Dosagem de Amilase

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Questions and Answers

Em qual cenário clínico a dosagem de amilase urinária é particularmente útil devido à rápida elevação dos níveis plasmáticos?

  • Hepatite crônica com cirrose avançada.
  • Insuficiência renal em estágio terminal.
  • Pancreatite aguda, onde se observa paralelamente um aumento da amilase urinária. (correct)
  • Toxemia da gravidez com eclampsia.

Quais condições podem ser indicadas por valores aumentados de amilase, além de problemas pancreáticos diretos?

  • Infarto mesentérico, úlcera gástrica perfurada e caxumba. (correct)
  • Hipotireoidismo e anemia perniciosa.
  • Doença celíaca e síndrome do intestino irritável.
  • Hepatite viral e cirrose hepática.

Qual é a implicação direta da utilização de EDTA, citrato ou oxalato como anticoagulantes na análise da amilase?

  • Nenhuma interferência, pois são amplamente utilizados e seguros para a dosagem de amilase.
  • Inibição da atividade da amilase, levando a resultados falsamente diminuídos. (correct)
  • Melhora na estabilidade da amostra, prolongando a validade dos resultados.
  • Aumento espúrio da atividade da amilase.

Como a hemólise de uma amostra impacta nos resultados da dosagem de amilase e qual a justificativa para tal interferência?

<p>Diminui os valores de amilase por interferência direta dos componentes hemolíticos na reação enzimática. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é o princípio por trás da metodologia de Caraway Modificado utilizada na dosagem de amilase?

<p>Amostra é incubada com um substrato de amido. Pela adição do iodo, o amido não hidrolisado adquire coloração azul cuja diminuição é proporcional à atividade enzimática, sendo comparado com um controle. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é a conduta apropriada quando o valor de $\frac{Ac - Aa}{Ac}$ excede 0,5 na dosagem de amilase urinária?

<p>Diluir a urina com solução de cloreto de sódio a 0,85%, repetir o ensaio e multiplicar o resultado pelo fator de diluição. (C)</p> Signup and view all the answers

Na dosagem de amilase, qual o impacto de uma variação de 1 minuto no tempo de incubação e como isso afeta a interpretação dos resultados?

<p>Um erro de aproximadamente 13% nos resultados, devido à sensibilidade da reação enzimática ao tempo de incubação. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual a implicação clínica do aumento nos níveis séricos de lipase em relação à amilase, considerando suas dinâmicas temporais em casos de pancreatite?

<p>A lipase mantem-se elevada por um período mais longo do que a amilase, sugerindo possíveis complicações como abscessos ou pseudocistos. (C)</p> Signup and view all the answers

Em que condições a lipase pode ser detectada na urina e qual a relação dessa detecção com a função renal?

<p>Nos distúrbios renais com alteração da capacidade de reabsorção tubular, a lipase pode ser detectada na urina, com uma relação inversa ao clearance da creatinina. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal justificativa para se evitar o uso de amostras com sinais de contaminação microbiana na dosagem de lipase?

<p>Todas as alternativas estão corretas. (D)</p> Signup and view all the answers

No princípio da técnica para dosagem da lipase, qual o papel do substrato cromogênico 1-2-o-dilauril-rac-glicero-3-ácido glutárico (6-metilresorufina)-ester?

<p>Ser clivado pela ação da lipase, liberando metilresorufina, cuja intensidade de cor é proporcional à atividade da lipase. (B)</p> Signup and view all the answers

Na metodologia para dosagem de lipase, qual a importância da medição das absorbâncias em dois momentos distintos (90 e 180 segundos)?

<p>Verificar a linearidade da reação enzimática e garantir a precisão dos resultados. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual o procedimento recomendado em amostras com concentrações de bilirrubina, hemoglobina ou triglicerídeos que excedem os limites de interferência estabelecidos para a dosagem de lipase?

<p>Diluir a amostra com NaCl 150 mmol/L (0,85%) antes de realizar os ensaios e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição. (C)</p> Signup and view all the answers

Em relação à linearidade da reação de lipase, qual a conduta a ser adotada caso se obtenha um valor acima de 300 U/L?

<p>Diluir a amostra com NaCl 150 mmol/L (0,85%), realizar nova determinação e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição. (C)</p> Signup and view all the answers

Como os resultados de amilase e lipase auxiliam na diferenciação entre pancreatite aguda e parotidite aguda?

<p>Na parotidite aguda, a amilase pode estar elevada, mas os níveis séricos de lipase permanecem inalterados, auxiliando no diagnóstico diferencial. (A)</p> Signup and view all the answers

Considerando o papel da lipase na digestão lipídica, qual é a sua função fisiológica no intestino delgado (lipólise)?

<p>Hidrolisar triglicérides em ácidos graxos e glicerol. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a relevância clínica da avaliação combinada de amilase e lipase no contexto do diagnóstico de pancreatite aguda, considerando a sensibilidade e especificidade de cada enzima?

<p>A avaliação combinada melhora a precisão diagnóstica, pois a lipase é mais específica para patologias pancreáticas, enquanto a amilase pode elevar-se em outras condições. (A)</p> Signup and view all the answers

Em um caso clínico de suspeita de pancreatite aguda, qual seria a interpretação mais precisa se a amilase estivesse dentro da faixa de referência, mas a lipase apresentasse níveis elevados?

<p>O paciente pode ter pancreatite, uma vez que a lipase é mais específica para danos pancreáticos do que a amilase. (A)</p> Signup and view all the answers

Na análise do caso clínico apresentado, quais resultados laboratoriais indicam mais fortemente um possível quadro de pancreatite aguda na paciente M.O.C.? Considere os valores de referência fornecidos.

<p>Amilase elevada (250 U/L) e lipase elevada (100 U/L). (B)</p> Signup and view all the answers

Considerando o caso clínico de M.O.C., qual a justificativa fisiopatológica para a elevação dos níveis de glicemia (380 mg/dL) em um quadro de pancreatite aguda?

<p>A pancreatite aguda leva à destruição das células beta pancreáticas, resultando em deficiência de insulina e hiperglicemia. (D)</p> Signup and view all the answers

Dado o histórico de M.O.C. e os resultados laboratoriais apresentados, qual complicação adicional pode ser sugerida pela elevação persistente da lipase após 14 dias do início dos sintomas?

<p>Formação de abscesso ou pseudocisto pancreático. (B)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

O que é a Amilase?

Enzima predominante de origem pancreática e salivar, presente no sangue e na urina em pequenas quantidades.

Hemólise e Amilase

Amostras com hemólise produzem resultados falsamente diminuídos na medição da amilase.

Anticoagulantes e Amilase

EDTA, Citrato e Oxalato inibem a atividade da amilase.

Amilase e Pancreatite Aguda

A Amilase eleva-se rapidamente no plasma em casos de pancreatite aguda.

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Causas de Amilase Alta

Valores aumentados de amilase podem indicar infarto mesentérico, úlcera gástrica perfurada ou caxumba.

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Lipase Pancreática

A lipase pancreática é uma enzima digestiva produzida principalmente pelas células acinares do pâncreas exócrino.

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Função da Lipase

A lipase hidrolisa triglicerídeos com ácidos graxos de cadeias longas no intestino delgado (lipólise).

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Lipase e Anticoagulantes

Amostras com EDTA, citrato ou fluoreto produzem resultados diminuídos na medição da lipase.

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Estabilidade da Lipase

A atividade da lipase na amostra é estável por 7 dias entre 2-25°C e 1 ano a -20°C.

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Lipase vs. Amilase

A lipase é um marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase.

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Causas de Lipase Alta

Níveis aumentados de lipase indicam pancreatite aguda, abscesso, obstrução dos ductos pancreáticos, trauma e carcinoma de pâncreas.

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Temperatura da Medição

Ajustar a temperatura do fotômetro para 37°C para medir a lipase.

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Tipo de Amostra para Lipase

Usar soro ou plasma (heparina) para medir a lipase.

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Linearidade da Lipase

A reação para medir lipase é linear entre 3,0 e 300 U/L.

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Study Notes

Dosagem de Amilase

  • A amilase, principalmente de origem pancreática e salivar, está normalmente presente no sangue e na urina em pequenas quantidades.
  • Eleva-se rapidamente no plasma após o início dos sintomas de pancreatite aguda, com um aumento da amilase urinária.
  • Valores aumentados também podem ser observados no infarto mesentérico, úlcera gástrica perfurada, carcinoma da cabeça do pâncreas, caxumba, insuficiência renal e acidose diabética.
  • Níveis plasmáticos diminuídos podem ser observados na hepatite, cirrose hepática, toxemia de gravidez, eclampsia e carcinoma pancreático.
  • O soro obtido deve estar livre de hemólise, e o plasma, colhido com heparina.
  • Outros anticoagulantes como EDTA, citrato e oxalato inibem a atividade da amilase.
  • O soro e o plasma podem ser armazenados por até 7 dias entre 15 e 30°C, 2 meses entre 2 e 8°C, ou 1 ano a -20°C.
  • A urina pode ser armazenada por até 2 dias entre 15 e 30°C, 10 dias entre 2 e 8°C, ou 3 semanas a -20°C.
  • A coleta deve ocorrer em um intervalo de 2 a 24 horas.
  • A metodologia de Caraway Modificado - Cinética de tempo fixo é utilizada.
  • A amostra é incubada com um substrato de amido, e a adição de iodo ao amido não hidrolisado resulta em uma coloração azul que diminui proporcionalmente à atividade enzimática.
  • Para realizar o teste, marque dois tubos de ensaio: um para o controle (C) e outro para a amostra (A).
  • Adicione 0,5 mL de reagente N° 1 a ambos os tubos e coloque-os em banho-maria a 37°C por 2 minutos.
  • Adicione 10 µL da amostra ao tubo da amostra (A).
  • Homogeneíze e incube a 37°C por 7 minutos e 30 segundos (cronometrados).
  • Adicione 0,5 mL de reagente de trabalho e 4,0 mL de água destilada ou deionizada a ambos os tubos.
  • Homogeneíze bem e determine as absorbâncias do controle e da amostra em 660 nm (620 a 700 nm), zerando o aparelho com água destilada ou deionizada.
  • A cor é estável por 30 minutos.
  • Uma unidade de enzima é a quantidade que hidrolisa totalmente 10 mg de amido em 30 minutos a 37°C.
  • A reação é linear até 400 U/dL; para valores maiores, a amostra deve ser diluída com cloreto de sódio 0,85% e o resultado multiplicado pelo fator de diluição.
  • Os valores de referência para o método são 60 a 160 U/dL para o soro e 50 a 140 U/h para a urina.
  • É importante controlar o tempo e a temperatura de incubação, pois uma diferença de 1 minuto no tempo de incubação pode acarretar um erro de 13% nos resultados.
  • Amostras com hemólise podem produzir resultados falsamente diminuídos.
  • Anticoagulantes como EDTA, citrato e oxalato inibem a atividade da amilase.
  • Valores de bilirrubina de até 20 mg/dL e hiperlipemia (triglicerídeos de até 1500 mg/dL) não interferem no teste.

Dosagem de Lipase

  • A lipase pancreática é uma enzima digestiva produzida principalmente pelas células acinares do pâncreas exócrino.
  • Tem o papel fisiológico de hidrolisar triglicerídeos com ácidos graxos de cadeias longas no intestino delgado (lipólise).
  • Sua avaliação é essencial no diagnóstico das patologias pancreáticas.
  • A lipase se eleva nas primeiras 8 horas após o início da agressão pancreática, atingindo valores mais altos em 24 horas e mantendo-se elevada em torno de 7 a 14 dias.
  • Níveis elevados por mais de duas semanas podem sugerir complicações como abscessos e pseudocistos.
  • Níveis séricos de lipase não se alteram em parotidites agudas, auxiliando no diagnóstico diferencial.
  • A lipase é um marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase.
  • Seus níveis estão aumentados em pacientes com pancreatite aguda e recorrente, abscesso ou pseudocisto pancreático, trauma, carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos pancreáticos e no uso de fármacos (opiáceos).
  • Também está aumentada na maior parte das condições inflamatórias da cavidade abdominal, doenças do trato biliar, abscessos abdominais e insuficiência renal aguda e crônica (com menor frequência do que a amilase).
  • A lipase é filtrada pelos glomérulos devido ao seu baixo peso molecular e, em condições normais, é totalmente reabsorvida pelos túbulos proximais, estando ausente na urina de pacientes normais.
  • Em distúrbios renais que cursam com alteração da capacidade de reabsorção tubular, a lipase pode ser detectada na urina, numa relação inversa com o clearance da creatinina.
  • Para a amostra, usar soro ou plasma (heparina), pois amostras com EDTA, citrato ou fluoreto podem produzir resultados diminuídos devido à inibição da atividade da lipase.
  • A atividade da lipase na amostra é estável por 7 dias entre 2-25°C e 1 ano a -20°C.
  • O material deve ser congelado em recipiente hermeticamente fechado ("criotubos") para evitar evaporação, evitando congelamentos e descongelamentos repetidos.
  • Amostras descongeladas devem ser bem homogeneizadas antes da utilização, sem usar vórtex ou similar, e não devem apresentar sinais de contaminação microbiana.
  • O substrato cromogênico 1-2-o-dilauril-rac-glicero-3-ácido glutárico (6-metilresorufina)-éster é clivado em meio alcalino pela lipase, formando ácido glutárico e metilresorufina (cor vermelha).
  • A intensidade da cor vermelha formada é diretamente proporcional à atividade da lipase na amostra.
  • Ajustar a temperatura do fotômetro para 37°C e o comprimento de onda em 570 nm (550-600).
  • Acertar o zero com água deionizada.
  • Em um tubo rotulado Teste ou Calibrador, pipetar 0,70 mL do Reagente 1.
  • Adicionar 0,010 mL de amostra ou calibrador.
  • Adicionar 0,40 mL do Reagente 2, homogeneizar, transferir imediatamente para a cubeta termostatizada e disparar simultaneamente o cronômetro.
  • Medir as absorbâncias aos 90 e 180 segundos.
  • Concentrações de bilirrubina total até 60 mg/dL, hemoglobina até 500 mg/dL e triglicerídeos até 2000 mg/dL não interferem significativamente na reação.
  • Amostras com bilirrubina, hemoglobina e triglicerídeos em concentrações maiores devem ser diluídas em NaCl 150 mmol/L (0,85%). e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
  • A reação é linear entre 3,0 e 300 U/L. Para valores maiores que 300 U/L, diluir a amostra com NaCl 150 mmol/L (0,85%) e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
  • Os valores de referência variam conforme a idade:
    • Menores de 1 ano: 0-29 U/L
    • 1 a 12 anos: 10-37 U/L
    • 13 a 18 anos: 11-46 U/L
    • Maiores de 18 anos: 13-60 U/L
  • Conversão: Unidades convencionais (U/L) x 0,0167 = Unidades SI (µkat/L)

Caso Clínico

  • Paciente: M.O.C., sexo feminino, 40 anos.
  • Queixa principal: Dor abdominal há 8 horas.
  • Histórico: A paciente relata desconforto abdominal de 48 horas, que se intensificou nas últimas 8 horas.
  • Sintomas associados: Vômitos (2 episódios), náuseas e sudorese.
  • Alívio: Utilizou dipirona sem melhora.
  • Hábitos: Alimentação rica em alimentos gordurosos e de baixo valor nutricional, sedentarismo.
  • Histórico negativo: Nega febre, perda de peso, tabagismo e outras patologias.
  • Leucograma: 17.000 (VR: 5.000 – 11.000).
  • Neutrófilos: 5% de bastões (VR: 3-5%) / Segmentados: 45% (VR: 45-70%).
  • Plaquetas: 450.000/mm³ (VR: 150.000 – 400.000/mm³).
  • Amilase: 250 U/L (VR: até 100 U/L).
  • Lipase: 100 U/L (VR: abaixo de 35 U/L).
  • Glicemia: 380 mg/dL (VR 70 a 99 mg/dL).
  • Na: 130 mEq/L (135 a 1145 mEq/L).
  • K: 3,2 mEq/L (3,5 a 4,3 mEq/L).

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