Herbicidas e Mecanismos de Ação

Herbicidas

• Os herbicidas são usados para controlar plantas daninhas.
• Eles podem ser usados corretamente? Sim.
• Eles demonstram seletividade? Sim.
• Os herbicidas têm diferentes mecanismos de ação.

Mecanismos de Ação de Herbicidas

• O mecanismo de ação de um herbicida é o primeiro ponto do metabolismo da planta onde o herbicida atua.
• O conjunto dos eventos metabólicos, incluindo os sintomas visíveis da ação do herbicida na planta, define o modo de ação.
• Herbicidas inibidores da enzima acetil-coenzima-A Carboxilase (ACCase)
  • Controlam gramíneas anuais e perenes.
  • Culturas e plantas daninhas de folha larga são resistentes a esse mecanismo. Aplicações em PÓS-EMERGÊNCIA.
  • Gramíneas são mais sensíveis com 3 a 5 folhas.
  • Herbicidas neste grupo atuam na síntese de lipídeos.
• Herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS)
  • Mecanismo de ação mais importante e amplamente utilizado.
  • Produtos modernos têm baixa toxicidade e amplo espectro de controle. Eles também são seletivos.
  • Há uma alta frequência de utilização, levando à evolução de plantas daninhas resistentes.
  • Inibem a síntese de aminoácidos ramificados (valina, leucina e isoleucina).
  • Sintomas: paralisação do crescimento, clorose e arroxeamento foliar. Morte lenta (7-14 dias após a aplicação).
• Inibidores do Fotossistema II (FSII)
  • São conhecidos como inibidores da síntese de Hill.
  • Controlam muitas espécies de folhas largas e algumas gramíneas.
  • Descobertos na década de 1950.
  • Aplicações em pré ou pós-emergência inicial.
  • Provoca a interrupção do fluxo de elétrons na planta.
  • Sintomas: clorose internerval e nas bordas das folhas, que progridem para necrose generalizada. Sintomas inicialmente observados nas bordas das folhas e em folhas mais velhas. Sintomas desenvolvem-se rapidamente e necessitam de luz para se desenvolver.
• Inibidores do Fotossistema I (FSI)
  • Herbicidas não seletivos.
  • Dessecantes.
  • Produtos de contato (sintomas de fitotoxicidade aparecem rapidamente ou em alguns dias).
  • Muito tóxicos para mamíferos e necessitam de boa cobertura e uso de adjuvantes.
• Inibidores da Protoporfirinogênio Oxidase (PROTOX)
  • Controlam plantas com folhas largas.
  • Requerem luz para ativação.
  • Altamente absorvidos pela matéria orgânica e resistentes à lixiviação.
  • Aplicações em pré-emergência.
  • Sintomas: necrose foliar da planta tratada em pós-emergência (4-6 horas de luz solar), manchas verde-escuras nas folhas e em seguida necrose dos tecidos.
  • No caso de pré-emergência, o tecido é danificado em contato com o herbicida quando a plântula emerge.
• Inibidores de Carotenóides (F)
  • Causam perda de pigmentos das folhas, resultando em uma aparência "albina".
  • Controle de algodão, arroz, cana, fumo e soja.
  • Absorção pelas raízes e translocação pelas raízes e pelo xilema.
  • Alguns problemas de deriva são observados, principalmente com o domazone.
  • Baixa toxicidade para mamíferos.
  • Inibem a síntese de pigmentos carotenóides e levam à foto-oxidação da clorofila.
  • Folhas totalmente brancas.
• Inibidores da Enol-piruvil-shiquimato-fosfato sintetase (EPSPs)
  • Sintomas lentos, influenciados por baixas temperaturas e tempo nublado.
  • Paralisação do crescimento (horas a dias).
  • Clorose, necrose (5 dias após a aplicação).
  • Alguns fatores afetam o aparecimento dos sintomas e a morte da planta (espécie, dose e condições ambientais).
• Inibidores da Glutamina Sintetase (GS)
  • Herbicida de contato com pouca translocação (morte rápida).
  • Após exposição à luminosidade, o uso em PÓS é melhor.
  • Não seletivo.
  • Absorção foliar.
  • Sintomas: clorose rápida, mas o aparecimento de necrose é mais lento (3-5 dias após o uso).
• Inibidores do Crescimento Inicial ou da Divisão Celular (K/N)
  • Atuam nas plântulas, paralisando o crescimento das raízes e parte aérea.
  • Resistência maior a lixiviação no solo.
  • Baixa toxicidade para mamíferos.
  • Efeitos eficientes no controle de gramíneas.
  • Usados em pré-emergência ou pós-emergência (PPI).
  • Sintomas: raízes com a ponta engrossada, consequentemente a parte aérea fica atrofiada.
  • Epinastia foliar(enrolamento das folhas).

Características gerais do Glifosato

• É o herbicida mais utilizado no mundo (descoberto em 1970).
• Inibe a enzima EPSPs (5-enolpiruvoilchiquimato-3-fosfato sintase)
• É sistêmico e se acumula nas zonas de crescimento ativo (meristemas).
• Não é seletivo.
• Não possui atividade no solo.
• Pouco volátil, mas pode causar problemas de deriva.
• As aplicações em pós-emergência são a melhor estratégia.
• A tolerância a este herbicida com aplicação em pós-emergência foi importante após o desenvolvimento da tecnologia Roundup Ready (RR).
• Causam efeitos secundários, indução de deficiência de Fe, Zn, Cu e Mn (formação de complexos insolúveis), Inibição de microrganismos da rizosfera, inibição dos nódulos e fixação de nitrogênio e aumento da susceptibilidade a patógenos do solo.

Explore os diferentes tipos de herbicidas e seus mecanismos de ação no controle de plantas daninhas. Aprenda sobre a seletividade, metabolismo das plantas e os herbicidas inibidores da ACCase e ALS. Este quiz é essencial para aqueles que desejam entender a eficácia e a aplicação de herbicidas na agricultura.