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Questions and Answers
Qual das seguintes funções NÃO é primariamente atribuída ao fígado?
Qual das seguintes funções NÃO é primariamente atribuída ao fígado?
- Metabolismo do colesterol
- Formação da bile
- Produção de insulina (correct)
- Síntese de proteínas plasmáticas
Na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), qual fator contribui diretamente para o acúmulo de ácidos graxos nos hepatócitos?
Na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), qual fator contribui diretamente para o acúmulo de ácidos graxos nos hepatócitos?
- Consumo excessivo de álcool
- Resistência à insulina (correct)
- Excesso de proteínas na dieta
- Deficiência de vitamina B12
Qual recomendação dietética é mais apropriada para o tratamento da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA)?
Qual recomendação dietética é mais apropriada para o tratamento da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA)?
- Consumo irrestrito de alimentos processados
- Eliminação completa de carboidratos
- Aumento do consumo de gorduras saturadas
- Priorização do padrão alimentar mediterrâneo (correct)
Em um paciente com doença hepática alcoólica, qual achado laboratorial sugere etiologia alcoólica em vez de viral?
Em um paciente com doença hepática alcoólica, qual achado laboratorial sugere etiologia alcoólica em vez de viral?
Em pacientes com hepatite viral, qual tipo de dieta é geralmente recomendada?
Em pacientes com hepatite viral, qual tipo de dieta é geralmente recomendada?
Na doença hepática crônica avançada, qual complicação está diretamente relacionada à pressão elevada da hipertensão porta e à produção diminuída de albumina?
Na doença hepática crônica avançada, qual complicação está diretamente relacionada à pressão elevada da hipertensão porta e à produção diminuída de albumina?
Qual é o principal fator que pode precipitar a encefalopatia hepática em pacientes com cirrose?
Qual é o principal fator que pode precipitar a encefalopatia hepática em pacientes com cirrose?
Qual alteração na dieta é mais apropriada para pacientes com encefalopatia hepática, visando minimizar a produção de amônia?
Qual alteração na dieta é mais apropriada para pacientes com encefalopatia hepática, visando minimizar a produção de amônia?
Em pacientes com cirrose e encefalopatia hepática, qual é a recomendação geral em relação à restrição proteica?
Em pacientes com cirrose e encefalopatia hepática, qual é a recomendação geral em relação à restrição proteica?
Qual micronutriente é recomendado suplementar em pacientes alcoolistas com encefalopatia de Wernicke?
Qual micronutriente é recomendado suplementar em pacientes alcoolistas com encefalopatia de Wernicke?
Em qual estágio da encefalopatia hepática um paciente apresenta letargia, desorientação e comportamento inadequado?
Em qual estágio da encefalopatia hepática um paciente apresenta letargia, desorientação e comportamento inadequado?
Qual é o principal objetivo da dietoterapia na Doença Hepática Alcoólica?
Qual é o principal objetivo da dietoterapia na Doença Hepática Alcoólica?
Em pacientes com cirrose hepática, qual cuidado deve ser tomado ao avaliar a antropometria?
Em pacientes com cirrose hepática, qual cuidado deve ser tomado ao avaliar a antropometria?
Qual dos seguintes alimentos é recomendado evitar em dietas para pacientes com doença hepática, devido ao seu alto teor de gordura saturada?
Qual dos seguintes alimentos é recomendado evitar em dietas para pacientes com doença hepática, devido ao seu alto teor de gordura saturada?
Qual das seguintes características NÃO está associada à síndrome metabólica, que é relacionada ao desenvolvimento da DHGNA?
Qual das seguintes características NÃO está associada à síndrome metabólica, que é relacionada ao desenvolvimento da DHGNA?
Qual das seguintes opções descreve adequadamente a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)?
Qual das seguintes opções descreve adequadamente a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)?
Para um paciente com cirrose compensada e bem nutrido, qual é a recomendação de ingestão de proteínas (PTN) de acordo com ESPEN (2020)?
Para um paciente com cirrose compensada e bem nutrido, qual é a recomendação de ingestão de proteínas (PTN) de acordo com ESPEN (2020)?
Em pacientes com Doença Hepática Crônica Avançada, qual recomendação dietética é apropriada para o consumo de carboidratos?
Em pacientes com Doença Hepática Crônica Avançada, qual recomendação dietética é apropriada para o consumo de carboidratos?
Qual mineral é importante suplementar devido à sua função como cofator na biossíntese da ureia a partir da amônia, especialmente em pacientes com uso crônico de diuréticos?
Qual mineral é importante suplementar devido à sua função como cofator na biossíntese da ureia a partir da amônia, especialmente em pacientes com uso crônico de diuréticos?
Qual é o objetivo principal ao recomendar a restrição de sódio na dieta de um paciente com doença hepática crônica?
Qual é o objetivo principal ao recomendar a restrição de sódio na dieta de um paciente com doença hepática crônica?
Qual recomendação nutricional é mais apropriada para pacientes com DHGNA em relação à perda de peso?
Qual recomendação nutricional é mais apropriada para pacientes com DHGNA em relação à perda de peso?
Qual das seguintes opções alimentares seria mais adequada para um paciente com encefalopatia hepática em relação à fonte de proteína?
Qual das seguintes opções alimentares seria mais adequada para um paciente com encefalopatia hepática em relação à fonte de proteína?
Para pacientes com doença hepática crônica avançada, qual seria a recomendação nutricional em relação ao consumo de lipídeos?
Para pacientes com doença hepática crônica avançada, qual seria a recomendação nutricional em relação ao consumo de lipídeos?
Qual das seguintes condições está associada à colestase, frequentemente presente na hepatite alcoólica?
Qual das seguintes condições está associada à colestase, frequentemente presente na hepatite alcoólica?
Qual das seguintes estratégias é recomendada para minimizar o risco de hemorragia digestiva alta em pacientes com cirrose e hipertensão portal?
Qual das seguintes estratégias é recomendada para minimizar o risco de hemorragia digestiva alta em pacientes com cirrose e hipertensão portal?
Em relação ao uso de probióticos, qual o possível benefício em pacientes com cirrose?
Em relação ao uso de probióticos, qual o possível benefício em pacientes com cirrose?
A gravidade da cirrose hepática é classificada de acordo com qual pontuação ou escala?
A gravidade da cirrose hepática é classificada de acordo com qual pontuação ou escala?
Qual das características a seguir é observada na encefalopatia hepática (EH)?
Qual das características a seguir é observada na encefalopatia hepática (EH)?
Flashcards
DHGNA (Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica)
DHGNA (Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica)
Termo genérico para anormalidades hepáticas relacionadas ao depósito de lipídios no citoplasma dos hepatócitos em pacientes sem consumo excessivo de álcool.
DHGNA e Síndrome Metabólica
DHGNA e Síndrome Metabólica
Manifestação hepática da síndrome metabólica, ligada à resistência à insulina.
Perda de Peso na DHGNA
Perda de Peso na DHGNA
Um dos principais objetivos do tratamento da DHGNA, visando reduzir a esteatose e melhorar os marcadores hepáticos.
Dieta Mediterrânea na DHGNA
Dieta Mediterrânea na DHGNA
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Hepatites
Hepatites
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Principal Característica Laboratorial das Hepatites
Principal Característica Laboratorial das Hepatites
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Objetivos da Dietoterapia nas Hepatites
Objetivos da Dietoterapia nas Hepatites
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Cirrose Hepática
Cirrose Hepática
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Ascite
Ascite
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Encefalopatia Hepática
Encefalopatia Hepática
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Causa da Encefalopatia Hepática
Causa da Encefalopatia Hepática
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Variações Metabólicas na Cirrose
Variações Metabólicas na Cirrose
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Study Notes
- O fígado desempenha um papel central em diversas vias metabólicas, realizando mais de 500 reações de síntese e degradação de moléculas.
- As principais funções do fígado incluem a formação da bile, glicogênese, glicogenólise, gliconeogênese e a síntese de ureia.
- O fígado também realiza o metabolismo do colesterol, armazena ferro, vitaminas lipossolúveis e B12.
- Além disso, o fígado atua na síntese de proteínas plasmáticas (albumina, globulina, transferrina, ceruloplasmina, fatores de coagulação e lipoproteínas)
- O fígado participa do metabolismo de alguns polipeptídeos hormonais e na desintoxicação de drogas e xenobióticos.
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA)
- DHGNA é um termo genérico para anormalidades hepáticas relacionadas ao acúmulo de lipídios nos hepatócitos, em pacientes sem consumo excessivo de etanol.
- A DHGNA possui diferentes formas, incluindo esteatose hepática simples, esteato-hepatite não alcoólica (inflamação devido ao excesso de gordura) e cirrose hepática.
- A DHGNA é a manifestação hepática da síndrome metabólica, que envolve resistência à insulina.
- A resistência à insulina leva ao acúmulo de ácidos graxos no hepatócito, causando estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.
- Um fígado esteatótico torna-se mais vulnerável, resultando em lesão hepatocelular, inflamação e fibrose.
- O excesso de peso, especialmente a gordura visceral, pode promover resistência à insulina e disbiose intestinal.
- A resistência à insulina promove a lipogênese no fígado e reduz a produção da apoproteína B hepática, aprisionando gordura no fígado.
- O acúmulo de gorduras no fígado e o excesso de ácidos graxos livres levam à lipotoxicidade, aumentando a inflamação e o estresse oxidativo.
- A inflamação resultante do excesso de tecido adiposo ativo promove disfunção mitocondrial.
Dietoterapia para DHGNA
- A perda de peso é um dos principais objetivos, com uma redução de 7-10% do peso melhorando a esteatose.
- Perdas de peso maiores que 10% devem ser evitadas para não piorar a fibrose hepática.
- Recomenda-se priorizar o padrão alimentar mediterrâneo, que comprovadamente reduz a resistência à insulina e o acúmulo de gordura no fígado.
Recomendações Nutricionais
- A energia deve ser ajustada para manter ou alcançar o peso ideal.
- Carboidratos devem compor 45-65% da dieta, evitando açúcares adicionados, doces e alimentos industrializados com xarope de milho rico em frutose.
- A ingestão de fibras deve ser de 20-30g/dia ou 14g/1000kcal, com consumo de cereais integrais, raízes, tubérculos e alimentos prebióticos.
- Lipídeos devem corresponder a 20-30% da dieta, evitando carne bovina e suína, maionese, molhos prontos, manteiga e banha, e incluindo azeite de oliva extravirgem, oleaginosas e abacate.
- Suplementar com 1g/dia de ômega-3.
- Ingerir 15-20% ou 0,8g/kg de proteínas.
- Atender às recomendações diárias (DRI) de vitaminas e minerais.
- Incluir compostos bioativos como polifenóis (especiarias e café).
Doença Hepática Alcoólica (DHA)
- Além do fígado, o álcool também afeta o trato gastrointestinal, sistema cardiovascular, rins e sistema nervoso.
- As formas incluem hepatite alcoólica, esteatose hepática alcoólica (reversível com a abstinência) e cirrose alcoólica.
- A abstinência do álcool é fundamental no tratamento nutricional de todas as formas de DHA.
Hepatites
- A inflamação do fígado pode ser causada pelo consumo excessivo de álcool, infecções virais (B e C), esteato-hepatite não alcoólica e hepatites autoimunes.
- A principal característica laboratorial é o aumento das transaminases hepáticas (TGO/AST e TGP/ALT).
- A razão AST/ALT > 1 sugere origem viral, > 2 etiologia alcoólica e < 1 etiologia gordurosa.
- Hepatites virais podem ser assintomáticas ou apresentar fadiga, anorexia e mal-estar.
- O período agudo inclui sintomas como colúria, acolia e icterícia, enquanto o período crônico pode levar à hipertensão portal, edema, ascite ou encefalopatia hepática.
- Hepatites autoimunes podem causar fadiga, mal-estar, icterícia, dor abdominal e artralgias.
- A hepatite alcoólica frequentemente apresenta colestase (interrupção do fluxo biliar).
Dietoterapia para Hepatites
- A dietoterapia visa manter ou melhorar o estado nutricional, prevenir ou tratar obesidade, desnutrição ou deficiências nutricionais específicas, reduzir sintomas e melhorar a resposta imunológica.
- Em hepatites virais e autoimunes, recomenda-se uma dieta normo/hipercalórica, hiperproteica, normoglicídica e normolipídica.
Doença Hepática Crônica Avançada
- A cirrose hepática é caracterizada pela substituição dos hepatócitos por tecido fibroso, resultando na redução da funcionalidade hepática.
- Complicações da cirrose incluem hipertensão portal, varizes esofágicas, ascite e encefalopatia hepática.
- A gravidade da cirrose é classificada pela pontuação de Child-Pugh.
Ascite
- Acúmulo de líquido, proteínas séricas e eletrólitos na cavidade peritoneal devido à hipertensão portal e produção diminuída de albumina.
- A ascite pode comprometer a avaliação antropométrica devido à retenção hídrica, dificultando a estimativa da perda ponderal e superestimando dobras cutâneas e circunferências.
- A concentração sérica de albumina torna-se um indicador de função hepática em vez de estado nutricional proteico.
- A progressão da cirrose e hipertensão portal pode levar à formação de varizes em estômago e esôfago, com risco de hemorragia digestiva alta.
Encefalopatia Hepática (EH)
- Síndrome caracterizada por comprometimento da atividade mental, distúrbios neuromusculares e alteração da consciência.
- A EH pode ser precipitada pelo acúmulo de amônia no sangue, uma toxina produzida no TGI a partir do metabolismo de proteínas.
- O desequilíbrio entre aminoácidos de cadeia aromática (AACA) e aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) contribui para a EH.
- Altas concentrações de AACA podem levar à produção de falsos neurotransmissores no sistema nervoso central.
Estágios da Encefalopatia Hepática
- Estágio I: Confusão leve, agitação, irritabilidade, transtorno do sono, diminuição da atenção.
- Estágio II: Letargia, desorientação, comportamento inadequado, sonolência.
- Estágio III: Sonolência (porém reativo), fala incompreensível, confuso, comportamento agressivo quando acordado.
- Estágio IV: Coma.
Dietoterapia na Doença Hepática Crônica Avançada
- O paciente pode apresentar hipo ou hipermetabolismo, requerendo uma avaliação individual do gasto energético.
- Em geral, podem ser prescritas 30-40 kcal/kg, de acordo com o objetivo.
- Recomenda-se não oferecer mais de 30% do VET em lipídeos para evitar desconforto abdominal, retardo no esvaziamento gástrico e hiperlipidemia.
- A redução da oferta de lipídeos pode ser necessária em pacientes com esteatorreia.
- Os carboidratos podem perfazer entre 50-65% do VET, preferindo carboidratos complexos.
- Não se recomenda a restrição proteica para tratar insuficiência hepática ou evitar EH.
Recomendações ESPEN (2020)
- Cirrose compensada e paciente bem nutrido: 1,2g PTN/kg.
- Paciente desnutrido ou sarcopênico: 30-35kcal/kg e 1,5g PTN/kg.
- Nos casos de EH grau 3 e 4, a restrição proteica pode ser individualizada e transitória, priorizando alimentos com AACR (proteína vegetal, frango, peixes, ovos, laticínios) e evitando AACA (carne bovina e processada).
- A suplementação de 0,25g de AACR/kg também é recomendada para pacientes com EH.
- Cirrose descompensada, insuficiência hepática e/ou EH: pelo menos 60% da fonte diária de proteínas deve prover de fontes vegetais e lácteas.
- O uso de probióticos é indicado para controle da disbiose e redução da produção intestinal de amônia.
- A tiamina costuma ser depletada em pacientes alcoolistas com encefalopatia de Wernicke.
- Considerar suplementação de zinco para pacientes em uso crônico de diuréticos.
- Restringir o sódio apenas quando houver retenção hídrica, de sódio ou sobrecarga de fluidos (hiponatremia).
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