Economia como Ciência Social

A Economia como Ciência Social

• A Economia é uma ciência social que busca identificar e explicar os fenómenos sociais.
• A Economia analisa problemas sociais como desigualdades e pobreza, em contexto de desenvolvimento tecnológico.
• Realidades sociais como emprego, casamento e educação são objeto das ciências sociais.
• A realidade social é complexa e abordada de várias perspetivas disciplinares.
• O estudo da educação pode ser analisado sob diferentes perspetivas:
  • Economia: gastos do Estado e das famílias ao longo do tempo.
  • Sociologia: (in)sucesso escolar e indisciplina relacionados com rendimento, classe social e etnia.
  • História: evolução da educação, abertura de escolas públicas e universidades para mulheres.
  • Demografia: escolarização distribuída por sexo, idade e região.
  • Política: objetivos governamentais para a educação e resultados.
  • Direito: regulamentação jurídica da escolaridade.
• A interdisciplinaridade é crucial para uma visão completa dos fenómenos sociais, pois as ciências sociais são interdependentes.
• A Economia analisa a dimensão económica da realidade social, abstraindo os fenómenos económicos.
• Economistas dividem artificialmente os fenómenos para estudá-los, mantendo uma perspetiva global.
• A Economia é uma ciência social desde o século XVIII.
• Adam Smith (1723–1790) e sua obra "Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações" (1776) são marcos.
• Economia possui objeto de estudo, teoria, conceitos, terminologia, método científico e leis.

O Objetivo de Estudo da Economia

• A Economia estuda fenómenos económicos como produção, consumo, rendimento e investimento.
• A matemática e a estatística são essenciais para a análise quantitativa económica.
• A Economia examina como recursos limitados são utilizados para satisfazer necessidades ilimitadas, o "problema económico" fundamental.
• O problema económico existe devido à escassez de recursos e necessidades humanas ilimitadas.

O Problema Económico

• O problema económico central é a necessidade de fazer escolhas devido à escassez de recursos em relação às necessidades ilimitadas.
• A Economia é referida como a "ciência das escolhas" devido à necessidade de hierarquizar e priorizar necessidades.
• Escolher implica um custo de oportunidade, que é o valor da melhor alternativa não escolhida.
• A destinação de terra para agricultura, habitação ou indústria ilustra o custo de oportunidade.
• A racionalidade económica implica adequar recursos escassos às necessidades ilimitadas sem desperdício.
• O problema económico resulta do confronto entre:
  • Recursos escassos ou limitados
  • Necessidades ilimitadas
• A escolha entre necessidades ilimitadas e recursos disponíveis exige racionalidade económica para otimizar o uso dos recursos.
• Resolver o problema económico envolve satisfazer algumas necessidades, gerando benefício, mas também renunciar a outras, incorrendo em custo de oportunidade.

Os Agentes Económicos e as Atividades Económicas

• Agentes económicos atuam no processo produtivo com autonomia e comportamento específico.
• Um agente económico é uma entidade autónoma capaz de tomar decisões económicas e deter valor económico.
• Os principais agentes económicos incluem:
  • Famílias: consomem, fornecem trabalho e poupam, consumindo bens e serviços não financeiros.
  • Empresas (não financeiras): produzem bens e serviços, contratam fatores de produção e dependem do seu capital.
  • Estado (Administração Pública): regula a economia, fornece bens públicos e redistribui rendimentos para satisfazer necessidades coletivas.
  • Instituições Financeiras: prestam serviços financeiros e financiam a atividade económica com poupança.
  • Resto do Mundo: representa as relações económicas com outros países, trocando bens, serviços e capitais.
• Cada agente tem funções na produção, distribuição, repartição de rendimentos, e utilização dos rendimentos (consumo e poupança).
• As necessidades humanas são exigências que precisam ser satisfeitas e estão sempre presentes.
• O consumo é o uso de bens e serviços para satisfazer necessidades. Classifica-se quanto:
  • À natureza das necessidades satisfeitas:
    • Consumo essencial: bens indispensáveis à sobrevivência, como alimentos e habitação.
    • Consumo supérfluo: satisfaz necessidades terciárias, como joias e chocolates.
  • Ao autor do ato de consumir:
    • Consumo privado: realizado por pessoas, como ir ao cinema ou comprar alimentos.
    • Consumo público: realizado por entidades da Administração Pública, como aquisição de papel.
  • Ao beneficiário do consumo:
    • Consumo individual: realizado por uma pessoa, satisfeito por bens privados (excludentes e rivais).
    • Consumo coletivo: realizado por um grupo, satisfeito por bens públicos (não excludentes e não rivais).
  • À finalidade do consumo:
    • Consumo final: bens que satisfazem necessidades diretamente, como livros e alimentos.
    • Consumo intermédio: bens usados na produção de outros bens, como matérias-primas.
• Os padrões de consumo referem-se à estrutura de consumo de um indivíduo ou sociedade.
• O consumo é influenciado por fatores económicos (rendimento, preço, crédito) e extraeconómicos (moda, publicidade, cultura).
• A sociedade de consumo tem uma oferta que excede a procura.
• A publicidade e o marketing estimulam o desejo de comprar.
• O consumismo é impulsivo e irresponsável.
• O consumerismo promove o consumo racional e sustentável.
• Bens e serviços são produzidos para satisfazer necessidades.
• Classificam-se quanto ao custo, natureza, função, duração e relações recíprocas.
• As principais atividades económicas são:
  • Produção: atividades produtoras de bens e serviços.
  • Distribuição e redistribuição dos rendimentos: repartição dos rendimentos criados.
  • Utilização dos rendimentos: destina-se ao consumo e à poupança.
• A troca ocorre no mercado, onde se confrontam oferta e procura, determinando o preço.
• O investimento é a aplicação de recursos para aumentar a produção, melhorar a produtividade e ganhar competitividade.
• O financiamento pode ser externo direto, externo indireto ou interno (poupança).
• O circuito económico representa as operações económicas e relações entre agentes, com fluxos reais e monetários.