Direito Penal - Teoria Geral do Crime

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Questions and Answers

Qual das características não faz parte da teoria causalista da ação?

  • Fato Típico
  • Intenção final (correct)
  • Antijurídico
  • Culpável

Em que situação uma conduta não é considerada como tal?

  • Em atos reflexos (correct)
  • Quando realizada com dolo
  • Em ações conscientes
  • Quando ocorre por erro de tipo

Qual das opções a seguir representa um resultado naturalístico?

  • A perda de um objeto
  • A morte em um homicídio (correct)
  • Uma ofensa verbal
  • A alteração de um documento

Qual é o princípio que determina que o resultado é imputável àquele que deu causa a ele?

<p>Princípio da relação de causalidade (D)</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes elementos não é uma parte da análise do crime segundo a teoria finalista?

<p>Resultado naturalístico (A)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza um erro de tipo?

<p>Falta de consciência da prática criminosa (D)</p> Signup and view all the answers

Qual opção representa um exemplo de conduta que não resulta em responsabilidade penal?

<p>Sonambulismo durante a prática de um ato (B)</p> Signup and view all the answers

Qual elemento integra a conduta segundo a teoria finalista?

<p>Dolo e Culpa (A)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes afirmações sobre a obediência hierárquica é verdadeira?

<p>Somente o superior é punido por atos cometidos sob sua ordem. (D)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza o excesso doloso?

<p>O agente age deliberadamente ultrapassando os limites da permissibilidade. (B)</p> Signup and view all the answers

Como é classificado o ato que ocorre em resposta a uma agressão, mas ultrapassa os limites da legítima defesa sem culpa?

<p>Excesso exculpante (C)</p> Signup and view all the answers

O que define um homicídio culposo em uma situação de excesso?

<p>Controle insuficiente da resposta ao ataque. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal diferença entre excesso doloso e excesso culposo?

<p>Um é deliberado e o outro involuntário. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes afirmações sobre o estrito cumprimento de um dever legal é verdadeira?

<p>É necessário que haja um dever legal imposto ao agente. (B)</p> Signup and view all the answers

Quais são os requisitos para que o consentimento do ofendido exclua a ilicitude?

<p>O ofendido deve ter capacidade para consentir. (C)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza a culpabilidade segundo a teoria finalista?

<p>Juízo de reprovação da conduta do agente. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes elementos NÃO é parte da culpabilidade?

<p>Consciência de pena. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual situação exemplifica corretamente a imputabilidade?

<p>Menor de idade que comete um crime. (C)</p> Signup and view all the answers

Quando o crime de eutanásia é considerado ilícito?

<p>Porque a vida é um bem indisponível. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual das opções representa uma causa absolutamente independente?

<p>A atira em B, mas B já estava doente e morre por causas naturais. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual dos fatores pode gerar inimputabilidade?

<p>Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das opções é um exemplo de ação que não constitui crime pelo cumprimento do dever?

<p>Um carrasco executando uma sentença legal. (C)</p> Signup and view all the answers

O que ocorre com a relação de causalidade quando há causas preexistentes e concomitantes?

<p>Nunca exclui a relação de causalidade. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das situações abaixo resulta em exoneração da imputação criminal?

<p>A atira em B, mas B é imediatamente envenenado por C. (B)</p> Signup and view all the answers

Como deve ser classificada a situação em que duas ações simultâneas causam um resultado letal?

<p>Causa relativamente independente. (A)</p> Signup and view all the answers

Em que situação a causa superveniente é irrelevante para a definição do resultado?

<p>Quando a causa anterior já é suficiente para causar a morte. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual afirmação é verdadeira sobre a imputação em relação a causas relativamente independentes?

<p>A imputação é excluída se a causa superveniente é relativamente independente. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das afirmativas sobre tentativa de crime é incorreta?

<p>Causas relativamente independentes sempre resultam em tentativa. (B)</p> Signup and view all the answers

Quando um resultado pode ser considerado resultado direto de ações preexistentes?

<p>Quando uma causa preexistente e uma superveniente convergem para o mesmo resultado. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes afirmações é verdadeira sobre a inimputabilidade penal dos menores de 18 anos?

<p>Menores de 18 anos são penalmente inimputáveis segundo as normas legais. (D)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza um agente semi-imputável de acordo com a legislação?

<p>Agente que possui perturbação de saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é a consequência da embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior?

<p>O agente é isento de pena por não entender a ilícitude do ato. (C)</p> Signup and view all the answers

Que tipos de embriaguez não excluem a imputabilidade penal?

<p>Embriaguez voluntária e culposa. (A)</p> Signup and view all the answers

Como a lei trata a pena de um agente que cometeu um crime sob influência de violenta emoção?

<p>A pena é atenuada, podendo resultar em redução. (B)</p> Signup and view all the answers

Ao considerar a imputabilidade penal, qual item abaixo é um critério biopsicológico?

<p>O grau de doença mental e a capacidade mental do agente. (D)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza a embriaguez culposa?

<p>O agente estava consciente e assumiu o risco de se embriagar. (C)</p> Signup and view all the answers

Quais são as implicações da emoção e paixão na imputabilidade penal?

<p>Elas podem ser consideradas atenuantes mas não excluem a imputabilidade. (D)</p> Signup and view all the answers

Em relação à legítima defesa, qual das seguintes afirmações está incorreta?

<p>É necessário que o bem defendido seja superior ou igual ao bem do agressor. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes situações não se encaixa no conceito de exercício regular de um direito?

<p>O débito conjugal. (D)</p> Signup and view all the answers

Em relação à legítima defesa, qual das seguintes situações não é um exemplo de legítima defesa sucesssiva?

<p>Um indivíduo, ao se defender de uma agressão, causa danos a uma terceira pessoa inocente. (D)</p> Signup and view all the answers

No contexto da legítima defesa, qual das seguintes afirmações sobre a indenização civil é correta?

<p>A indenização civil não é cabível em casos de legítima defesa, pois quem causou a agressão inicial agiu fora da lei. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes casos não se encaixa no conceito de legítima defesa preordenada?

<p>Um indivíduo que, ao ser ameaçado de morte, busca um policial para se proteger. (B)</p> Signup and view all the answers

Sobre o estado de necessidade e a legítima defesa, qual afirmação é correta?

<p>Tanto a legítima defesa quanto o estado de necessidade são excludentes de ilicitude. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes situações não se encaixa no conceito de legítima defesa recíproca?

<p>Duas pessoas brigam, e um deles, ao se defender de uma agressão, causa danos ao agressor e também a uma terceira pessoa inocente. (B)</p> Signup and view all the answers

Em relação à legítima defesa, qual é a consequência legal para a pessoa que age em legítima defesa e causa danos a uma terceira pessoa inocente?

<p>A pessoa que agiu em legítima defesa poderá ser responsabilizada civilmente, mas não criminalmente. (A)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Conduta

A conduta é o comportamento humano voluntário (vontade + exteriorização) e consciente, que produz consequências jurídicas.

Atos sem Condutas

São atos que não se enquadram como conduta, pois falta a vontade consciente, como atos reflexos, sonambulismo e coação física irresistível.

Erro de Tipo

O erro de tipo ocorre quando o indivíduo age na falsa percepção da realidade, sem consciência de estar cometendo um crime.

Resultado

O resultado é a consequência da ação criminosa, a modificação no mundo exterior causada pela conduta, como a morte em um homicídio.

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Relação de Causalidade

A relação de causalidade é o vínculo entre a conduta e o resultado, ou seja, a ação ou omissão que gera a consequência do crime.

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Tipicidade

A tipicidade ocorre quando a conduta se encaixa perfeitamente em uma norma penal, configurando um crime.

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Antijuricidade

Antijuricidade ou ilicitude é a contrariedade da conduta ao ordenamento jurídico, ou seja, a conduta é proibida pela lei.

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Culpabilidade

A culpabilidade é o juízo de reprovação que se atribui ao agente, pois ele agiu com dolo ou culpa, entendendo e podendo agir de forma diferente.

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Causa Relativamente Independente Superveniente

Ocorre quando a causa anterior não é mais relevante pois outra causa, por si só, produziu o resultado.

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Causas Absolutamente Independentes Preexistentes

Exclui a relação de causalidade, pois a causa anterior não tem relevância. Ex: A atira em B, mas B morre envenenado antes dos tiros.

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Causas Relativamente Independentes Preexistentes

Não exclui a relação de causalidade, pois a causa anterior contribuiu para o resultado. Ex: Facada que mata o hemofílico.

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Causas Absolutamente Independentes Concomitantes

Exclui a relação de causalidade, pois o resultado é atribuído a um evento simultâneo, totalmente independente da ação anterior. Ex: A atira em B, mas B morre por um raio.

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Causas Relativamente Independentes Concomitantes

Não exclui a relação de causalidade, pois a causa anterior contribuiu para o resultado. Ex: A atira em B, mas B morre por um tiro de C.

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Causas Absolutamente Independentes Supervenientes

Exclui a relação de causalidade, pois o resultado é atribuído a um evento posterior completamente independente. Ex: Médico socorre vítima de tiro, sofre um infarto e morre.

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Causas Relativamente Independentes Supervenientes

Não exclui a relação de causalidade, pois a causa anterior contribuiu para o resultado. Ex: A atira em B, B é socorrido, mas morre por um desabamento no hospital.

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Inimputabilidade de Menores

Menores de 18 anos são considerados inimputáveis, ou seja, não podem ser responsabilizados criminalmente.

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Inimputabilidade por Doença Mental

Doenças mentais podem levar à inimputabilidade se o indivíduo não consegue entender a ilicitude de seus atos.

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Inimputabilidade por Embriaguez Completa

Embriaguez completa, causada por eventos inesperados (caso fortuito ou força maior), pode impedir a imputabilidade.

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Semi-Imputabilidade

A pena pode ser reduzida em casos de perturbação mental ou desenvolvimento mental incompleto que diminuem a capacidade de entender o crime.

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Emoção e Paixão não Excluem Imputabilidade

Emoções fortes, como paixão, não excluem a imputabilidade, pois o indivíduo ainda tem capacidade de entender o ato.

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Emoção Violenta como Atenuante

O ato de cometer o crime sob influência de emoção intensa, provocada por ação injusta da vítima, pode atenuar a pena.

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Obediência Hierárquica: o que acontece?

Ocorre quando a pessoa causa uma conduta ilegal devido à ordem de um superior hierárquico e não há provas de que a pessoa tivesse conhecimento da ilegalidade. Apenas o superior é punido neste caso.

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Embriaguez Voluntária ou Culposa

Embriaguez voluntária ou culposa não exclui a responsabilidade penal, pois o indivíduo escolheu se embriagar.

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O que é Excesso Doloso?

Excede a permissão para praticar o delito, respondendo pelo crime doloso que cometeu.

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Embriaguez Fortuita ou Por Força Maior

Embriaguez completa, causada por caso fortuito ou força maior, pode reduzir ou isentar o agente da pena, dependendo do grau de incapacidade.

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O que é Excesso Culposo?

A pessoa perde o controle durante uma situação, não conseguindo dosar a resposta à agressão, respondendo por um crime culposo.

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O que é Excesso Exculpante?

Quando a pessoa é presa pelo medo ou susto, agindo instintivamente e de maneira descontrolada, não respondendo por crimes culposos.

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O Excesso Exculpante elimina a culpabilidade?

Significa que a ação do agente não pode ser punida, pois não teve responsabilidade, uma vez que o medo ou o pânico controlaram sua ação.

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Legítima Defesa em Segurança Pública

O agente de segurança pública pode agir em legítima defesa mesmo que a agressão seja culposa.

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Legítima Defesa: Excludente de Ilicitude

A legítima defesa é uma excludente de ilicitude, ou seja, não caracteriza crime, porque o sujeito reage a uma agressão injusta, atuando para proteger um bem jurídico próprio ou de terceiro.

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Legítima Defesa e Inaptidão do Agressor

A legítima defesa se aplica mesmo contra agressão de inimputável, como menores de idade ou pessoas com deficiência mental, já que a ilicitude da agressão independe da capacidade de culpa.

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Legítima Defesa Recíproca

A legítima defesa recíproca ocorre quando dois sujeitos se acham em legítima defesa: um em situação de legítima defesa putativa (acreditando erroneamente em agressão injusta), e o outro em legítima defesa real.

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Legítima Defesa Sucessiva

Na legítima defesa sucessiva, o agredido se excede na defesa e torna-se agressor. O agressor inicial, então, pode agir em legítima defesa contra o ex-agredido.

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Legítima Defesa e Estado de Necessidade

A legítima defesa não se confunde com estado de necessidade, pois o estado de necessidade age dentro da lei, com a obrigação de proteger um bem jurídico de perigo.

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Exercício Regular de Direito: Excludente de Ilicitude

O exercício regular de um direito, conforme o artigo 23 III do CP, exclui a ilicitude penal, pois a ação é amparada pela lei.

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Correção de Filhos: Exercício Regular de Direito

A correção moderada dos filhos pelos pais é considerada exercício regular de direito, mas não se confunde com maus-tratos, que são puníveis criminalmente.

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Estrito Cumprimento do Dever Legal

O agente deve ter um dever legal imposto a ele, mas não precisa ser uma lei em sentido estrito. Esta excludente é válida apenas para agentes que exercem função pública e somente se o cumprimento do dever for totalmente dentro da lei.

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Capacidade do Ofendido

Um dos requisitos para que o consentimento do ofendido exclua a ilicitude do crime. A vítima deve ter capacidade para consentir, o bem afetado deve ser disponível (ex: patrimônio) e o consentimento deve ter sido dado antes ou simultaneamente à agressão.

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Culpabilidade: Reprovação da Conduta

A culpabilidade é o juízo de reprovação da conduta do agente, ou seja, a avaliação se ele merece ser punido. É um dos requisitos para a aplicação de pena segundo a Teoria Finalista.

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Imputabilidade

A capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. É um elemento da culpabilidade e sua ausência gera a inimputabilidade.

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Potencial Conhecimento da Ilicitude

A possibilidade de o agente saber que a conduta é ilícita. É um elemento da culpabilidade e pode ser afetado pelo erro de proibição.

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Exigibilidade de Conduta Diverso

Verificar se era razoável exigir que o agente agisse de maneira diferente, considerando as circunstâncias. É um dos elementos da culpabilidade e abrange situações como coação moral irresistível e obediência hierárquica.

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Inimputabilidade

Significa que o agente, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto/retardado, não conseguia entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento no momento do crime.

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Eutanásia: Crime por Indisponibilidade da Vida

A eutanásia é considerada crime porque a vida humana é um bem indisponível, ou seja, não pode ser objeto de livre disposição.

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Study Notes

Direito Penal - Teoria Geral do Crime

  • Sumário da Aula: Conceito e Teorias do Crime, Análise do Crime, Conduta, Resultado, Relação de Causalidade, Tipicidade, Antijuridicidade ou Ilicitude, Culpabilidade, Excesso.

  • Conceito Analítico de Crime: A teoria causalista define crime como fato típico, antijurídico e culpável. A teoria finalista define como fato típico e antijurídico.

  • Teoria Causalista: Foca na relação de causalidade entre a conduta e o resultado. A culpabilidade é parte integrante da definição de crime.

  • Teoria Finalista: A finalidade do agente é o aspecto mais importante, e a culpabilidade é um pressuposto de aplicação da pena.

Análise do Crime

  • Conduta: Ação ou omissão voluntária que produz o resultado. Considerar a ação ou omissão de alguém na correlação entre a ação praticada e o resultado.

  • Resultado: Consequência da conduta no mundo exterior. Ex: a morte no homicídio. Nem todo crime possui o resultado naturalístico (ex: injúria).

  • Relação de Causalidade: A conexão entre a conduta e o resultado. Causas absolutamente independentes excluem a relação causal, enquanto causas relativamente independentes não a excluem.

Conduta

  • Elementos da Conduta: Vontade (interna), Exteriorização da Vontade e Consciência.

  • Situações sem Conduta: Atos reflexos, Sonambulismo, Caso fortuito ou força maior, Coação física irresistível.

  • Erro de Tipo: Falsa percepção da realidade / não existe consciência de estar praticando um crime (ex: pessoa que pega objeto alheio idêntico ao seu).

Teoria Causalista

  • Fato Típico, Antijurídico e Culpável – definição de crime.

Teoria Finalista

  • Fato Típico e Antijurídico, para definição de crime.

Relação de Causalidade

  • Conceito Legal: O resultado só implica a quem deu causa, e a ação é considerada causa se, sem ela, o resultado não teria ocorrido.

  • Causa Absolutamente Independentes: Exclui a relação causal, como no exemplo de envenenamento e tiros.

  • Causa Relativamente Independentes: Não exclui a relação causal, como no exemplo de facada e tiro.

Tipicidade

  • Formal: Aderência perfeita do fato praticado com a descrição do tipo penal.

  • Material: A avaliação da lesividade ao bem jurídico protegido pela lei penal, além da adequação formal.

Excludentes de Tipicidade

  • Princípio da Insgnificância: Bem jurídico não sofre dano relevante (ex: furtos de pequenos valores).

  • Condutas Socialmente Aceitas: (ex: fuçar a orelha, cirurgias).

  • Consentimento do Ofendido: Pode excluir a tipicidade quando a contrariedade da vítima for exigida pelo tipo penal. (ex: violação de domicílio e estupro).

Antijuridicidade

  • Conduta Típica que contraria o ordenamento jurídico geral, em regra indicio de antijuridicidade. A própria lei autoriza certos atos, que seriam crimes em tese, como exceções. (ex: médico praticando aborto em caso de estupro).

Excludentes de Antijuridicidade

  • Estado de Necessidade: Salvar direito próprio ou alheio de perigo atual. Perigo atual é o risco de dano atual e não provocado pelo agente. (Ex: pessoa que mata um animal que está atacando-a)

  • Legítima Defesa: Repelindo injusta agressão atual ou iminente a direito próprio ou de outrem, com meios necessários e moderadamente.

    • Requisitos: Reação a agressão injusta, atual ou iminente; meios necessários; e proporcionalidade entre reação e agressão.
  • Exercício Regular de um Direito: A conduta praticada é permitida pela lei, dentro dos limites da lei. (ex: esportes).

  • Consentimento do Ofendido (excludente de ilicitude): Ofendido possui capacidade para consentir, bens afetados são disponíveis, o consentimento dado antes ou simultaneamente a agressão. (ex: dano voluntário em patrimônio).

Culpabilidade

  • Juízo de reprovação da conduta. Pressuposto de aplicação da pena (teoria finalista). Análise do dolo e da culpa, e de sua análise diferenciada, entre a teoria causalista e finalista.

  • Elementos: Imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. (ex: maior de idade, entendimento da ilicidade e coerção moral).

  • Imputabilidade: Capacidade de entender e determinar-se de acordo com as normas jurídicas, e possibilidade de responder pelos atos (ex: menor de idade, doentes mentais).

Excesso

  • Agente ultrapassa os limites impostos na lei para a defesa ou para a ação, por dolo ou por culpa.

  • Doloso: Deliberadamente ultrapassa a permissão de cometer o delito. (ex: reage a um assalto e mata o criminoso que já estava neutralizado).

  • Culposo: Falta de controle do agente na reação (ex: bate no agressor diversas vezes com uma barra de ferro e acaba matando o agressor).

  • Exculpante: Reação natural a uma situação e não pode ser punido, exclui totalmente a culpabilidade da pessoa (ex: vítima de estupro com reação).

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