Gestação: Adaptações Maternas

Aumento da produção de glóbulos vermelhos durante a gravidez, devido ao aumento da eritropoetina, um hormônio que regula a produção de hemácias.

A concentração de hemoglobina no sangue diminui durante a gravidez, devido ao aumento do volume de plasma sanguíneo em relação à quantidade de hemácias.

Anemia durante a gravidez, caracterizada por níveis reduzidos de hemoglobina no sangue.

O consumo de ferro durante a gravidez é elevado, devido às necessidades do feto em desenvolvimento, da placenta e do aumento do volume sanguíneo.

A suplementação de ferro é fundamental durante a gravidez, para prevenir a anemia ferropriva e garantir a saúde da mãe e do feto.

Aumento do número de glóbulos brancos no sangue durante a gravidez.

Aumento do volume de plasma sanguíneo em relação aos glóbulos vermelhos, levando à redução da concentração de hemoglobina no sangue.

Anemia causada pela deficiência de ferro, que pode afetar a saúde da mãe e do feto durante a gravidez.

O volume de sangue da mãe aumenta significativamente durante a gravidez.

Aumento do número de hemácias (células vermelhas do sangue) durante a gravidez.

O aumento do volume sanguíneo ajuda a fornecer sangue para os órgãos genitais, principalmente o útero, que precisa de mais sangue durante a gravidez.

Aumento do volume sanguíneo protege a mãe e o bebê contra a redução do retorno venoso, que pode ocorrer em posições deitada de costas ou em pé.

O aumento do volume sanguíneo ajuda a evitar perdas sanguíneas excessivas durante o parto.

O aumento do volume sanguíneo materno começa no primeiro trimestre da gravidez, aumenta rapidamente no segundo trimestre e estabiliza nos últimos meses da gravidez.

O aumento do volume sanguíneo durante a gravidez reduz o trabalho cardíaco, pois o sangue fica mais "fino", mas o débito cardíaco (quantidade de sangue bombeado pelo coração) não diminui.

O aumento do volume uterino durante a gravidez comprime as veias pélvicas, o que leva a um aumento da pressão venosa nos membros inferiores. Isso pode resultar em hipotensão, edema, varizes e hemorroidas.

O diafragma se eleva durante a gravidez devido ao aumento do volume abdominal. Isso desloca o coração para cima e para a esquerda, o que pode causar alterações no ritmo cardíaco.

O volume do coração aumenta durante a gravidez devido ao aumento do volume sistólico e da hipertrofia dos miócitos.

A produção placentária do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana) aumenta, levando à estimulação da tireoide. Isso causa um aumento na produção de tiroxina (T4), que, por feedback negativo, reduz a produção de TSH pela hipófise.

O nível de ACTH aumenta durante a gravidez, produzido tanto pela hipófise quanto pela placenta. Isso está relacionado à produção de cortisol e ao desenvolvimento do feto.

O nível de ocitocina permanece constante durante a gravidez, mas aumenta durante o trabalho de parto, especialmente na fase ativa e no período expulsivo.

O hormônio do crescimento (GH) permanece normal no primeiro trimestre da gravidez. No segundo e terceiro trimestres, uma variante molecular do GH, produzida pelo sinciciotrofoblasto, toma seu lugar.

A produção placentária de esteroides sexuais (estrogênio e progesterona) leva à redução da secreção de gonadotrofinas hipofisárias (FSH e LH).

O aumento do volume da tireoide, geralmente causado pela falta de iodo, que pode afetar até 50% das gestantes.

A produção de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) aumentam durante a gravidez, devido à produção de estrogênios pela placenta e sua menor metabolização.

A glicosilação da globulina transportadora de hormônios tiroideanos é estimulada pela crescente produção de estrogênios pela placenta, levando ao aumento dos níveis de T3 e T4 circulantes.

O cortisol aumenta na gravidez porque sua excreção diminui e o corpo precisa de mais cortisol para lidar com o estresse da gravidez.

Devido à ação da aldosterona, aumenta o volume de água no corpo e também o volume sanguíneo.

O corpo lúteo produz progesterona durante a gravidez. É essencial para manter a gravidez até o desenvolvimento da placenta.

Andrógenos como androstenediona e testosterona são produzidos em maior quantidade na gravidez, mas a placenta os converte em estradiol para proteger o feto.

O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e o sistema renina-angiostensina-aldosterona são afetados durante a gravidez.

Aumento do volume corrente, que é a quantidade de ar inspirado e expirado a cada respiração, durante a gestação devido à necessidade de aumentar a quantidade de oxigênio para o feto.

Aumento do volume minuto, que é o volume de ar total que entra e sai dos pulmões em um minuto, durante a gestação. É resultado do aumento do volume corrente.

Aumento da capacidade inspiratória, que é a quantidade de ar que pode ser inspirado após uma respiração normal, durante a gestação. Isso permite que a mãe respire mais profundamente.

Aumento do fluxo plasmático glomerular, que é a quantidade de sangue que passa pelos rins, durante a gestação. Isso ocorre devido ao aumento do volume sanguíneo e à redução da resistência vascular.

Alterações (como a produção de difosfoglicerato, um composto que facilita a liberação de oxigênio da hemoglobina) que ocorrem no sangue durante a gestação para garantir que o feto receba oxigênio suficiente.

Aumento da produção de hormônios, como a renina, angiotensina e aldosterona, que regulam a pressão arterial e o volume sanguíneo, durante a gestação. Essa alteração é um mecanismo importante para manter a pressão arterial dentro dos limites adequados.

Redução do limiar de secreção de ADH (hormônio antidiurético), o que significa que o corpo precisa de menos ADH para reter água, durante a gestação. Isso ocorre porque o volume sanguíneo aumenta e o corpo precisa excretar mais água.

Modificações nas arteríolas renais, que são os vasos sanguíneos pequenos que levam sangue aos rins, durante a gestação. Essas mudanças permitem que os rins filtrem mais sangue e excretem mais líquido, adaptando-se à gestação.

O ganho de peso durante a gravidez é causado principalmente pelo aumento do volume de água no corpo, tanto dentro quanto fora dos vasos sanguíneos, e em menor proporção pelo acúmulo de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê, como carboidratos, lipídios e proteínas.

Durante a gravidez, a necessidade de energia aumenta, exigindo um acréscimo de 300kcal por dia. Em todo o período gestacional, a necessidade calórica total é de aproximadamente 80.000kcal.

Na primeira metade da gravidez, o corpo da mulher está em uma fase anabólica, armazenando energia e nutrientes. Nesse período, a glicemia de jejum e a glicemia basal diminuem devido ao armazenamento de gordura, produção de glicogênio no fígado e transferência de glicose para o bebê.

A diminuição da sensibilidade à insulina é um fenômeno comum na gravidez, especialmente após a 26ª semana. Isso ocorre devido ao aumento dos níveis de hormônio lactogênico placentário. Se a glicose no sangue da mãe exceder a capacidade da insulina de controlá-la, pode desenvolver diabetes gestacional.

Em um período de jejum prolongado, especialmente durante a gravidez, os níveis de ácidos graxos, triglicérides e colesterol no sangue aumentam, o que pode levar à cetonemia. As cetonas são um subproduto do metabolismo de gorduras e podem ser perigosas quando a glicemia é elevada.

A gravidez causa alterações importantes no metabolismo dos carboidratos e lipídios da mãe. O corpo se adapta para atender às necessidades do bebê em desenvolvimento, mas também pode sofrer alterações que podem levar ao diabetes gestacional.

O ganho de peso durante a gravidez se distribui de forma desigual, com maior acúmulo de gordura na região uterina, nas mamas e nas estruturas vasculares.

O aumento dos níveis de hormônio lactogênico placentário na gravidez aumenta a resistência à insulina no corpo da mãe, tornando-a mais propensa a desenvolver diabetes gestacional.