungos polimórficos, demaciáceos.
Cromomicose (cromoblastomicose)
- Infeção fúngica crónica que afeta a pele e os tecidos subcutâneos, caracterizada por lesões verrugosas e escamosas.
- Causada por fungos demaciáceos (dimórficos, com melanina).
Phaeohifomicose (Phaeo = escuro) (Feohifomicoses)
- Infeções da pele e tecidos subcutâneos, ou infeções profundas, sistémicas ou invasivas.
- Causada por fungos filamentosos extensamente melanizados.
Zigomicoses
- Provocadas por zigomicetes, fungos com hifas cenocíticas.
- A resposta inflamatória é do tipo granulomatosa e rica em eosinófilos.
- Frequente em transplantados.
- Diagnóstico: histopatológico por PAS ou GMS, observando fragmentos de hifas rodeadas por eosinófilos.
Zigomicose Rino-facial ou Mucormicose
- Comprometimento ósseo.
- Excisão cirúrgica seguida de regeneração e transplante ósseo.
Características de Patogénicos Primários
Blastomyces dermatitidis
- Saprofita: Micélio septado e conídios.
- Parasita: Levedura grande com gémulas.
- Habitat: Solo e matéria orgânica (USA), infeção por inalação de conídios.
- Patogénese: Conídios transformam-se em leveduras, resposta inflamatória, leveduras escapam de macrófagos e disseminam-se via corrente sanguínea.
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, dimorfismo térmico, sobrevivência a fagocitose.
- Formas clínicas: Infeção pulmonar, úlceras na pele e disseminação genitourinária ossos.
Coccidioides immitis, C. posadasii
- Saprofita: Micélio septado e artroconídios.
- Parasita: Esférulas com endósporos.
- Habitat: Solo (USA, America do Sul e Central), deserto, infeção por inalação de artroconídios.
- Patogénese: converte-se em esférulas onde se originam os endósporos. Esférulas e endósporos sobrevivem à fagocitose
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, dimorfismo térmico, sobrevivência à fagocitose e produção de proteinases extracelulares.
- Formas clínicas: Infeção pulmonar e disseminação meningite, ossos oftálmica (doentes imunosupressão).
Histoplasma capsulatum
- Saprófita: micélio septado, microconídios e macroconídios
- Parasita: Levedura intracelular.
- Habitat/Infeção: Solo contendo fezes de aves e morcego (USA, Asia, Europa, África), por inalação de conídios.
- Patogénese: conídios originam leveduras que sobrevivem e gemulam nos fagossomas, destroem macrófagos e libertam gémulas.
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, dimorfismo térmico, sobrevivência nos macrófagos, utilização e sequestro de ferro e cálcio, alteração do pH dos fagossomas e alteração da parede celular.
- Formas clínicas: Infeção assintomática, infeção pulmonar ativa e disseminação da doença em situação de imunosupressão e crianças.
Paracoccidioides brasilliensis
- Saprófita: micélio septado com conídios
- Parasita: levedura com gémulas múltiplas
- Habitat: Solo e vegetação, infeção por inalação de conídios.
- Patogénese: conídios originam leveduras que gemulam, não são destruídas nos macrófagos, podem ficar dormentes 40 anos e disseminam-se nas mucosa nasal e nasofaringe.
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, dimorfismo térmico sobrevivência nos macrófagos e alteração da parede celular.
- Formas clínicas: Manifestações clínicas diversas, infeção pulmonar com Disseminação para outros orgãos e mais comum em situação de imunosupressão e crianças.
Características de Patogénicos Oportunistas
Cryptococcus neoformans
-
Saprófita e Parasita: Iguais consistindo em leveduras encapsuladas gemulantes
-
Habitat/infeção: Solo contendo fezes de aves (C. neoformans) Eucalipto (C. gatti)
-
(I) Inalação das leveduras em aerossóis (II) Inoculação percutânea
-
Patogénese: As leveduras inaladas são ingeridas pelos macrófagos e sobrevivem, A cápsula inibe a fagocitose, A melanina protege as leveduras e Disseminação hematogénica e linfática para o cérebro
-
Fatores de virulência:
-
Crescimento a 37°C, Cápsula polissacarídica, Melanina, Ligação ao fibrogénio e laminina, Secreção de elastases e proteases e Alteração da parede celular
-
Formas clínicas:
-
Infeção pulmonar (criptococose pulmonar) e Meningite Disseminação hematogénica: Criptococose genitourinária Criptococose cutânea
Candida spp
- Saprófita e parasita: Leveduras gemulantes
- Habitat/infeção: Mucosa gastrointestinal, vaginal, pele, unhas, Translocação gastrointestinal e Cateteres intravasculares
- Patogénese: Crescimento e invasão dos tecidos, Transferência das mãos para catéteres, Colonização de cateteres e Disseminação hematogénica
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, Dimorfismo, Aderência, Superfície celular, Parede celular contendo mananos, Produção de proteases e fosfolipases e Alterações fenotípicas Formas clínicas
- Colonização das mucosas
- Candidiase de mucosas
- Disseminação hematogénica
Aspergillus sp
- Saprófita: Micélio septado com cabeças conidiais e conídios
- Parasita: Micélio septado com cabeças conidiais e conídios
- Habitat/infeção: Solo, ar, água, Inalação de conídios aerossolizados que se fixam nos pulmões e Transferência para feridas através de material contaminado
- Patogénese: Os conídios inalados ligam-se ao fibrinogénio e à laminina nos alvéolos, Alguns conídios são ingeridos pelos macrófagos, Alguns conídios germinam e as hifas formadas segregam proteases e invadem os tecidos e Invasão vascular Necrose dos tecidos
- Fatores de virulência: Crescimento a 37°C, Ligação ao fibrogénio e laminina e Secreção de elastases e proteases Catalase e Gliotoxinas (toxinas que inibem a fagocitose pelos macrófagos)
- Formas clínicas: Aspergilose broncopulmonar alérgica, Sinusite, Aspergilomas e Aspergilose invasiva: pulmão, cérebro, pele, gastrointestinal e coração
Pneumocystis jirovecii
- Habitat/infeção: Habitat na natureza desconhecido e Inalação do fungo em aerossóis,
- Fatores de virulência: Características da parede celular e Alteração de proteínas de superfície
- Formas clínicas: Pneumocistose: Infeção pulmonar (pneumonia) em indivíduos imunocomprometidos e Diagnóstico clínico: baseado em exame radiológico e identificação análise microscópica de material clínico
Mecanismos Gerais de Patogenicidade
-
Adesão às células do hospedeiro: B. dermatitidis possui adesinas (ligam-se a macrófagos por recetores específicos) C. albicans possui proteínas adesinas que controlam a adesão ao epitélio e a superfícies abióticas Aspergillus fumigatus liga-se ao fibrinogénio e laminina
-
Produção de toxinas: A. fumigatus produz gliotoxina (inibe a motilidade dos cílios respiratórios) Micotoxinas
-
Produção de enzimas: Produção de enzimas que originam necrose dos tecidos (Candida, Coccidioides e Aspergillus) A. fumigatus produz elastases, proteases, catalase, fosfolipases Dermatófitos produzem queratinases, Malassezia produz lipases e fosfolipases
Interferência com o sistema imunitário:
- A cápsula de C. neoformans não é reconhecida por fagócitos, diminui a secreção de citosinas, a acumulação de leucócitos
- Produção de melanina: algumas estirpes de A. fumigatus e demaciáceos Alteração fenotípica/transição morfológica:
- C. albicans e H. capsulatum alteram os polissacáridos de superfície, aumentando a sua virulência, e/ou a resistência a antifúngicos.
- C. albicans altera a expressão de genes que sintetizam para componentes da parede quando em presença de antifúngicos que inibem a síntese de glucanos
- Pneumocystis altera as glicoproteínas de superfície “enganando” o sistema imunitário
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