Análise Social: Marx sobre Desigualdade

Émile Durkheim foi um sociólogo francês que, junto com Karl Marx e Max Weber, forma a tríade clássica das Ciências Sociais. Seus trabalhos mais importantes são "Da Divisão do Trabalho Social" (1893) e "As Regras do Método Sociológico" (1895).

Durkheim acreditava que a desigualdade social é funcional para a sociedade, ou seja, desempenha um papel importante na organização e coesão social.

De acordo com Durkheim, cada indivíduo tem um papel específico na estrutura social, e essa organização é essencial para a coesão social.

Durkheim argumenta que a desigualdade social é resultado natural da divisão do trabalho, que permite que cada indivíduo se especialize em uma função específica.

A divisão do trabalho, segundo Durkheim, é essencial para o funcionamento eficaz da sociedade moderna, pois promove a interdependência entre os indivíduos e classes sociais.

Durkheim adverte que a falta de equilíbrio e coesão social pode levar à 'anomia', uma condição de desordem social em que as normas são enfraquecidas e as desigualdades podem ser exacerbadas.

Durkheim comparava a sociedade a um organismo vivo, onde cada parte tem uma função específica que contribui para o todo.

A teoria de Durkheim sobre a desigualdade social enfatiza a importância da ordem social, da divisão do trabalho e da coesão social para o funcionamento da sociedade.

Karl Marx acreditava que a desigualdade social era um resultado inevitável do sistema capitalista. Ele argumentava que a estrutura económica era a base da sociedade, influenciando tudo, desde a política até a cultura.

Marx acreditava que a sociedade era dividida em duas classes principais: a burguesia, que possuía os meios de produção, e o proletariado, que vendia sua força de trabalho. Essa divisão era a base do conflito social.

A exploração de trabalhadores no capitalismo, segundo Marx, gerava uma diferença entre o valor produzido pelo trabalhador e o seu salário. Essa diferença, chamada de 'mais-valia', era apropriada pelo capitalista.

Marx argumentava que a história humana era marcada pela luta de classes, com grupos sociais com interesses opostos em constante conflito. Esse conflito movimentava a sociedade e levava à transformação social.

Para Marx, a desigualdade social era um problema intrínseco ao capitalismo. Ele acreditava que a abolição do sistema capitalista era a única forma de superar a desigualdade e construir uma sociedade justa.

Marx considerava que o capitalismo se baseava na exploração da classe trabalhadora. Essa exploração era justificada pela ideologia dominante, que encobriam as desigualdades sociais.

Marx acreditava que o sistema capitalista era inerentemente instável e que o proletariado, através da revolução, acabaria por derrubar a burguesia e criar uma sociedade sem classes.

Marx argumentou que a exploração do trabalhador pelo capitalista era a base da desigualdade social no sistema capitalista. Essa exploração resultava na acumulação de riqueza por parte dos capitalistas e na pobreza do trabalhador.

Um estado de desequilíbrio social que ocorre quando há uma discrepância entre as metas culturais e os meios legítimos para alcançá-las.

Estratégias que indivíduos adotam para lidar com a tensão entre as metas culturais e a falta de meios legítimos para alcançá-las.

Aceitar tanto as metas culturais quanto os meios legítimos para alcançá-las.

Aceitar as metas culturais, mas rejeitar os meios legítimos, utilizando meios ilegais para alcançar o sucesso.

Rejeitar as metas culturais, mas seguir os meios legítimos, focando em seguir regras e rotinas.

Rejeitar tanto as metas quanto os meios. É a completa desistência das normas e expectativas sociais.

Rejeitar tanto as metas quanto os meios e buscar substituí-los por novos valores e normas.

Um exemplo de inovação no mercado de trabalho português, onde a falta de oportunidades leva pessoas a buscarem alternativas no trabalho informal.

A teoria funcionalista de Talcott Parsons vê a desigualdade social como um fator essencial para o bom funcionamento da sociedade.

Parsons argumenta que as posições mais importantes e desafiadoras na sociedade devem ser ocupadas por indivíduos qualificados e motivados, justificando a atribuição de recompensas como prestígio e poder.

A perspectiva de Parsons enfatiza a importância da hierarquia de funções para a coesão e estabilidade da sociedade. Ele argumenta que cada posição tem um papel específico no sistema social.

A teoria funcionalista de Parsons é criticada por justificar e perpetuar as desigualdades sociais, ignorando as causas de exploração e opressão.

Um dos principais conceitos da obra de Talcott Parsons, a Estrutura da Ação Social (1937) analisa os elementos fundamentais da ação social e os mecanismos de interação social.

Talcott Parsons, em sua obra O Sistema Social (1951), analisa a estrutura e a dinâmica dos sistemas sociais, mostrando como diferentes subsistemas interagem e contribuem para o funcionamento da sociedade como um todo.

A teoria funcionalista de Parsons criticava a visão de Marx sobre as desigualdades sociais, argumentando que a sociedade é um sistema equilibrado e não uma luta de classes.

Talcott Parsons, um dos grandes nomes da sociologia moderna, influenciou o desenvolvimento da sociologia nos Estados Unidos, especialmente durante a segunda metade do século XX.

O conjunto de hábitos, disposições e crenças que os indivíduos adquirem ao longo da vida, influenciado pelo seu ambiente e posição social. Molda a forma como as pessoas percebem e agem no mundo, reforçando padrões de desigualdade.

Para Bourdieu, as classes sociais são definidas pelos capitais econômico e cultural dos indivíduos, o que os coloca em posições divididas em classes e frações de classes sociais.

Um tipo de capital que implica prestígio e pode melhorar as oportunidades de mobilidade social.

Um espaço simbólico onde as pessoas se posicionam de acordo com seus gostos, estilos de vida e capital cultural.

O processo de perpetuação da desigualdade social através da transmissão de vantagens e desvantagens de geração em geração.

A capacidade de um indivíduo usar seu conhecimento, habilidades e recursos para alcançar seus objetivos.

O acesso a recursos materiais, como dinheiro, propriedades e bens.

Refere-se à capacidade de usar a linguagem, o conhecimento e as formas de expressão cultural para se comunicar e obter reconhecimento social.

O conceito de mais-valia descreve a diferença entre o valor que o trabalhador produz e o que ele recebe como salário. Essa diferença é apropriada pelo capitalista, tornando-se a base da exploração e da acumulação de riqueza.

A alienação é o processo pelo qual o trabalhador perde o controle e o significado do seu trabalho, tornando-se estranho ao produto do seu esforço. Isso ocorre porque, no capitalismo, os trabalhadores não possuem os meios de produção e não controlam o que produzem.

A luta de classes é um conceito central no pensamento marxista, que descreve o conflito inerente entre a burguesia (proprietários dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores). Esse conflito surge devido aos interesses divergentes de cada grupo: enquanto a burguesia busca aumentar os lucros, o proletariado busca melhores condições de trabalho e salários justos.

A exploração capitalista se manifesta quando o trabalhador gera mais valor do que recebe como salário, e essa diferença é apropriada pelo capitalista. Essa apropriação da mais-valia é a base da desigualdade social, pois concentra a riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria recebe apenas o mínimo necessário para sobreviver.

Durante a Revolução Industrial, as fábricas se tornaram um símbolo da exploração capitalista, pois os trabalhadores eram submetidos a longas jornadas, péssimas condições e baixos salários, enquanto os donos das fábricas se enriqueciam com a produção em massa.

A precariedade laboral descreve a situação de trabalho instável, com baixos salários, falta de direitos e contratos temporários. Esse tipo de trabalho é comum em setores como serviços e indústria, e reflete a persistência da exploração capitalista em tempos modernos.

A alienação se manifesta no trabalho quando o trabalhador se sente desconectado do produto do seu trabalho e não tem controle sobre o processo produtivo. Essa sensação de estranhamento contribui para a perda de propósito e a falta de reconhecimento.

A desigualdade social se origina da exploração capitalista, que concentra a riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria recebe apenas o suficiente para sobreviver. Essa disparidade se manifesta em diversos aspectos da sociedade, como acesso à saúde, educação e oportunidades.