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Questions and Answers
Quais dos seguintes fatores podem causar ansiedade? (Selecione todos que se aplicam)
Quais dos seguintes fatores podem causar ansiedade? (Selecione todos que se aplicam)
- Fatores meteorológicos
- Medo do desconhecido (correct)
- Vocação profissional
- Isolamento (correct)
A perda de controle é um sintoma físico da ansiedade.
A perda de controle é um sintoma físico da ansiedade.
False (B)
Qual é um dos principais medicamentos utilizados para tratar a ansiedade?
Qual é um dos principais medicamentos utilizados para tratar a ansiedade?
Benzodiazepinas
Os sintomas de delírio podem incluir __________ e agitação.
Os sintomas de delírio podem incluir __________ e agitação.
Associe os tipos de delírio com suas características:
Associe os tipos de delírio com suas características:
Quais sintomas estão associados à fase terminal da demência?
Quais sintomas estão associados à fase terminal da demência?
O tratamento da dor crônica pode envolver apenas medicamentos.
O tratamento da dor crônica pode envolver apenas medicamentos.
Quais são os dois tipos principais de dor mencionados?
Quais são os dois tipos principais de dor mencionados?
A __________ é caracterizada por uma perda involuntária de massa muscular.
A __________ é caracterizada por uma perda involuntária de massa muscular.
Associe os medicamentos com suas funções:
Associe os medicamentos com suas funções:
Qual dos seguintes é um sintoma comum de delírio?
Qual dos seguintes é um sintoma comum de delírio?
Os cuidados paliativos devem focar apenas na medicina convencional.
Os cuidados paliativos devem focar apenas na medicina convencional.
Qual é um dos efeitos colaterais dos opioides?
Qual é um dos efeitos colaterais dos opioides?
A __________ refere-se a dificuldades na evacuação que podem ser tratadas com laxantes.
A __________ refere-se a dificuldades na evacuação que podem ser tratadas com laxantes.
Quando os sintomas de demência estão mais presentes, qual fase geralmente é considerada?
Quando os sintomas de demência estão mais presentes, qual fase geralmente é considerada?
Qual das seguintes afirmativas se refere às necessidades espirituais em cuidados paliativos?
Qual das seguintes afirmativas se refere às necessidades espirituais em cuidados paliativos?
A abordagem integrativa em cuidados paliativos deve ser feita o mais tarde possível após o diagnóstico.
A abordagem integrativa em cuidados paliativos deve ser feita o mais tarde possível após o diagnóstico.
Quais são os fatores que podem causar depressão em pacientes em cuidados paliativos?
Quais são os fatores que podem causar depressão em pacientes em cuidados paliativos?
Os cuidados centrados na ______ incluem o respeito pela dignidade da pessoa humana.
Os cuidados centrados na ______ incluem o respeito pela dignidade da pessoa humana.
Relacione os tipos de necessidades com suas descrições:
Relacione os tipos de necessidades com suas descrições:
Quais são os tipos de intervenções recomendadas em cuidados paliativos?
Quais são os tipos de intervenções recomendadas em cuidados paliativos?
A depressão é mais frequente em pessoas que não apresentam dor elevada.
A depressão é mais frequente em pessoas que não apresentam dor elevada.
Cite um exemplo de necessidade social em cuidados paliativos.
Cite um exemplo de necessidade social em cuidados paliativos.
Os ________ são classificados como causas de depressão, podendo incluir doenças crônicas e problemas sociais.
Os ________ são classificados como causas de depressão, podendo incluir doenças crônicas e problemas sociais.
Qual dos seguintes medicamentos é um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (SSRI)?
Qual dos seguintes medicamentos é um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (SSRI)?
A insônia e a ansiedade são consideradas causas comuns de depressão em cuidados paliativos.
A insônia e a ansiedade são consideradas causas comuns de depressão em cuidados paliativos.
Qual é a avaliação que pode ser utilizada para diagnosticar a depressão no hospital?
Qual é a avaliação que pode ser utilizada para diagnosticar a depressão no hospital?
Os ________ de antidepressivos podem provocar efeitos colaterais como náuseas e diminuição do apetite.
Os ________ de antidepressivos podem provocar efeitos colaterais como náuseas e diminuição do apetite.
Relacione os tipos de sintomas neuropsiquiátricos com suas descrições:
Relacione os tipos de sintomas neuropsiquiátricos com suas descrições:
Flashcards
Ansiedade
Ansiedade
Um estado mental caracterizado por sentimentos de preocupação, apreensão e medo, frequentemente acompanhado de sintomas físicos como taquicardia, respiração rápida e sudorese.
Ansiedade relacionada à doença
Ansiedade relacionada à doença
Um tipo de ansiedade que pode surgir em pessoas com doenças graves como o câncer, caracterizado por sentimentos de apreensão relacionados com a doença, as suas implicações e o tratamento.
Medo do desconhecido e ansiedade
Medo do desconhecido e ansiedade
Situações inesperadas ou que provocam medo e insegurança, como a internação no hospital ou a perspectiva de um tratamento invasivo, podem causar um aumento da ansiedade.
Diagnóstico inicial e ansiedade
Diagnóstico inicial e ansiedade
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Progressão da doença e ansiedade
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Mudanças no tratamento e ansiedade
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Aniversário da doença e ansiedade
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Efeitos colaterais do tratamento e ansiedade
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Fase terminal da doença e ansiedade
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Mudança de papéis e ansiedade
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Perda de controle e ansiedade
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Náuseas e vômitos e ansiedade
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Dor crônica e ansiedade
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Sintomas físicos e ansiedade
Sintomas físicos e ansiedade
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Síndrome de Anorexia-Caquexia (SAC) e ansiedade
Síndrome de Anorexia-Caquexia (SAC) e ansiedade
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Obstipação e ansiedade
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Cuidados Centrados na Pessoa
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Necessidades Humanas Básicas
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Cuidados Paliativos
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Necessidades Espirituais
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Necessidades Intelectuais
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Necessidades Físicas
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Necessidades Psicológicas
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Necessidades Sociais
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Abordagem Integrativa em Cuidados Paliativos
Abordagem Integrativa em Cuidados Paliativos
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Referência Precoce para Cuidados Paliativos
Referência Precoce para Cuidados Paliativos
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Dispneia
Dispneia
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Sintomas Neuropsíquicos em Doenças Graves
Sintomas Neuropsíquicos em Doenças Graves
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Depressão
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Causas da Depressão
Causas da Depressão
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Causas Psicossociais e Espirituais da Depressão
Causas Psicossociais e Espirituais da Depressão
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Depressão e Dor
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Diagnóstico da Depressão
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Medidas Não Farmacológicas para a Depressão
Medidas Não Farmacológicas para a Depressão
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Intervenções para a Depressão em Doenças Graves
Intervenções para a Depressão em Doenças Graves
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Tratamento Farmacológico da Depressão em Doenças Graves
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Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (SSRI)
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (SSRI)
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Inibidor de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina
Inibidor de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina
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Tetracíclicos
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Tricíclicos
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Ansiedade Desadaptativa
Ansiedade Desadaptativa
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Study Notes
Cuidados Centrados na Pessoa
- Envolver ativamente os doentes nas tomadas de decisão
- Respeito pela dignidade da pessoa humana
- Atenção às necessidades humanas básicas (as necessidades variam de acordo com a situação clínica da pessoa)
- Controle adequado dos sintomas
Necessidades em Cuidados Paliativos
- Físicas (partes do corpo, funções corporais, sensação de bem-estar físico, boa saúde)
- Psicológicas (auto-regulação emocional, auto-imagem, esperança, futuro, projetos, sonhos, privacidade e liberdade (vida íntima), papéis cotidianos (cônjuge, progenitor))
- Sociais (vida de família, vida convivial, vida de trabalho, vida civil, política, comunidade religiosa)
- Intelectuais (memória de curto prazo, funcionamento cognitivo (atenção, concentração), sentimento de controle)
- Espirituais (sentimento de integridade, sentimento de ambição de valor pessoal, sentimento de esperança e significado, sentimento de “estar no mundo”, relação com o transcendente, confiança numa entidade divina)
Avaliação e Método Acertar
- Avaliar as necessidades do doente e dos seus próximos, de modo global
- Referenciar situações de maior complexidade
- Anticipar o plano de cuidados
- Comunicar eficazmente com o doente e os seus próximos
- Empoderar o doente e os seus próximos
- Tratar os sintomas presentes e antever os que se aproximam
- Rever/reduzir intervenções diagnósticas e terapêuticas inapropriadas
Objetivos e Intervenções
- Avaliar as necessidades paliativas e atuar de forma holística
- Considerar os aspetos físicos, emocionais, familiares, sociais e espirituais
- Comunicar claramente o diagnóstico, a progressão da doença e o prognóstico, de acordo com a vontade do doente e da família
- Trabalhar para ajustar as expectativas
- Esclarecer dúvidas, receios e mitos
- Desenhar os cuidados de acordo com as preferências do doente
- Permitir o exercício da autonomia
- Priorizar cuidados em casa e acções que diminuam deslocações ao hospital/clínicas que não beneficiem o doente
Quando Referenciar para Cuidados Paliativos
- Abordagem integrativa: referenciar a pessoa com doença grave e progressiva o mais precocemente possível, de preferência quando for feito o diagnóstico, se houver vulnerabilidades (sintomas não controlados, hesitações face ao futuro).
- Manter o seguimento nas demais especialidades, sendo os cuidados paliativos um modelo integrativo
Doença e Cuidados Paliativos
- Desenvolve-se ao mesmo tempo que a doença e integra o luto
Indicadores de Saúde Frágil/Agravamento da Saúde
- Admissões hospitalares urgentes não programadas
- Saúde geral fragilizada ou piorada; incapacidade de recuperação completa da doença
- Necessidade de ajuda para cuidados devido a problemas físicos ou mentais
- Cuidadores precisam de mais ajuda e apoio
- Perda de peso significativa nos últimos meses, mantendo-se abaixo do peso
- Sintomas incomodativos apesar de tratamento adequado
- Doente (ou família) deseja/explicita desejo de redução/interrupção de tratamentos; ou foco na qualidade de vida
Problemas de Saúde
- Cancro: menos capaz de realizar atividades diárias e ficar pior; não está bem o suficiente para tratamento do cancro ou o tratamento é insuficiente para controlar sintomas.
- Demência/fragilidade: incapacidade de se vestir, andar ou comer; diminuição no consumo de alimentos e líquidos; perda de controlo da bexiga e intestino; dificuldades de comunicação; quedas frequentes, fraturas; infecções frequentes, pneumonia
- Problemas de coração/circulação: insuficiência cardíaca ou episódios de dor no peito; falta de ar; circulação sanguínea deficiente nas pernas, impossibilitando cirurgias.
- Problemas pulmonares: problemas pulmonares crónicos; falta de ar mesmo em repouso; necessidade de oxigénio.
- Problemas de rins: falência dos rins; necessidade de diálise; necessidade de tratamento de suporte.
- Problemas de fígado: agravamento dos problemas de fígado; acumulação de líquidos no abdómen.
- Problemas do sistema nervoso (Doença de Parkinson, Esclerose Múltipla, AVC, etc.): agravamento da saúde física e mental; aumento dos problemas para comunicar, engolir e aumentar os problemas de comunicação, engolir; infecções respiratórias frequentes, pneumonia; AVC grave, perda de movimento, incapacidade mantida.
Causas de Dispneia
- Tumorais (tumor primário, metástases, derrame pleural/pericárdico, síndrome da veia cava superior, linfangite carcinomatosa, atelectasia, paralisia do nervo frénico, obstrução traquéia/brônquios, fístula traqueo-esofágica, ascite maciça, distenção abdominal, microêmbolos tumorais múltiplos, hemoptises)
- Não tumorais (anemia, síndrome anorexia-caquexia, astenia, embolia pulmonar, pneumonia, empiema, pneumotórax, fraqueza muscular, miastenia gravis, sindroma de Eaton-Lambert, doenças do neurônio motor periférico, insuficiência cardíaca, deformidade da parede torácica, fratura da costela, tireotoxicose, distress psicológico, ansiedade, obesidade, asma, DPOC, doença pulmonar intersticial)
- Tratamentos (cirurgia, radiação, quimioterapia, fibrose pulmonar, cardiomiopatia)
Avaliação da Dispneia
- Subjetiva (sentimento de dificuldade respiratória, desproporcional ao esforço físico)
- Ferramentas de avaliação: Escala visual-analógica, escala numérica, escala verbal
Tratamentos de Dispneia
- Medidas não farmacológicas (ambiente favorável, fluxo de ar, ventoinha, ar ambiente, posicionamentos, oxigenioterapia, máscaras de oxigénio)
- Medidas farmacológicas (opioides, Benzodiazepinas)
Tosse
- Reflexo de defesa em resposta a estímulos dos receptores na árvore brônquica
- Etiologia: Embolismo pulmonar, infecções do trato respiratório superior, pós infecção viral, rinorreia posterior, asma, DPOC, tabagismo, pneumonia, bronquiectasias, fibrose pulmonar, sarcoidose, IECA, causas psicogênicas.
Avaliação da Tosse
- Histórias clínicas, exame físico, exames complementares
Tosse Persistente/Incomodativa
- Preferência por expectorantes (diminuição da viscosidade das secreções)
- Uso de mucolíticos (acetilcisteína, bromexina) que melhoram as características reológicas do muco
- O aumento do volume de secreções pode tornar-se prejudicial, em casos de insuficiência respiratória
Outros agentes
- Brometo de ipratrópio inalado reduz a tosse em doentes com bronquite crônica e infecção respiratória
Neoplasias
- Redução do tamanho do tumor ou drenagem do derrame pleural
- Radioterapia, quimioterapia, drenagem de derrame pleural, corticosteróides
Medicamentos
- Dexametasona
- Antibióticos EV ceftriaxone ou cefotaxime
Hidratação
- Hidratação adequada do paciente para auxiliar na expulsão das secreções das vias aéreas
Medidas Simples
- Transmitir calma
- Controlar a ansiedade
- Relaxamento, distracção, hipnose
- Sentando/elevar a cabeceira
- Abrir a janela
- Reduzir o número de pessoas no quarto
- Ventoinha ou ar fresco no quarto
Opióides
- São a 1ª opção para paliação de dispneia moderada a intensa em doenças avançadas
- A dosagem deve ser individualizada e ajustada ao alívio do conforto
Benzodiazepinas
- Lorazepam, Alprazolam, Midazolam
Controle da Dispneia
- Avaliação contínua
- Repouso e ar ambiente
- Oxigênio suplementar (se necessário)
- Opioides de ação rápida (se necessário).
- Opioides de ação prolongada (se necessário).
- Discussões de objetivos de cuidados e paliação de sedação (se necessário).
Sintomas Neuropsquiátricos
- Depressão
- Ansiedade
- Delirium
Depressão
- Dificuldade na resposta à situação de doença
- Perturbações de adaptação à doença (ansiedade ou depressão)
- Perturbações psiquiátricas detectáveis
- Depressão maior
- Delirium
Causas de Depressão
- Médicas (dor, sintomas físicos, doenças endócrinas, doenças neurológicas, doenças cerebrovasculares, tumores cerebrais, neoplasias, fibromialgia)
- Psicossociais e espirituais (acontecimentos de vida precedentes, luto, perda de entes queridos, apoio social baixo, preocupação com o sofrimento da família, sobrecarga financeira, culpa, perda de independência, sofrimento existencial, desespero, perda de significado)
- Medicamentosas (hormônios, corticosteróides, estrogênios, digoxina, interferão, tamoxifeno; analgésicos, antibióticos)
- Psiquiátricas (depressão maior; perturbações de adaptação; dependência de álcool ou drogas; personalidade obsessiva)
Depressão e Dor
- A depressão é 2 a 3 vezes mais frequente em pessoas com dor elevada, especialmente em doenças metastáticas
Diagnóstico de Depressão
- Difícil devido ao caráter subjetivo da patologia
- Muitos doentes tentam esconder a o problema para evitar preocupações dos cuidadores e da família
- Medo da estigma social associado à doença
Escuta e Atenção aos Sinais de Depressão
- Sinto-me stressado
- Sinto-me ansioso
- Sinto-me angustiado
- Estou farto de tudo, não me apetece nada
- Sinto-me cansado
- Já não consigo, é demais
- Sinto-me deprimido
Escalas de Avaliação de Depressão
- HADS – Hospital Anxiety and Depression Scale
- EPDS – Escala de Edimburgo
- "Esteve deprimido a maior parte do tempo nas últimas 2 semanas?"
Medidas Não Farmacológicas para Depressão
- Relação de ajuda
- Tratamento de causas reversíveis
- Intervenção de psicoterapia breve
- Intervenção multidisciplinar
Intervenções para Depressão
- Integrar a doença terminal na experiência de vida da pessoa
- Estabelecer expectativas e objetivos a curto prazo
- Reforçar pontos fortes da pessoa, nomeadamente os episódios de superação
- Apoio emocional
- Presença ativa dos cuidadores para minimizar o tempo de isolamento e solidão
- Restabelecer o sentimento de pertença, utilidade e significado
Tratamento Farmacológico para Depressão
- Alguns antidepressivos têm efeito analgésico podendo ser útil esta sinergia
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
- Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN)
- Tetraciclicos
Delirium
- Distúbrio transitório e potencialmente reversível
- Disfunção orgânica cerebral difusa: estado confusional agudo
- Etiologia multifactorial
- Complica os cuidados em fim de vida
- Maior prevalência em idosos e doentes com cancro avançado
Fatores Predisponentes para Delirium
- Idade avançada
- Demência ou outras patologias do SNC
- Gravidade da doença
Fatores Ambientais para Delirium
- Mudanças de local
- Desconhecimento do ambiente
- Ruído, alarmes, campanhas
- Mudança de profissionais
- Mudanças de rotinas
Diagnóstico de Delirium
- De acordo com o critério da American Psyquiatric Association • Alteração da consciência/desatenção • Alterações nas funções cognitivas • Início agudo e curso flutuante • Atribuível a: • Condição médica geral • Substâncias • Fármacos • Multiplas etiologias
Tipos de Delirium
- Hipoativo: sonolência, prostração, letargia
- Hiperativo: confusão, agitação, alucinações, mioclonias, hipersensibilidade a estímulos
Hipoativo
- Frequente na desidratação
- Letargia
- Poucos sintomas psicóticos
Dados de Tratamento Farmacológico (Medicamentos)
(Ver tabelas de medicamentos e suas especificações no corpo principal do documento)
Objetivos de Tratamento
- Tranquilizar o doente
- Recuperar sempre que possível a sua capacidade de comunicação
- Reduzir a desorientação
- Minimizar os estímulos sensoriais
Família
- Explicar a alteração do funcionamento do cérebro, mas não de dor crônica
- Não se deve desdizer ou contrariar o doente
- Falar calmamente
- Utilizar outras técnicas de comunicação (toque, etc.)
Promover um Ambiente Seguro
- Comunicar de forma clara e concisa
- Tom de voz suave
- Falar sobre fatos cotidianos
- Presença de objetos pessoais & pessoas familiares
- Diferenciar o dia da noite (luz & som, etc.)
- Manter a constância na equipe de atendimento
Causas de Náuseas e Vómitos
- Cancro
- SIDA
- ICC
- IRC
Causas de Obstinação
- Extrínseca (dieta inadequada, líquidos insuficientes, esquecimento de evacuar, etc.)
- Estrutural (neoplasias, estruture, isquemia, volvulo, etc.)
- Sistêmica (hipocalemia, hipercalcémia, hiperparatireoidismo, hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes melito, panhipotireoidismo, doença de Addison, feocromocitoma, porfiria, urémia, amiloidose, esclerose sistêmica, gravidez)
Diagnóstico de Obstinação
- Anamnese
- Exame físico
- Exames complementares
- Escala das fezes(Bristol Stool Chart)
Medidas Gerais para Obstinação
- Educação
- Prescrição sistemática de laxantes
- Hidratação
- Ambiente adequado, privacidade
- Minimizar a imobilidade (mudanças de posição, exercícios, caminhadas)
- Maximizar conforto no momento da evacuação
- Dispor de cuidadores nos momentos “chave” (pós-prandial, manhã, após massagem abdominal)
Dieta para Obstinação
- Sucos de frutas ou água fresca pela manhã
- Sumo de ameixa
- Hidratação oral
- Fibras (ameixas, kiwi, maçãs)
- Evitar chás preto, açúcares, chocolates, arroz, queijo e bananas
Medidas Farmacológicas para Obstinação
- O objetivo é o conforto, diferente da evacuação diária
- Via oral (preferencialmente)
- 40 a 60% necessitam de tratamento retal
- Prescrição regular
- Se necessário, suspender o uso por 24 horas, caso haja diarreia
Enemas
- Não é medida de rotina
- Indesejado e utilizado em situações de impactação fecal.
- Se for utilizada, deve ser com critério para reduzir secreções.
Oclusão Intestinal
- Parcial ou completa
- Única ou múltipla
- Mais frequente no jejuno-íleon e cólon
- Superior a 20% nos dois locais
Causas Malignas Primárias de Oclusão Intestinal
- Tumor do ovário (5,1% a 51%)
- Tumor colorretal (10% a 28%)
- Desidratação & distúrbios do equilíbrio hidro-eletrolítico (instala-se rapidamente e pode levar a morte sem intervenção)
Consequências da Oclusão
- Peristaltismo anormal
- Acumulação de fluidos e eletrólitos
- Edema na parede abdominal (anóxia e necrose)
- Disfunção cardiopulmonar
- Choque
Recomendações para Oclusão Intestinal
- Cirurgia
- Prótese
- Procedimentos de ventilação
- Fármacos (analgesia, anti-eméticos, anti-secretórios)
- Hidratação criteriosa
- Comunicação
- Nutrição (gelatinas, pudins, iogurte, néctares)
- Pode haver suporte parenteral (controversial)
- Últimos dias ou horas de vida (minimizar o sofrimento, desmistificação da transição, cuidados com foco em conforto, ajustar expectativas, e adaptar o plano assistencial)
Desafios da Fase Final da Doença
- Identificar o mais precoce possível
- Agravamento global das funções vitais • Identificar causas reversíveis (infecções, retenção urinária, etc.)
- Ajustar o plano terapêutico às novas necessidades do doente/família
Alterações Clínicas na Fase Final da Doença
-
Estado geral: deterioração física progressiva, debilidade, falência multiorgânica
-
Respiração: padrão respiratório alterado, estertor, apneia
-
Função cognitiva: diminuição do nível de consciência, oscilações cognitivas, desorientação, dificuldade em comunicar, agitação, confusão, delírio.
-
Eliminação: incontinência urinária/fecal, retenção urinária, oligoanúria ou anúria
-
Sono/repouso: inversão do padrão sono-vigília
-
Alterações cutâneas: livores, cianose, pele fria, hipoperfusão (falência da pele)
Sintomas Comportamentais e Psicológicos na Fase Final da Doença
- Apatia, isolamento, desmotivação, perda de interesse
- Agressividade, agressividade física/verbal, resistência
- Alucinações, delírios
- Tristeza, choro fácil, desespero, baixa auto-estima, ansiedade, culpa
Impactos dos Sintomas Agressivos na Fase Final da Doença
- Maior risco de institucionalização
- Sintomas psicóticos exacerbados com o tratamento
- Maior sobrecarga ao cuidador
- Maior risco físico para o prestador de cuidados
Avaliação Breve do Estado Mental (ABEM)
(Detalhada nas notas de página 205).
Medidas Não Farmacológicas para Pacientes com Demência
- Envolver ativamente os doentes em sua rotina
- Atenção às necessidades básicas
- Manter ambientes calmos
- Ambiente caseiro
- Promoção da higiene do sono
- Avaliação regular das funções sensoriais
- Orientação para a realidade (calendário, relógio, jornal, atividades cotidianas)
AVDs
- Preparo do doente para cada atividade
- Promoção da privacidade
- Preparar as condições de segurança
- Verificar condições de segurança para o banho
Comer e Beber na Fase Final da Doença
- Adaptar a dieta ao gosto do doente
- Ambiente calmo
- Material adaptativo
- Avaliar o peso e prega cutânea sempre que necessário
- Preferencialmente usar "hand-feeding"
Mobilização/Deambulação
- Verificar condições de segurança
- Criar barreiras visuais
- Supervisionar a deambulação
- Estimular exercício físico
- Passeios ao ar livre
- Avaliar risco de queda e escaras
Desorientação Espacial e Temporal
- Rotular objetos com fotos
- Rotular portas com nome das áreas
- Informar sobre a data e local
- Ler jornais diários para estimular a memória
- Identificar fatores etiológicos dos quadros confusionais
Outros Sintomas
- Agitação, desinibição, apatia/depressão
- Perturbações do sono
- Resistência aos cuidados
- Atividades de ocupação
Apoio ao cuidador informal
- Estimular os recursos psicológicos (stratégias adaptativas, relaxamento/anti-stress, evitar burn-out)
- Explorar os recursos sociais (apoio formal/informal, informação, etc.)
Fontes de Desconforto
- Síndrome de imobilização
- Obstinação
- Incontinência urinária
- Insônia
- Alterações do comportamento
- Recusa alimentar
Comunicação na Fase Final da Doença
- Manter conversas
- Participação nas decisões sobre os cuidados do paciente
- Importância de discutir questões de fim de vida com o paciente, família e equipe médica
- Importância do inicio precoce das discussões sobre o fim de vida
- Habilidades de comunicação/escuta ativa
- Aceitação, empatia, autenticidade, congruência e compaixão
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