Clínica Ampliada e Compartilhada no SUS

Apresentação da Clínica Ampliada e Compartilhada

• O Ministério da Saúde apresenta a Clínica Ampliada e Compartilhada como política transversal ao SUS, integrando atenção e gestão.
• Busca a indissociabilidade entre modos de produzir saúde e gerir o trabalho, atenção e gestão, clínica e política, e produção de saúde e subjetividade.
• Objetiva inovações em práticas gerenciais e de saúde, desafiando equipes a superar limites e experimentar novas formas de organização e circulação de poder.
• A transformação dos instrumentos de trabalho é crucial, necessitando de arranjos de gestão que privilegiem comunicação e técnicas relacionais para uma clínica compartilhada.

Por que a Clínica Ampliada?

• A clínica com foco restrito pode proteger falsamente o profissional, impedindo-o de lidar com o sofrimento do paciente e sua própria dor.
• É necessário criar suporte aos profissionais para lidar com dificuldades, identificações e situações diversas.
• Deve-se confrontar o ideal de neutralidade e não-envolvimento, incluindo a subjetividade nas discussões de caso (PTS) e evitando a culpabilização individual.
• Dificuldades pessoais no trabalho refletem problemas no processo de trabalho, baixa grupalidade, alta conflitividade e fragmentação.

O que é Clínica Ampliada?

• A abordagem propõe uma escuta atenta e uma análise das relações entre o profissional e o usuário.
• É fundamental compreender a contratransferência - sentimentos do profissional pelo paciente - e seus limites e possibilidades na relação clínica.
• Identificar raiva, incômodos e rótulos ajuda a entender a relação terapêutica, avaliando como se lida com essas forças.
• A análise das intenções, tanto do profissional quanto do usuário, é essencial para encontrar um caminho comum. Ex: Profissional quer controlar a glicemia, o usuário busca felicidade.
• Compreender os projetos e desejos do usuário, pois estes aglutinam energia e são relevantes para o tratamento.
• Conhecer as atividades de lazer (passado e presente) é importante, indicando a situação do usuário e fatores desencadeadores de transtornos.

Projeto Terapêutico Singular (PTS)

• Abordagem que leva em consideração a vida pregressa dos pacientes, atividades de lazer, e os riscos e vulnerabilidades do usuário.
• Avaliação das estratégias e respostas do usuário às ações da equipe, influência da equipe na resposta do usuário e o que mobiliza a equipe.
• Considera ações de outros serviços de saúde e vulnerabilidades (individuais, políticas, sociais), necessidades do usuário, objetivos a serem alcançados e hipóteses sobre a solução.
• Define ações, responsáveis, prazos, negociações, entendimento do usuário e sua família, papel do usuário, profissional de referência e momentos de reavaliação.

A Reunião de Equipe e Gestão do PTS

• A reunião de equipe é um espaço fundamental para discutir e acompanhar os PTS.
• O PTS também tem implicações na gestão, pois requer um trabalho integrado entre os profissionais e os serviços de saúde.

Publicação

• Publicada pelo Ministério da Saúde em 2009.
• Primeira edição com 50.000 exemplares.
• Série B. Textos Básicos de Saúde.

Explore a abordagem da Clínica Ampliada e Compartilhada e suas implicações para a saúde no SUS. O objetivo é integrar atenção e gestão, promovendo inovações e novas práticas gerenciais que desafiam os limites convencionais. Descubra como essa abordagem transforma a prática clínica e promove uma comunicação eficaz entre profissionais de saúde.