Doenças Periodontais em Idosos

Doenças Periodontais em Idosos

• O envelhecimento populacional e os fatores associados ao envelhecimento (diabetes, hipertensão, uso de medicamentos) influenciam a saúde bucal dos idosos.
• A doença periodontal afeta os tecidos de suporte dos dentes (ligamento periodontal, cemento, osso alveolar) e é mais comum em idosos devido a fatores como diminuição da vascularização, atividade mitótica e capacidade de regeneração.
• A gengivite é uma inflamação reversível que não afeta os tecidos de suporte do dente, causada por má higiene bucal.
• A periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte do dente, causando perda óssea.
• Em idosos, a periodontite é frequentemente moderada, com resposta inflamatória deficiente, deixando-os mais suscetíveis à doença.
• O tratamento da doença periodontal inclui raspagens sub e supra gengivais, remoção de placa e tártaro, alisamento radicular e, em casos graves, abertura de retalho cirúrgico e antibióticos.
• A recessão gengival é a regressão do tecido gengival, causada por fatores como escovação traumática, próteses mal adaptadas, má higiene e acúmulo de biofilme.
• O tratamento da recessão gengival envolve identificar a causa e, posteriormente, o recobrimento radicular com enxertos gengivais.

Câncer Bucal

• O câncer bucal pode se desenvolver nos lábios, gengivas, língua, palato e mucosa jugal.
• Sintomas comuns incluem feridas que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, dor persistente e dificuldade para engolir.
• Fatores de risco incluem uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, infecções por HPV e exposição ao sol.
• O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz, que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação de métodos.

Estágios do Desenvolvimento do Câncer Bucal

• Lesões iniciais: Alterações precoces nas células da mucosa bucal, como leucoplasia (manchas brancas) ou eritroplasia (manchas vermelhas).
• Displasia: As células alteradas apresentam características anormais, aumentando a probabilidade de se tornarem cancerosas.
• Carcinoma In Situ: As células cancerosas estão presentes na camada superficial do tecido, mas não invadiram outras camadas ou se espalharam.
• Invasão Local: As células cancerosas começam a invadir os tecidos adjacentes, resultando em tumores visíveis ou palpáveis.
• Metástase: O câncer se espalha para outras partes do corpo, como linfonodos, pulmões, fígado e outros órgãos.

Tipos de Câncer Bucal

• Carcinoma Espinocelular (CEC): O tipo mais comum, originando-se nas células escamosas da mucosa bucal, ocorrendo em qualquer área da cavidade bucal.
• Carcinoma Basocelular: Menos comum na cavidade bucal, geralmente se desenvolve na pele, mas pode ocorrer na mucosa oral, cresce lentamente e tem menor probabilidade de metástase.
• Sarcoma: Tipo raro que se origina nos tecidos conjuntivos, como músculos, ossos e tecidos fibrosos.
• Melanoma Oral: Tipo raro que se origina nas células pigmentares da mucosa oral, mais agressivo e menos comum que o carcinoma espinocelular.
• Linfoma: Pode afetar a cavidade bucal, originando-se nos linfonodos ou tecidos linfáticos.
• Leucoplasia e Eritroplasia: Não são tipos de câncer, mas lesões precoces que podem evoluir para câncer oral.

Xerostomia (Boca Seca)

• A xerostomia é a diminuição natural da produção de saliva durante o envelhecimento, resultando em saliva mais viscosa.
• Doenças autoimunes, síndrome de Sjögren, condições sistêmicas (diabetes), uso de medicações e tratamentos oncológicos também contribuem para a xerostomia.
• A saliva é fundamental para a saúde bucal, pois seu pH, fluxo, capacidade de tamponamento, retenção de próteses e lubrificação impedem ou auxiliam o desenvolvimento de problemas bucais.
• A xerostomia pode causar desconforto ao mastigar e engolir, levar a uma dieta inadequada, afetar o apetite e a ingestão alimentar, além de provocar alterações no paladar.
• O tratamento da xerostomia inclui abordagens farmacológicas e não farmacológicas, como consumo de líquidos e uso de substitutos de saliva.

Estomatite Protética

• A estomatite protética é uma inflamação da mucosa bucal causada pelo uso de próteses.
• As causas da estomatite protética incluem questões de saúde geral do paciente, problemas locais de origem microbiana (acúmulo de placa bacteriana e colonização por fungos), fatores mecânicos (porosidade da resina da prótese), traumas decorrentes do uso da prótese e falta de higiene.
• A ausência de limpeza regular nas próteses pode resultar em acúmulo de bactérias e fungos, como Candida albicans.
• Próteses mal ajustadas podem provocar fricção constante na mucosa, levando à inflamação.
• O uso prolongado da prótese, principalmente à noite, pode dificultar a oxigenação e a recuperação da mucosa, aumentando o risco de inflamações.
• Reações alérgicas ao material da prótese também podem contribuir para a estomatite protética.
• O tratamento da estomatite protética inclui a erradicação de fatores sistêmicos e locais, com ênfase na remoção de traumas e microrganismos presentes na prótese.

Considerações Importantes

• A saúde bucal dos idosos exige atenção especial, com enfoque nas alterações fisiológicas e patológicas do organismo.
• É fundamental que o cirurgião-dentista seja capaz de planejar e tratar as patologias encontradas na cavidade bucal do paciente idoso, realizando orientações precisas sobre escovação, medicamentos, tratamento, exames e consultas regulares.
• A colaboração do paciente idoso ou familiar responsável é essencial para o sucesso do tratamento, seguindo as orientações sobre higiene bucal, medicamentos, tratamento, exames e consultas regulares.