Controle Operacional e Comunicações

Controle Operacional e Comunicações

Definições, Conceitos e Abreviaturas

• Comunicação: transmissão e recepção de qualquer tipo de informação por qualquer via ou processo, eletromagnético ou não.
• Telecomunicação: transmissão, emissão e recepção de informações de qualquer natureza por fio, rádio, eletricidade ou qualquer outro processo eletromagnético.
• DMO (Ponto a Ponto): ligações de comunicação entre duas estações de rádio sem o auxílio de uma ERB (Estação Rádio Base).
• TMO (Troncalizado): ligações de comunicação entre duas estações de rádio com o auxílio de uma ERB.
• Canal: meio, físico ou não, que viabiliza a propagação das ondas de rádio entre o transmissor (Tx) e o receptor (Rx).
• Ruído: todo e qualquer elemento prejudicial à comunicação.
• PTT (Push to Talk): tecla aperte para falar, tecla do rádio que deve ser mantida apertada durante a transmissão da mensagem.

Teste Rádio

• Clareza: inteligibilidade com que a mensagem é recebida pelo receptor, graduada segundo os índices de 1 (má) a 5 (excelente).
• Modulação: intensidade dos sinais (volume), ou melhor, o nível do sinal recebido, graduada segundo os índices de 1 (apenas perceptível) a 5 (ótima).

Siglas e Acrônimos

• D.G.: Distribuidor Geral
• PTR: Ponto de Terminação da Rede Telefônica Pública
• ERB: Estação Rádio Base
• ANATEL: Agência Nacional das Telecomunicações
• CICC: Centro Integrado de Comando e Controle
• CCCRIT: Coordenadoria de Comunicações Críticas
• DETEL: Departamento Estadual de Telecomunicações
• CSM/M Tel: Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações
• COPOM: Centro de Operações da Polícia Militar
• IECOM: Instrução para Exploração das COM
• MDT: Terminal Móvel de Dados
• MHz: Megahertz
• RF: Rádio Frequência
• RTPC: Rede de Telefonia Privada Comutada
• TMC: Telefonia Móvel Celular
• Frequência: número de ciclos que a onda rádio (senoidal) completa por segundo
• Head-set: acessório telefônico que dispensa o uso das mãos para operação
• Link: conexão rádio (em UHF ou micro-ondas) entre uma central de comunicações e uma ERB ou entre as ERB.

Meios de Comunicação

• A história das comunicações na Corporação inicia junto com a sua criação em 1856.
• Atualmente, o CBMERJ faz uso de telefone (fixo/celular/via satélite), rádio transceptores, internet, computador, GPS e as tecnologias disponíveis.

Rádio Transceptor

• É o equipamento de radiocomunicação que possui um módulo de transmissão (Tx) e outro de recepção.
• Componentes básicos:
  • Bloco do transceptor
  • Antena
  • Microfone
  • Fonte de alimentação
  • Alto falante
  • Conector de antena
  • Cabo coaxial ou LT
• Antena:
  • Responsável por Tx e Rx o sinal de RF
  • Funciona como carga na Tx e como fonte de energia na Rx
  • É o elo mais importante em toda cadeia de Tx e Rx por ondas radioelétricas
• Microfone:
  • Captura a energia sonora e a envia ao Tx para sua irradiação a outras estações
  • Possui a tecla PTT que se acionada possibilita a transmissão da mensagem e simultaneamente inibe o receptor do rádio
• Fonte (de alimentação):
  • Fornecimento de energia para o funcionamento do rádio
• Alto falante:
  • Transforma os impulsos elétricos que chegam ao receptor em sinais sonoros para que o operador possa ouvir as mensagens transmitidas por outras estações

Tipos de Rádios

• Fixo (DT 410):
  • Instalado nas SsCO das OBM e usam a energia da concessionária pública
  • São dotados de fonte de conversão e devem possuir “No-break” para suportar as ausências temporárias de energia
• Móvel (MDT 400):
  • Instalado nas viaturas, embarcações ou aeronaves
  • São alimentados pela energia fornecida pela bateria do próprio veículo
• Portátil (SRH 3500):
  • São utilizados a tiracolo durante as operações de socorro e em prevenção de eventos especiais
  • Possuem baixa potência e alcance operacional reduzido

Linguagem Característica para Uso na Rede

• Alfabeto Fonético Internacional de Letras:
  • Utilizado para padronizar a pronúncia de palavras e letras em comunicações via rádio
  • Exemplos: A - Alfa, B - Bravo, C - Charlie, etc.
• Código "Q":
  • Padroniza mensagens via rádio, tornando-as mais objetivas, claras, rápidas e profissionais
  • Exemplos: QAP - Está na escuta?, QRA - Qual o prefixo da sua estação?, etc.
• Palavras e Expressões Convencionais:
  • Utilizadas para tornar as comunicações mais eficientes e claras
  • Exemplos: Acuse - Diga-me se entendeu ou recebeu a mensagem, Aguarde - Espere, mantenha-se na escuta, etc.

Procedimentos para Uso do Rádio Transceptor

• Orientações e Recomendações:
  • Prioritariamente para uso em transmissão de mensagens operacionais de socorro
  • Para trafegar mensagens administrativas, deve-se observar as normas operacionais
  • Deve-se evitar conversação não oficial entre operadores
  • Deve-se evitar entonação irônica ou agressiva na voz
• Procedimento para Recepção:
  • Mantenha-se na escuta do canal prioritário
  • Observe as orientações do item anterior
• Práticas Proibidas:
  • Conversação não oficial entre operadores
  • Entonação irônica ou agressiva na voz
  • Interrupção de comunicações entre outros prefixos, sem justo motivo
• Práticas Recomendáveis:
  • Falar claro e pausadamente
  • Manter-se calmo e não falar de maneira monótona
  • Ser cuidadoso na dicção, pronunciar todas as sílabas das palavras

Operação dos Rádios Digitais Portáteis e Móveis

• Sepura SRH 3500:
  • Ligação: Pressione o botão MODE
  • Desligamento: Pressione o botão MODE por 3 segundos
  • Seleção de grupo de operação: Pressione o botão MODE e selecione a pasta desejada
  • etc.
• Teltronic:
  • Ligação: Pressione por 2 segundos o botão 06
  • Desligamento: Mesmo procedimento
  • Seleção de grupo de operação: Aperte o botão 12 (PASTA) e selecione a pasta desejada
  • etc.

Prefixos Rádio das OBM e Grupos de Operação no Sistema Rádio Digital

• Exemplos de prefixos rádio:
  • COCB - Bravo Zero Zero
  • GOGC - Centro Bravo Central
  • DBM 1/GOCG - Bravo Sta Tereza
  • etc.
• Grupos de operação:
  • Grupo Centro
  • Grupo Zona Norte
  • Grupo Zona Oeste
  • Grupo Zona Sul
  • etc.

Telefone

• Definição: Medio de comunicação de maior emprego na Corporação
• Telefonia Móvel (celular)
• Telefonia via Satélite
• Telefonia Fixa (convencional e de emergência)
• Telefones de Emergência:
  • Utilizados exclusivamente para a atividade-fim da Corporação
  • Recebem pedidos de socorro
  • Introdução do prefixo 193 para atender, principalmente, às chamadas realizadas através dos telefones públicos
• Subseções de Controle Operacional (SsCO):
  • Possuem linhas privativas (L.P.), conhecidas como telefone ponto-a-ponto
  • Fazem a ligação direta entre o quartel de bombeiros e uma instalação comercial ou industrial na sua área de atuação

Procedimentos para Manutenção de Telefones

• Ocorrendo defeito telefônico:

  • Faça uma inspeção visual no aparelho e fios aparentes
  • Persistindo o defeito, acione o CSM/MTel
  • Caso o defeito seja interno, acione o CSM/MTel realizar o serviço
  • Caso o defeito seja externo, acione o DETEL e a concessionária
  • O reparo não deve ultrapassar 72h horas

• Normas a serem utilizadas:

  • Atender ao solicitante com agilidade e paciência
  • No máximo ao 3º toque telefônico e dizer: "Corpo de Bombeiros do (localidade da OBM), bom dia/boa tarde/boa noite."### Atendimento Telefônico

• Zelar pela qualidade do atendimento telefônico ao público externo e pela excelência dos serviços prestados pelo CBMERJ.

• Estabelecer uma relação harmônica com o cidadão e estar preparado para situações adversas.

Comportamento do Comunicante

• Agir tranquilamente, demonstrando interesse pela fala do solicitante e disposição em ajudá-lo.
• Proporcionar um clima de confiança, de segurança, de respeito e permitir que o solicitante fique à vontade para suas colocações.
• Instruir o solicitante do socorro, sempre que possível, e acalmá-lo, visando obter mais informações do local do evento.

Comunicação Eficaz

• Usar tom de voz agradável, tratar o solicitante com educação e pelo nome.
• Evitar ruídos de rádio e que o solicitante escute barulho da SsCO.
• Evitar uso de gírias e não usar palavras de baixo calão.
• Manter o solicitante informado, mesmo que a informação não o agrade, e somente prometa o que puder cumprir.

Identificação e Direcionamento

• Identificar-se sempre que for requisitado pelo solicitante e fornecer a sua função e graduação, nome de guerra e qual UBM pertence.
• Direcionar a chamada para o órgão ou setor competente se não for uma urgência ou emergência.

Emergência ou Urgência

• Se for uma chamada de emergência, apoiar totalmente o solicitante, procedendo com as anotações das informações básicas e dando um destino adequado à solicitação.
• Ao verificar que a chamada telefônica é de competência do CBMERJ, acionar o carrilhão e dar o breve pique de alerta para a respectiva guarnição de socorro.

Procedimentos Específicos

• Se a chamada for um aviso de uma emergência com prioridade máxima, acionar o carrilhão e o brado de alerta contínuo imediatamente.
• Durante a ocorrência, manter-se atento ao rádio e ao telefone para apoiar o socorro durante toda a operação.
• Ao entrar um aviso de socorro, acionar, imediatamente, o carrilhão e o pique de alerta como sinal de alerta para qualquer tipo de evento.

Memento do Socorro

• O memento do socorro deve ser preenchido com caligrafia inteligível, em 02 (duas) vias e conter, no mínimo, as seguintes informações: detalhe do socorro, endereço da ocorrência e telefone do solicitante.
• Coletar dados conforme previsto, observando os critérios específicos para cada tipo de evento (incêndio, salvamento, APH).

Comunicação nas Fases de Socorro

• Aviso de Socorro: É o ponto de partida e o início da relação CBMERJ x Cidadão, é o momento que começa os procedimentos de anotações com as perguntas:
  • O que? Onde? Qual o seu telefone?
  • Obter as seguintes respostas:
    • Detalhe do socorro (Ex: princípio de incêndio)
    • Endereço do local (Ex: Rua Uruguaiana, 91 Centro)
    • Pontos de referência (Ex: Próximo ao DETRAN)
    • Nome do solicitante (Ex: Arthur Silva)
    • Telefone do solicitante para confirmação (Ex: 998599-969006)
    • Número de vítimas se houver (Ex: Há 02 vítimas)

Confirmação do Socorro

• É feita pelo Comandante de Socorro após o toque de carrilhão, estabelecendo um contato com o solicitante pelo telefone fornecido, e obter maiores informações sobre o local do evento
• O comunicante então despacha as viaturas de acordo com a designação e comunica às guarnições de socorro que o aviso está confirmado
• É desejável que não se ultrapasse o tempo de 01 (um) minuto para o socorro determinado sair da unidade, consolidando a confirmação do socorro

Sinal de Alarme

• 1º) Toque de carrilhão;
• 2º) 01 (um) pique curto de alerta;
• 3º) Informar à guarnição, pelo sistema de som, o detalhe do evento, o endereço da ocorrência e as viaturas que vão “correr”;
• 4º) Toque longo de “brado” (após a confirmação do comandante do socorro)

DGCCO – Diretoria Geral de Comando e Controle Operacional

• Centro de Operações GSE/SAMU – COGS:
  • Definições:
    • Urgência: Ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica
    • Emergência: Constatação médica de condições de agravo à saúde que implica em risco iminente de vida ou sofrimento intenso
  • Estrutura Operacional:
    • TARM Supervisão de Frota
    • Despacho de Frota Despacho de Urgência (DESPURG)
    • Médico Regulador (MR) Supervisão de Enfermagem (COGS)
    • Coordenador Médico Transporte Inter Hospitalar (TIH)

Observações e motivos para as prioridades

• O COGS atende às unidades do Corpo de Bombeiros via telefone, Rede Bravo e o tri digito 192
• As ligações telefônicas internas são gravadas automaticamente, o que garante a integridade do militar solicitante e do despachador das viaturas

COCBMERJ – O CENTRO DE OPERAÇÕES DO CBMERJ

• É responsável por coordenar e controlar as atividades operacionais da Corporação em todo o estado do Rio de Janeiro
• Possui ligações e comunicações com outros órgãos responsáveis pela defesa social no Estado (PCERJ, PMERJ, COMDEC, CORio, DPRF, GM/Rio, CCRIT, SSP, etc)
• Funções (efetivo):
  • Superior de Dia - Manter-se informado quanto às ocorrências do CBMERJ e mobilizar recursos disponíveis na Corporação ou de outros órgãos
  • Coordenador de Operações - Responsável pelo controle e coordenação das ocorrências no COCB
  • Auxiliar do Coordenador de Operações – Assessor imediato do Coordenador de Operações no local do socorro
  • Chefe de Equipe – Assessor imediato do Superior de Dia e responsável pela supervisão do serviço operacional no COCBMERJ
  • Controlador de Evento – Responsável pela administração do sistema de atendimento e despacho automatizado e pelas fiscalização das informações das ocorrências
  • Supervisor do Atendimento – Responsável pelos atendentes 193
  • Despachantes – Acionam as viaturas para o local de ocorrências
  • Suporte de Informática – Administração e suporte de primeiro escalão aos sistemas existentes - CECOCO, Call taker / I dispatch (atendimento e despacho) e telefonia
  • Atendentes – Atendem às solicitações dos serviços 193 fazendo a triagem das ligações, encaminhado-as para o despacho e lançando as dados no Sistema de Despacho Automatizado

Resumo das Comunicações nas Operações

• Os militares de serviço, especialmente o Comandante de Socorro e os “Comunicantes” devem fazer contato com o COCB nos seguintes momentos:
  • Quando o socorro entrar em deslocamento informando o detalhe e o endereço
  • Quando o socorro chegar no local do evento
  • Imediatamente após o reconhecimento da situação
  • A cada 10min informando o andamento da operação
  • Imediatamente após o controle da situação
  • Quando o socorro entrar em deslocamento para regressar à OBM
  • Em qualquer situação extraordinária (acidentes, retenção do trânsito, etc)

Procedimentos de Atendimento à Imprensa

• São padronizados no CBMERJ, especialmente os assuntos relacionados à confirmação de ocorrências, concessão de entrevistas e veiculação de conteúdo relativo às OBMs