Ceticismo Radical em Filosofia

A crença em uma proposição P é justificada se o sujeito possui uma boa razão para acreditar em P, mesmo que P seja falsa.

O conhecimento requer mais do que apenas uma crença verdadeira. É necessário ter uma base sólida para essa crença, uma justificativa.

A crença de que uma proposição é verdadeira, não garante que ela realmente seja. Um exemplo é acreditar que uma pessoa está em casa enquanto ela está viajando.

Uma proposição é verdadeira se ela corresponde à realidade, independentemente do que alguém pensa sobre ela.

O ceticismo radical questiona a possibilidade do conhecimento como um todo, argumentando que não podemos ter certeza sobre nada.

Este tipo de ceticismo reconhece a possibilidade de conhecimento, mas argumenta que ele é limitado e/ou provável, ao invés de absoluto.

Uma das maiores críticas ao ceticismo radical é que ele não consegue fornecer uma base sólida para a sua própria posição. Caso ele realmente duvide de TODA a possibilidade de conhecimento, como ele pode ter certeza que essa dúvida em si mesma é válida?

A incapacidade de encontrar justificativas definitivas para as nossas crenças, pois cada justificativa depende de outra, e assim por diante, criando um loop infinito.

A dúvida metódica é um processo organizado e sistemático para atingir o conhecimento. É uma busca por certeza que examina cuidadosamente cada crença, buscando contradições e falhas.

A dúvida metódica é uma dúvida provisória, ou seja, é uma postura que admite que as nossas crenças podem ser revisadas e modificadas à medida que novas evidências surgem.

A dúvida hiperbólica é uma dúvida levada ao extremo, que questiona tudo, inclusive as crenças mais básicas e intuitivas.

A dúvida universal se aplica a todas as nossas crenças, tanto as adquiridas pela experiência (a posteriori) quanto aquelas que consideramos inatas (a priori).

A dúvida radical é uma postura que coloca em questão a própria possibilidade de atingir o conhecimento verdadeiro e indubitável.

A dúvida voluntária é um estado mental que se escolhe assumir, uma postura que se decide ter conscientemente, ao invés de uma dúvida imposta pelas circunstâncias ou pelo medo.

Descartes argumenta que a ilusão dos sentidos pode nos enganar, levando-nos a questionar a realidade do mundo exterior. Se nossos sentidos podem nos enganar, como podemos ter certeza de que não estamos sonhando?

A hipótese do gênio maligno é uma ideia radical que propõe que um ser poderoso poderia estar a manipular nossas percepções, fazendo-nos acreditar em coisas que não são verdadeiras. Descartes usa esse conceito para questionar a confiabilidade da razão e da intuição.

A crença de que algo é verdadeiro, mesmo que essa verdade não possa ser provada de forma definitiva.

O conhecimento é construído a partir da razão, a partir de ideias claras e distintas.

O conhecimento é construído a partir da experiência, através das impressões dos sentidos. O que não pode ser percebido pelos sentidos, não pode ser conhecido.

A ideia de que é impossível ter certeza absoluta sobre qualquer coisa.

A dúvida metódica possui uma função purificadora, liberando o espírito de erros e preconceitos que podem obscurecer a busca pela verdade. Ela nos permite questionar nossas crenças e opiniões formadas na infância, abrindo caminho para um conhecimento mais sólido.

O cogito, “Penso, logo existo”, é uma afirmação central da filosofia de Descartes, estabelecendo a existência do sujeito pensante como ponto de partida para o conhecimento. É um princípio fundamental que garante a certeza de nossa própria existência.

A clareza é um critério de verdade que se refere à nitidez e distinção com que uma ideia se apresenta à mente. Uma ideia clara é aquela que se destaca com nitidez, sem elementos confusos ou obscuros.

A distinção é um critério de verdade que se refere à capacidade de separar uma ideia das demais, evitando que ela se confunda com outras. É a capacidade de analisar uma ideia isoladamente, discernindo seus elementos específicos.

A evidência é um critério de verdade que se refere à presença de uma ideia na mente com total atenção. É a certeza inabalável que surge quando uma ideia se impõe à mente com força e clareza.

A intuição é a capacidade de perceber diretamente uma verdade, sem a necessidade de um raciocínio lógico ou dedutivo. É um conhecimento direto e imediato, como um insight que surge espontaneamente.

Uma ideia clara e distinta é uma ideia que se apresenta à mente com nitidez, sem elementos confusos, e que pode ser separada das demais com clareza. É um conceito fundamental para o conhecimento seguro e confiável.

Segundo Hume, todos os nossos raciocínios sobre fatos se baseiam na relação de causa e efeito.

Hume argumenta que a relação de causa e efeito não é descoberta pela razão, mas sim através da experiência.

A ideia de conexão necessária entre causa e efeito é uma criação da mente, não uma propriedade objetiva das coisas.

O hábito ou costume é o mecanismo psicológico que nos leva a projetar a ideia de conexão necessária no mundo.

A causalidade, para Hume, é uma conjunção constante observada entre eventos, que o hábito nos leva a considerar como uma conexão necessária.

O problema da indução é a questão de saber se podemos justificar as inferências indutivas, ou seja, se podemos generalizar a partir de experiências passadas para o futuro.

Hume levanta uma dúvida sobre o conhecimento científico dos fenômenos, pois ele argumenta que a ideia de conexão necessária entre causa e efeito não tem base objetiva.

O problema da indução é fundamental para a filosofia da ciência, pois levanta questões sobre a validade do conhecimento científico e sua capacidade de prever o futuro.

O argumento de Descartes de que a existência de Deus pode ser provada pela ideia de perfeição dentro da mente humana, o que implica a existência de um ser perfeito que a criou. Uma crítica aponta que este argumento assume a existência de um Deus perfeito para provar a sua própria existência.

Descartes argumenta que uma entidade maligna poderia estar enganando a mente humana, fazendo com que as experiências do mundo sejam falsas. Esta ideia levanta questões sobre a confiabilidade da percepção e da razão como fontes de conhecimento.

A dificuldade em explicar como o corpo físico interage com a mente não física (alma). Descartes acreditava que a mente e o corpo eram substâncias distintas, o que levanta questões sobre como elas podem se comunicar.

David Hume, um filósofo empirista que acreditava que o conhecimento é derivado da experiência sensorial. Ele rejeitou a ideia de conhecimento inato e argumentou que apenas as impressões e ideias derivadas da experiência são confiáveis.

Hume acreditava que a mente humana tem a capacidade de formar ideias baseadas nas impressões sensoriais. As ideias são representações menos intensas das impressões, como memórias ou imagens mentais.

Hume argumentou que todas as ideias são derivadas de impressões. Não existem ideias inatas, ou seja, ideias que já existem na mente antes da experiência.

Um exemplo de uma impressão é a sensação direta de ver uma árvore. Uma ideia derivada desta impressão seria a imagem mental da árvore que você recorda posteriormente.

Um exemplo de ideia é a imagem mental da árvore que você recorda ou a sua representação da árvore em palavras. Esta imagem ou representação é uma cópia menos intensa da impressão da árvore.