Cuidados Centrados na Pessoa e Paliativos

Choose a study mode

Play Quiz
Study Flashcards
Spaced Repetition
Chat to Lesson

Podcast

Play an AI-generated podcast conversation about this lesson

Questions and Answers

Quais dos seguintes fatores podem causar ansiedade? (Selecione todos que se aplicam)

  • Fatores meteorológicos
  • Medo do desconhecido (correct)
  • Vocação profissional
  • Isolamento (correct)

A perda de controle é um sintoma físico da ansiedade.

False (B)

Qual é um dos principais medicamentos utilizados para tratar a ansiedade?

Benzodiazepinas

Os sintomas de delírio podem incluir __________ e agitação.

<p>confusão</p> Signup and view all the answers

Associe os tipos de delírio com suas características:

<p>Delírio Hipoativo = Sonolência e letargia Delírio Hiperativo = Confusão e agitação Delírio = Estado confusional agudo Delírio Persistente = Duração prolongada dos sintomas</p> Signup and view all the answers

Quais sintomas estão associados à fase terminal da demência?

<p>Dependência completa (B), Incontinência urinária (C)</p> Signup and view all the answers

O tratamento da dor crônica pode envolver apenas medicamentos.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Quais são os dois tipos principais de dor mencionados?

<p>Dor aguda e dor crônica</p> Signup and view all the answers

A __________ é caracterizada por uma perda involuntária de massa muscular.

<p>caquexia</p> Signup and view all the answers

Associe os medicamentos com suas funções:

<p>Benzodiazepinas = Reduzir ansiedade Opioides = Gerir dor Antidepressivos = Tratar transtornos depressivos Antieméticos = Controlar náuseas</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes é um sintoma comum de delírio?

<p>Alteração da consciência (A)</p> Signup and view all the answers

Os cuidados paliativos devem focar apenas na medicina convencional.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é um dos efeitos colaterais dos opioides?

<p>Constipação</p> Signup and view all the answers

A __________ refere-se a dificuldades na evacuação que podem ser tratadas com laxantes.

<p>obstipação</p> Signup and view all the answers

Quando os sintomas de demência estão mais presentes, qual fase geralmente é considerada?

<p>Fase intermediária (B), Fase terminal (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes afirmativas se refere às necessidades espirituais em cuidados paliativos?

<p>Relação com o transcendente (B)</p> Signup and view all the answers

A abordagem integrativa em cuidados paliativos deve ser feita o mais tarde possível após o diagnóstico.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Quais são os fatores que podem causar depressão em pacientes em cuidados paliativos?

<p>Fatores médicos, psicossociais e espirituais, medicamentosos e psiquiátricos.</p> Signup and view all the answers

Os cuidados centrados na ______ incluem o respeito pela dignidade da pessoa humana.

<p>pessoa</p> Signup and view all the answers

Relacione os tipos de necessidades com suas descrições:

<p>Necessidades espirituais = Sentimento de esperança e significado Necessidades físicas = Sensation de bem-estar físico Necessidades psicológicas = Auto regulação emocional Necessidades sociais = Vida familiar e comunitária</p> Signup and view all the answers

Quais são os tipos de intervenções recomendadas em cuidados paliativos?

<p>Integração da doença na experiência de vida (C)</p> Signup and view all the answers

A depressão é mais frequente em pessoas que não apresentam dor elevada.

<p>False (B)</p> Signup and view all the answers

Cite um exemplo de necessidade social em cuidados paliativos.

<p>Vida de família ou vida comunitária.</p> Signup and view all the answers

Os ________ são classificados como causas de depressão, podendo incluir doenças crônicas e problemas sociais.

<p>fatores psicossociais</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes medicamentos é um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (SSRI)?

<p>Citalopram (A), Fluoxetina (D)</p> Signup and view all the answers

A insônia e a ansiedade são consideradas causas comuns de depressão em cuidados paliativos.

<p>True (A)</p> Signup and view all the answers

Qual é a avaliação que pode ser utilizada para diagnosticar a depressão no hospital?

<p>HADS - Hospital Anxiety and Depression Scale.</p> Signup and view all the answers

Os ________ de antidepressivos podem provocar efeitos colaterais como náuseas e diminuição do apetite.

<p>inibidores seletivos de recaptação de serotonina (SSRI)</p> Signup and view all the answers

Relacione os tipos de sintomas neuropsiquiátricos com suas descrições:

<p>Depressão = Dificuldade na resposta à situação de doença Ansiedade = Reação de medo e tristeza Delirium = Alteração aguda do estado mental</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Ansiedade

Um estado mental caracterizado por sentimentos de preocupação, apreensão e medo, frequentemente acompanhado de sintomas físicos como taquicardia, respiração rápida e sudorese.

Ansiedade relacionada à doença

Um tipo de ansiedade que pode surgir em pessoas com doenças graves como o câncer, caracterizado por sentimentos de apreensão relacionados com a doença, as suas implicações e o tratamento.

Medo do desconhecido e ansiedade

Situações inesperadas ou que provocam medo e insegurança, como a internação no hospital ou a perspectiva de um tratamento invasivo, podem causar um aumento da ansiedade.

Diagnóstico inicial e ansiedade

A fase inicial de uma doença, geralmente quando o diagnóstico é feito, pode gerar muita ansiedade. Isso se deve à incerteza sobre o futuro, as implicações da doença e o tratamento.

Signup and view all the flashcards

Progressão da doença e ansiedade

Algumas doenças como o câncer podem se espalhar ou progredir ao longo do tempo. O medo e a incerteza sobre a evolução da doença contribuem para a ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Mudanças no tratamento e ansiedade

A cessação ou alteração do tratamento contra o câncer pode gerar ansiedade. Isso pode ocorrer devido à preocupação com o retorno da doença ou com a falta de controle sobre o tratamento.

Signup and view all the flashcards

Aniversário da doença e ansiedade

O aniversário do diagnóstico de câncer pode ser uma data carregada de significado e emoção. A data pode reviver memórias do diagnóstico e gerar ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Efeitos colaterais do tratamento e ansiedade

O tratamento contra o câncer e suas consequências, como os efeitos colaterais, podem causar ansiedade. O medo do desconforto e das complicações é um fator importante.

Signup and view all the flashcards

Fase terminal da doença e ansiedade

A fase terminal da doença é caracterizada pela perda progressiva de funções e aumento da instabilidade, gerando grande ansiedade tanto para o paciente quanto para a família.

Signup and view all the flashcards

Mudança de papéis e ansiedade

Alterações nos papéis sociais, como a incapacidade de trabalhar ou de realizar atividades cotidianas, podem gerar frustração e ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Perda de controle e ansiedade

A sensação de perda de controle sobre a vida, como o medo de perder a independência, pode intensificar a ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Náuseas e vômitos e ansiedade

As náuseas (enjoo) e vômitos, frequentemente associados aos tratamentos contra o câncer, podem causar grande desconforto e ansiedade, além de dificultar a alimentação e a recuperação.

Signup and view all the flashcards

Dor crônica e ansiedade

A dor crônica, um dos sintomas mais comuns de várias doenças, pode gerar não apenas desconforto físico, mas também psicológico e emocional, intensificando a ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Sintomas físicos e ansiedade

Dor, náuseas, dispneia (falta de ar) e outros sintomas físicos podem gerar ansiedade. A sensação de não poder controlar o corpo pode ser frustrante.

Signup and view all the flashcards

Síndrome de Anorexia-Caquexia (SAC) e ansiedade

A síndrome de anorexia-caquexia, caracterizada por perda de apetite e perda de massa muscular, é um problema frequente em pacientes com câncer. Essa condição pode causar grande sofrimento, tanto físico como psicológico.

Signup and view all the flashcards

Obstipação e ansiedade

A obstipação, comum em pacientes com câncer, pode causar desconforto e aumentar a ansiedade. A impossibilidade de controlar o intestino pode gerar vergonha e constrangimento.

Signup and view all the flashcards

Cuidados Centrados na Pessoa

Um modelo de cuidado que foca na pessoa como um todo e as suas necessidades individuais, envolvendo-a ativamente na tomada de decisões.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Humanas Básicas

Necessidades que variam de acordo com a condição clínica da pessoa, incluindo as necessidades físicas, psicológicas, sociais, espirituais e intelectuais.

Signup and view all the flashcards

Cuidados Paliativos

Cuidar de forma integral da pessoa com doença grave e progressiva, focando no bem-estar e na qualidade de vida, controlando os sintomas e proporcionando apoio emocional.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Espirituais

Sentimento de integração, propósito, esperança e conexão com algo maior.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Intelectuais

Capacidade de lembrar, pensar, controlar o corpo e ter um sentimento de autonomia.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Físicas

O corpo como um todo, suas partes, funções e bem-estar físico.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Psicológicas

Gerenciar as emoções, ter uma imagem positiva de si mesmo, ter esperança e liberdade.

Signup and view all the flashcards

Necessidades Sociais

Cuidar das relações interpessoais, da família, da comunidade e do trabalho.

Signup and view all the flashcards

Abordagem Integrativa em Cuidados Paliativos

Uma abordagem que integra os cuidados paliativos com outras especialidades médicas, garantindo um tratamento holístico.

Signup and view all the flashcards

Referência Precoce para Cuidados Paliativos

O momento ideal para iniciar os cuidados paliativos é o mais precocemente possível, idealmente no momento do diagnóstico.

Signup and view all the flashcards

Dispneia

Um estado de sofrimento físico ou emocional causado pela dificuldade de respirar, que pode ser um sintoma comum em doenças graves e progressivas.

Signup and view all the flashcards

Sintomas Neuropsíquicos em Doenças Graves

Transtornos psiquiátricos comuns em pessoas com doenças graves e progressivas, que podem afetar o bem-estar emocional e a qualidade de vida.

Signup and view all the flashcards

Depressão

Um distúrbio caracterizado por humor deprimido, perda de interesse e prazer, fadiga, alterações no apetite e dificuldades de concentração.

Signup and view all the flashcards

Causas da Depressão

Diversas causas, como médicas, psicossociais e medicamentosas, que podem levar à presença de depressão.

Signup and view all the flashcards

Causas Psicossociais e Espirituais da Depressão

Situações que podem levar à depressão, como luto, perda de entes queridos, problemas financeiros e perda de independência.

Signup and view all the flashcards

Depressão e Dor

A relação entre a dor e a depressão é complexa, e a depressão pode aumentar o sofrimento da dor e vice-versa.

Signup and view all the flashcards

Diagnóstico da Depressão

O diagnóstico de depressão pode ser desafiador devido à natureza subjetiva do problema e ao medo do estigma social.

Signup and view all the flashcards

Medidas Não Farmacológicas para a Depressão

Intervenções não medicamentosas para lidar com a depressão, como psicoterapia, apoio emocional e tratamento das causas reversíveis.

Signup and view all the flashcards

Intervenções para a Depressão em Doenças Graves

Intervenções terapêuticas para ajudar a lidar com a depressão em doenças graves, como integrar a doença na experiência de vida, estabelecer objetivos realistas e fortalecer os pontos fortes.

Signup and view all the flashcards

Tratamento Farmacológico da Depressão em Doenças Graves

Alguns antidepressivos podem ter um efeito analgésico adicional, o que pode ser benéfico para o tratamento da dor em pacientes com depressão.

Signup and view all the flashcards

Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (SSRI)

Uma classe de antidepressivos que atuam no neurotransmissor serotonina, com efeitos psicoestimulantes e menos efeitos colaterais.

Signup and view all the flashcards

Inibidor de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina

Uma classe de antidepressivos que atuam em dois neurotransmissores, serotonina e noradrenalina, com efeitos mais amplos.

Signup and view all the flashcards

Tetracíclicos

Uma classe de antidepressivos com efeitos sedativos, úteis para pacientes com insônia e ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Tricíclicos

Uma classe de antidepressivos que atuam em diferentes neurotransmissores, e são utilizados em casos de insônia e ansiedade.

Signup and view all the flashcards

Ansiedade Desadaptativa

Ansiedade que é desproporcional à ameaça e persiste mesmo quando a ameaça diminui.

Signup and view all the flashcards

Study Notes

Cuidados Centrados na Pessoa

  • Envolver ativamente os doentes nas tomadas de decisão
  • Respeito pela dignidade da pessoa humana
  • Atenção às necessidades humanas básicas (as necessidades variam de acordo com a situação clínica da pessoa)
  • Controle adequado dos sintomas

Necessidades em Cuidados Paliativos

  • Físicas (partes do corpo, funções corporais, sensação de bem-estar físico, boa saúde)
  • Psicológicas (auto-regulação emocional, auto-imagem, esperança, futuro, projetos, sonhos, privacidade e liberdade (vida íntima), papéis cotidianos (cônjuge, progenitor))
  • Sociais (vida de família, vida convivial, vida de trabalho, vida civil, política, comunidade religiosa)
  • Intelectuais (memória de curto prazo, funcionamento cognitivo (atenção, concentração), sentimento de controle)
  • Espirituais (sentimento de integridade, sentimento de ambição de valor pessoal, sentimento de esperança e significado, sentimento de “estar no mundo”, relação com o transcendente, confiança numa entidade divina)

Avaliação e Método Acertar

  • Avaliar as necessidades do doente e dos seus próximos, de modo global
  • Referenciar situações de maior complexidade
  • Anticipar o plano de cuidados
  • Comunicar eficazmente com o doente e os seus próximos
  • Empoderar o doente e os seus próximos
  • Tratar os sintomas presentes e antever os que se aproximam
  • Rever/reduzir intervenções diagnósticas e terapêuticas inapropriadas

Objetivos e Intervenções

  • Avaliar as necessidades paliativas e atuar de forma holística
  • Considerar os aspetos físicos, emocionais, familiares, sociais e espirituais
  • Comunicar claramente o diagnóstico, a progressão da doença e o prognóstico, de acordo com a vontade do doente e da família
  • Trabalhar para ajustar as expectativas
  • Esclarecer dúvidas, receios e mitos
  • Desenhar os cuidados de acordo com as preferências do doente
  • Permitir o exercício da autonomia
  • Priorizar cuidados em casa e acções que diminuam deslocações ao hospital/clínicas que não beneficiem o doente

Quando Referenciar para Cuidados Paliativos

  • Abordagem integrativa: referenciar a pessoa com doença grave e progressiva o mais precocemente possível, de preferência quando for feito o diagnóstico, se houver vulnerabilidades (sintomas não controlados, hesitações face ao futuro).
  • Manter o seguimento nas demais especialidades, sendo os cuidados paliativos um modelo integrativo

Doença e Cuidados Paliativos

  • Desenvolve-se ao mesmo tempo que a doença e integra o luto

Indicadores de Saúde Frágil/Agravamento da Saúde

  • Admissões hospitalares urgentes não programadas
  • Saúde geral fragilizada ou piorada; incapacidade de recuperação completa da doença
  • Necessidade de ajuda para cuidados devido a problemas físicos ou mentais
  • Cuidadores precisam de mais ajuda e apoio
  • Perda de peso significativa nos últimos meses, mantendo-se abaixo do peso
  • Sintomas incomodativos apesar de tratamento adequado
  • Doente (ou família) deseja/explicita desejo de redução/interrupção de tratamentos; ou foco na qualidade de vida

Problemas de Saúde

  • Cancro: menos capaz de realizar atividades diárias e ficar pior; não está bem o suficiente para tratamento do cancro ou o tratamento é insuficiente para controlar sintomas.
  • Demência/fragilidade: incapacidade de se vestir, andar ou comer; diminuição no consumo de alimentos e líquidos; perda de controlo da bexiga e intestino; dificuldades de comunicação; quedas frequentes, fraturas; infecções frequentes, pneumonia
  • Problemas de coração/circulação: insuficiência cardíaca ou episódios de dor no peito; falta de ar; circulação sanguínea deficiente nas pernas, impossibilitando cirurgias.
  • Problemas pulmonares: problemas pulmonares crónicos; falta de ar mesmo em repouso; necessidade de oxigénio.
  • Problemas de rins: falência dos rins; necessidade de diálise; necessidade de tratamento de suporte.
  • Problemas de fígado: agravamento dos problemas de fígado; acumulação de líquidos no abdómen.
  • Problemas do sistema nervoso (Doença de Parkinson, Esclerose Múltipla, AVC, etc.): agravamento da saúde física e mental; aumento dos problemas para comunicar, engolir e aumentar os problemas de comunicação, engolir; infecções respiratórias frequentes, pneumonia; AVC grave, perda de movimento, incapacidade mantida.

Causas de Dispneia

  • Tumorais (tumor primário, metástases, derrame pleural/pericárdico, síndrome da veia cava superior, linfangite carcinomatosa, atelectasia, paralisia do nervo frénico, obstrução traquéia/brônquios, fístula traqueo-esofágica, ascite maciça, distenção abdominal, microêmbolos tumorais múltiplos, hemoptises)
  • Não tumorais (anemia, síndrome anorexia-caquexia, astenia, embolia pulmonar, pneumonia, empiema, pneumotórax, fraqueza muscular, miastenia gravis, sindroma de Eaton-Lambert, doenças do neurônio motor periférico, insuficiência cardíaca, deformidade da parede torácica, fratura da costela, tireotoxicose, distress psicológico, ansiedade, obesidade, asma, DPOC, doença pulmonar intersticial)
  • Tratamentos (cirurgia, radiação, quimioterapia, fibrose pulmonar, cardiomiopatia)

Avaliação da Dispneia

  • Subjetiva (sentimento de dificuldade respiratória, desproporcional ao esforço físico)
  • Ferramentas de avaliação: Escala visual-analógica, escala numérica, escala verbal

Tratamentos de Dispneia

  • Medidas não farmacológicas (ambiente favorável, fluxo de ar, ventoinha, ar ambiente, posicionamentos, oxigenioterapia, máscaras de oxigénio)
  • Medidas farmacológicas (opioides, Benzodiazepinas)

Tosse

  • Reflexo de defesa em resposta a estímulos dos receptores na árvore brônquica
  • Etiologia: Embolismo pulmonar, infecções do trato respiratório superior, pós infecção viral, rinorreia posterior, asma, DPOC, tabagismo, pneumonia, bronquiectasias, fibrose pulmonar, sarcoidose, IECA, causas psicogênicas.

Avaliação da Tosse

  • Histórias clínicas, exame físico, exames complementares

Tosse Persistente/Incomodativa

  • Preferência por expectorantes (diminuição da viscosidade das secreções)
  • Uso de mucolíticos (acetilcisteína, bromexina) que melhoram as características reológicas do muco
  • O aumento do volume de secreções pode tornar-se prejudicial, em casos de insuficiência respiratória

Outros agentes

  • Brometo de ipratrópio inalado reduz a tosse em doentes com bronquite crônica e infecção respiratória

Neoplasias

  • Redução do tamanho do tumor ou drenagem do derrame pleural
  • Radioterapia, quimioterapia, drenagem de derrame pleural, corticosteróides

Medicamentos

  • Dexametasona
  • Antibióticos EV ceftriaxone ou cefotaxime

Hidratação

  • Hidratação adequada do paciente para auxiliar na expulsão das secreções das vias aéreas

Medidas Simples

  • Transmitir calma
  • Controlar a ansiedade
  • Relaxamento, distracção, hipnose
  • Sentando/elevar a cabeceira
  • Abrir a janela
  • Reduzir o número de pessoas no quarto
  • Ventoinha ou ar fresco no quarto

Opióides

  • São a 1ª opção para paliação de dispneia moderada a intensa em doenças avançadas
  • A dosagem deve ser individualizada e ajustada ao alívio do conforto

Benzodiazepinas

  • Lorazepam, Alprazolam, Midazolam

Controle da Dispneia

  • Avaliação contínua
  • Repouso e ar ambiente
  • Oxigênio suplementar (se necessário)
  • Opioides de ação rápida (se necessário).
  • Opioides de ação prolongada (se necessário).
  • Discussões de objetivos de cuidados e paliação de sedação (se necessário).

Sintomas Neuropsquiátricos

  • Depressão
  • Ansiedade
  • Delirium

Depressão

  • Dificuldade na resposta à situação de doença
  • Perturbações de adaptação à doença (ansiedade ou depressão)
  • Perturbações psiquiátricas detectáveis
  • Depressão maior
  • Delirium

Causas de Depressão

  • Médicas (dor, sintomas físicos, doenças endócrinas, doenças neurológicas, doenças cerebrovasculares, tumores cerebrais, neoplasias, fibromialgia)
  • Psicossociais e espirituais (acontecimentos de vida precedentes, luto, perda de entes queridos, apoio social baixo, preocupação com o sofrimento da família, sobrecarga financeira, culpa, perda de independência, sofrimento existencial, desespero, perda de significado)
  • Medicamentosas (hormônios, corticosteróides, estrogênios, digoxina, interferão, tamoxifeno; analgésicos, antibióticos)
  • Psiquiátricas (depressão maior; perturbações de adaptação; dependência de álcool ou drogas; personalidade obsessiva)

Depressão e Dor

  • A depressão é 2 a 3 vezes mais frequente em pessoas com dor elevada, especialmente em doenças metastáticas

Diagnóstico de Depressão

  • Difícil devido ao caráter subjetivo da patologia
  • Muitos doentes tentam esconder a o problema para evitar preocupações dos cuidadores e da família
  • Medo da estigma social associado à doença

Escuta e Atenção aos Sinais de Depressão

  • Sinto-me stressado
  • Sinto-me ansioso
  • Sinto-me angustiado
  • Estou farto de tudo, não me apetece nada
  • Sinto-me cansado
  • Já não consigo, é demais
  • Sinto-me deprimido

Escalas de Avaliação de Depressão

  • HADS – Hospital Anxiety and Depression Scale
  • EPDS – Escala de Edimburgo
  • "Esteve deprimido a maior parte do tempo nas últimas 2 semanas?"

Medidas Não Farmacológicas para Depressão

  • Relação de ajuda
  • Tratamento de causas reversíveis
  • Intervenção de psicoterapia breve
  • Intervenção multidisciplinar

Intervenções para Depressão

  • Integrar a doença terminal na experiência de vida da pessoa
  • Estabelecer expectativas e objetivos a curto prazo
  • Reforçar pontos fortes da pessoa, nomeadamente os episódios de superação
  • Apoio emocional
  • Presença ativa dos cuidadores para minimizar o tempo de isolamento e solidão
  • Restabelecer o sentimento de pertença, utilidade e significado

Tratamento Farmacológico para Depressão

  • Alguns antidepressivos têm efeito analgésico podendo ser útil esta sinergia
  • Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
  • Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN)
  • Tetraciclicos

Delirium

  • Distúbrio transitório e potencialmente reversível
  • Disfunção orgânica cerebral difusa: estado confusional agudo
  • Etiologia multifactorial
  • Complica os cuidados em fim de vida
  • Maior prevalência em idosos e doentes com cancro avançado

Fatores Predisponentes para Delirium

  • Idade avançada
  • Demência ou outras patologias do SNC
  • Gravidade da doença

Fatores Ambientais para Delirium

  • Mudanças de local
  • Desconhecimento do ambiente
  • Ruído, alarmes, campanhas
  • Mudança de profissionais
  • Mudanças de rotinas

Diagnóstico de Delirium

  • De acordo com o critério da American Psyquiatric Association • Alteração da consciência/desatenção • Alterações nas funções cognitivas • Início agudo e curso flutuante • Atribuível a: • Condição médica geral • Substâncias • Fármacos • Multiplas etiologias

Tipos de Delirium

  • Hipoativo: sonolência, prostração, letargia
  • Hiperativo: confusão, agitação, alucinações, mioclonias, hipersensibilidade a estímulos

Hipoativo

  • Frequente na desidratação
  • Letargia
  • Poucos sintomas psicóticos

Dados de Tratamento Farmacológico (Medicamentos)

(Ver tabelas de medicamentos e suas especificações no corpo principal do documento)

Objetivos de Tratamento

  • Tranquilizar o doente
  • Recuperar sempre que possível a sua capacidade de comunicação
  • Reduzir a desorientação
  • Minimizar os estímulos sensoriais

Família

  • Explicar a alteração do funcionamento do cérebro, mas não de dor crônica
  • Não se deve desdizer ou contrariar o doente
  • Falar calmamente
  • Utilizar outras técnicas de comunicação (toque, etc.)

Promover um Ambiente Seguro

  • Comunicar de forma clara e concisa
  • Tom de voz suave
  • Falar sobre fatos cotidianos
  • Presença de objetos pessoais & pessoas familiares
  • Diferenciar o dia da noite (luz & som, etc.)
  • Manter a constância na equipe de atendimento

Causas de Náuseas e Vómitos

  • Cancro
  • SIDA
  • ICC
  • IRC

Causas de Obstinação

  • Extrínseca (dieta inadequada, líquidos insuficientes, esquecimento de evacuar, etc.)
  • Estrutural (neoplasias, estruture, isquemia, volvulo, etc.)
  • Sistêmica (hipocalemia, hipercalcémia, hiperparatireoidismo, hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes melito, panhipotireoidismo, doença de Addison, feocromocitoma, porfiria, urémia, amiloidose, esclerose sistêmica, gravidez)

Diagnóstico de Obstinação

  • Anamnese
  • Exame físico
  • Exames complementares
  • Escala das fezes(Bristol Stool Chart)

Medidas Gerais para Obstinação

  • Educação
  • Prescrição sistemática de laxantes
  • Hidratação
  • Ambiente adequado, privacidade
  • Minimizar a imobilidade (mudanças de posição, exercícios, caminhadas)
  • Maximizar conforto no momento da evacuação
  • Dispor de cuidadores nos momentos “chave” (pós-prandial, manhã, após massagem abdominal)

Dieta para Obstinação

  • Sucos de frutas ou água fresca pela manhã
  • Sumo de ameixa
  • Hidratação oral
  • Fibras (ameixas, kiwi, maçãs)
  • Evitar chás preto, açúcares, chocolates, arroz, queijo e bananas

Medidas Farmacológicas para Obstinação

  • O objetivo é o conforto, diferente da evacuação diária
  • Via oral (preferencialmente)
  • 40 a 60% necessitam de tratamento retal
  • Prescrição regular
  • Se necessário, suspender o uso por 24 horas, caso haja diarreia

Enemas

  • Não é medida de rotina
  • Indesejado e utilizado em situações de impactação fecal.
  • Se for utilizada, deve ser com critério para reduzir secreções.

Oclusão Intestinal

  • Parcial ou completa
  • Única ou múltipla
  • Mais frequente no jejuno-íleon e cólon
  • Superior a 20% nos dois locais

Causas Malignas Primárias de Oclusão Intestinal

  • Tumor do ovário (5,1% a 51%)
  • Tumor colorretal (10% a 28%)
  • Desidratação & distúrbios do equilíbrio hidro-eletrolítico (instala-se rapidamente e pode levar a morte sem intervenção)

Consequências da Oclusão

  • Peristaltismo anormal
  • Acumulação de fluidos e eletrólitos
  • Edema na parede abdominal (anóxia e necrose)
  • Disfunção cardiopulmonar
  • Choque

Recomendações para Oclusão Intestinal

  • Cirurgia
  • Prótese
  • Procedimentos de ventilação
  • Fármacos (analgesia, anti-eméticos, anti-secretórios)
  • Hidratação criteriosa
  • Comunicação
  • Nutrição (gelatinas, pudins, iogurte, néctares)
  • Pode haver suporte parenteral (controversial)
  • Últimos dias ou horas de vida (minimizar o sofrimento, desmistificação da transição, cuidados com foco em conforto, ajustar expectativas, e adaptar o plano assistencial)

Desafios da Fase Final da Doença

  • Identificar o mais precoce possível
  • Agravamento global das funções vitais • Identificar causas reversíveis (infecções, retenção urinária, etc.)
  • Ajustar o plano terapêutico às novas necessidades do doente/família

Alterações Clínicas na Fase Final da Doença

  • Estado geral: deterioração física progressiva, debilidade, falência multiorgânica

  • Respiração: padrão respiratório alterado, estertor, apneia

  • Função cognitiva: diminuição do nível de consciência, oscilações cognitivas, desorientação, dificuldade em comunicar, agitação, confusão, delírio.

  • Eliminação: incontinência urinária/fecal, retenção urinária, oligoanúria ou anúria

  • Sono/repouso: inversão do padrão sono-vigília

  • Alterações cutâneas: livores, cianose, pele fria, hipoperfusão (falência da pele)

Sintomas Comportamentais e Psicológicos na Fase Final da Doença

  • Apatia, isolamento, desmotivação, perda de interesse
  • Agressividade, agressividade física/verbal, resistência
  • Alucinações, delírios
  • Tristeza, choro fácil, desespero, baixa auto-estima, ansiedade, culpa

Impactos dos Sintomas Agressivos na Fase Final da Doença

  • Maior risco de institucionalização
  • Sintomas psicóticos exacerbados com o tratamento
  • Maior sobrecarga ao cuidador
  • Maior risco físico para o prestador de cuidados

Avaliação Breve do Estado Mental (ABEM)

(Detalhada nas notas de página 205).

Medidas Não Farmacológicas para Pacientes com Demência

  • Envolver ativamente os doentes em sua rotina
  • Atenção às necessidades básicas
  • Manter ambientes calmos
  • Ambiente caseiro
  • Promoção da higiene do sono
  • Avaliação regular das funções sensoriais
  • Orientação para a realidade (calendário, relógio, jornal, atividades cotidianas)

AVDs

  • Preparo do doente para cada atividade
  • Promoção da privacidade
  • Preparar as condições de segurança
  • Verificar condições de segurança para o banho

Comer e Beber na Fase Final da Doença

  • Adaptar a dieta ao gosto do doente
  • Ambiente calmo
  • Material adaptativo
  • Avaliar o peso e prega cutânea sempre que necessário
  • Preferencialmente usar "hand-feeding"

Mobilização/Deambulação

  • Verificar condições de segurança
  • Criar barreiras visuais
  • Supervisionar a deambulação
  • Estimular exercício físico
  • Passeios ao ar livre
  • Avaliar risco de queda e escaras 


Desorientação Espacial e Temporal

  • Rotular objetos com fotos
  • Rotular portas com nome das áreas
  • Informar sobre a data e local
  • Ler jornais diários para estimular a memória
  • Identificar fatores etiológicos dos quadros confusionais

Outros Sintomas

  • Agitação, desinibição, apatia/depressão
  • Perturbações do sono
  • Resistência aos cuidados
  • Atividades de ocupação

Apoio ao cuidador informal

  • Estimular os recursos psicológicos (stratégias adaptativas, relaxamento/anti-stress, evitar burn-out)
  • Explorar os recursos sociais (apoio formal/informal, informação, etc.)

Fontes de Desconforto

  • Síndrome de imobilização
  • Obstinação
  • Incontinência urinária
  • Insônia
  • Alterações do comportamento
  • Recusa alimentar

Comunicação na Fase Final da Doença

  • Manter conversas
  • Participação nas decisões sobre os cuidados do paciente
  • Importância de discutir questões de fim de vida com o paciente, família e equipe médica
  • Importância do inicio precoce das discussões sobre o fim de vida
  • Habilidades de comunicação/escuta ativa
  • Aceitação, empatia, autenticidade, congruência e compaixão

Studying That Suits You

Use AI to generate personalized quizzes and flashcards to suit your learning preferences.

Quiz Team

More Like This

Use Quizgecko on...
Browser
Browser