Economia: PMgC e Seus Impactos

A função consumo em Keynes é uma relação entre o consumo em unidades de salário (Cw) e a renda em unidade de salários (Yw).

A unidade de salário é o salário nominal médio por hora de trabalho, utilizada por Keynes como deflator em sua Teoria Geral.

Para obter o consumo em unidades de salário (Cw), divide-se o consumo nominal (C) pela unidade de salário (W).

Para obter a renda em unidades de salário (Yw), divide-se a renda nominal (Y) pela unidade de salário (W).

Variáveis reais na Teoria Geral de Keynes são medidas em unidades de salário: consumo real é consumo em unidades de salário, renda real é renda em unidades de salário.

Keynes argumenta que a função consumo é diretamente proporcional ao nível de emprego, mas prefere analisar a relação entre consumo e renda em unidades de salário.

Keynes critica a visão neoclássica da demanda agregada e busca uma análise mais aprofundada dos determinantes da função demanda agregada, em particular o consumo.

A relação funcional entre a renda em unidades de salário (Yw) e o consumo em unidades de salário (Cw). É a propensão a consumir em unidades de salário, mostrando como o consumo varia com a renda.

A unidade de salário, W, representa o salário nominal médio por hora de trabalho. É usada por Keynes como deflator, permitindo analisar o consumo ajustando para o poder de compra.

A propensão a consumir () é um conceito que representa a relação entre o consumo (C) e a renda (Y). Permite observar a parcela da renda que é destinada ao consumo.

Para calcular o consumo em unidades de salário (Cw), dividimos o consumo nominal (C) pela unidade de salário (W). Isso permite analisar o consumo considerando o valor do dinheiro.

Fatores objetivos são elementos externos ao indivíduo, como preços, renda e expectativas, que influenciam a propensão a consumir. Permitem analisar a relação consumo-renda de forma mais abrangente.

Fatores subjetivos, como hábitos e preferência, são características individuais que influenciam a propensão a consumir. Eles refletem a personalidade e estilo de vida.

Na Teoria Geral de Keynes, os fatores subjetivos são considerados exógenos, ou seja, dados. Isto implica que a propensão a consumir é influenciada principalmente por fatores objetivos.

Alterações na unidade de salário (W) podem influenciar o consumo nominal. No entanto, se salários e preços variam na mesma proporção, a variação em W não altera o consumo em unidades de salário. Essa é uma suposição inicial de Keynes.

Embora a mudança na unidade de salário não altere o consumo em unidades de salário em uma primeira análise, Keynes posteriormente abandonará essa suposição no capítulo 19.

A Lei Psicológica Fundamental do consumo afirma que, geralmente, as pessoas tendem a aumentar seu consumo à medida que sua renda aumenta, mas não na mesma proporção.

A propensão marginal a consumir (PMgC) é a variação do consumo resultante de uma variação de uma unidade de renda.

A PMgC é maior que zero, mas menor que um, pois o aumento do consumo é menor que o aumento da renda.

A PMgC é geralmente mais alta em períodos curtos, já que as pessoas precisam de tempo para adaptar seus hábitos de consumo a um novo nível de renda.

Keynes acredita que a Lei Psicológica Fundamental do consumo também se aplica a períodos mais longos, pois a necessidade de atender às necessidades básicas é mais forte que o desejo de poupar.

O governo também está sujeito à Lei Psicológica Fundamental do consumo, com a receita caindo mais rapidamente que as despesas em períodos de baixa renda.

Os déficits governamentais, apesar de parecerem negativos à primeira vista, podem ajudar a limitar a queda da produção e do emprego durante crises.

Para aumentar o emprego, é necessário aumentar o investimento ou mudar a propensão a consumir, pois o consumo é diretamente proporcional ao nível de emprego.

Keynes critica a visão neoclássica da demanda agregada e busca uma análise mais aprofundada dos determinantes da demanda agregada, principalmente o consumo.

Quando a PMgC é alta, pequenas mudanças no investimento geram grandes flutuações no emprego. Mas, um pequeno aumento no investimento pode levar a economia ao pleno emprego.

Se a PMgC é baixa, o consumo é pouco sensível a variações no investimento, necessitando de grandes aumentos no investimento para atingir o pleno emprego.

Na realidade, a PMgC situa-se entre os dois extremos. Isso cria uma situação complexa, com alta volatilidade do emprego e a necessidade de grandes aumentos no investimento para alcançar o pleno emprego.

Quando o pleno emprego é atingido, o aumento do investimento leva a uma inflação, pois a capacidade produtiva da economia já está esgotada e a demanda da economia excede a oferta.

O multiplicador do investimento (k) é uma relação definida entre a renda e o investimento, mostrando como variações no investimento impactam a renda nacional.

A fórmula do multiplicador do investimento é k = 1 / (1 - PMgC), onde PMgC é a propensão marginal a consumir.

O multiplicador do investimento indica quantas vezes a variação da renda é maior que a variação do investimento.

O multiplicador do investimento é maior quanto maior for a propensão marginal a consumir (PMgC).

Um aumento no investimento gera um aumento maior do emprego total, que é um múltiplo do emprego inicial do investimento.

Um aumento no investimento estimula o setor de bens de consumo, gerando um aumento no emprego total.

O multiplicador do investimento é um conceito chave na economia, mostrando a capacidade do investimento de gerar um aumento muito maior na renda.

O multiplicador do investimento é maior que 1, pois 0 < PMgC < 1.

O multiplicador do investimento permite analisar o impacto de políticas fiscais que estimulam o investimento, como investimentos públicos ou incentivos fiscais para empresas.

O multiplicador do investimento é um conceito importante para entender o funcionamento da macroeconomia, especialmente quando se trata de políticas de investimento.