Concurso de Pessoas e Autoria Imediata

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Questions and Answers

Qual é o princípio que determina que os coautores e partícipes não respondem pelo mesmo delito, a menos que a prática de um crime mais grave seja previsível?

  • Princípio da Acessoriedade (correct)
  • Teoria Monista
  • Teoria Dualista
  • Teoria da Comunidade de Interesse

De acordo com a legislação, qual das seguintes circunstâncias não se comunica aos coautores e partícipes?

  • Estado puerperal
  • Modo de execução do crime
  • Condição de mãe
  • Motivo torpe (correct)

Qual é a definição correta de uma circunstância elementar no contexto penal?

  • Uma circunstância que se aplica apenas a coautores
  • Um elemento do tipo penal que, quando excluído, torna inexistente a infração (correct)
  • Uma condição que aumenta a pena do crime
  • Uma motivação pessoal do agente

Qual afirmativa sobre a comunicabilidade das circunstâncias é correta?

<p>As circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam, exceto quando são elementares. (A)</p> Signup and view all the answers

No crime de infanticídio, qual elemento é considerado elementar de acordo com a lei?

<p>A condição da mãe (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a definição correta de concurso de pessoas?

<p>A colaboração voluntária e consciente de duas ou mais pessoas para a realização de um crime. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual é a diferença entre crimes monossubjetivos e plurissubjetivos?

<p>Crimes plurissubjetivos somente ocorrem com um número mínimo de dois participantes, enquanto monossubjetivos podem ser únicos ou eventuais. (C)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza a teoria dualística no concurso de pessoas?

<p>Existem autor e partícipes, que têm papéis distintos na prática do delito. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é um exemplo de crime plurissubjetivo?

<p>O crime de rixa, que exige a participação de três ou mais pessoas. (C)</p> Signup and view all the answers

Após a consumação de um crime, o que ocorre em relação ao concurso de pessoas?

<p>A tipificação se torna específica e autônoma, afastando a figura do concurso. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é a implicação do princípio da acessoriedade no concurso de pessoas?

<p>A responsabilização penal depende exclusivamente da ação do autor principal. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é um requisito para que ocorra o concurso de pessoas?

<p>Deve haver uma colaboração voluntária e consciente entre os participantes. (D)</p> Signup and view all the answers

O que é um crime autônomo em relação ao concurso de pessoas?

<p>Um crime que se gera a partir de uma atividade de um co-participante após a consumação de um crime principal. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é a condição necessária para que a participação em um crime seja considerada válida?

<p>Haver autoria, pois a participação é secundária. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual é a função do vínculo subjetivo no concurso de pessoas?

<p>Unir os participantes para a mesma infração penal. (A)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza a relevância causal em um concurso de pessoas?

<p>A conduta deve ter contribuído efetivamente para o resultado do crime. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é uma diferença importante nas teorias de autoria ao longo do tempo?

<p>A distinção entre autoria e participação foi gradualmente reconhecida. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual teoria estabelece que o partícipe pode ser punido se o autor praticar um fato típico, independentemente deste ser ilícito?

<p>Teoria da acessoriedade mínima (D)</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes itens não é um requisito para o concurso de pessoas?

<p>Intenção de favorecer o crime. (A)</p> Signup and view all the answers

Como é definido o 'princípio da acessoriedade de participação'?

<p>A participação é secundária e depende da existência de autoria. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções NÃO é uma condição para a punição do partícipe segundo a teoria da acessoriedade extrema?

<p>Fato culposo (C)</p> Signup and view all the answers

Qual elemento é essencial para se configurar uma identidade de infração penal entre os participantes?

<p>Todos devem praticar a mesma infração penal. (C)</p> Signup and view all the answers

De que maneira a participação é considerada no contexto do concurso de pessoas?

<p>Como uma ação secundária em relação à autoria (C)</p> Signup and view all the answers

Qual posição é adotada pela doutrina e jurisprudência brasileiras em relação à teoria da acessoriedade limitada?

<p>O partícipe não é punido se o autor atua em legítima defesa (A)</p> Signup and view all the answers

Qual é um aspecto importante da pluralidade de condutas no concurso de pessoas?

<p>Devem ser realizadas várias ações para a prática de um único crime. (A)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza o liame psicológico entre participantes em um crime?

<p>A consciência de que cada um contribui para o resultado criminoso. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal diferença entre coautoria e participação em crimes culposos segundo a doutrina brasileira?

<p>A coautoria é admitida, enquanto a participação não é (A)</p> Signup and view all the answers

Como as teorias de autoria atualmente veem a relação entre autoria e participação?

<p>Há uma distinção clara entre autoria e participação com penas diferentes. (D)</p> Signup and view all the answers

A partir de qual teoria o partícipe pode ser responsabilizado independentemente da corrupção do autor?

<p>Teoria do favorecimento (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é o requisito fundamental que deve existir para caracterizar a participação em um crime?

<p>Ação do autor que deve ser típica (A)</p> Signup and view all the answers

Qual é a consequência da prática de um fato típico e ilícito pelo autor segundo a teoria da acessoriedade limitada?

<p>O partícipe é penalmente responsabilizado (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é o entendimento acerca da contribuição do partícipe em crimes culposos, segundo a doutrina brasileira?

<p>Não existe participação, apenas coautoria (B)</p> Signup and view all the answers

Qual teoria é considerada não válida no Brasil em relação à acessoriedade?

<p>Teoria da acessoriedade extrema (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é o princípio que garante que todos os participantes de um crime respondem pelo mesmo tipo penal, conforme estabelecido na teoria monista?

<p>Princípio da Acessoriedade (C)</p> Signup and view all the answers

Qual conceito se refere à ligação psicológica entre os coautores e os partícipes na prática de um crime?

<p>Vínculo Subjetivo (C)</p> Signup and view all the answers

Qual teoria considera que autores e partícipes praticam o mesmo crime, mas com diferenciação em suas responsabilidades?

<p>Teoria monista (B)</p> Signup and view all the answers

De acordo com o art. 29 do Código Penal, o que acontece se a participação de um indivíduo em um crime for de menor importância?

<p>A pena é reduzida em um terço até um sexto (B)</p> Signup and view all the answers

Qual teoria defende que cada indivíduo responde por crimes distintos praticados durante a mesma ação criminosa?

<p>Teoria pluralística (B)</p> Signup and view all the answers

Quais são as duas fases pela qual a teoria monista evoluiu?

<p>Sistema clássico e sistema diferenciador (A)</p> Signup and view all the answers

O princípio da relevância causal refere-se a qual aspecto na responsabilidade penal?

<p>À contribuição de cada indivíduo para a ocorrência do crime (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes alternativas é correta sobre a teoria monista sob o sistema diferenciador?

<p>Há distinção nas responsabilidades, mas o crime é único (B)</p> Signup and view all the answers

O que caracteriza a teoria unitária temperada no contexto penal brasileiro?

<p>A distinção na culpabilidade mas a unidade do tipo penal (A)</p> Signup and view all the answers

O que implica a teoria dualística na responsabilidade penal?

<p>Cada indivíduo responde por dois crimes distintos (B)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Concurso de Pessoas

A colaboração voluntária e consciente de duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou contravenção penal.

Crimes Monossubjetivos

Crimes normalmente praticados por uma só pessoa, mas que, eventualmente, podem ser praticados por várias.

Crimes Plurissubjetivos

Crimes que precisam de, no mínimo, duas pessoas para acontecer.

Teoria Pluralística (Concurso de Pessoas)

Cada pessoa envolvida em um crime pratica um crime diferente.

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Teoria Dualística (Concurso de Pessoas)

Nesse caso, existem autores (co-autores) e participantes no crime.

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Concurso de pessoas após a consumação

Após a consumação de um crime, pode-se ter um crime distinto, separado, como receptação.

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Crimes Monossubjetivos vs. Plurissubjetivos

Diferença entre crimes que podem ser cometidos por uma pessoa e crimes que exigem a participação de várias.

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Tipos Penais

Leis que definem as características e penas para cada crime.

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Requisitos para o Concurso

Pluralidade de participantes e condutas; relevância causal; vínculo subjetivo; e identidade de infração penal.

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Relevância Causal

A conduta de cada participante contribuiu efetivamente para o crime, ao menos na tentativa.

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Vínculo Subjetivo

Ligação psicológica entre os participantes do crime, sabendo de sua contribuição.

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Prévio Ajuste

Não é necessário para o concurso de pessoas, mas sua existência geralmente indica um.

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Identidade de Infração Penal

Todos os participantes devem responder pelo mesmo tipo de crime.

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Autoria

Ação principal na prática de um crime, com responsabilidade e implicações mais severas.

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Participação

Ação secundária no crime, dependente da autoria e com responsabilidades menores.

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Princípio da Acessoriedade

A participação só existe se houver autoria; a participação é uma consequência da ação primária

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Teoria da Equivalência dos Antecedentes

Teoria antiga que considerava todos que contribuíram para o crime como autores.

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Teoria Monista (Concurso de Pessoas)

A teoria monista afirma que todos os autores e partícipes de um crime respondem pelo mesmo delito, independentemente do grau de participação.

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Exceção à Teoria Monista

Em algumas situações, a teoria monista tem exceções, como quando um indivíduo deseja praticar um crime menos grave, mas acaba participando de um crime mais grave. Nesse caso, ele poderá responder apenas pelo crime menos grave.

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Circunstâncias Elementares

Circunstâncias elementares são elementos que, se excluídos, tornam um crime inexistente ou modificam sua classificação. Elas são importantes para determinar a pena e o tipo de crime.

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Circunstâncias Pessoais (Concurso de Pessoas)

Circunstâncias pessoais são características do agente que podem influenciar na pena, como o motivo do crime, mas não se comunicam aos coautores e partícipes, a menos que sejam elementares.

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Comunicação de Circunstâncias Objetivas

Circunstâncias objetivas, como o modo de execução do crime, podem ser comunicadas aos coautores e partícipes, desde que tenham conhecimento delas.

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Teoria da Participação na Culpabilidade

Teoria antiga e inválida que considerava a participação no crime como uma influência corruptora do partícipe sobre o autor.

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Teoria do Favorecimento ou da Causação

Teoria atual que considera o partícipe responsável por favorecer, induzir ou instigar a prática do crime, independentemente da influência sobre o autor.

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Acessoriedade da Participação

O partícipe só pode ser punido se houver um autor do crime. A participação é um ato que depende da existência da autoria.

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Teoria da Acessoriedade Mínima

Para punir o partícipe, basta que o autor tenha praticado um fato típico (independente de ser ilícito ou culpável).

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Teoria da Acessoriedade Limitada

O partícipe só pode ser punido se o autor praticou um fato típico e ilícito. Se o autor agiu em legítima defesa, por exemplo, o partícipe não será punido.

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Teoria da Acessoriedade Extrema

Para punir o partícipe, o autor precisa ter praticado um fato típico, ilícito e culpável. Essa teoria não é válida no Brasil.

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Coautoria em Crimes Culposos

A doutrina brasileira admite a coautoria em crimes culposos, pois ambos os agentes possuem o dever de cuidado e o descumprem.

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Participação em Crimes Culposos

A doutrina brasileira não admite participação em crimes culposos. O agente que desobedece o dever de cuidado age como autor, não como partícipe.

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Teoria Monista

A teoria monista afirma que todos os envolvidos em um crime, autores e partícipes, respondem pelo mesmo crime, na medida de sua culpabilidade.

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Sistema Unitário Clássico (Teoria Monista)

A primeira versão da teoria monista, onde todos os envolvidos eram considerados autores, sem distinção entre quem executou o crime e quem apenas contribuiu.

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Sistema Diferenciador (Teoria Monista)

Evolução da teoria monista, que reconhece a diferença entre autores e partícipes, atribuindo responsabilidades distintas, mas mantendo o mesmo crime.

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Art. 29 do Código Penal

O artigo 29 do Código Penal brasileiro confirma a adoção da teoria monista, no sistema diferenciador, onde autores e partícipes respondem pelo mesmo crime, com penas diferenciadas.

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Teoria Unitária Temperada

Outro nome para a teoria monista, enfatizando sua aplicação no sistema diferenciador.

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Teoria Monista Matizada

Mais um nome para a teoria monista, destacando que a diferenciação entre autores e partícipes é uma matização da teoria original.

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Participação de Menor Importância

O § 1º do Artigo 29 do Código Penal permite que a pena seja diminuída em casos de participação menos relevante.

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Co-autores

Pessoas que agem em conjunto para realizar o crime, com o mesmo nível de participação e responsabilidade.

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Partícipe

Quem colabora para a prática do crime, mas não executa diretamente o núcleo do tipo penal, como auxiliando ou induzindo o crime.

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Study Notes

Concurso de Pessoas e Autoria Imediata

  • O concurso de pessoas é a colaboração voluntária e consciente de duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou contravenção penal. Pode ser chamado de codelinquência.
  • O concurso de pessoas é possível até a consumação do crime. Após a consumação, tem-se uma tipificação específica, um crime autônomo, que afasta o concurso de pessoas.
  • Exemplos de crimes que seriam exemplos disso são o favorecimento real e o favorecimento pessoal.
  • Para melhor compreensão, diferencia-se crimes monossubjetivos (praticados por uma pessoa, eventualmente por mais de uma) e crimes plurissubjetivos (necessários de pelo menos duas pessoas dependendo do tipo penal).
  • Existem três teorias que explicam o concurso de pessoas: pluralística, dualística e monista.
  • A teoria pluralística não é válida no Brasil. Cada pessoa responde por um crime diferente.
  • A teoria dualística também não é válida no Brasil. Autor/coautores respondem por um crime e partícipes por outro distinto.
  • A teoria monista é válida no Brasil. Todos os envolvidos no concurso respondem pelo mesmo tipo penal.
  • No Brasil, a teoria monista é adotada com um sistema diferenciador (que diferencia autoria e participação).
  • Inicialmente, o sistema unitário clássico não diferenciava autores e partícipes, todos respondiam como autores.
  • O sistema diferenciador, mais recente, faz a distinção entre autores e partícipes, que concorrem de forma diferente na execução do crime.
  • O Código Penal Brasileiro (art. 29) adota a teoria monista matizada, ou seja, a teoria monista sob o prisma objetivo-formal.
  • A autoria mediata ocorre quando o homem de trás (autor mediato) se utiliza de um executor (autor imediato) inimputável ou coage.
  • Crimes próprios exigem uma qualidade especial do autor (ex. peculato - funcionário público).
  • Autoria mediata não é aceita em crimes de mão própria (autor precisa ser o executor).

Coautoria e Participação

  • Coautoria: Mais de uma pessoa pratica o núcleo do tipo ou ações essenciais para o crime (divisão de tarefas).
  • Participação: Ação secundária que estimula ou favorece a execução do crime. Necessário que haja um autor.
    • Pode ser instigação (incentivo) ou cumplicidade (auxílio material).
  • Existem teorias da acessoriedade: mínima, limitada e extrema.

Crimes Próprios

  • Crimes próprios exigem característica específica do autor (ex. funcionário público).
    • Autoria mediata não é aplicável.

Crimes Culposos

  • A coautoria é aceita, mas não a participação, pois há dever objetivo de cuidado do agente.

Crimes Omissivos

  • Crimes omissivos próprios tem a omissão como crime no tipo penal.
  • Crimes omissivos impróprios possuem dever de cuidado com a conduta.
  • Podem admitir coautoria e participação.

Multidão Delinquente

  • Crime praticado conjuntamente por um grupo.

Punibilidade da Participação e Cooperação Dolosamente Distinta

  • O art. 29 do Código Penal determina que a pena é aplicada conforme a culpabilidade.
  • O § 1º (participação de menor importância) permite diminuição da pena.
  • O § 2º (cooperação dolosamente distinta) aborda a questão da pena quando o participante tem dolo em relação a um crime diferente.

Teorias sobre Autoria

  • Teoria objetivo-formal: autor pratica o núcleo do tipo, partícipe, qualquer outra contribuição causal.
    • Teoria objetivo-material: autor presta contribuição mais importante para crime.
  • Teoria do domínio do fato: autor tem controle final sobre acontecimentos, mesmo sem executar o núcleo do tipo.

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