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Questions and Answers
Qual é a temperatura ideal de crescimento para o género Haemophilus?
Qual meio de cultura é necessário para o cultivo de Haemophilus influenzae?
Qual das seguintes afirmações sobre H. influenzae é verdadeira?
Quais fatores são usados na identificação de H. influenzae?
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Qual é a principal via de transmissão de H. influenzae?
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Qual a importância do teste de VDRL no LCR?
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Quais estirpes de H. influenzae são consideradas mais virulentas?
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Qual é a duração da incubação para cultura de Mycobacterium tuberculosis em meio de Lowenstein?
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Qual é o principal agente responsável pela maioria das infecções em humanos na brucelose?
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Qual é a via de transmissão mais frequente da brucelose?
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Quais características são verdadeiras sobre a Brucella?
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Qual das seguintes opções é uma complicação da brucelose?
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Qual método é considerado o diagnóstico definitivo da brucelose?
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Como a infecção crónica por brucelose geralmente se desenvolve?
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Qual das seguintes estirpes de Brucella é menos comum em infecções humanas?
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Qual das opções a seguir apresenta uma característica do crescimento da Brucella?
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Qual das opções representa uma característica microbiológica da Neisseria meningitidis?
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Quais serogrupos de Neisseria meningitidis são os mais prevalentes em Portugal?
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Qual é a faixa etária que apresenta dois picos de incidência de meningite meningocócica?
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Qual manifestação clínica é característica da meningite meningocócica?
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Qual dos seguintes serogrupos tem a maior incidência na região conhecida como 'cinturão da meningite' na África Subsariana?
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O que descreve a meningococémia?
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Qual é a taxa de mortalidade da meningite meningocócica não tratada?
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Qual dos seguintes serogrupos de Neisseria meningitidis está mais frequentemente associado à broncopneumonia?
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Qual teste se torna positivo precocemente após a infecção e permanece positivo durante largos períodos?
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Qual a principal droga utilizada na terapia para infecções associadas ao género Bordetella?
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Quais são as espécies do género Bordetella associadas a doença no Homem?
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Qual é uma das principais estratégias de prevenção para controlar a infecção?
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O que se observa sobre a Tosse Convulsa nos últimos anos?
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Qual das opções não é verdade sobre o Bordetella pertussis?
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Qual é o potencial modo de transmissão do Bordetella pertussis?
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Qual das seguintes é uma característica microbiológica do Bordetella pertussis?
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Qual é a fase da Tosse Convulsa que se caracteriza por apresentar rinorreia e febre baixa?
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Na fase paroxística da Tosse Convulsa, qual é o sintoma característico que termina os paroxismos de tosse?
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Qual exame laboratorial pode ser utilizado para confirmar a Tosse Convulsa?
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Quais macrólidos são mais utilizados no tratamento da Tosse Convulsa devido à melhor tolerância?
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Qual é o tipo de vacina contra a Tosse Convulsa que foi abandonado devido a complicações associadas?
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Qual é a duração da imunidade conferida pela vacina contra a Tosse Convulsa?
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Qual meio de cultura é recomendado para o crescimento do agente causador da Tosse Convulsa?
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Qual é o parâmetro sanguíneo encontrado na Tosse Convulsa?
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Study Notes
Neisseria meningitidis
- Agente responsável pela meningite meningocócica.
- Possui cápsula polisacarídica antigénica que protege contra fagocitose e facilita a invasão celular.
- A cápsula é a base para a tipificação em serogrupos.
- Serogrupos A, B, C, X, Y e W-135 são os mais importantes clinicamente, relacionados a doença endémica ou epidémica.
- Serogrupos B e C são prevalentes em Portugal.
- Coloração de Gram: diplococos Gram negativos em forma de grãos de café.
- Altamente sensível à temperatura (perda rápida de viabilidade abaixo de 35-37°C).
- A parede celular contém Lipo Oligo Sacárido (LOS) que libera endotoxinas.
- A faixa da África Subsaariana conhecida como "cinturão da meningite" tem a maior incidência, com o serogrupo A representando mais de 80%, seguido pelos serogrupos C, X e W135.
Manifestações Clínicas da Doença Meningocócica
- Doença altamente contagiosa, com maior incidência no inverno e primavera.
- Afeta todas as idades, com pico na infância e um segundo pico em adolescentes e jovens adultos (15 a 24 anos).
- Meningite Meningocócica: infecção purulenta das meninges, de início abrupto com cefaleia, sinais meníngeos, febre e rigidez da nuca. Alta taxa de mortalidade (próxima de 100% sem tratamento, reduzida para 10% com tratamento precoce).
- Meningococémia: infecção disseminada (septicemia) que pode ou não acompanhar a meningite. Caracterizada por trombose dos pequenos vasos, resultando em petéquias que coalescem em grandes áreas hemorrágicas.
- Outras infecções: broncopneumonia, mais frequentemente associada aos serogrupos Y e W135, com bom prognóstico.
Diagnóstico Laboratorial da Meningite Meningocócica
- Coleta de LCR: punção lombar.
- Microscopia: exame direto do LCR, observação de diplococos Gram negativos.
- Cultura: meio de cultura enriquecido (agar sangue, chocolate e MacConkey). Para diferenciar de outras bactérias, utilizar meios seletivos (agar Thayer-Martin) que inibam o crescimento de outras bactérias.
- Teste de sensibilidade a antibióticos: identificar o melhor tratamento.
- Testes de biologia molecular: detecção rápida (< 1 hora) através de Film Array®.
- Investigação de outras infecções: cultura para Mycobacterium tuberculosis em meio de Lowenstein (incubação de 42 dias) e exame cultural para fungos (meio de Saboraud).
Haemophilus influenzae
- Pequeno bacilo pleomórfico ou cocobacilo Gram negativo, podendo apresentar estirpes capsuladas e não capsuladas.
- Cultura: necessita de meios ricos, como a gelose chocolate. Temperatura de crescimento: 35-37°C, pH ótimo: 7.6. Incubação: aerobiose e atmosfera rica em CO2 (5%).
- Identificação: discos com fatores V, X e V+X.
- Patogénese: faz parte da flora saprófita humana, presente na nasofaringe da maioria dos adultos e crianças saudáveis. Agente patogénico exclusivo do homem. Transmissão por gotículas respiratórias.
- As estirpes capsuladas são as mais virulentas. Possuem uma cápsula polisacarídica com 6 serotipos antigénicos (a a f).
- O serotipo b é responsável pela maioria das infecções invasivas, como meningite e epiglotite.
- Em países com vacinação para o serotipo b, a infecção por H. influenzae tipo b é menos frequente.
- As infecções por H. influenzae não capsulado são menos graves.
- Outros serotipos (a, c, d, e e f) podem causar meningite, mas são menos comuns.
- Outras infecções: otite média, sinusite, pneumonia e bronquite.
Brucella
- Características gerais: cocobacilos Gram negativos não capsulados, microrganismos intracelulares que exigem meios de cultura ricos. Aeróbios estritos, alguns necessitam de CO2 para crescimento inicial. Crescimento lento (2 a 3 semanas).
- Patogénese: zoonose que infecta diversos animais (gado, suínos, caprinos, cães), sendo o homem o hospedeiro acidental. Transmissão pelos animais ou por produtos animais contaminados.
- Porta de entrada: via digestiva (leite ou queijo não pasteurizado), cutânea (trabalhadores rurais, veterinários), inalatória (potencial utilização como arma biológica), e por contato com amostras em laboratórios (risco ocupacional).
- Manifestações clínicas: doença insidiosa, com síndrome febril prolongada, fadiga, dores musculares e articulares. A bactéria é fagocitada pelos macrófagos e monócitos, podendo formar granulomas em diversos órgãos. Pode apresentar-se de forma aguda ou crónica.
- Complicações: derrame articular e artrite.
Diagnóstico Laboratorial da Brucelose
- Hemocultura: isolamento do microrganismo no sangue (incubar pelo menos 2 semanas).
- Serologia: testes rápidos de aglutinação, Teste de Rosa de Bengala (qualitativo, positivo precocemente), Teste de Wright (detecta IgG e IgM, positivo 10-15 dias após o início da infecção), outros testes serológicos para IgG, IgA e IgM.
- Testes de biologia molecular: usados principalmente em laboratórios de referência.
Prevenção e Controlo da Brucelose
- Vacinação de animais.
- Abate de animais infectados.
- Pasteurização do leite.
- Uso de luvas na manipulação de animais.
- Medidas de segurança no laboratório.
Terapêutica da Brucelose
- Doxiciclina durante 4 a 8 semanas.
Bordetella pertussis
- Características microbiológicas: cocobacilo Gram negativo pequeno, aeróbio estrito, crescimento lento, não cresce em meios de cultura habituais.
- Patogénese: responsável pela tosse convulsa ou coqueluche. Transmissão por aerossóis pessoa a pessoa. Período de incubação: 7 a 10 dias após a exposição.
- Manifestações clínicas: doença de 3 fases: fase catarral (constipação comum, duração de 1 a 2 semanas), fase paroxística (1 a 10 semanas, paroxismos de tosse seca, guincho inspiratório, formação de muco espesso, dificuldade inspiratória e cianose), fase convalescente (2 a 3 semanas, redução da frequência e gravidade dos paroxismos).
- Diagnóstico Laboratorial: sangue periférico (leucocitose com linfocitose), secreções da nasofaringe (testes de PCR).
- Coleta de amostras: secreções da nasofaringe (muco) com zaragatoa ou seringa, na parte posterior da nasofaringe.
- Cultura: meios de cultura suplementados com carvão, amido, sangue ou albumina (gelose de Bordet-Gengou ou gelose de Regan e Lowe).
- Biologia molecular: testes mais específicos e sensíveis, utilizados cada vez mais no diagnóstico da infecção (painéis sindrómicos multiplex).
- Serologia EIA: teste confirmatório e estudos epidemiológicos.
Terapêutica da Tosse Convulsa
- Macrólidos: azitromicina e claritromicina são os mais utilizados.
Vacinação contra a Tosse Convulsa
- Vacina tríplice: DTP (difteria, tétano, tosse convulsa).
- Imunidade temporária (4 a 20 anos), varia com o tipo de vacina.
- Vacina de células inteiras foi abandonada devido a complicações.
- Duas tipos de vacina acelular: uma para crianças e outra para adultos.
- Re-emergência da tosse convulsa, necessidade de reforço vacinal em adolescentes e adultos.
- Vacina acelular confere imunidade de menor duração e maior risco de infeção por estirpes de escape vacinal.
Fatores que contribuem para o aumento da incidência da Tosse Convulsa
- Maior número de casos declarados (melhor conhecimento da doença).
- Melhor diagnóstico laboratorial (testes de biologia molecular).
- Menor eficácia da vacina acelular (imunidade de menor duração).
- Aumento de mutantes de escape vacinal de B. pertussis.
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Description
Este questionário aborda a Neisseria meningitidis, o agente responsável pela meningite meningocócica, e suas características, incluindo a cápsula polisacarídica e a tipificação em serogrupos. Além disso, explora as manifestações clínicas da doença e a sua incidência em várias regiões, especialmente na África Subsaariana.