Anticoagulantes e INR na Cirurgia Oral

Índice Internacional Normalizado (INR)

• É usado para monitorizar pacientes em terapia anticoagulante oral.
• INR = 1: capacidade hemostática normal.
• INR entre 2 e 3: pacientes tratados com anticoagulantes orais.
• INR = 5 ou mais: risco de hemorragia espontânea.
• Maior INR, mais tempo para o sangue coagular.

Anticoagulantes e Cirurgia Oral

• Poucos estudos sobre o risco de INR entre 3 e 4 (próteses valvulares).
• Não há registros de hemorragias graves em pacientes com INR terapêutico após cirurgia oral, sem suspensão da medicação.
• Complicações embólicas graves podem ocorrer em casos de interrupção da terapia anticoagulante.
• Risco de hemorragia após extrações dentárias em pacientes sem anticoagulantes: 1%.
• Complicações embólicas em pacientes hipocoagulados que interrompem a terapia anticoagulante são 3 vezes mais prováveis.
• Ácido tranexâmico e aminocapróico para controle hemorrágico no pós-operatório de cirurgia oral.
• Consultas preferencialmente no início da semana e do dia.

Cirurgia Oral Menor

• Considerada de baixo risco hemorrágico.
• Exemplos: extração simples de até 3 dentes, cirurgia gengival, aplicação de coroas, pontes dentárias, remoção cirúrgica de dentes, destartarização.

Odontogeriatria em Portugal

• População idosa em 2021: 23,4% (2,5 milhões), 57% mulheres.
• População idosa duplicou nos últimos 36 anos.
• 2º lugar na União Europeia em proporção de indivíduos com 65+ anos, 3º no mundo.
• Idosos em Portugal, em geral, apresentam:
  • Baixa escolaridade, principalmente mulheres (32% sem escolaridade).
  • Vivem em grande parte de reformas, com pensões abaixo do salário mínimo.
  • Moram sozinhos (principalmente mulheres), ou com pessoas da mesma idade.
  • Residem em áreas rurais ou semiurbanas do interior, mas há um aumento nas áreas urbanas.
  • Poucos são institucionalizados, mas o número aumenta após os 80 anos, principalmente mulheres e no interior.
  • Tendência de viver mais anos sem qualidade de vida.
  • Principal dificuldade: Mobilidade.
  • Mais escolarizados: melhor autoperceção de saúde e maior uso de serviços de saúde.

Odontogeriatria: Desafios e Oportunidades

• 23,4% da população portuguesa é idosa (quase 1/4).
• Desafios:
  • Pressão sobre os sistemas de saúde e segurança social.
  • Escassez de mão de obra.
  • Abrandamento do crescimento económico.
• Oportunidades:
  • Novas oportunidades de negócios e desenvolvimento económico.
  • Papel importante na transmissão de conhecimentos.
  • Preservação da cultura e tradições.

Saúde Oral no Idoso

• Essencial para a qualidade de vida e bem-estar.

Suporte Social

• Idosos ativos em centros de dia: ótimo para o bem-estar e envelhecimento saudável, especialmente para aqueles com saúde frágil e baixa atividade física.
• Idosos institucionalizados: percepção de qualidade de vida menor que aqueles que frequentam centros de dia.
• Usuários de centros de dia: maior espectro social, mais atividades e autonomia, melhorando a autoestima e saúde geral.
• Centros de dia: promovem ações de grupo para atividades físicas, culturais e de trabalho.
• Idosos em lares e residências: rotina monótona, baixa autonomia, convívio social limitado, poucas visitas.
• Institucionalização: sensação de perda de liberdade, identidade e confiança, além de abandono pela família.
• Centros de dia: permitem a reencontro familiar ao fim do dia, fundamental para a qualidade de vida do idoso.
• Deslocamento para o centro de dia: sensação de autonomia, mais atividade física e social.

Alterações Fisiológicas no Idoso

Alterações Celulares

• Velocidade do envelhecimento varia de acordo com o órgão.
• Alterações nucleares.
• Alterações citoplasmáticas.
• Alterações na membrana celular.
• Alterações dos componentes celulares.

Alterações nos Tecidos

• Menor produção de colagénio, maior rigidez nos tecidos.
• Alteração do tecido fibroelástico, menor elasticidade.
• Mais tecido fibroso.
• Menos fibras elásticas.

Alterações Orgânicas

• Maior componente de tecido adiposo.
• Menor quantidade de água.
• Menor potássio total.
• Menor consumo de oxigénio.
• Menor peso e volume dos órgãos.
• Menor conteúdo mineral ósseo.

Composição Corporal

• Alteração no peso e estatura.
• A estatura diminui a partir dos 40 anos, cerca de 1cm por década.
• Diminuição da coluna vertebral devido à atrofia dos discos intervertebrais e tendência de encurvamento por fraqueza muscular.
• Distribuição centrípeta do tecido adiposo.
• Temperatura corporal tende a diminuir.
• Liberação de adrenalina para contração dos vasos sanguíneos periféricos.

Função Cardíaca

• Mais colagénio no pericárdio e endocárdio.
• Degeneração das fibras musculares.
• Espessamento e calcificação das válvulas cardíacas.
• Menor produção e condução do estímulo.
• Modificações bioquímicas (ATP e Ca).
• Rigidez da parede das artérias.
• Menor teor adrenérgico.
• Menor resposta aos estímulos simpáticos e parassimpáticos.

Função Pulmonar

• Modificações nos mecanismos reguladores da respiração.
• Menor capacidade de expansão da caixa torácica.
• Menor elasticidade.
• Menor resistência das paredes das vias aéreas intrapulmonares.
• Dilatação dos bronquíolos, ductos e sacos alveolares.

Função Digestiva

• Perda do paladar.
• Perda de dentes.
• Redução da inervação do esófago.
• Redução na secreção de lipase e insulina pelo pâncreas.
• Diminuição da metabolização de medicamentos pelo fígado.
• Dificuldade no esvaziamento da vesícula biliar.
• Enfraquecimento muscular do cólon.
• Alteração de peristaltismo.
• Redução da musculatura do recto e ânus.

Função Renal

• Menor número de nefrónios.
• Espessamento da membrana basal.
• Esclerose e hialinização glomerulares.
• Mais tecido conjuntivo intersticial.
• Alterações tubulares.

Função Hepática

• Menor fluxo sanguíneo hepático, reduzindo o metabolismo de substâncias.
• Grande reserva funcional.
• Comprometimento secundário de afeções hepáticas ou extra-hepáticas.

Sistema Nervoso

• Atrofia da camada cortical e substância branca: maior no córtex, menor no tronco cerebral.
• Redução de neurotransmissores.
• Menor sensibilidade dos barorreceptores, quimiorreceptores e exterorreceptores (pele).
• Menor velocidade de condução (aferente e eferente).

Alterações Mentais

• Perda da capacidade de armazenar informação.
• Raciocínio lógico e percepção espacial diminuídos.

Este quiz aborda o Índice Internacional Normalizado (INR) e sua importância no monitoramento de pacientes em terapia anticoagulante oral, especialmente em contextos cirúrgicos. Explore os riscos associados a diferentes níveis de INR e as implicações da interrupção da terapia em procedimentos de cirurgia oral.