Doença de Parkinson: Sintomas e Causas

Doença de Parkinson

• É uma doença degenerativa do sistema nervoso central (SNC), progressiva e idiopática, que afeta homens e mulheres em igual medida.
• Caracteriza-se pela destruição dos neurónios dopaminérgicos na substância negra do SNC.
• A dopamina reduz-se, até mesmo desaparecer, devido à destruição dos neurónios.
• A destruição dos receptores dopaminérgicos também ocorre em fases posteriores.
• As causas são desconhecidas, mas podem incluir fatores genéticos e tóxicos, como toxinas industriais, pesticidas, metais pesados e outros tóxicos ambientais.

Sintomatologia da Doença de Parkinson

• Tremor em repouso.
• Rigidez muscular.
• Bradicinesia/Hipocinesia (dificuldade em iniciar movimentos).
• Dificuldade na execução de movimentos finos (ex: abotoar botões).
• Instabilidade postural e da marcha.
• Outros sintomas menos graves, como sialorreia, retenção urinária, obstipação e depressão.
• Alterações do sono, micrografia, alterações cognitivas e alteração da libido.

Doença de Parkinson - Tratamento

• As ações de tratamento da doença de Parkinson incluem ações farmacológicas e não farmacológicas.
• Medicamentos visam aliviar os sintomas temporariamente, sem reverter a degeneração neuronal.
• Antagonistas dos receptores muscarínicos colinérgicos, como benzotropina, biperideno e trihexifenidilo, ajudam a reduzir a atividade colinérgica.
• Restbelecimento da dopamina, por meio de fármacos como a levodopa, libertam a dopamina e inibem a sua recaptação, como a amantadina.
• Inibidores do metabolismo da dopamina, como a selegilina e a entacapona, inibem a degradação da dopamina no corpo.
• Agonistas dopaminérgicos, como bromocriptina, pergolida, ropinirol e piribedilo, atuam nos receptores dopaminérgicos
• É importante considerar a fase da doença ao selecionar o melhor tratamento.

Precauções em relação aos antiparkinsónicos

• A metoclopramida inibe a ação dos agonistas dopaminérgicos.
• Antipsicóticos podem agravar os sintomas da doença de Parkinson, pois bloqueiam os receptores dopaminérgicos.

Doença de Huntington

• É uma doença hereditária, autossómica dominante, causada por uma mutação no cromossoma 4.
• A mutação leva à destruição dos neurónios gabaérgicos.
• Caracterizada por movimentos involuntários, rápidos e irregulares (coreia).

Síndrome de Gilles de la Tourette

• É um distúrbio neurológico caracterizado por tiques motores e/ou vocais recorrentes e repetitivos.
• A causa é desconhecida.
• A maioria dos afetados é do sexo masculino.
• O tratamento foca-se em antagonistas dos receptores dopaminérgicos antipsicóticos, como o haloperidol.

Doença de Wilson

• É uma doença hereditária autossómica recessiva caracterizada pelo acúmulo tóxico de cobre nos tecidos, principalmente no cérebro e fígado.
• Pode resultar em sintomas neuropsiquiátricos e de doença hepática.
• Os sintomas incluem tremor, coreia, ataxia.
• O tratamento envolve medicamentos que reduzem a absorção de cobre ou o seu remoção do corpo, e em casos mais severos, transplante hepático.

Doença de Alzheimer

• É uma doença neurodegenerativa que afeta a memória e as funções cognitivas, caracterizada por uma perda neuronal.
• O início dos sintomas costuma ocorrer por volta dos 60 anos de idade.
• Geralmente, a memória recente é afetada primeiro, enquanto a memória remota permanece preservada.
• Com o tempo, outras capacidades cognitivas são afetadas como a capacidade de fazer cálculos, atividades diárias como uso de objetos comuns (apraxia), confuso mental.
• O tratamento visa melhorar os sintomas da doença, mas não a reverter. O tratamento inclui inibidores das acetilcolinesterases e o antagonista dos receptores NMDA (memantina).

Esclerose Múltipla (EM)

• É uma doença inflamatória desmielinizante do sistema nervoso central, caracterizada por surtos de agravamento e remissão.
• A EM causa lesões neurológicas que levam a incapacidade permanente progressiva.
• Os sintomas podem ser variados, afetando diferentes funções neurológicas
• O início dos sintomas é tipicamente entre os 20 e os 40 anos de idade e é mais comum em mulheres.
• O tratamento visa controlar os surtos e as limitações funcionais, sendo utilizado corticosteroides, imunomoduladores e imunossupressores para este fim.