Geomorfologia Continental Aula 1

Introdução à Geomorfologia Continental

A superfície terrestre está em constante evolução, modificada pela combinação de forças internas e externas.
Exemplos de forças internas: erupções vulcânicas, como a do monte Santa Helena em 1980.
Exemplos de forças externas: eventos extremos de chuva, como os que ocorreram na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011.

Teorias geomorfológicas

As teorias geomorfológicas buscam compreender a formação e evolução do relevo terrestre.
Exemplos de teorias: Ciclo Geográfico, Pedimentação/Pediplanação, etc.
As teorias geomorfológicas são importantes para a compreensão da formação do relevo e suas relações com o homem e sua capacidade de alterar o meio.

Teoria do Ciclo Geográfico (William Morris Davis)

O Ciclo Geográfico é o primeiro conjunto de concepções que pode descrever e explicar a formação e evolução do relevo terrestre.
O modelo de Davis envolve três estágios: Juventude, Maturidade e Senilidade.
Fase de Juventude: uniforme soerguimento do relevo, seguido de erosão remontante.
Fase de Maturidade: rede de drenagem perfeitamente organizada e trabalho das forças harmoniosamente combinado.
Fase de Senilidade: rebaixamento da topografia, principalmente nas vertentes.
O modelo de Davis é considerado moderno para a época, pois já incorporava a noção de evolução para as formas de relevo.

Críticas ao Modelo de Davis

O modelo de Davis não pode ser aplicado em todas as paisagens do globo terrestre.
O modelo pressupõe um rápido soerguimento do relevo, seguido de um longo período de estabilidade tectônica.
O modelo não considera a ação de outros agentes erosivos, como o vento e as ondas.

Teoria da Pedimentação/Pediplanação (Walter Penck)

O modelo de Penck é baseado nos mesmos princípios teóricos que o modelo cíclico davisiano, mas com algumas diferenças.
Penck critica o modelo de Davis, negando a possibilidade de um rápido soerguimento do relevo.
O modelo de Penck considera que os processos de soerguimento e de erosão do relevo são concomitantes.
O modelo de Penck relaciona o entalhamento do talvegue e os efeitos denudacionais em função do comportamento da crosta.### Geomorfologia Continental
Geomorfologia estudia a evolução das formas de relevo da superfície terrestre
William Morris Davis desenvolveu a teoria do ciclo geográfico
- Fase da juventude: região aplainada é uniformemente soerguida em relação ao nível de base
- Fase de maturidade: erosão está suficientemente desenvolvida, rede de drenagem perfeitamente organizada e trabalho das forças harmoniosamente combinado
- Fase da senilidade: rebaixamento da topografia, gerando uma superfície aplainada (peneplanos)
Walther Penck criticou a teoria de Davis e desenvolveu a teoria da pedimentação/pediplanação
- Emersão do relevo e denudação são atividades lentas e simultâneas, com intensidade variada pela ação tectônica
- Evolução do relevo através do recuo paralelo das vertentes
Lester C. King desenvolveu um modelo de evolução baseado em Davis e Penck
- Períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos períodos de estabilidade tectônica

Geometria das Vertentes

Figura 1.7: Geometria das vertentes (convexas, retilíneas ou côncavas)
- Vertentes convexas: resultado de um forte soerguimento da crosta
- Vertentes retilíneas: equilíbrio entre as forças de soerguimento e denudação
- Vertentes côncavas: fraco entalhamento do talvegue e denudação superior

Modelo de Lester C. King

Modelo de King baseado em Davis e Penck
- Períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos períodos de estabilidade tectônica
- Evolução do relevo através do recuo paralelo das vertentes
- Pedimentos: áreas mais baixas originadas pelo entalhamento das áreas mais baixas
- Pediplanos: superfícies aplainadas em contato com climas secos
- Inselbergs: morros residuais formados pela erosão

Comparação dos Modelos

Modelo de Davis: evolução morfológica vertical, de cima para baixo
Modelos de Penck e King: evolução morfológica lateral, pelo recuo paralelo das vertentes

Introdução à Geomorfologia Continental

A superfície terrestre está em constante evolução, modificada pela combinação de forças internas e externas.
Exemplos de forças internas: erupções vulcânicas, como a do monte Santa Helena em 1980.
Exemplos de forças externas: eventos extremos de chuva, como os que ocorreram na Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011.

Teorias geomorfológicas

As teorias geomorfológicas buscam compreender a formação e evolução do relevo terrestre.
Exemplos de teorias: Ciclo Geográfico, Pedimentação/Pediplanação, etc.
As teorias geomorfológicas são importantes para a compreensão da formação do relevo e suas relações com o homem e sua capacidade de alterar o meio.

Teoria do Ciclo Geográfico (William Morris Davis)

O Ciclo Geográfico é o primeiro conjunto de concepções que pode descrever e explicar a formação e evolução do relevo terrestre.
O modelo de Davis envolve três estágios: Juventude, Maturidade e Senilidade.
Fase de Juventude: uniforme soerguimento do relevo, seguido de erosão remontante.
Fase de Maturidade: rede de drenagem perfeitamente organizada e trabalho das forças harmoniosamente combinado.
Fase de Senilidade: rebaixamento da topografia, principalmente nas vertentes.
O modelo de Davis é considerado moderno para a época, pois já incorporava a noção de evolução para as formas de relevo.

Críticas ao Modelo de Davis

O modelo de Davis não pode ser aplicado em todas as paisagens do globo terrestre.
O modelo pressupõe um rápido soerguimento do relevo, seguido de um longo período de estabilidade tectônica.
O modelo não considera a ação de outros agentes erosivos, como o vento e as ondas.

Teoria da Pedimentação/Pediplanação (Walter Penck)

O modelo de Penck é baseado nos mesmos princípios teóricos que o modelo cíclico davisiano, mas com algumas diferenças.
Penck critica o modelo de Davis, negando a possibilidade de um rápido soerguimento do relevo.
O modelo de Penck considera que os processos de soerguimento e de erosão do relevo são concomitantes.
O modelo de Penck relaciona o entalhamento do talvegue e os efeitos denudacionais em função do comportamento da crosta.### Geomorfologia Continental
Geomorfologia estudia a evolução das formas de relevo da superfície terrestre
William Morris Davis desenvolveu a teoria do ciclo geográfico
- Fase da juventude: região aplainada é uniformemente soerguida em relação ao nível de base
- Fase de maturidade: erosão está suficientemente desenvolvida, rede de drenagem perfeitamente organizada e trabalho das forças harmoniosamente combinado
- Fase da senilidade: rebaixamento da topografia, gerando uma superfície aplainada (peneplanos)
Walther Penck criticou a teoria de Davis e desenvolveu a teoria da pedimentação/pediplanação
- Emersão do relevo e denudação são atividades lentas e simultâneas, com intensidade variada pela ação tectônica
- Evolução do relevo através do recuo paralelo das vertentes
Lester C. King desenvolveu um modelo de evolução baseado em Davis e Penck
- Períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos períodos de estabilidade tectônica

Geometria das Vertentes

Figura 1.7: Geometria das vertentes (convexas, retilíneas ou côncavas)
- Vertentes convexas: resultado de um forte soerguimento da crosta
- Vertentes retilíneas: equilíbrio entre as forças de soerguimento e denudação
- Vertentes côncavas: fraco entalhamento do talvegue e denudação superior

Modelo de Lester C. King

Modelo de King baseado em Davis e Penck
- Períodos rápidos e intermitentes de soerguimento da crosta, separados por longos períodos de estabilidade tectônica
- Evolução do relevo através do recuo paralelo das vertentes
- Pedimentos: áreas mais baixas originadas pelo entalhamento das áreas mais baixas
- Pediplanos: superfícies aplainadas em contato com climas secos
- Inselbergs: morros residuais formados pela erosão

Comparação dos Modelos

Modelo de Davis: evolução morfológica vertical, de cima para baixo
Modelos de Penck e King: evolução morfológica lateral, pelo recuo paralelo das vertentes