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reproduction animal fertilization embryology veterinary science

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Este documento fornece um resumo de tópicos de reprodução animal. Abrange temas como exame andrológico, reconhecimento fetal, distocia de origem fetal e fertilização. Explora os diferentes aspectos que influenciam o processo reprodutivo, incluindo a estática fetal e as etapas da fertilização.

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Exame Andrológico O exame andrológico avalia a fertilidade do reprodutor, incluindo vários aspectos que podem impactar seu potencial reprodutivo. 1 O exame é dividido em etapas: Exame Clínico Geral: Coleta informações sobre o reprodutor, como nome, registro, raça, peso, filiação, nutrição, estação...

Exame Andrológico O exame andrológico avalia a fertilidade do reprodutor, incluindo vários aspectos que podem impactar seu potencial reprodutivo. 1 O exame é dividido em etapas: Exame Clínico Geral: Coleta informações sobre o reprodutor, como nome, registro, raça, peso, filiação, nutrição, estação de monta e motivo do exame. 3 Também leva em consideração o histórico do rebanho e do animal, incluindo todos os fatores que podem influenciar na fertilidade do animal, como escore corporal, peso e idade. 3 Exame Clínico Específico: Avalia os órgãos genitais e o comportamento sexual do reprodutor. 4 Inclui anamnese (histórico da atividade sexual), inspeção, palpação e ultrassom (US) dos testículos e escroto. 4 4 Também inclui a avaliação do epidídimo, prepúcio e pênis, bem como das glândulas sexuais anexas. 6 7 Coleta de Sêmen: Utilizada para avaliar a potência generandi do animal. 1 Técnicas comuns incluem eletroejaculação (mais comum), massagem de ampolas, indução farmacológica e vagina artificial. 8 Avaliação do Sêmen: Depois da coleta, o sêmen é analisado para determinar a qualidade e quantidade de espermatozoides. 9 A avaliação é dividida em macroscópica (volume, cor) e microscópica (turbilhonamento, motilidade progressiva e concentração). 9 RECONHECIMENTO FETAL O reconhecimento fetal se refere aos mecanismos pelos quais a fêmea reconhece a presença do embrião no útero e garante a manutenção da gestação. 12 Esse processo envolve a produção de sinais pelo embrião que são detectados pela mãe, levando a mudanças no corpo da fêmea para sustentar a gravidez. As principais etapas do reconhecimento fetal incluem: Produção de Interferão-Tau (IFN-τ) pelas vacas: O embrião bovino libera IFN-τ, que bloqueia os receptores de estrógeno e ocitocina, impedindo a luteólise (degradação do corpo lúteo) e garantindo a produção de progesterona para a manutenção da gestação. 12 Modulação da resposta hormonal: O IFN-τ e outras substâncias produzidas pelo embrião alteram a resposta hormonal da mãe, interferindo com a produção de progesterona e estrógeno. Sinalização para o sistema imune da mãe: O embrião libera sinais que modulam a resposta imune da mãe, prevenindo a rejeição do embrião. Comunicação entre o embrião e o endométrio: A comunicação entre o embrião e o endométrio garante a continuação da gestação e o desenvolvimento adequado do embrião. DISTOCIA DE ORIGEM FETAL POR CONTA DA ESTÁTICA DO FETO Distocia de origem fetal por conta do feto, significa que o feto está impedindo o parto normal devido a alguma característica dele. Por exemplo: Tamanho do Feto: Se o feto for muito grande, ele pode não caber no canal do parto. Posição e Atitude do Feto: Se o feto estiver em uma posição ou atitude anormal (como pernas para frente ou cabeça para trás), ele pode ficar preso no canal de parto. Malformações: Defeitos congênitos ou malformações no feto podem dificultar o parto. Múltiplos: Em casos de parto de múltiplos (gêmeos, por exemplo), os fetos podem estar em posições que dificultam o parto. Fetos Mortos: Um feto morto pode ser maior e mais rígido do que um feto vivo, tornando-o mais difícil de ser expulso. Outras causas que podem contribuir para a distocia fetal incluem: Falta de Desenvolvimento do Feto: Um feto que não se desenvolveu adequadamente pode ter um tamanho pequeno, o que também pode impedir que ele se mova facilmente pelo canal de parto. Problemas na Placenta: Se a placenta estiver malformada ou se o cordão umbilical estiver obstruído, o feto pode não receber oxigênio e nutrientes suficientes para atravessar o canal de parto. ESTÁTICA FETAL A estática fetal refere-se à posição do feto no útero em relação ao canal do parto. 19 Para entender a estática, analisamos três aspectos: Apresentação: Relaciona a coluna vertebral do feto com a coluna vertebral da mãe. Longitudinal: O eixo do feto coincide com o eixo da mãe (normal, maioria dos casos). Transversal: O eixo do feto é perpendicular ao da mãe (difícil de diagnosticar). Vertical: O eixo do feto é perpendicular ao eixo da mãe (quase impossível). Posição: Relaciona a pelve materna com o corpo do feto. Dorsal: Dorso do feto voltado para a coluna vertebral da mãe. Ventral: Ventre do feto voltado para a coluna vertebral da mãe. Lateral: Lado do feto voltado para a coluna vertebral da mãe. Atitude: Relaciona o corpo do feto com suas partes moveis (cabeça e membros). Flexionada: Cabeça e membros do feto dobrados. Estendida: Cabeça e membros do feto estendidos. A estática fetal é crucial para avaliar dificuldades no parto e determinar a melhor estratégia de intervenção, seja com correção manual ou procedimentos cirúrgicos. FERTILIZAÇÃO A fertilização é o processo pelo qual o espermatozóide (gameta masculino) se une ao óvulo (gameta feminino) para formar o zigoto (célula única que origina o novo indivíduo). 10 A fertilização ocorre na tuba uterina. 10 Etapas da Fertilização: Contato e Reconhecimento: O espermatozóide se liga à zona pelúcida do óvulo, uma camada protetora ao redor do óvulo. 11 Reação Acrossômica: Enzimas do acrossoma (parte do espermatozóide) são liberadas, ajudando a digerir a zona pelúcida do óvulo, permitiindo a fusão das membranas. 11 Capacitação: Os espermatozóides recentemente ejaculados sofrem modificações na sua membrana para se tornarem capazes de fertilizar o óvulo. 11 Fusão de Membranas: A membrana do espermatozóide e do óvulo se fundem, iniciando a formação do zigoto. Bloqueio da Polispermia: Mecanismos que impedem que mais de um espermatozóide fertilize o óvulo. 11 Ativação Metabólica do Óvulo: O óvulo sofre mudanças para continuar o desenvolvimento. 11 Singamia: A união dos núcleos do espermatozóide e do óvulo, formando o zigoto. 11 O zigoto começa a se dividir e desenvolver o novo indivíduo, passando pelas etapas de clivagem, mórula, blastocisto e implantação, até o nascimento. INDUÇÃO AO PARTO E ABORTO E MEDICAMENTOS Indução ao Parto: Risco Materno: Se a saúde da mãe está em risco durante a gestação, a indução ao parto pode ser indicada para evitar problemas mais sérios. Gestação Prolongada: Se a gestação ultrapassar o tempo normal, a indução ao parto pode ser necessária para evitar complicações. Feto Morto/Doenças Congênitas: Se o feto morreu ou possui deformidades graves, a indução ao parto pode ser a melhor opção para prevenir infecções e evitar sofrimento. Indução ao Aborto: Gestação Indesejada: Se a gestação não é desejada, o aborto pode ser induzido por razões médicas ou éticas. Doenças Maternas: Em casos de doenças graves que podem ser agravadas pela gestação, o aborto pode ser a melhor decisão. Problemas no Feto: Se o feto apresentar deformidades ou doenças que ameacem sua saúde, o aborto pode ser considerado. Medicamentos Utilizados para Indução ao Parto e Aborto: Prostaglandinas (PGF2α): Causam contrações uterinas que podem levar ao parto ou ao aborto. Exemplos: Dinoprost, Cloprostenol. Ocitocina: Estimula as contrações uterinas e pode ser usada para induzir o parto. Dexametasona: Um corticosteroide que pode ser usado para acelerar a maturação dos pulmões do feto e facilitar o parto. Estrogênio: Pode ser usado para induzir o parto em algumas espécies de mamíferos, mas seu uso é controverso. PUERPÉRIO O puerpério, também chamado de pós-parto, é o período que se inicia após o parto e dura até que o útero da fêmea volte ao seu tamanho e estado normais. É um período de recuperação e adaptação tanto para a mãe quanto para o recém-nascido. 23 Durante o puerpério [ período que se inicia após o parto e dura até que o útero da fêmea volte ao seu tamanho e estado|23] a fêmea passa por diversas mudanças físicas e hormonais: Involução Uterina: O útero, que se expandiu para acomodar o feto, começa a diminuir de tamanho e voltar a seu estado normal. Expulsão da Placenta: A placenta é expulsa do útero. Normalmente ocorre logo após o parto, mas em alguns casos pode haver retenção, o que requer intervenção veterinária. Regressão do Corpo Lúteo: O corpo lúteo, que produzia progesterona durante a gestação, se degenera e diminui a produção de hormônios. Reajuste Hormonal: A fêmea começa a produzir hormônios como estrogênio e prolactina para iniciar a produção de leite e o cuidado com o recém-nascido. Cicatrização: A região do canal do parto se recupera dos danos do parto. Retorno da Atividade Sexual: No puerpério, o corpo da fêmea se prepara para uma nova gestação. O puerpério é um período crucial para a saúde da mãe e para o desenvolvimento do recém- nascido. É importante observar a fêmea de perto durante esse período, buscando sinais de complicações como retenção de placenta, infecções uterinas ou problemas de saúde em geral.

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