Cuidados Neonatais e Método Canguru

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Questions and Answers

O decúbito dorsal é ideal para promover a expansão pulmonar em bebês prematuros.

False (B)

O método Canguru não promove a estimulação multissensorial.

False (B)

A posição de decúbito lateral esquerdo é benéfica para reduzir episódios de refluxo gastroesofágico.

True (A)

Permitir o alívio da dor e desconforto é uma vantagem da posição sentada no método Canguru.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

O decúbito ventral não influencia o refluxo gastroesofágico.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O decúbito lateral direito é benéfico para o esvaziamento gástrico.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

A posição em decúbito dorsal intensifica os movimentos de flexão.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo é a primeira intervenção pelo toque no recém-nascido.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Demasiados estímulos em uma sessão são benéficos para o recém-nascido.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A boa vinculação entre o bebé e os pais pode levar a respostas seguras a experiências adversas.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Uma má vinculação não tem impacto no desenvolvimento do cérebro do bebê.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque é descrito como um diálogo sensorial que envolve ouvir e ser ouvido.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

A massagem no recém-nascido deve ser realizada sempre que o bebé estiver estável.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

O processo de vinculação não influencia a personalidade do bebé.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O objetivo do toque positivo é apenas guiar os pais na liderança.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo não contribui para a formação de novas conexões e sinapses no cérebro do bebé.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A criança aos 6 meses deve vocalizar e reagir aos sons.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Aos 9 meses, a criança deve ser capaz de distinguir pessoas familiares de estranhas.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Brincar com apoio de uma mão é uma habilidade que aparece ao redor dos 12 meses.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A exploração com a boca de brinquedos é recomendada até os 12 meses de idade.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Atividades que permitem o rolar do bebê, usando brinquedos adequados, são recomendadas para o desenvolvimento psicomotor aos 4 meses.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo aumenta o risco de infeção de contacto pele a pele.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Um bebé de 3 meses deve apresentar controle cefálico adequado.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O objetivo do toque positivo é diminuir o tempo de choro e a ansiedade do bebé.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Bebés de 3 meses costumam emitir sons complexos como palavras completas.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A técnica Canguru é feita sem contacto pele a pele.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A comunicação afetiva com a mãe é importante para o desenvolvimento do bebé de 3 meses.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

O toque de relaxamento é uma técnica utilizada para promover tensão.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Um sinal de alerta no desenvolvimento psicomotor é a capacidade do bebé de seguir objetos com o olhar.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Estimular o bebé no estado de alerta nos diferentes decúbitos ajuda no seu desenvolvimento.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

A contenção deve ser realizada sem movimento, proporcionando um colo protetor ao bebé.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

O bebé de 3 meses deve chorar e gritar frequentemente ao toque.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo deve ser feito quando os pais não estão presentes.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Músicas e canções ajudam na capacidade auditiva do bebé aos 3 meses.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Um dos objetivos do toque positivo é aumentar o tempo de alerta do bebé.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo é recomendado apenas após experiências agradáveis.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Os índices de irritabilidade em um bebé de 3 meses são considerados normais.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

A pele é o maior órgão em volume e extensão do corpo humano.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Nos primeiros meses, os bebés têm mãos sempre abertas.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

O toque positivo deve ser evitado quando a criança está preparada.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Os bebés devem reagir positivamente ao som do guizo aos 3 meses.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Decúbito Dorsal

Posição deitado de costas, com a barriga para cima. É útil para cuidados médicos, mas pode dificultar a respiração e aumentar o risco de refluxo.

Decúbito Ventral

Posição deitado de barriga para baixo, proporcionando maior expansão dos pulmões e diminuindo o refluxo.

Decúbito Lateral

Posição de lado, com a lateral do corpo apoiada na superfície. Favorece a respiração, o esvaziamento gástrico e a redução do refluxo.

Método Canguru

Método de cuidado para bebês prematuros e de baixo peso, onde o bebê fica em contato pele a pele com o cuidador.

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Sentado

Posição sentada, que estimula o desenvolvimento do bebê e facilita o controle da cabeça e do tronco.

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Posição Flexora

Posição de flexão, com as mãos na linha média e as pernas dobradas, que é facilitada pelo Método Canguru.

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Posição Extensora

Posição de extensão, com o corpo esticado, que pode ser intensificada pelo decúbito dorsal podendo prejudicar o desenvolvimento do bebê.

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Toque Positivo

Intervenção inicial através de toques no recém-nascido, fundamental para o desenvolvimento emocional e físico.

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Massagem para Bebés

Método de estimulação que usa o toque para fortalecer o vínculo entre pais e bebé, promovendo o desenvolvimento.

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Handling

Maneira segura e eficaz de segurar o bebé, garantindo o seu conforto e segurança, principalmente para recém-nascidos.

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Vinculação

Processo de criação de laços afetivos profundos entre os pais e o bebé.

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Experiências Sensoriais

Conjunto de experiências sensoriais que o bebé recebe, moldando o seu desenvolvimento emocional e psicológico.

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Comunicação não Verbal

Ações que demonstram afeto, como olhar nos olhos, falar com o bebé e tocar.

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Estratégias de Regulação

Ações que ajudam o bebé a se acalmar, diminuindo o stress e promovendo o sono.

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Estimulação Precoce

Estimulação do desenvolvimento do bebé através de métodos e técnicas específicas, desde o nascimento.

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Benefício do Toque Positivo: Aumento do tempo de alerta

Aumento do tempo de atenção e aprendizagem do bebê.

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Benefício do Toque Positivo: Aumento do sono profundo

Aumento do período de sono profundo e reparador no bebê.

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Benefício do Toque Positivo: Diminuição do choro, ansiedade e estresse

Redução do choro, ansiedade e estresse no bebê.

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Benefício do Toque Positivo: Prevenção da aversão ao toque e estresse

Prevenir a aversão ao toque e o estresse causado por manipulações.

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Importância da pele

O maior órgão do corpo humano, com papel fundamental na interação sensorial do bebê com o mundo.

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A pele do bebê como 'Mãe dos Sentidos'

A pele facilita a comunicação sensorial do bebê com o ambiente, através do toque.

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Técnica de Toque Positivo: Pousar as mãos

Posicionar as mãos sobre o bebê, sentindo o contato e o calor.

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Técnica de Toque Positivo: Contenção

Segurar o bebê de forma segura e protetora, evitando movimentos bruscos.

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Técnica de Toque Positivo: Toque de Relaxamento

Movimentos suaves e relaxantes para promover o bem-estar do bebê.

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Brincar com apoio de uma mão aos 9 meses

A criança brinca com apoio de apenas uma mão, e rola usando o Decúbito Lateral (DL) para brincar.

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Pivoting aos 8 meses

A criança se movimenta no chão em círculos, usando o corpo como eixo – como um pião.

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Controle de movimentos aos 9 meses

A criança consegue controlar os movimentos de flexão e extensão, explorando movimentos diagonais. Há controle da cintura escapular e da pélvica.

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Posição de gatas aos 9 meses

A criança está em posição de gatas e tenta engatinhar, muitas vezes com sucesso.

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Independência aos 9 meses

A criança, agora mais independente, explora o ambiente se movendo por ele.

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Audição do bebé aos 3 meses

O bebé consegue diferenciar o som da voz humana de outros sons.

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Interação olfativa do bebé aos 3 meses

O bebé acompanha a mãe com o olhar, demonstrando reconhecimento e atenção.

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Exploração tátil do bebé aos 3 meses

O bebé começa a explorar o mundo ao redor através do toque.

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Vocalizações do bebé aos 3 meses

O bebé emite sons guturais e labiais, experimentando a produção de diferentes sons.

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Brincar com sons

O bebé brinca com os seus próprios sons, explorando a sua voz.

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Motricidade Respiratória aos 3 meses

O bebé respira usando o abdômen, o que é importante para o desenvolvimento da sua capacidade respiratória.

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Ausência de controle cefálico

O bebé tem dificuldade em controlar a cabeça, é um sinal que exige atenção médica.

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Mãos fechadas

Mãos fechadas constantemente podem indicar problemas neurológicos.

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Não fixar o olhar

Falta de atenção ao olhar pode ser um sinal de alerta.

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Bebé excessivamente irritado

O bebé pode estar com dificuldades para se acalmar. Procure ajuda profissional.

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Study Notes

Capacidades Precoces do Bebé

  • A construção de uma identidade depende muito da forma como somos tocados ao longo da vida.
  • Muitas mulheres sentem mudanças precocemente, na fase de embrião, começando a diferenciação.
  • A placenta é um órgão essencial na gravidez, protegendo o bebé no útero através do líquido amniótico.
  • O cordão umbilical liga o bebé ao organismo da mãe.
  • Fatores ambientais, como som, nutrientes, temperatura e hormonas, são importantes para o equilíbrio dinâmico dos sistemas do feto.
  • O feto inicia a sua viagem dos sentidos no útero. Ele é capaz de explorar e interagir com o meio exterior desde o início.
  • Os sistemas sensoriais desenvolvem-se ao longo dos nove meses de gestação.
  • O desenvolvimento do SNC começa no período embrionário, e a maturação, organização e mielinização continuam após o nascimento.

Fatores Ambientais

  • O mundo que rodeia o feto tem impacto no seu desenvolvimento.
  • O som, nutrientes, temperatura e hormonas influênciam a sua organização.

24 a 28 semanas

  • Os recém-nascidos de 24 a 28 semanas podem sobreviver fora do útero.
  • As articulações e músculos tornam-se mais flexíveis e fortes.
  • Os pulmões continuam a amadurecer até ao parto.
  • A maturação cerebral ocorre durante toda a gravidez e os primeiros anos de vida.

Capacidades do Feto

  • Pode reconhecer, diferenciar e explorar o meio.
  • Integra e transforma experiências.
  • A maturação é contínua.
  • Reage à dor, luz e ruído.

Capacidades Sensoriais do Bebé

  • Visão: O recém-nascido vê com maior clareza a 20-30 cm.
  • Paladar: O recém-nascido tem mais de 10 mil papilas gustativas e prefere o doce.
  • Audição: O sentido da audição está funcional antes do nascimento. Os sons da mãe e outros sons ambientais influenciam o recém-nascido.
  • Olfato: Recém-nascidos identificam o cheiro da mãe e são atraídos pelo cheiro do leite materno.
  • Tato: Recém-nascidos sentem o líquido amniótico e as pressões das contrações durante o desenvolvimento no útero, e é o mais importante desde o nascimento.
  • Capacidade de escutar e focar a comunicação verbal, em especial da mãe e do pai.

Prematuridade

  • Cada vez nascem mais bebés prematuros.
  • O avanço da tecnologia permite aos bebés prematuros sobreviver e desenvolver-se.
  • É necessário trabalho de equipa multidisciplinar centrada no recém-nascido e família para garantir a qualidade de vida.
  • Fatores ambientais intrauterinos e extrauterinos diferentes, como meio aquático, temperatura e pouca luminosidade influenciam o desenvolvimento do bebé prematuro.
  • Os prematuros podem sofrer de vários eventos traumáticos, como separação da mãe, interrupção do sono, experiencias dolorosas, mobilidade limitada e estimulação excessiva, e ambiente perturbado.
  • A capacidade de adaptação a estímulos sensoriais e à atividade do bebé depende da idade gestacional e da estabilidade fisiológica (Idade Gestacional Corrigida [IG]).
  • A idade gestacional (IG) e o peso relacionam-se com a probabilidade de sobreviver.
  • O acompanhamento da criança irá confirmar ou não a existência de alterações no desenvolvimento neurocomportamental.
  • A idade gestacional (IG) é o tempo contado a partir do primeiro dia da última menstruação da mãe. Idade Cronológica (ICr) é o tempo desde o nascimento do bebé. Idade Corrigida (IC) é o ajuste estabelecido relativamente à idade cronologica, em função do grau de prematuridade.
  • A classificação do prematuro é feita segundo a idade gestacional e o peso.

Classificação do Prematuro

  • Prematuros Extremos (Antes 26 semanas)
  • Prematuros Moderado (30-34 semanas)
  • Prematuros Tardios (35 a 37 semanas)
  • Baixo Peso (<2.500g)
  • Muito Baixo Peso (<1.500 gr)
  • Extremo Baixo Peso (<1.000 gr)

Modelo Síncrono Ativo

  • A organização neurocomportamental baseia-se na interação hierárquica dos subsistemas.
  • O desenvolvimento caracteriza-se como uma série de círculos concêntricos.
  • Os subsistemas interagem entre si e com o ambiente.
  • O desenvolvimento do bebé prematuro/risco é possível observar.
  • Este modelo capacita os cuidadores e profissionais de saúde a identificar o momento ideal para intervenção/estimulação com interação harmoniosa dos subsistemas.

Sistema Autónomo/Fisiológico

  • Cor relação da pele, ritmo e padrão respiratório, estabilidade visceral (regurgitação, vómito, movimentos peristálticos).
  • Os comportamentos de autorregulação incluem coloração de pele rosada, movimentos respiratórios calmos e regulares, frequência cardíaca estável e tolerância alimentar.

Sistema Motor

  • Postura, Tónus, Movimento, incluindo movimento antigravitacional da cabeça, mãos para a linha média e para a boca.
  • Comportamentos de autorregulação incluem movimentos calmos e coordenados (apertar as mãos, esfregar os pés, agarrar ou acariciar uma fralda, aninhar-se, chuchar, ou movimentar a mão em direção à face), postura em flexão ou extensão, e tónus que se adaptam de acordo com a Idade Gestacional (IG).

Sistema Comportamental

  • Estado de alarme, interacção com o meio ambiente,
  • Comportamentos de autorregulação incluem estadios de sono e alerta bem definidos com transição tranquila ente os estadios, choro forte e capacidade de auto-consolação.

Sistema Atenção e Interação

  • Permaneecer em estado de alerta e receptivo a aprender informações cognitivas, sociais e emocionais do ambiente.
  • Comportamentos de autorregulação - olhar atento, focado na face da mãe/cuidador, acompanhando movimento e comunicação, sorrindo.

Sistema Autorregulação e Equilíbrio

  • Estratégias comportamentais mantem uma integração equilibrada e estável entre os subsistemas.
  • O sistema autónomo e motor requerem muita energia em prematuros.

Avaliação

  • Capacidade de movimento;
  • Tónus muscular;
  • Respostas reflexas;
  • Padrão postural;
  • Estado comportamental.
  • Monitorização do recém-nascido (Sat O2, FR, FC, TA)
  • Respiração exclusivamente diafragmática.
  • Prematuros precisam de uma proteína chamada surfactante para uma respiração eficaz.
  • Avaliação por Apgar (FC, respiração, tónus muscular, atividade reflexa e cor de pele) no 1º, 5º e 10º minuto.

Principais Complicações e Cuidados

  • Incapacidade de autorregular a temperatura;
  • Compromisso ventilatório;
  • Hiperbilirrubinemia;
  • Persistência do canal arterial;
  • Retinopatia da prematuridade;
  • Enterocolite necrotizante;
  • Hemorragia intraventricular;
  • Leucomalácia periventricular;
  • Hérnia umbilical ou inguinal.

Reflexos Primitivos

  • Com o nascimento o bebé deixa de ter a proteção do útero e é exposto a vários estímulos sensoriais.
  • Os reflexos primitivos garantem uma resposta imediata ao ambiente e necessidades de mudança.
  • Os reflexos são caracterizados por respostas motoras involuntárias a estímulos (movimentos automáticos).
  • Os reflexos são direcionados do tronco cerebral e não envolvem o córtex cerebral.
  • Os reflexos estão presentes desde o período pré-natal e neonatal.
  • Os reflexos desaparecem a medida que as estruturas do córtex cerebral amadurecem.
  • Os reflexos são integrados com a maturação do SNC pela mielinização e arborização das sinapses das células nervosas.
  • Se os reflexos não desaparecem significa que há imaturidade ou lesão estrutural do córtex.
  • Os primeiros movimentos estereotipados transformam-se em respostas motoras funcionais e maduras.
  • A ausência dos reflexos indica perturbações no desenvolvimento.
  • Reflexo de Fuga: Colocar o bebé de decúbito ventral, observa-se a resposta de voltar ao normal para respirar.
  • Reflexo 4 Pontos Cardeais: toque suave na bochecha para estimular a boca e língua.
  • Reflexo Sucção: Contacto com o mamilo desencadeia movimentos rítmicos de sucção para alimentação.
  • Reflexo Plantar (Sinal de Babinski): estímulo táctil na parte externa do pé, gera extensão do dedo do pé e separação dos demais.
  • Reflexo de Moro: estímulo súbito (som, movimento, dor,...) cria uma sequência de movimentos rápidos que imitam o gesto de paraquedas.
  • Reflexo de Galant: Estímulo na pele da coluna vertebral, gera inclinação lateral do tronco para o lado estimulado.
  • Reflexo de Marcha Automática: Bebé suportado verticalmente, estimula movimentos semelhantes à marcha,
  • Reflexo Rastejar: bebé deitado em posição ventral gera um impulso para rastejar,
  • Reflexo de Preensão Palmar e Plantar: leve pressão na palma da mão ou planta do pé gera um impulso de fechar os dedos.
  • Reflexo Tónico Cervical Assimétrico (RTCA): girar a cabeça para um lado, gera extensão do braço do lado voltado e flexão do outro.
  • Reflexo Tónico Cervical Simétrico (RTCS): rotação da cabeça gera flexão dos membros do lado correspondente e extensão dos membros do lado oposto.
  • Reflexo Tónico Labiríntico (RTL): posições de decúbito dorsal ou ventral, posição da cabeça estimula o reflexo.

Fisioterapia em PC

  • Técnicas de facilitação: Bobath.
  • Método usado na PC.
  • Utiliza reflexos para normalizar tónus.
  • Inibição dos reflexos primitivos anormais.
  • Estimular o movimento normal.
  • Utilizar pontos chaves de controlo motor para promover o desenvolvimento de reacções posturais.
  • Utilizado para a normalização do tónus muscular.
  • Técnica centrada na criança e nos cuidadores.
  • Aumento de estímulos sensoriais.
  • Posicionamento adequado e estimulação para recuperar as amplitudes articulares e o equilíbrio.
  • Imobilidade rigorosa, pós cirurgia, na região cervical.
  • Utilização de ortóteses e recursos de apoio.
  • Intervenção individualizada.
  • O papel do fisioterapeuta é flexível, para ajudar a criança a obter sucesso.
  • Melhorar o tónus.
  • Proporcionar actividades funcionais.
  • Abordagem para resolver os problemas apresentados pela criança com base na avalição e tratamento.

Fisiotetaapia na PC – Promoção da Saúde Física e Emocional

  • Hidroterapia: Melhora da aptidão cardiovascular e alongamento dos músculos.
  • Hipoterapia: Normaliza o tónus muscular e aumenta a força e as reacções de equilíbrio e de retificação.
  • Snoezelen: Estimula o despertar dos sentidos e promove o relaxamento muscular.

Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • Lesão neuronal gerada por um parto complicado.
  • Geralmente por tracção ou avulsão das fibras do plexo braquial.
  • As fibras superiores são mais expostas à lesões.

Etiologia/Fatores de Risco Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • Mãe primípara;
  • Macrossomia fetal;
  • Distocia de ombros;
  • Obesidade materna;
  • Diabetes materna;
  • Trabalho de parto prolongado;
  • Incompatibilidade feto-pélvica;
  • Apresentação pélvica;
  • Dificuldade de extração na cesariana.

Anatomia da Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • O plexo braquial é formado por 5 nervos principais, C5 a T1.
  • As raízes C5 e C6 são responsáveis pelos movimentos do ombro e cotovelo.
  • Raiz C7, responsáveis pela extensão dos dedos (abrir a mão).
  • Raiz C8 e T1 responsáveis pelo fechar da mão.

Classificação da Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • De acordo com a gravidade:
  • Neuropraxia: Estiramento de pequena intensidade que causa paralisia transitória.
  • Neurotmese: Lesão irreversível caracterizada por uma rotura completa das raízes nervosas.
  • De acordo com a localização anatómica:
  • Tipo Erb-Duchenne ou paralisia alta (C5-C6).
  • Tipo Dejerine-Klumpke ou paralisia inferior (C7-T1).
  • Tipo Erb-Klumpke ou paralisia total (C5-T1).

Prognóstico da Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • Pode ocorrer desde edemas discretos a avulsões completas do plexo.
  • Em caso de rutura grave de raízes, a recuperação varia entre o sexto e o 12º mês.
  • A contracção do bíceps antes dos seis meses indica prognóstico favorável.
  • Em alguns casos, a melhoria não se observa nos primeiros seis meses.

Tratamento Conservador da Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • Observar a extensão e intensidade da paralisia.
  • Manter a flexibilidade.
  • Movimentos ativos com estimulação sensorial (movimentos suaves, alongamentos, rotação do tronco e dissociação).
  • Mobilização cuidadosa.
  • Proteger o membro superior.
  • Proveer estímulos para o desenvolvimento psicomotor.
  • Ensino a família.

Tratamento Cirúrgico da Lesão do Plexo Braquial Obstétrico

  • Indicações devem ser feitas quando a terapia convencional não apresenta evoluções positivas.
  • Técnicas: alongamento "Z", tenotomia uni- ou bipolar,
  • Pos-cirurgia: Imobilização, fisioterapia suave e progressiva para recuperação do “despertar” do nervo

Outras Abordagens no Tratamento da Lesão do PLexo Braquial Obstétrico

  • Utilização de coletes (THERATOG) para manter o alinhamento correcto, impedindo encurtamentos musculares.
  • Utilização de bandas Neuromusculares para alinhamento correto do pescoço, estimulação visual e proprioceptiva.

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