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Questions and Answers
Qual é a temperatura ideal de crescimento para o género Haemophilus?
Qual é a temperatura ideal de crescimento para o género Haemophilus?
- 30-35ºC
- 38-40ºC
- 25-30ºC
- 35-37ºC (correct)
Qual meio de cultura é necessário para o cultivo de Haemophilus influenzae?
Qual meio de cultura é necessário para o cultivo de Haemophilus influenzae?
- Gelose Sabouraud
- Gelose pauferosa
- Gelose sangue
- Gelose chocolate (correct)
Qual das seguintes afirmações sobre H. influenzae é verdadeira?
Qual das seguintes afirmações sobre H. influenzae é verdadeira?
- Transmite-se por contato direto.
- Possui apenas um serotipo antigénico.
- É um patógeno estrito do Homem. (correct)
- É um comensal comum na pele humana.
Quais fatores são usados na identificação de H. influenzae?
Quais fatores são usados na identificação de H. influenzae?
Qual é a principal via de transmissão de H. influenzae?
Qual é a principal via de transmissão de H. influenzae?
Qual a importância do teste de VDRL no LCR?
Qual a importância do teste de VDRL no LCR?
Quais estirpes de H. influenzae são consideradas mais virulentas?
Quais estirpes de H. influenzae são consideradas mais virulentas?
Qual é a duração da incubação para cultura de Mycobacterium tuberculosis em meio de Lowenstein?
Qual é a duração da incubação para cultura de Mycobacterium tuberculosis em meio de Lowenstein?
Qual é o principal agente responsável pela maioria das infecções em humanos na brucelose?
Qual é o principal agente responsável pela maioria das infecções em humanos na brucelose?
Qual é a via de transmissão mais frequente da brucelose?
Qual é a via de transmissão mais frequente da brucelose?
Quais características são verdadeiras sobre a Brucella?
Quais características são verdadeiras sobre a Brucella?
Qual das seguintes opções é uma complicação da brucelose?
Qual das seguintes opções é uma complicação da brucelose?
Qual método é considerado o diagnóstico definitivo da brucelose?
Qual método é considerado o diagnóstico definitivo da brucelose?
Como a infecção crónica por brucelose geralmente se desenvolve?
Como a infecção crónica por brucelose geralmente se desenvolve?
Qual das seguintes estirpes de Brucella é menos comum em infecções humanas?
Qual das seguintes estirpes de Brucella é menos comum em infecções humanas?
Qual das opções a seguir apresenta uma característica do crescimento da Brucella?
Qual das opções a seguir apresenta uma característica do crescimento da Brucella?
Qual das opções representa uma característica microbiológica da Neisseria meningitidis?
Qual das opções representa uma característica microbiológica da Neisseria meningitidis?
Quais serogrupos de Neisseria meningitidis são os mais prevalentes em Portugal?
Quais serogrupos de Neisseria meningitidis são os mais prevalentes em Portugal?
Qual é a faixa etária que apresenta dois picos de incidência de meningite meningocócica?
Qual é a faixa etária que apresenta dois picos de incidência de meningite meningocócica?
Qual manifestação clínica é característica da meningite meningocócica?
Qual manifestação clínica é característica da meningite meningocócica?
Qual dos seguintes serogrupos tem a maior incidência na região conhecida como 'cinturão da meningite' na África Subsariana?
Qual dos seguintes serogrupos tem a maior incidência na região conhecida como 'cinturão da meningite' na África Subsariana?
O que descreve a meningococémia?
O que descreve a meningococémia?
Qual é a taxa de mortalidade da meningite meningocócica não tratada?
Qual é a taxa de mortalidade da meningite meningocócica não tratada?
Qual dos seguintes serogrupos de Neisseria meningitidis está mais frequentemente associado à broncopneumonia?
Qual dos seguintes serogrupos de Neisseria meningitidis está mais frequentemente associado à broncopneumonia?
Qual teste se torna positivo precocemente após a infecção e permanece positivo durante largos períodos?
Qual teste se torna positivo precocemente após a infecção e permanece positivo durante largos períodos?
Qual a principal droga utilizada na terapia para infecções associadas ao género Bordetella?
Qual a principal droga utilizada na terapia para infecções associadas ao género Bordetella?
Quais são as espécies do género Bordetella associadas a doença no Homem?
Quais são as espécies do género Bordetella associadas a doença no Homem?
Qual é uma das principais estratégias de prevenção para controlar a infecção?
Qual é uma das principais estratégias de prevenção para controlar a infecção?
O que se observa sobre a Tosse Convulsa nos últimos anos?
O que se observa sobre a Tosse Convulsa nos últimos anos?
Qual das opções não é verdade sobre o Bordetella pertussis?
Qual das opções não é verdade sobre o Bordetella pertussis?
Qual é o potencial modo de transmissão do Bordetella pertussis?
Qual é o potencial modo de transmissão do Bordetella pertussis?
Qual das seguintes é uma característica microbiológica do Bordetella pertussis?
Qual das seguintes é uma característica microbiológica do Bordetella pertussis?
Qual é a fase da Tosse Convulsa que se caracteriza por apresentar rinorreia e febre baixa?
Qual é a fase da Tosse Convulsa que se caracteriza por apresentar rinorreia e febre baixa?
Na fase paroxística da Tosse Convulsa, qual é o sintoma característico que termina os paroxismos de tosse?
Na fase paroxística da Tosse Convulsa, qual é o sintoma característico que termina os paroxismos de tosse?
Qual exame laboratorial pode ser utilizado para confirmar a Tosse Convulsa?
Qual exame laboratorial pode ser utilizado para confirmar a Tosse Convulsa?
Quais macrólidos são mais utilizados no tratamento da Tosse Convulsa devido à melhor tolerância?
Quais macrólidos são mais utilizados no tratamento da Tosse Convulsa devido à melhor tolerância?
Qual é o tipo de vacina contra a Tosse Convulsa que foi abandonado devido a complicações associadas?
Qual é o tipo de vacina contra a Tosse Convulsa que foi abandonado devido a complicações associadas?
Qual é a duração da imunidade conferida pela vacina contra a Tosse Convulsa?
Qual é a duração da imunidade conferida pela vacina contra a Tosse Convulsa?
Qual meio de cultura é recomendado para o crescimento do agente causador da Tosse Convulsa?
Qual meio de cultura é recomendado para o crescimento do agente causador da Tosse Convulsa?
Qual é o parâmetro sanguíneo encontrado na Tosse Convulsa?
Qual é o parâmetro sanguíneo encontrado na Tosse Convulsa?
Study Notes
Neisseria meningitidis
- Agente responsável pela meningite meningocócica.
- Possui cápsula polisacarídica antigénica que protege contra fagocitose e facilita a invasão celular.
- A cápsula é a base para a tipificação em serogrupos.
- Serogrupos A, B, C, X, Y e W-135 são os mais importantes clinicamente, relacionados a doença endémica ou epidémica.
- Serogrupos B e C são prevalentes em Portugal.
- Coloração de Gram: diplococos Gram negativos em forma de grãos de café.
- Altamente sensível à temperatura (perda rápida de viabilidade abaixo de 35-37°C).
- A parede celular contém Lipo Oligo Sacárido (LOS) que libera endotoxinas.
- A faixa da África Subsaariana conhecida como "cinturão da meningite" tem a maior incidência, com o serogrupo A representando mais de 80%, seguido pelos serogrupos C, X e W135.
Manifestações Clínicas da Doença Meningocócica
- Doença altamente contagiosa, com maior incidência no inverno e primavera.
- Afeta todas as idades, com pico na infância e um segundo pico em adolescentes e jovens adultos (15 a 24 anos).
- Meningite Meningocócica: infecção purulenta das meninges, de início abrupto com cefaleia, sinais meníngeos, febre e rigidez da nuca. Alta taxa de mortalidade (próxima de 100% sem tratamento, reduzida para 10% com tratamento precoce).
- Meningococémia: infecção disseminada (septicemia) que pode ou não acompanhar a meningite. Caracterizada por trombose dos pequenos vasos, resultando em petéquias que coalescem em grandes áreas hemorrágicas.
- Outras infecções: broncopneumonia, mais frequentemente associada aos serogrupos Y e W135, com bom prognóstico.
Diagnóstico Laboratorial da Meningite Meningocócica
- Coleta de LCR: punção lombar.
- Microscopia: exame direto do LCR, observação de diplococos Gram negativos.
- Cultura: meio de cultura enriquecido (agar sangue, chocolate e MacConkey). Para diferenciar de outras bactérias, utilizar meios seletivos (agar Thayer-Martin) que inibam o crescimento de outras bactérias.
- Teste de sensibilidade a antibióticos: identificar o melhor tratamento.
- Testes de biologia molecular: detecção rápida (< 1 hora) através de Film Array®.
- Investigação de outras infecções: cultura para Mycobacterium tuberculosis em meio de Lowenstein (incubação de 42 dias) e exame cultural para fungos (meio de Saboraud).
Haemophilus influenzae
- Pequeno bacilo pleomórfico ou cocobacilo Gram negativo, podendo apresentar estirpes capsuladas e não capsuladas.
- Cultura: necessita de meios ricos, como a gelose chocolate. Temperatura de crescimento: 35-37°C, pH ótimo: 7.6. Incubação: aerobiose e atmosfera rica em CO2 (5%).
- Identificação: discos com fatores V, X e V+X.
- Patogénese: faz parte da flora saprófita humana, presente na nasofaringe da maioria dos adultos e crianças saudáveis. Agente patogénico exclusivo do homem. Transmissão por gotículas respiratórias.
- As estirpes capsuladas são as mais virulentas. Possuem uma cápsula polisacarídica com 6 serotipos antigénicos (a a f).
- O serotipo b é responsável pela maioria das infecções invasivas, como meningite e epiglotite.
- Em países com vacinação para o serotipo b, a infecção por H. influenzae tipo b é menos frequente.
- As infecções por H. influenzae não capsulado são menos graves.
- Outros serotipos (a, c, d, e e f) podem causar meningite, mas são menos comuns.
- Outras infecções: otite média, sinusite, pneumonia e bronquite.
Brucella
- Características gerais: cocobacilos Gram negativos não capsulados, microrganismos intracelulares que exigem meios de cultura ricos. Aeróbios estritos, alguns necessitam de CO2 para crescimento inicial. Crescimento lento (2 a 3 semanas).
- Patogénese: zoonose que infecta diversos animais (gado, suínos, caprinos, cães), sendo o homem o hospedeiro acidental. Transmissão pelos animais ou por produtos animais contaminados.
- Porta de entrada: via digestiva (leite ou queijo não pasteurizado), cutânea (trabalhadores rurais, veterinários), inalatória (potencial utilização como arma biológica), e por contato com amostras em laboratórios (risco ocupacional).
- Manifestações clínicas: doença insidiosa, com síndrome febril prolongada, fadiga, dores musculares e articulares. A bactéria é fagocitada pelos macrófagos e monócitos, podendo formar granulomas em diversos órgãos. Pode apresentar-se de forma aguda ou crónica.
- Complicações: derrame articular e artrite.
Diagnóstico Laboratorial da Brucelose
- Hemocultura: isolamento do microrganismo no sangue (incubar pelo menos 2 semanas).
- Serologia: testes rápidos de aglutinação, Teste de Rosa de Bengala (qualitativo, positivo precocemente), Teste de Wright (detecta IgG e IgM, positivo 10-15 dias após o início da infecção), outros testes serológicos para IgG, IgA e IgM.
- Testes de biologia molecular: usados principalmente em laboratórios de referência.
Prevenção e Controlo da Brucelose
- Vacinação de animais.
- Abate de animais infectados.
- Pasteurização do leite.
- Uso de luvas na manipulação de animais.
- Medidas de segurança no laboratório.
Terapêutica da Brucelose
- Doxiciclina durante 4 a 8 semanas.
Bordetella pertussis
- Características microbiológicas: cocobacilo Gram negativo pequeno, aeróbio estrito, crescimento lento, não cresce em meios de cultura habituais.
- Patogénese: responsável pela tosse convulsa ou coqueluche. Transmissão por aerossóis pessoa a pessoa. Período de incubação: 7 a 10 dias após a exposição.
- Manifestações clínicas: doença de 3 fases: fase catarral (constipação comum, duração de 1 a 2 semanas), fase paroxística (1 a 10 semanas, paroxismos de tosse seca, guincho inspiratório, formação de muco espesso, dificuldade inspiratória e cianose), fase convalescente (2 a 3 semanas, redução da frequência e gravidade dos paroxismos).
- Diagnóstico Laboratorial: sangue periférico (leucocitose com linfocitose), secreções da nasofaringe (testes de PCR).
- Coleta de amostras: secreções da nasofaringe (muco) com zaragatoa ou seringa, na parte posterior da nasofaringe.
- Cultura: meios de cultura suplementados com carvão, amido, sangue ou albumina (gelose de Bordet-Gengou ou gelose de Regan e Lowe).
- Biologia molecular: testes mais específicos e sensíveis, utilizados cada vez mais no diagnóstico da infecção (painéis sindrómicos multiplex).
- Serologia EIA: teste confirmatório e estudos epidemiológicos.
Terapêutica da Tosse Convulsa
- Macrólidos: azitromicina e claritromicina são os mais utilizados.
Vacinação contra a Tosse Convulsa
- Vacina tríplice: DTP (difteria, tétano, tosse convulsa).
- Imunidade temporária (4 a 20 anos), varia com o tipo de vacina.
- Vacina de células inteiras foi abandonada devido a complicações.
- Duas tipos de vacina acelular: uma para crianças e outra para adultos.
- Re-emergência da tosse convulsa, necessidade de reforço vacinal em adolescentes e adultos.
- Vacina acelular confere imunidade de menor duração e maior risco de infeção por estirpes de escape vacinal.
Fatores que contribuem para o aumento da incidência da Tosse Convulsa
- Maior número de casos declarados (melhor conhecimento da doença).
- Melhor diagnóstico laboratorial (testes de biologia molecular).
- Menor eficácia da vacina acelular (imunidade de menor duração).
- Aumento de mutantes de escape vacinal de B. pertussis.
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Description
Este questionário aborda a Neisseria meningitidis, o agente responsável pela meningite meningocócica, e suas características, incluindo a cápsula polisacarídica e a tipificação em serogrupos. Além disso, explora as manifestações clínicas da doença e a sua incidência em várias regiões, especialmente na África Subsaariana.