Lesões de Pálpebra: Diagnóstico e Tratamento

São lesões que afetam as pálpebras, muitas vezes benignas, mas um diagnóstico preciso depende da história clínica e do exame físico.

Com base na história do paciente (tempo de evolução, sintomas como desconforto, alteração na visão e secreção) e exame físico detalhado da lesão e da área ao redor.

Envolve a avaliação da localização, aparência superficial da lesão e da pele ao redor, incluindo as estruturas adnexais, verificação de ulceração, crostas, sangramento, alterações de pigmentação, perda da arquitetura normal da pálpebra, margens pérolas com ulceração central, telangiectasia fina ou perda de rugas da pele. Palpação e avaliação dos linfonodos regionais e função dos nervos cranianos II-VII também são importantes.

Exame microscópico (biópsia) para confirmar o diagnóstico de lesões palpebrais, principalmente quando existir dúvida no diagnóstico clínico.

Tumores encontrados nas pálpebras, frequentemente as neoplasias mais comuns encontradas pelos oftalmologistas.

Compreensão da estrutura das pálpebras, incluindo pele, músculos, gordura, tarsal, conjuntiva e estruturas adnexais (cílios, glândulas de Zeis, glândulas de Moll, glândulas de Meibômio, vasos sanguíneos e linfáticos).

Informações importantes sobre a lesão, como duração, sintomas (dor, alterações visuais ou secreção) e evolução da lesão para ajudar no diagnóstico.

Apesar da capacidade dos clínicos experientes em muitas situações, é fundamental a confirmação ou exclusão de uma possível malignidade através da biópsia e exame histológico, pois a porcentagem de falsos negativos em exames clínicos é elevada.

É uma inflamação crônica e localizada da pálpebra, tipicamente afetando as glândulas de Meibomio ou glândulas de Zeis.

O tratamento conservador inclui compressas mornas ou corticoides tópicos. A gestão cirúrgica inclui incisão e curetagem transconjuntival.

É uma infecção causada por um poxvírus de DNA, apresentando cistos pálidos, cerosos e nodulares, com umbilicação central.

Pode ser confundido com outras lesões de pálpebra devido à sua aparência, incluindo carcinoma basocelular, papiloma, chalazion e cistos sebáceos.

São lesões benignas formadas pela proliferação da epiderme, podendo ser pediculados, de base larga ou brancos e hiperqueratóticos.

Geralmente não requer tratamento, exceto por razões cosméticas.

Representando mais de 80% das neoplasias da pálpebra, as neoplasias malignas, com o carcinoma basocelular, são as mais frequentes.

Em termos gerais, as lesões podem ser categorizadas em inflamações, infecções e neoplasias.

Um tipo de câncer de pele que se caracteriza por lesões dome-shaped, hiperqueratóticas, que podem crescer rapidamente e regredir em até um ano após a formação de uma cratera cheia de queratina.

A excisão cirúrgica completa é a principal recomendação após o diagnóstico feito por biópsia incisional.

O tipo de câncer de pele mais comum na região periocular, responsável por 80 a 92,2% dos tumores malignos.

A forma mais comum de BCC, caracterizada por nódulos firmes, elevados e perolados com finas telangiectasias, geralmente localizados na pálpebra inferior, perto do canto medial do olho.

Uma variante de BCC menos comum, mas mais agressiva localmente, que se apresenta como uma placa endurecida de coloração branca a amarela com margens indistintas.

É um tipo comum de câncer de pele que afeta as pálpebras e geralmente ocorre em pessoas de pele clara. Normalmente se manifesta na região inferior da pálpebra, perto do canto interno do olho.

Exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para carcinoma espinocelular das pálpebras. É mais comum em pessoas de pele clara, especialmente aquelas que se expuseram muito ao sol ao longo da vida.

O carcinoma sebáceo geralmente se desenvolve na pálpebra superior e é mais comum em mulheres.

O carcinoma de células de Merkel costuma se manifestar como uma pequena e firme protuberância na pálpebra superior, especialmente em mulheres.

O melanoma é um tipo de câncer de pele que se espalha (faz metástase) muito mais frequentemente do que outros tipos de câncer de pele.

Os cistos de inclusão epidérmica se apresentam como protuberâncias suaves que crescem gradualmente na pele da pálpebra. Eles são formados quando células da pele ficam presas na derme.

Nevos melanocíticos adquiridos são manchas escuras comuns que se desenvolvem na pele ao longo da vida. Eles geralmente se apresentam como pequenas protuberâncias pigmentadas e podem crescer lentamente ao longo dos anos.

A queratose seborreica é uma condição benigna comum que afeta a pele de pessoas de idade. Elas se apresentam como lesões cerosas e de aspecto irregular, geralmente com coloração marrom ou preta.

É um tipo de câncer de pele que se origina nas células escamosas da epiderme, a camada externa da pele. É a segunda neoplasia maligna mais comum das pálpebras, sendo mais comum na pálpebra inferior.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver SCC incluem: exposição à luz ultravioleta, exposição a arsênico, hidrocarbonetos e radiação, infecção por HPV, medicamentos imunossupressores, queimaduras, albinismo e xeroderma pigmentosa.

O SCC geralmente se apresenta como uma lesão nodular, indolor, com bordas irregulares e roladas, bordas peroladas, telangiectasias e ulceração central. Pode ser semelhante ao BCC.

A metástase do SCC ocorre principalmente através do sistema linfático. A detecção precoce do envolvimento dos linfonodos é essencial para melhorar o prognóstico.

O SCC pode invadir os nervos, como os nervos trigêmeo, oculomotor e facial. Isso pode ser assintomático (detectado em exame histológico) ou sintomático.

É um tipo de câncer que se origina nas glândulas sebáceas, como as glândulas de Meibomio e as glândulas de Zeis. Apresenta-se como uma descoloração amarelada devido ao seu conteúdo lipídico.

O carcinoma sebáceo afeta mais comumente mulheres com mais de 65 anos na pálpebra superior. Pode se apresentar como perda de cílios, destruição dos orifícios de Meibomio ou blefaroconjuntivite crônica unilateral.

O diagnóstico pode ser difícil e pode exigir múltiplas biópsias ou colorações especiais. A biópsia superficial pode não ser suficiente e pode perder o tumor subjacente.

A disseminação de células cancerosas para a pálpebra, geralmente proveniente de tumores primários como câncer de mama ou melanoma cutâneo.

Um tumor primário que acomete a órbita, sendo raro na pálpebra e geralmente associado a doença sistêmica.

Um tumor relativamente raro que representa menos de 1% dos cânceres da pálpebra.

Apresenta-se geralmente como uma área pigmentada e espessada na pálpebra inferior, com bordas irregulares, em pacientes entre 60 e 80 anos.

Em caso de lesões pigmentadas na pálpebra, biópsia deve ser considerada para determinar a natureza da lesão, especialmente em pacientes com histórico de melanoma.

Os tumores primários mais comuns que causam metástases na pálpebra.

Representa 10% dos linfomas da adnexa ocular, sendo raro e geralmente associado a doença sistêmica.

As características das metástases na pálpebra não são específicas e podem se apresentar como nódulos isolados ou múltiplos, bem como inchaço difuso.