Aprofundando o Tema dos Maus-Tratos Infantis

Este modelo afirma que características ou comportamentos específicos da criança aumentam o risco de maus-tratos. Por exemplo, crianças muito choronas, desobedientes ou com necessidades especiais podem ser vistas como "aversivas" pelos pais.

Uma das principais críticas ao Modelo Centrado na Criança é a dificuldade de determinar se os comportamentos da criança são a causa ou a consequência dos maus-tratos.

Crianças mais novas são consideradas mais vulneráveis a maus-tratos devido à sua dependência e falta de controle emocional.

Este modelo se concentra nas características psicológicas e psiquiátricas do agressor, buscando entender por que ele comete o abuso.

Anteriormente, se acreditava que doenças mentais, impulsividade e falta de empatia eram fatores determinantes para o abuso. Hoje, a visão é mais abrangente, reconhecendo que não há um padrão único.

O abuso pode ser transmitido de geração em geração, sendo mais comum em famílias com histórico de violência.

Fatores como dificuldades financeiras, ausência de um dos pais, número elevado de filhos e isolamento social aumentam o risco de maus-tratos.

A aceitação da violência como forma de disciplina e a cultura social que tolera o abuso contribuem para a sua ocorrência.

Rede de apoio a crianças e adolescentes vítimas de violência, que engloba diversas entidades como: NACJR (apoio médico e social), GAIV, Cada da Maria e Espaço Júlia (acolhimento e apoio), GNR e NIAVE (apoio a vítimas).

Conjunto de iniciativas que visam atender às necessidades das vítimas de violência, incluindo investigação de crimes, apoio psicológico, encaminhamento para serviços especializados e acompanhamento judicial.

Organizações não governamentais (ONGs) dedicadas a auxiliar vítimas de violência, através de apoio psicológico, jurídico e social.

Centros que acolhem crianças e adolescentes em situação de risco, fornecendo abrigo, assistência e apoio durante o período necessário.

Estruturas destinadas a auxiliar crianças e jovens em situação de perigo, incluindo unidades residenciais e especializadas, que oferecem suporte para diversas necessidades.

Proporcionar assistência física, psicológica, emocional, educacional e social, construir laços afetivos seguros, minimizar danos emocionais, desenvolver competências pessoais e sociais, auxiliar na construção da identidade e promover a autonomia para integração social, escolar e profissional.

Processo de acompanhar individualmente cada caso de violência, avaliando os riscos e necessidades de cada vítima, para oferecer suporte específico e integrado.

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou o Tribunal podem determinar o acolhimento residencial como medida de proteção para crianças e jovens em situação de perigo.

Crianças e jovens em instituições podem sentir que estão a ser punidos, o que pode ter impacto negativo na sua autoestima e bem-estar.

Estar numa instituição pode levar a que a criança ou jovem seja estigmatizada e discriminada pela sociedade, o que pode afetar a sua integração social.

A institucionalização pode levar à ideia de que a família não é responsável pela criança, o que pode gerar conflitos e dificuldades na relação familiar.

As regras e o ambiente controlado de uma instituição podem levar à reprodução das desigualdades sociais, limitando as oportunidades para as crianças e jovens.

O psicólogo em instituições deve formar toda a equipa (educadores, técnicos) para que trabalhem em conjunto, unindo diferentes áreas do conhecimento.

O trabalho do psicólogo numa instituição acontece dentro da própria instituição, ou seja, não é realizado em consultório.

As estratégias de intervenção individual focam-se no desenvolvimento de habilidades e superação de desafios específicos de cada criança.

A intervenção em grupo visa promover a aprendizagem de habilidades sociais e comportamentais, através de atividades em conjunto.

Um serviço especializado que oferece apoio, orientação e recursos para famílias com crianças e jovens. Inclui áreas como educação parental, formação, sensibilização e mediação familiar.

Um conjunto de intervenções destinadas a promover o bem-estar de crianças e jovens em perigo, incluindo o apoio aos pais, a confiança a pessoas idóneas e o acolhimento familiar.

Um local onde crianças e jovens são retirados de suas famílias devido a situações de risco, oferecendo cuidados e suporte num ambiente seguro e estruturado. Exemplos: lares de infância e juventude, centros educativos, famílias de acolhimento.

O conhecimento técnico que os psicólogos têm sobre desenvolvimento normal de crianças e jovens, problemas comportamentais e técnicas de intervenção, ajudando a compreender e cuidar de crianças em instituições.

A situação em que crianças e jovens são retirados das suas famílias e colocados em instituições de acolhimento devido a fatores de risco que colocam o seu bem-estar em perigo.

As consequências negativas do afastamento das crianças e jovens dos seus pais e ambientes familiares, que podem afetar a sua saúde emocional e social.

As vantagens de um ambiente institucional, como a rotina, segurança, suporte constante e a criação de laços com adultos que oferecem cuidados e afeto.

A capacidade de as crianças em instituições construírem confiança em si mesmas e nos outros, acreditando no seu potencial de crescimento e recuperação.

Atos sexuais com menor de 14 anos, com pena de prisão de 1 a 8 anos.

Atos sexuais com menor entre 14 e 18 anos que lhe tenha sido confiado para educação ou assistência, com pena de prisão de 1 a 8 anos.

Ato sexual de relevo com menor entre 14 e 16 anos, abusando da sua inexperiência, com pena de prisão até 2 anos.

Ato sexual de relevo com menor entre 14 e 18 anos, mediante pagamento ou outra contrapartida, considerado crime.

Fomentar, favorecer ou facilitar o exercício da prostituição de menor ou aliciar menor para esse fim, considerado crime.

Conjunto de crimes relacionados com a exploração sexual de menores, incluindo a produção, distribuição e posse de material pornográfico.

Aliciar menor, por meio de tecnologias de informação e de comunicação, para encontro visando a prática de atos sexuais, considerado crime.

Agravamento da pena em metade ou um terço para casos de abuso sexual que resultam em gravidez, ofensa grave, morte da vítima, infeções sexualmente transmissíveis, suicídio ou outros danos.

Interesse sexual atípico por crianças pré-púberes (geralmente ≤ 13 anos), presente por pelo menos 6 meses, que causa sofrimento ou dano a terceiros.

Interesse sexual atípico que não é patológico, não requer intervenção se for consensual e não causar danos.

Contatos físicos como sexo anal, vaginal, oral, introdução de objetos, carícias, masturbação e obrigar a manter contatos sexuais com animais.

Contatos não físicos como lenocínio, exibicionismo, obrigar a assistir práticas sexuais e atividades online como a exploração sexual, a promoção da prostituição e a solicitação de material pornográfico.

Sequência de atos abusivos que podem progredir desde a exibição dos órgãos genitais até ao coito anal e outros.

Atuação sobre um menor por meio de conversa obscena, escrita, espetáculos ou objetos pornográficos, ou utilizando-o em fotografia, filme ou gravação pornográfica, com pena de prisão até 3 anos.

Abuso sexual com intenção lucrativa, com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.

Mecanismo que impede a revelação do abuso sexual, caracterizado por manipulação, medo e vergonha, dificultando a quebra do silêncio.

Padrão recorrente de comportamento onde o abusador alterna as vítimas dentro da mesma fratria, deslocando o abuso entre irmãos.

É comum que as ​​vítimas do abuso sexual não revelem a experiência, especialmente durante as entrevistas formais.

A criança sente que é responsável por manter a unidade da família, assim, mantém o segredo do abuso.

Relação disfuncional onde a criança é vista como um objeto sexual pelo abusador, gerando manipulação e controle.

A crença errônea de que a criança é responsável pelo abuso sexual, internalizando a culpa.

A forma como a sexualidade da criança é desvirtuada pelo abuso, levando a uma visão distorcida do amor e do sexo.

Crianças abusadas sexualmente podem não apresentar sintomas imediatamente, mas manifestá-los mais tarde na vida.

A crença de que a criança é responsável por manter a unidade familiar, mesmo que isso signifique esconder o abuso.

A criança sente-se impotente diante do abuso, perdendo o controle sobre a própria vida.

A criança sente que foi traída por alguém em quem confiava, gerando um profundo sentimento de desconfiança.

O abuso sexual é uma experiência traumática que pode gerar sequelas psicológicas e sociais de longo prazo.

A criança sente-se culpada, envergonhada e diferente, o que internaliza uma autoimagem negativa.

O grau de proximidade com o abusador pode intensificar o impacto e as consequencias do trauma.

O abuso sexual pode levar a comportamentos de risco, como o uso de drogas, álcool e relações sexuais desprotegidas.